Caldeirão da Bolsa

"Segunda Grande Depressão"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: "Segunda Grande Depressão"

por R_Martins » 31/3/2008 22:02

F.L.Ferreira Escreveu:A próxima depressão
Em períodos de estagflação, a bolha está nas matérias-primas.
Para sair do «crash» bolsista do ano 2000, os bancos centrais aumentaram a oferta monetária, cortaram as taxas de juro para os mínimos das últimas décadas, colocando-as abaixo da taxa de inflação e da taxa de crescimento económico.
Tudo isto para estimular a economia. Novamente foi gerada uma bolha no imobiliário e as bolsas recuperaram. Agora os banqueiros centrais estão preocupados com a inflação.
Foram eles que a criaram. Muitas pessoas contraíram empréstimos que não podem pagar,com taxas de juro artificialmente baixas.
Agora começam a sofrer asconsequências. Segundo o economista John Williams, da Shadow Government Statistics, nos EUA, a inflação está a tocar nos 11%, muito acima do que é anunciado.
Isto significa que a economia americana já está em recessão. Todos osconsumidores sabem por experiência própria que os preços estão a subir anualmente muito acima dos 2% ou 3% oficialmente anunciados.
Os bancoscentrais vão ter de subir as taxas de juro antes que os preços se descontrolem completamente. Hoje em dia com a interligação dos mercados financeiros globais, o risco de uma perturbação num mercado como o imobiliário, a bolsa, obrigações ou derivados, pode rapidamente espalhar-se para os outros mercados.
As ligações entre estes mercados significa que há um risco sistémico nosmercados financeiros mundiais. Mesmo sem uma crise bancária, monetária oudo mercado de derivados que acelere esta quebra, ela acontecerá já entre 2009 e 2011.
A recessão económica mundial dos EUA e do mundo é já reconhecida por muitos economistas.
O reforço das políticas económicas e monetárias que têm sido usadas com o intuito de evitar uma recessão e quesão a causa da situação actual, irão piorar a situação empurrando as economias para uma depressão.
Isto vai resultar na Segunda Grande Depressão, em que a economia irá decrescer e vamos assistir a altas taxas de inflação, altas taxas de juro e de desemprego.
As instituições financeiras mais sólidas irão resistir,as outras não. Este período de estagnação económica e inflação é também conhecido como estagflação.
A severidade e a duração da Segunda Grande Depressão são incertas, porque dependem das medidas que vierem a ser tomadas e de outras variáveis, mas com a dimensão actual dos desequilíbrios será dura e longa.
A prosperidade do último século foi alimentada também por energia baseada em petróleo barato. O que se passa agora não é que se estejam a esgotar o petróleo e o gás natural, o problema é que se está a consumir toda a capacidade disponível e recursos energéticos baratos.
O ‘Pico do petróleo’está aqui - a produção máxima mundial de crude convencional foi atingidaem 2005 e, desde então, entrou em declínio.
A procura continua a aumentar e a oferta não consegue manter o ritmo.
Com o preço do barril a ultrapassar os $100, a atenção pública vai passar a estar focada na escassez de energia, em vez do aquecimento global e ambiente.
A miséria vai viver lado a lado com grandes lucros, como costuma acontecerem períodos de crise.
O imobiliário continuará em queda, enquanto que as matérias-primas vão obter enormes retornos de investimento.
A divisão entre ricos e pobres aumentará ainda mais. A classe média continuará a ser esmagada, com o crescimento dos salários a não acompanhar a inflação.
A tendência de perda de poder de compra que se tem vindo a verificar nos últimos anos irá acelerar.
Os desequilíbrios após 18 anos de «bull market» nas principais bolsas, que terminou em 2000, conjugado com a maciça inundação de liquidez que criou as bolhas da dívida, bolsa e imobiliário, com o pico de petróleo, a população humana em 6,5 biliões e a crescer, são demasiados factores - e novos - que não estão contabilizados nas teorias tradicionais dos ciclos económicos.
Quais as melhores áreas para colocar os seus investimentos durante períodos de estagflação? Há que estar em sectores que beneficiam da inflação. Que são os metais preciosos, as matérias-primas agrícolas e a energia.
Um dos investimentos mais interessantes é a prata, que está agora por volta dos $20. A subida das matérias-primas já começou e vai ser a nova bolha.


