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Caldeirão da Bolsa

What Makes Finnish Kids So Smart?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Thunder » 24/3/2008 16:22

JAM eu até dou-te razão quando dizes:



Tem de se lesgislar no sentido de dar autoridade ao professor e atribuir mais responsabilidade ao aluno pelos seus actos.



Mas tu és adulto, já não és inocente e idealista ao ponto de pensares que tudo o que é correcto e certo vai acabar por acontecer.... principalmente se dependermos de políticos para a mudança.

Daí que eu te diga que na minha área não vejo mudanças a breve trecho. Devo cruzar os braços por isso?

E quando dizes:


Não vale a pena, no quadro legislativo actual, ir contra os alunos. Não vale a pena, perante um problema de indisciplina, o professor acabar por ter mais trabalho (para nada) e o aluno não ter nenhuma consequência.



Imagina que pessoal em outras áreas começa a dizer o mesmo.... Isto dá muito trabalho pra nada. Pra melhor não iriamos com certeza.

Eu estou de acordo contigo em algumas coisas que dizes por isso leva os reparos que te faço de uma forma positiva e construtiva ok? :P

Um abraço 8-)
"A grandeza de um homem não está em nunca cair, mas sim em levantar-se sempre após todas as quedas." --- Confucius

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por Sei lá » 24/3/2008 15:59

Eu apenas defendi o que venho defedendo há muito tempo:

Tem de se lesgislar no sentido de dar autoridade ao professor e atribuir mais responsabilidade ao aluno pelos seus actos.

Não vale a pena, no quadro legislativo actual, ir contra os alunos. Não vale a pena, perante um problema de indisciplina, o professor acabar por ter mais trabalho (para nada) e o aluno não ter nenhuma consequência.

Apenas quiz responder ao extenso post do Thunder que defendia que os profs deveriam recuperar a autoridade a pulso. Sem a legislação a favor o pulso de pouco serve.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
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por Thunder » 24/3/2008 11:24

JAM Escreveu:Sem legislação condizente, é uma perda de tempo andar a lutar contra o sistema.

Será que os professores têm de colocar a sua situação profissional em risco para poderem dar aulas? Gostria de ver os corajosos do forum a conforntarem-se com um processo disciplinar e uma suspensão por darem um tabefe num aluno... devem pensar que se brinca aos cowboys com o emprego...


Um dos corajosos seria eu ? :oops:

Maravilha! Eu que pensava que era um fracote, raquítico, todo escanzelado, já fui promovido :mrgreen:

JAM, tou a brincar contigo :P

Abraço 8-)
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por Pata-Hari » 24/3/2008 8:33

Jam, ninguém pediu para darem tabefes como já foi discutido extensamente. Isto não é o farwest.

Também me apetece dar tabefes nos meus clientes mas não dou. Cowboys é para as televisões.
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por Sei lá » 24/3/2008 2:59

Sem legislação condizente, é uma perda de tempo andar a lutar contra o sistema.

Será que os professores têm de colocar a sua situação profissional em risco para poderem dar aulas? Gostria de ver os corajosos do forum a conforntarem-se com um processo disciplinar e uma suspensão por darem um tabefe num aluno... devem pensar que se brinca aos cowboys com o emprego...
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por silvaxico » 23/3/2008 22:01

:lol: :lol:

Lá ideias parece que há. Mas, provavelmente, os professores em causa levavam com processos disciplinares, quer por roubo (do telemóvel ao aluno), quer por ousarem desafiar a sra. ministra...

Isto exige outro tipo de medidas, mas acho que não pode ser uma guerra. Se se for para a guerra, os alunos que estão agora no sistema ainda vão acabar por ser mais prejudicados.

Nem sequer dá para irmos por uma perspectiva de brio profissional e dizer aos professores para só passarem os alunos que realmente merecem passar de ano. Até ao nono ano, se o encarregado de educação disser que o aluno passa, não há nada a fazer...
 
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por scpnuno » 23/3/2008 21:25

Depois de ler o post do Thunder (de que gostei) tive uma ideia maluca...

Se o ministerio não apoia os professores, se alguns pais são o que são (e os prfessores, ao fim do 1º período, já têm uma ideia de que tipo de pais se trata) pergunto eu:

Que tal, se no dito caso do telemovel, um professor o apreendesse, e (embora com um gasto de 2 ou 3€) o mete-se numa encomenda dirigida à Sra. Ministra com um memorando dizendo que, na impossibilidade de resolver o problema por falta de legislação, punha a cargo dela a resolução? E informava os "papás" que o telemovel do rebento estava com a ministra.

