"EUA estão totalmente comprometidos com NATO e artigo 5.º", garante Rutte

[silvaxico]

Mas será que os meninos reprovam por faltas?

A proposta actual é que se reprovarem por faltas vão fazer provas no fim do ano até passarem...

[Struke]

1º-Pelo que li o recado na caderneta postado trata a professora por tu???? logo aí demonstra até a falta de respeito por parte dos pais....

2º-Os alunos boicotam as aulas???!!! marcar falta "nornal" ou disciplinar.... a fim de uns dias a faltinha chegará a casa por correio ou em caso de persistência acabam por reprovar a uma disciplina no caso do secundário ou de ano no caso do básico....

Pode ser que aprendam

[kostta]

este ultimo video faz-me lembrar uma situação por qual passei ha 3 ou 4 semanas.

3 alunos colocam as maos à frente da boca e começam a imitar sons de carros e motas.
1º tentei falar a bem, depois disse que os encaminhava para o executivo, como nao paravam foram mesmo. Na aula seguinte lá voltaram os 3 meninos a fazer o mesmo e desta vez decidi ignorar. e não é que eles passam 30 minutos a fazer aquilo prejudicando a aprendizagem dos alunos que lá estavam e queriam aprender?

seja lá qual for a estrategia utilizada se os alunos quiserem boicotam as aulas.

[MarcoAntonio]

(isto estava a ficar demasiado serio e eu não resisti - a mim as touradas e o boxe (upss, já vou ouvir) representam de forma magnifica o selvagem que há dentro do ser humano...

Pois, era desses que estava a falar.

[scpnuno]

e muitas das vezes são aplicados castigos aos alunos de limpeza dos espaços escolares. Mas, em inumeros casos, são os próprios pais que nao aceitam que os filhos sejam castigados dessa forma.

Kostta, mas quem é que disse que os pais tinham que concordar? não concordam, pegam no rebento e no respectivo processo (que explicará as razões) e vão à procura de outra escola - que ficará, inevitavelmente, mais fora de mão, mais longe de casa, dos empregos, onde o rebento ficará sem o gang...

Marco António

Concordo com práticamente tudo o que disseste. Se os tabefes fossem aplicados em casa, não seria necessário ponderar a aplicação de castigos na escola.
No entanto, apesar da minha QUASE total concordancia, há uma expressão tua que me deixou admiradissima, vinda de quem veio:

(para mim barbaridade, barbaridade é o que fazem aos Touros para gáudio de uns quantos individuos mas adiante!).

Caramba! Os quantos individuos, vulgo "ursos" são tão colegas como os touros! Tu, que sempre defendeste a igualdade, estás agora a discriminar as pessoas em função da sua opção "mercadistica"? Ohh cum carago....

(isto estava a ficar demasiado serio e eu não resisti - a mim as touradas e o boxe (upss, já vou ouvir) representam de forma magnifica o selvagem que há dentro do ser humano... com a diferença que no boxe os dois burros concordam em andar ao murro e nas touradas ninguém pergunta a opinião do touro)

Abraços

[MarcoAntonio]

Já agora, este vídeo que colocaste agora é extremamente importante, porque o total desrespeito pelos e a total falta de autoridade por parte dos professores dentro da sala de aula vai para além da violência física.

Para mim não é novidade nenhuma, eu como disse várias vezes não sou professor mas contacto com vários professores do secundário e já sabia que era isto que se andava a passar nas escolas por esse país fora numa base diária de há uns temos a esta parte e num ritmo de escalada crescente.

Mas o país andava a dormir completamente na forma e quando os professores se lamentavam, virava-se tudo aos professores (provavelmente remanescências de uma aversão aos professores que vem da juventude, entre outras coisas).

A esmagadora maioria dos portugueses não fazia, até há uns dias atrás, a mínima ideia do que é ser professor hoje em dia e do que é uma sala de aula hoje em dia.

São estas "as nossas salas de aula" actualmente. E é bom que se passem e repassem estes vídeos para que as pessoas tomem consciência do clima em que os filhos passam os dias e em que condições estão a ser formados.

[MarcoAntonio]

e muitas das vezes são aplicados castigos aos alunos de limpeza dos espaços escolares. Mas, em inumeros casos, são os próprios pais que nao aceitam que os filhos sejam castigados dessa forma.

Pois, caímos quase sempre nos pais. Algo que tem sido extremamente ignorado na questão da Educação até aqui no últimos anos.

A Educação não se limita à Escolas. Nunca se limitou.

A preponderância dos pais e a sua responsabilidade nesta matéria é enorme. Mas fruto de uma evolução social e de um clima de facilitismo e de impunidade geral, os pais foram-se remetendo cada vez mais das suas responsabilidades.