André Ribeiro

www.bonsinvestimentos.com

(Artigo publicado na edição de 21 de Março do Jornal "Expresso")
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Sejamos sérios...
A inflação existe porque as pessoas desconhecem que as lojas dos chineses existem.Até Boliqueime já tem uma!!!
Assim que qual é o problema da inflação?...
Teorias, os economistas dizem?...Dizem o quê?...
Dizem nada, nada, nada...
Deveriam dizer!!!
Rmartins
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comentário

por jotabilo » 31/3/2008 21:25

Caro

Mas que grande patranhice!...o tipo que escreveu isso deve ser muito crente.

cumps
 
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"Segunda Grande Depressão"

por F.L.Ferreira » 31/3/2008 20:13

A próxima depressão
Em períodos de estagflação, a bolha está nas matérias-primas.
Para sair do «crash» bolsista do ano 2000, os bancos centrais aumentaram a oferta monetária, cortaram as taxas de juro para os mínimos das últimas décadas, colocando-as abaixo da taxa de inflação e da taxa de crescimento económico.
Tudo isto para estimular a economia. Novamente foi gerada uma bolha no imobiliário e as bolsas recuperaram. Agora os banqueiros centrais estão preocupados com a inflação.
Foram eles que a criaram. Muitas pessoas contraíram empréstimos que não podem pagar,com taxas de juro artificialmente baixas.
Agora começam a sofrer asconsequências. Segundo o economista John Williams, da Shadow Government Statistics, nos EUA, a inflação está a tocar nos 11%, muito acima do que é anunciado.
Isto significa que a economia americana já está em recessão. Todos osconsumidores sabem por experiência própria que os preços estão a subir anualmente muito acima dos 2% ou 3% oficialmente anunciados.
Os bancoscentrais vão ter de subir as taxas de juro antes que os preços se descontrolem completamente. Hoje em dia com a interligação dos mercados financeiros globais, o risco de uma perturbação num mercado como o imobiliário, a bolsa, obrigações ou derivados, pode rapidamente espalhar-se para os outros mercados.
As ligações entre estes mercados significa que há um risco sistémico nosmercados financeiros mundiais. Mesmo sem uma crise bancária, monetária oudo mercado de derivados que acelere esta quebra, ela acontecerá já entre 2009 e 2011.
A recessão económica mundial dos EUA e do mundo é já reconhecida por muitos economistas.
O reforço das políticas económicas e monetárias que têm sido usadas com o intuito de evitar uma recessão e quesão a causa da situação actual, irão piorar a situação empurrando as economias para uma depressão.
Isto vai resultar na Segunda Grande Depressão, em que a economia irá decrescer e vamos assistir a altas taxas de inflação, altas taxas de juro e de desemprego.
As instituições financeiras mais sólidas irão resistir,as outras não. Este período de estagnação económica e inflação é também conhecido como estagflação.
A severidade e a duração da Segunda Grande Depressão são incertas, porque dependem das medidas que vierem a ser tomadas e de outras variáveis, mas com a dimensão actual dos desequilíbrios será dura e longa.
A prosperidade do último século foi alimentada também por energia baseada em petróleo barato. O que se passa agora não é que se estejam a esgotar o petróleo e o gás natural, o problema é que se está a consumir toda a capacidade disponível e recursos energéticos baratos.
O ‘Pico do petróleo’está aqui - a produção máxima mundial de crude convencional foi atingidaem 2005 e, desde então, entrou em declínio.
A procura continua a aumentar e a oferta não consegue manter o ritmo.
Com o preço do barril a ultrapassar os $100, a atenção pública vai passar a estar focada na escassez de energia, em vez do aquecimento global e ambiente.
A miséria vai viver lado a lado com grandes lucros, como costuma acontecerem períodos de crise.
O imobiliário continuará em queda, enquanto que as matérias-primas vão obter enormes retornos de investimento.
A divisão entre ricos e pobres aumentará ainda mais. A classe média continuará a ser esmagada, com o crescimento dos salários a não acompanhar a inflação.
A tendência de perda de poder de compra que se tem vindo a verificar nos últimos anos irá acelerar.
Os desequilíbrios após 18 anos de «bull market» nas principais bolsas, que terminou em 2000, conjugado com a maciça inundação de liquidez que criou as bolhas da dívida, bolsa e imobiliário, com o pico de petróleo, a população humana em 6,5 biliões e a crescer, são demasiados factores - e novos - que não estão contabilizados nas teorias tradicionais dos ciclos económicos.
Quais as melhores áreas para colocar os seus investimentos durante períodos de estagflação? Há que estar em sectores que beneficiam da inflação. Que são os metais preciosos, as matérias-primas agrícolas e a energia.
Um dos investimentos mais interessantes é a prata, que está agora por volta dos $20. A subida das matérias-primas já começou e vai ser a nova bolha.


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(Artigo publicado na edição de 21 de Março do Jornal "Expresso")
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