Quase garanto que a ministra com uma centena de telemoveis na mão numa semana e os papás a terem que ir ao ministerio reclamá-los, alguém agiria.

Este é um exemplo de ideias malucas, medidas extremas mas que como diz o Thunder, quem não tem cão, caça com gato.
Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
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por Thunder » 23/3/2008 20:28

Olá a todos 8-)

Venho acompanhando este interessante tópico desde o início e devo dar os parabéns aos intervenientes por terem mantido o nível do mesmo sem ter-se originado um degradamento do nível. Isto neste tipo de assuntos geralmente acontece e o resultado final é aquele que todos conhecemos... tópico bloqueado

Só por isso parabéns a todos. :clap:

Venho então humildemente dar uma pequena contribuição para o debate:

Acho que sinceramente a questão da indisciplina, falta de educação, níveis de empenho baixos e de responsabilização ainda menores não é um caso isolado das escolas. É um factor social que está de tal maneira entranhado e em progressão que em 10 ou 15 anos só poderá estar pior se todos nós, os actores disto a que chamamos sociadade nada fizermos.

As crianças e adolecentes não são aliens ou E.Ts que foram aqui largados e do qual não temos culpa nenhuma pelo seu padrão de comportamento. Eles são assim pois os seus pais são iguais ou piores do que eles. Quantas vezes não passam de "adolescentes" em corpos de adultos. O sentimento de impunidade e imputabilidade reina entre os adultos.... e isso passa para os mais novos.

Qualquer pessoa que trabalhe com um contacto íntimo com o público (pricipalmente se esse público for consumidor) e tenha uma experiência de contacto com um número alargado de pessoas chega facilmente a uma conclusão..... Vivemos num ambiente de falta de educação e respeito gritante, um ambiente de “novo-riquismo” onde o elemento reinante é o “quero, posso e mando”, onde valores fundamentais andam pela lama e ninguém parece importar-se com isso. Não é uma questão das escolas. Ocorre em todo o sítio... basta abrirmos os olhos pra vermos.

Eu posso falar com propriedade da área onde estou inserido. A área da saúde é também uma área fundamental e não tenho dúvidas que uma área super importante para todos nós.

E qual o estado em que estamos na saúde?

Eu sinceramente não tenho palavras para descrever..... é um verdareiro lamaçal, uma vergonha. Acho que merecia tanto debate como o importante assunto da educação.

Acham que alguma coisa vai mudar em breve? Só se formos tão inocentes como crianças de 1 ano de idade é que podemos acreditar em tal fantasia. Se há ramo onde os lobbies e o imobilismo reinam é nesta área.... logo tiremos os nossos cavalinhos da chuva.

E o que podemos fazer? Cruzamos os braços? ...... Cruzar os braços é uma expressão que sinceramente não existe no dicionário aqui do Thunderzito....... :mrgreen:

Podem ter a certeza que todos os dias faço tudo o que está ao meu alcance para contrariar aquilo que acho que está mal. Seja na atitude das pessoas, seja contra o sistema fortíssimo instalado. Dá muito trabalho, muitas chatices, muita dor de cabeça, não é o método mais fácil e sem dúvida que só saio prejudicado nessa batalha. Não acho-me nenhum heroi por isso. Acho que é normal e que todos devemos batermos-nos com unhas e dentes por tudo o que achamos correcto. É um processo tantas vezes doloroso, mas não vejo outra maneira de estar em sociedade.

Logo para resolver o problema da indisciplina, que realmente não permite (caso exita) que ocorra o processo de aprendizagem como deve ser os professores só tem uma forma realista de abordar a questão. Meter mãos a obra. Tenho a certeza que alguns já o fazem, e para estes vão os meus parabéns. Aqui digo a maioria, aqueles que reclamam e que acham que a solução para o problema vai cair de para-quedas e por decreto. Se acham que a ministra (ou os outros que virão a seguir) não vão conseguir resolver a questão e que a educação que vem de casa é escassa, só há uma forma de reverter a questão..... meter mãos a obra, encarar os problemas de frente, não virar a cara a luta e provarem que a classe está realmente unida nos problemas que realmente interessam.