E não só os pais enquanto pais mas a sociedade em geral.


Eu relembro que há não muito tempo atrás passou aqui um tópico no Caldeirão que originou alguma polémica sobre a questão de os pais poderem ou não "bater" nos filhos. Segundo alguns, já nem se pode dar um "tabefe" num filho mal comportado e a coisa ameaçar tomar forma de lei...

Era um tópico sobre os castigos físicos se alguém quiser pesquisar. Não sou, obviamente, um defensor da violência física, bruta e desnecessário (ou mesmo sádica). Que existe e que é um crime...

Mas um "tabefe" nunca fez mal nem matou ninguém. Só que hoje já nem se pode falar disso, não é politicamente correcto, parece que se está a falar de uma barbaridade qualquer (para mim barbaridade, barbaridade é o que fazem aos Touros para gáudio de uns quantos individuos mas adiante!).

Hoje é psicólogos para trás, psicólogos para a frente. Não dão tabefes os pais na catraiada mal comportada... dá a catraiada nos adultos. E parece que assim é que está bem!



E assim passamos da "geração rasca" para a "geração a velha vai cair, altamente".



De qq das formas, para que fique claro: não estou a defender castigos físicos nas Escolas (sou totalmente contra). Apenas pretendo mostrar o caminho escolhido e o resultado obtido. Para o caso das Escolas em concreto, há soluções que considero bem mais adequadas (e provavelmente mais eficazes) conforme descrito nos posts anteriores.

[kostta]

e muitas das vezes são aplicados castigos aos alunos de limpeza dos espaços escolares. Mas, em inumeros casos, são os próprios pais que nao aceitam que os filhos sejam castigados dessa forma.

entretanto mais um video engraçado

<object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/FUPkiDykQXQ&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/FUPkiDykQXQ&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>

]


esta ja tem uns meses mas é bom recordar

[Madeirense]

Que saudades do serviço militar obrigatório....um anito de tropa e ficava resolvido rapidamente e eficientemente o problema. Em casos mais complicados sempre se podia prolongar por mais uns anitos...

[MarcoAntonio]

Mas volto ao que disse 232 paginas atrás. Penalizar estes alunos com trabalho na escola durante os períodos não lectivos - os intervalos, as horas em que não têm aulas, etc. Um tipo de "trabalho civico", que não lhes fazia mal nenhum à saude (aquela menina tem muito bom corpinho para pegar numa esfregona e limpar, em vez de emfrentar professores e berrar) - fazer o trabalho que tantas vezes gozam os auxiliares de acção educativa por estrarem a fazer. Que tantas vezes desprezam, sujando e abandalhando sem dó as instalações. Além de penalizar, serviria para que dessem algum valor a esse tipo de trabalho.

Exactamente. É o tipo de medidas com que concordo totalmente mas que parece que agora toda a gente tem medo de aplicar.

Isto fazia melhor que 24.537 horas com um psicólogo.

E que para além de prevenir mais situações do género, preparava-os para a vida.

[scpnuno]

Eu concordo em absoluto.

No meu tempo, não havia psicologos. Havia disciplina, respeito e, quando estes faltavam, reguadas.

Não, não concordo com as reguadas. Mas volto ao que disse 232 paginas atrás. Penalizar estes alunos com trabalho na escola durante os períodos não lectivos - os intervalos, as horas em que não têm aulas, etc. Um tipo de "trabalho civico", que não lhes fazia mal nenhum à saude (aquela menina tem muito bom corpinho para pegar numa esfregona e limpar, em vez de emfrentar professores e berrar) - fazer o trabalho que tantas vezes gozam os auxiliares de acção educativa por estrarem a fazer. Que tantas vezes desprezam, sujando e abandalhando sem dó as instalações. Além de penalizar, serviria para que dessem algum valor a esse tipo de trabalho.

Eu como mãe e se os meus filhos tivessem alguma atitude que o justificasse, concordaria em absoluto se tal penalizção lhes fosse imposta.

Psicologos? Mediadores de conflitos? já agora, porque não osmandar para uma colonia deferias para reflectirem?

As crianças / adolescentes de hoje têm facilidades a mais, boa vida a mais, protecção a mais. Não sabem o que custa ter / fazer certas coisas. E abusam...

[MarcoAntonio]

Já agora, alguns pontos adicionais:

Para mim é inadmissível se a aluna não for suspensa. O facto de se arrepender ou não não é significativo (quase toda a gente se arrepende depois de ter feito asneira e correr o risco de levar com uma penalização). Os actos têm de ter consequências, com ou sem arrependimento.