A realidade é tantas vezes cruel e dura. Tantas vezes as soluções para os problemas são dolorosas e difíceis... e provocam “baixas”. Quem não estiver pra se chatear e quiser deixar o status quo continuar a “rolar” também não pode reclamar.... “no pain, no gain”

O que eu acho que pode ser feito:

Os professores recuperarem à pulso a autoridade que foi perdida. Por dentro do sistema e a pulso. Conheçam a fundo a legislação e os vossos direitos .... até podem ir (e não me venham dizer que não tem direitos nenhuns) ... e sabendo até onde podem ir joguem com todas as armas que têm... e com as que não têm também. É claro que não é fácil e irá originar conflitos.... dará trabalho.... dará chatices... em alguns casos dará confrontos físicos .... mas para situações extremas medidas extremas. Não falo por teoria.... falo pois na minha área é assim que tento promover a mudança. E olhem que muitas vezes estou a falar em situações onde factores de ameaça física estão presentes .... situações onde por tomares certas decisões podes ser seriamente prejudicado.

Preferia ter de preencher papelada, ter de prestar esclarecimentos e ter de ir a reuniões em que colegas estivessem contra mim a ser alvo de chacota de putos a cheirar a leite. E caso recebesse um recado de um pai do género daquele que aqui foi exibido, duma coisa podem estar certos. Na primeira oportunidade ficaria com o telemóvel... e o pai tão corajoso que viesse falar comigo.
Temos que ser tolerantes e compreensivos com quem o merece. Mas inflexíveis e duros com quem pisa a linha. Só assim damos o nosso pequeno contributo pra que isto melhore..... Em todas as áreas. E do somatório de actos aparentemente insignificantes teremos um futuro mais risonho, não tenham dúvidas.

Só que não é fácil..... será que estamos pra nos chatear? (isto é pra todos, não só para os professores.... pra todos !)

Tentemos dar um bocadinho mais de nós... por um futuro melhor!

E vamos manter o espírito pacífico no debate. Acho que é um assunto muito importante e que deve continuar a ser debatido...

Um abraço a todos
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A velha vai cair. Altamente!

por LS » 23/3/2008 19:42

Pata-Hari Escreveu:LS, os responsaveis são quem permite que aconteça.


Em casa são certamente os pais. Atirar para os pais tudo é simples demais. É naif. Fora de casa, podes até apontar os pais como sendo a causa mas o primeiro responsável é quem permite a escalada da situação (e certamente a professora permitiu e motivou isso ao alinhar nos gritos e na agressão fisica) e quem nem sequer a aponta como sendo de extrema gravidade. Mesmo que tome dez horas de trabalho, não acho nada normal que a professora não tenha feito queixa. Não acho normal que a escola nem tenha sido informada de uma situação tão grave. A mensagem está toda errada. A mensagem que a professora passou é que é aceitavel este tipo de comportamento. Nem queixa apresentou, teve apenas um pequeno problema na aula. Este tipo de permissividade e aceitação das coisas é o que está errado. Se os pais não são capazes de passar essa mensagem, a escola tem que a passar. É exactamente este tipo de aceitação passiva que permitiu atrocidades ao longo dos séculos. Caramba, não aprendemos com os erros?

Havendo penas para este tipo de crimes, é da responsabilidade da escola garantir que actos praticados na escola têm consequências. Se a escola não tem poderes para tal, se calhar os inúmeros sindicatos de professores terão forma de pressionar para que passem a ter. Se não tiverem, se calhar aliados às associações de pais terão. E quando o número for significativo, te garanto que os governos tornarão isso uma prioridade. Não se pode é aceitar passivamente.


Existem muitos problemas na educação mas devemos discutir ponto a ponto e não misturar as coisas. Caso contrário, é o caminho da entropia onde caímos geralmente e não resolvemos nada.

É tão facil responsabilizar os pais como os professores.

Só que nestas situações, estes comportamentos de algumas crianças (na escola, em casa, na rua) têm como primeiro responsável os pais. Foram os seus pais os primeiros demissionários na educação destas crianças.

Noutro contexto, podemos discutir outros problemas da educação em Portugal, o papel dos professores, dos sindicatos, das associações de pais. E haverá muito para dizer.

"A velha vai cair. Altamente!" revela uma postura que não se confina, certamente, ao espaço da sala de aula e indicia uma falta de formação que, a meu ver é da responsabilidade dos encarregados de educação dessa criança.