Quem é suspenso deve sentir também o risco de poder reprovar e atrasar um ano na escola. Por arrasto os pais também sentirão a penalização pela sua quota parte de responsabilidade.

Uma multa monetária aos pais também não era mal aplicada nestes casos.


Eu lembro-me que no meu tempo, os alunos menos comportados e os alunos mais fracos tinham medo de reprovar. Entre outras coisas «perdiam o comboio dos colegas» e tinham e pressão em casa dos pais para não reprovar, pois reprovar custa dinheiro.

Hoje, para as estatísticas ficarem bonitas e para o orçamento ficar mais magrinho praticamente ninguém reprova. E praticamente ninguém tem medo de reprovar porque... praticamente ninguém reprova. Mesmo que se dê uns pontapés no contínuo ou se transforme a sala de aula numa arena.

É isto que tem de se mudar porque o que se constata é que estas medidas polidas trouxeram a educação para pior.

Mais Psicólogos?

Vai lá vai.

Isso parece-me mais que é uma forma de dar emprego a mais uns não sei quantos que saiem das faculdades e não têm onde trabalhar...

Remedeia-se um problema tentando remediar outro problema.

[MarcoAntonio]

As escolas com problemas graves de indisciplina podem apresentar ao Ministério da Educação uma proposta para a contratação de técnicos como psicólogos e mediadores de conflitos, anunciou hoje o secretário de Estado da Educação.

Este tipo de medida está perfeitamente dentro do ambito do clima e da mentalidade que nos trouxe até este ponto!

Tal como refere o silvaxico, o principal problema é o clima de facilitismo (que diga-se não é exclusivo da educação, algo semelhante se passa na Justiça) e este tipo de medida não a altera em nada. Pelo contrário, é como um compactuar com a situação. É uma forma de dizer que está tudo bem, são apenas casos isolados e que são os meninos que têm problemas, mas vão falar uma horinha por semana com o psicólogo e tudo fica bem...

Pontapé na professora = uma horinha com o psicólogo.

Eu por mim, iniciava-se uma campanha como as da prevenção rodoviária ou mesmo como as campanhas anti-tabaco, com alguma "violência visual" se fosse preciso. Este video que passou por todo o lado e chocou as pessoas (é o tipo de violencia visual a que me estou a referir) já fez uma boa parte dessa campanha, agora por favor não a destruam!

> É preciso transmitir aos pais por esse país fora que lhes compete dar a educação base e a transmitissão de valores. As crianças que se vêm no vídeo são os filhos deles!... Os nossos filhos!

> É preciso transmitir às crianças e aos jovens que estas situações não ficam impunes.

É deste tipo de medidas que precisamos e não de medidas em linha com as que nos trouxeram até este ponto!

[Sei lá]

Anda a circular um mail que mostra que o modelo de avaliação dos professores em Portugal foi copiado do modelo chileno

Se isto fôr verdade, tinham um tão bom aqui bem perto e foram atravessar o atlantico. Um país sul-americano é sempre um bom exemplo

[Sei lá]

Ontem foi noticiado mais um caso de violência numa escola que nem me lembro o nome. Uma auxiliar foi pontapeada várias vezes por um aluno.

O caso foi colocado ao conselho executivo da escola e este não comunicou à DRE. O conselho executivo mostrou-se indisponível para falar (teriam vergonha das camaras? No lugar deles tb teria...). O ME da educação insiste em afirmar que são casos isolados.... quase um por dia.

Uma associação nacional de pais veio colocar em causa a professora...

Como podem ver nós discutimos aqui uma coisa, indetificamos um problema, mas quem decide parece que tem outra versão e nem vê nenhum problema.

[silvaxico]

A ideia de facilitismo que nos últimos anos se associou à escola é que causa os problemas. Basta combater essa ideia e uma grande parte destes problemas desaparece.

O resto é conversa para distrair o pessoal.

[Pata-Hari]

Hehe, por cá tudo se resolve metendo mais gente no sistema e atirando para lá mais dinheiro. Há coisas fantásticas:

(in público)

Secretário de Estado reage a críticas sobre episódio em escola do Porto
Escolas com problemas de indisciplina podem propor ao ministério contratação de técnicos especializados
25.03.2008 - 20h27 Lusa
As escolas com problemas graves de indisciplina podem apresentar ao Ministério da Educação uma proposta para a contratação de técnicos como psicólogos e mediadores de conflitos, anunciou hoje o secretário de Estado da Educação.

"Se uma escola tiver um grande problema de indisciplina generalizada pode apresentar à Direcção Regional de Educação uma proposta para o reforço dos meios técnicos", afirmou Valter Lemos, em conferência de imprensa.