Os pais podem alegar mil e uma razões para se justificarem. mas não podem transferir para mais ninguem a sua responsabilidade neste assunto.
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por silvaxico » 23/3/2008 14:45

Pata-Hari Escreveu:Havendo penas para este tipo de crimes, é da responsabilidade da escola garantir que actos praticados na escola têm consequências. Se a escola não tem poderes para tal, se calhar os inúmeros sindicatos de professores terão forma de pressionar para que passem a ter. Se não tiverem, se calhar aliados às associações de pais terão. E quando o número for significativo, te garanto que os governos tornarão isso uma prioridade. Não se pode é aceitar passivamente.


Cada vez parecemos estar mais de acordo... :)

Talvez este caso ajude a dar visibilidade ao problema e se caminhe para uma solução.

Mas entretanto o quadro legislativo aponta no sentido de cada acção disciplinar exigir tanto trabalho extra que os professores muitas vezes preferem fechar os olhos às acções menos graves. Já agora, o que dizer dos pobres dos auxiliares da acção educativa? Esses são insultados diariamente pelos alunos e já acham normal...
 
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por Struke » 23/3/2008 13:35

Pata-Hari Escreveu:Jotabilo, os putos testam limites.


posso afirmar isto, porque com alguns professores portam-se lindamente e com outros são uns selvagens, tem realmente haver com o facto da liberdade que alguns professores dão na sala de aula e então aproveitam essa "a vontade" para darem nas vistas...
 
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por Pata-Hari » 23/3/2008 13:33

LS, os responsaveis são quem permite que aconteça.


Em casa são certamente os pais. Atirar para os pais tudo é simples demais. É naif. Fora de casa, podes até apontar os pais como sendo a causa mas o primeiro responsável é quem permite a escalada da situação (e certamente a professora permitiu e motivou isso ao alinhar nos gritos e na agressão fisica) e quem nem sequer a aponta como sendo de extrema gravidade. Mesmo que tome dez horas de trabalho, não acho nada normal que a professora não tenha feito queixa. Não acho normal que a escola nem tenha sido informada de uma situação tão grave. A mensagem está toda errada. A mensagem que a professora passou é que é aceitavel este tipo de comportamento. Nem queixa apresentou, teve apenas um pequeno problema na aula. Este tipo de permissividade e aceitação das coisas é o que está errado. Se os pais não são capazes de passar essa mensagem, a escola tem que a passar. É exactamente este tipo de aceitação passiva que permitiu atrocidades ao longo dos séculos. Caramba, não aprendemos com os erros?

Havendo penas para este tipo de crimes, é da responsabilidade da escola garantir que actos praticados na escola têm consequências. Se a escola não tem poderes para tal, se calhar os inúmeros sindicatos de professores terão forma de pressionar para que passem a ter. Se não tiverem, se calhar aliados às associações de pais terão. E quando o número for significativo, te garanto que os governos tornarão isso uma prioridade. Não se pode é aceitar passivamente.
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por silvaxico » 23/3/2008 13:25

Em Espanha parece que é diferente... os pais são responsabilizados.


Um tribunal da cidade espanhola de Sevilha condenou uma mãe a pagar uma multa de 14 mil euros, depois do seu filho ter agredido um colega na escola.

Segundo noticia a edição electrónica do jornal El País, o tribunal considerou que foi o «laxismo e tolerância» maternos que permitiram a atitude do menor.

O dinheiro desta multa servirá também para custear os tratamentos dentários que a criança agredida necessita.

A mãe do agressor ainda terá tentado responsabilizar a escola, alegando que esta não tomou conta de forma eficaz dos alunos. Mas o tribunal não acolheu como válidos estes argumentos, considerando que «a brutalidade e a intensidade» das agressões são reflexo de «uma falta de fornecimento ou assimilação de educação e moderação».



Retirado de portugaldiario.iol.pt
 
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por LS » 23/3/2008 12:38

Queres dizer, que se não respeitam a bem, tem de respeitar a mal. OK. Para isso, é necessária autoridade. E ela começa por faltar em casa.

Não podes querer 'branquear' os pais e responsabilizar a escola e os professores. Vamos apontar os culpados. Um a um. Comecemos pelos primeiros.

Não te esqueças que começamos a ter estas situações em plena Universidade. Onde algumas destas bestinhas conseguiram chegar e vão continuar com este tipo de comportamento. Por exemplo, nas, cada vez mais estupidas, praxes onde inclusivamente já se tem verificado ameaças de violação.
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por Pata-Hari » 23/3/2008 12:33

Mas exijam isso!!! Como mãe muito chata, com pata muito vocal, eu apoio e faço o que vocês professores me pedirem para que possam exigir mudanças nesse processo. Porque eu não quero os meus miúdos no meio destas selvajarias. Eu não quero correr o risco de que alguma vez deixem um dos meus putos pisar o risco ou assistirem a cenas como aquelas. Os miúdos daquela turma, se a cena não tivesse ido parar aos jornais, teriam aprendido que a professora não fez queixa e que o acto não teve nenhuma consequência.
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por silvaxico » 23/3/2008 12:26

É um pouco isso, Marta. Mas antes, quando o aluno pisava o risco, levava um castigo dado pelo conselho directivo e o caso estava resolvido.

Agora tem de se abrir um processo altamente burocrático que implica a audição do aluno (ou alunos), do encarregado de educação, do professor, de eventuais testemunhas, etc. Só depois, em reunião de turma, se decide do castigo a dar ao aluno.

Este trabalho burocrático é feito pelos professores, para além do seu horário (nem podia ser de outra maneira, não é?). Isto é mais um factor que leva a que se vão "desculpando" as faltas menos graves dos meninos e que depois conduz a situações em que eles acham que podem fazer tudo.

Vamos ser claros: se mandar um aluno para a rua, porque tem o telemóvel ligado na aula, obriga a mais 10 horas de trabalho extra para o director de turma, porque não deixar a criança ficar com o telemóvel?

E depois, quando se ouve os encarregados de educação dizerem coisas como "Claro que ele tem o telemóvel ligado! Pode ser que eu ou a mãe precisemos de falar com ele!"
Editado pela última vez por silvaxico em 23/3/2008 12:43, num total de 1 vez.
 
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por Pata-Hari » 23/3/2008 12:05

LS, não concordo. Os mais selvagens respeitam regras quando são obrigados a isso. E os mais "educados" comportam-se como selvagens se o ambiente for propicio a isso (até a história está cheia desses exemplos em que nações tiveram comportamentos incriveis porque tal foi admitido). Do mesmo modo que as sociedades se tornam muito mais sociais quando se educa a população (normalmente pelo sistema crime=cosnequência). É da natureza humana e conhecido.
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por LS » 23/3/2008 11:53

A responsabilidade é dos pais destes alunos. Os que são selvagens são assim porque não têm educação e a educação é dada em casa. Em minha casa continua a ser assim.

Não se trata sequer de uma escola num contexto de dificuldades. Os alunos têm bons telemóveis que utilizam para filmar estas cena e depois colocar na Internet.

Para mim, é claro que os pais destes alunos são os mesmos que estacionam em cima do passeio não dando possibilidade de passagem a deficientes e a quem tenha carrinhos de bébe, atropelam se for caso disso os peões em cima da passadeira, tentam ultrapassar toda gente nas filas, cospem para o chão e despejam a beata em tudo o que é sitio, etc. etc. Estas crianças são autenticas esponjas que absorvem tudo o que vêm e ouvêm em casa.

Não tenho a certeza mas, desconfio que são os mesmos que para justificar o insucesso escolar dos filhos, dizem que os professores de Matematica e Português não prestam e são mandriões.
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por Pata-Hari » 23/3/2008 11:12

Jotabilo, os putos testam limites. Em casa testam com o pai e com a mãe. E sabem que com o pai podem puxar a corda até um certo ponto e com a mãe até outro. É igual com os avós. Em casa dos avós as regras são umas, em casa dos pais, são outras. Puto descobre muito rapidamente quais são os limites. O mesmo nas escolas. Se não houver limites, os miúdos vão puxando a corda e serão selvagens autênticos.

A culpa daquela cena ter acontecido não é da Professora, como é óbvio. Mas as regras e a definição de poder disciplinaria (onde actos tem consequências) obviamente não foi estabelecido como deveria. Aquela aluna não faz a menor das ideias de que consequência pode ter o seu acto ou acredita que não terá nenhuma porque é o passado lhe ensinou.

Estou quase certa que naquela escola provavelmente nunca ninguém se deu ao trabalho de fazer uma reunião para discutir o que fazer e como agir naquelas situações. E isso deveria fazer parte do trabalho normal e programado da escola porque são situações comuns, infelizmente. Tal como provavelmente deveria fazer parte do programa explicar aos alunos, claramente, que estudar e aprender têm consequências directas neles próprios e que o seu destino individual depende em grande parte disso. E isso eu considero com uma obrigação da escola porque nem todos os alunos têm a sorte de ter pais que entendem isso e que lhes ensinam e repetem isso mesmo. Isso só acontece nos meios mais favorecidos onde os adultos aprenderam isso. Explicar isso aos alunos, claramente, seria uma medida igualitária que se calhar surtiria mais efeito que muitas medidas que envolvem recursos maiores. É óbvio que muitos alunos não entenderam que estão na escola a trabalhar para eles próprios.