O responsável ressalvou que a possibilidade de contratação destes profissionais é reservada, sobretudo, aos 35 agrupamentos de escolas identificados como "Territórios Educativos de Intervenção Prioritária", mas poderá igualmente ser utilizada por outros estabelecimentos de ensino, desde que estes fundamentem o seu pedido, invocando a existência de um "problema específico" de violência e indisciplina.

No encontro com os jornalistas, na sequência dos incidentes na Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto, o secretário de Estado reafirmou que o ministério não está a minimizar ou a desvalorizar o problema da violência escolar, como afirmou há meses o procurador-geral da República, assegurando que este "é o Governo que mais medidas tomou relativamente ao combate" a estes problemas.

A este propósito, Valter Lemos lembrou a criação da figura de um coordenador de segurança escolar em todos os agrupamentos de escolas, que funciona pela primeira vez este ano lectivo, o reforço da articulação com a PSP e GNR ou a integração de 300 professores nas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, medidas que considera serem uma "prova da importância dada a estas questões".

"As nossas escolas são, em geral, os locais mais seguros da comunidade. Os números [da indisciplina e violência] não correspondem ao destaque mediático que alguns casos têm tido", disse, adiantando que "o facto de o Ministério da Educação dizer que o número de ocorrências baixou não pode ser interpretado como uma desvalorização".

O governante afirmou ainda não saber "em que informações se baseia" o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, para declarar que algumas escolas funcionam como "embriões de violência", salientando que todas as ocorrências são registadas pelos delegados de segurança existentes nas escolas e assegurando que os professores e os conselhos executivos têm todas as condições para reportar os incidentes ocorridos.

Lamentando a "tentação de desresponsabilizar muitos actores e instituições sociais", culpabilizando apenas os Conselhos Executivos e o ministério, Valter Lemos sublinhou que estes casos dizem respeito a toda a sociedade, nomeadamente aos pais e à comunicação social.

Em declarações à edição de hoje do "Diário Económico" que "nalgumas escolas formam-se pequenos 'gangs' que depois transitam para 'gangs' de bairro, armados e perigosos", considerando que a violência escolar funciona, em alguns casos, como uma espécie de "embrião" para níveis mais graves de criminalidade.

Os incidentes na Escola Carolina Michaelis reportam-se à semana passada quando uma professora foi vítima de agressão por parte de uma aluna, depois de lhe retirar um telemóvel, cujo uso é proibido durante as aulas.

[LS]

assunto resolvido

http://www.youtube.com/watch?v=I71jV21AQFY

Por um momento ainda pensei que ele lhe ia atirar com o telefone à cabeça...

[kostta]

assunto resolvido

<object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/I71jV21AQFY&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/I71jV21AQFY&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>

[rmachado]

Não podeia ter escrito melhor....

Subscrevo a 100%.

[silvaxico]

Retirado de um blog do Expresso (de Henrique Monteiro):

Assente a poeira, vejamos calmamente, e de novo, o vídeo em que uma aluna disputa com a sua professora um telemóvel.

A aluna está irritada, o telemóvel é claramente um bem precioso para ela. É como um diário dos velhos tempos, o invólucro dos segredos próprios da juventude. Berra com a professora, sem educação, sem saber que aos mais velhos e, principalmente, a um professor se deve, acima de tudo, respeito.

Mais tarde a jovem reconheceu que tinha procedido de forma errada.

Mas, se a adolescente é patética, que dizer da professora? Esta, de cabeça perdida, luta com a aluna como se se tratasse de alguém da mesma idade e com os mesmos direitos. Na verdade, a professora está numa encruzilhada: não sabe o que fazer. Poderia chamar um contínuo e pedir-lhe que expulsasse a aluna? Poderia ter-se sentado de novo e esperado que a birra passasse?

A professora não tem autoridade. Pouco ou nada pode fazer. A sua atitude é desculpável por essa impossibilidade, essa impotência de actuar.

O resto da escola não existe. Os outros alunos - salvo dois ou três que no fim do filme, mais de um minuto depois da cena começar, parecem tentar acabar com a luta - riem-se e insultam a professora, 'a velha'. Ninguém acode à porta, apesar da berraria, o que indicia uma certa e infeliz normalidade dos guinchos.

Há 40 anos, se um professor quisesse retirar um objecto a um aluno, bastava pedi-lo. O aluno entregava-o. Não por medo de represálias do professor, mas pelo respeito que aquele lhe infundia. Por vezes, por medo que os pais soubessem que se tinha portado mal na escola.

Se não entregasse o objecto, seria posto na rua da turma; provavelmente suspenso por uns dias.

Este foi o sistema que destruímos a troco de nada.

O retrato que este pequeno vídeo faz das nossas escolas é, para mal dos nossos pecados, bastante real. Ao fim de mais de 30 anos de experiências, foi onde chegámos.

Que mais será necessário para perceber que fizemos tudo errado?

- Destruímos a autoridade dos professores;

- Minámos o respeito dos alunos pela escola e pelos seus símbolos;

- Aceitámos que as crianças eram naturalmente boas e queriam aprender;

- Facilitámos a aprendizagem para favorecer as estatísticas;

- Impedimos que os mal comportados fossem separados dos bem comportados, bem como recusámos distinguir entre os que têm e não têm aproveitamento;
Infelizmente, muitos eduqueses do Ministério acham que estamos no bom caminho. Mas basta um minuto para se ver como isso não passa de uma enorme mentira.

[jotabilo]

Caros

Pois....esta tarde tive uma discussão com uma irmã minha que é já porfessora titular de uma escola.
Pareceu-me , porém, quase uma conversa de surdos. Ela falava-me a um nível objectivo dos factos do vídeo em questão e eu procurava as causas e consequências mais remotas desse fenómeno.
Refiro isto porque julgo que a Cara Marrequinha, também se guarda, na análise dos factos relacionados com a escola, muito próxima da realidade que a envolve.
O que tenho referido, pretende pôr em apreço a sociedade em que estamos inseridos e a mudança iminente que os professores e todos em geral, teremos de enfrentar a breve trecho.
A sociedade-massa que temos vindo a construir desde a revolução francesa está a involuir, ou seja, está a comer-se a sí própria e não tardará a mudar para outro estádio.
Está desorientado o governo, estão confusos os pais e abandonados os alunos...e nós, em geral, procuramos exigir ao estado medidas saneadoras da situação.
Mas algo de fundamental se perdeu na sociedade-massa onde estamos.....os valores perderam-se por caducidade dos mesmos face a uma sociedade que não os construiu e nunca os exigiu como peças fundamentais do sistema social...à massa apenas interessa a mais valia....e a técnica para a obter....a sociedade apenas se serviu deles para iludir a ambição do homem-massa.
A ética e a Moral...a Nobreza que se alimenta pelo esforço abnegado de todos os dias....desapareceram por desuso.
Os putos são abandonados aos códigos técnicos que os professores são obrigados a ensinar....se não cumprirem o programa, os alunos não sabem responder às exigências, somente, técnicas que a sociedade-massa exige.
O abandono ou a diminuição da importância da filosofia é um exemplo magnífico do desinteresse da escola-fábrica dos valores que devem enformar a espiritualidade do homem.
Os putos, assim abandonados, retornam facilmente ao desregramento e à anarquia aparente que caracteriza o caos.
O governo não pode substituir a ética e a moral pela legislação que produza....isso é um mar de normas sem fim...e não abrange, com elas, um infinitésimo desses valores.
A Mudança tem de verificar-se.....não é aqui, em Portugal....mas sim em toda a humanidade...Portugal, por ser um povo sensível, começa a presentir essa necessidade de mudança pelo desconchavo social em que começamos a viver...não somos gelados e sabemos por condição pátria, quando devemos mudar.

cumps

[rmachado]

Pois Pata.

Outro problema. Estas coisas devem ser sempre comunicadas. Sempre.

[Pata-Hari]

rmachado, não iriam fazer nada porque nada lhes teria sido comunicado. A menina não disse nada e os pais nem teriam sabido se não fosse o video ter ido para à net. E como a professora não se ia queixar, nunca os pais seriam informados.

[rmachado]

Como nos entretantos me passaram dezenas de mensagens pelo meio, vou abreviar.

Eu já aprendi um coisa, quando apelamos para a consciência dos outros tamos tramados, pois ela pode não ser igual a minha.

Dito isto:
No meu tempo (lá vem esta outra vez) nós testavamos o limite sempre que detectavamos um prof inseguro, mas ele tinha limites. Agora não há. Não há formas coercivas, para mim qq escola devia ter uma lei (e que se danem os paizinhos) que telemóveis dos putos (e outros gagdets) ficam a entrada da sala e mais nada. O desrespeito por isto leva a confiscação imediata do aparelho sendo devolvido no fim do ano lectivo, e multa para os paizinhos.
Se é para dar más noticias, no meu tempo (mais uma vez) usava-se o telefone da escola e algúem fazia chegar a noticia.

Devemos ser "duros" mas justos com os putos, mas devemos ser muito duros com os pais.

Eu pergunto
O que fizeram os pais a menina?