Obviamente o ministério que tem que garantir que as escolas têm meios de exercer disciplina. E o sistema penal tem que garantir que a crimes e agressões corresponde uma pena. E aqui é que "a porca torce o rabo", não é? entramos noutro sistema que não funciona por cá.
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por LS » 23/3/2008 1:10

Algo que me impressiona e que já referi algures é a completa inadequação das matérias escolares.

Já era assim no meu tempo. A quantidade de coisas que tive de aprender que não me serviram para nada.

E hoje continua a ser assim mas, agravado porque a sociedade evoluiu vertiginosamente. Os livros são mais coloridos mas a maior parte da matéria é uma completa pepineira.

Quando era professor tinha tambem quase que fazer o pino para manter a malta interessada.

Já agora, e passe a publicidade deixem-me partilhar convosco uma iniciativa da Porto Editora a que tenho recorrido e que tem obtido algum sucesso com os meus filhos: a Escola Virtual. Na internet (de preferencia) ou em CD-ROM. Não é caro. Tem tambem exercicos multimedia para eles resolverem Dêem uma espreitadela: http://www.escolavirtual.pt
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comentário

por jotabilo » 23/3/2008 0:32

Pois Caros...devemos ler o post anterior.....a humildade, o desprendimento e a lucidez da autora, comovem.

cumps
 
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Um texto que subscrevo em quase toda a sua extensão

por jotabilo » 23/3/2008 0:13

Anónimo disse...
Os alunos não aprendem e a culpa é dos professores que não sabem ensinar??!!!
Esse foi o lema durante o meu estágio feito há mais de 20 anos!
Durante uma aula assistida, um aluno perguntou-me que horas eram, e aqui d’el-rei que o menino estava enfastiado! Para bem dos meus pecados ainda tinha 27 alunos interessados na aula, que me valeram para “abafar o incidente”!
Como “o professor é um actor”, fazia-se o pino, entoavam-se as palavras, passeava-se pela sala organizada em grupos de mesas, gesticulava-se, levavam-se resmas de imagens, bonecos, retroprojector, diapositivos… cada aluno era um mundo e o professor tinha que se desdobrar por 28 / 30 pequenos mundos por hora…
Não interessava muito o produto final, mas sim os processos, os percursos que cada aluno percorria durante o ano lectivo.
Trabalho de Projecto; trabalho em grupo; pedagogia Freinet; nada de autoridades; muita motivação; as aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, mas sim pela experiência; o fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo… enfim tudo era motivador.
Cada Unidade de Trabalho começava sempre por “sensibilização dos alunos ao problema de…”
E os alunos ficavam sensibilizados.
Resultou? Sim resultou. Durante muitos anos este tipo de pedagogia resultou nas minhas aulas e nas dos meus colegas. Os alunos respondiam aos desafios, experimentavam, eram curiosos, interessados e aprendiam.
E agora? Como é agora?
Se na pedagogia Freinet tudo era centrado nos interesses das crianças, porque é que agora não resulta? Quais são afinal os interesses das crianças e dos adolescentes de hoje?
Passou quase um século, desde Freinet…
Agora os interesses mudam todos os dias. Mudam muito mais depressa do que antigamente. Mudam dois dias antes de se pôr em prática a melhor pedagogia, a melhor metodologia, as melhores estratégias…
Ah! O zapping! Agora está na moda o zapping!
Hoje gosta-se disto, amanhã gosta-se daquilo. Não presta, deita-se fora, troca-se, compra-se novo, desfaz-se, muda-se de emprego, de casa, de canal de TV, de marido, de mulher, de amigos… tudo ao alcance de um click!
Estamos na era do zapping, do imediatismo, do facilitismo, “do quero ter já e depois logo se vê”!
As novas tecnologias, os novos sistemas de comunicação, entram-nos pelos olhos, pelos ouvidos, pela nossa casa dentro, todos os dias e a toda a hora. E não é mau. Usamo-las. Já não dispensamos o nosso ipod, a Tv, o PC, o telemóvel, o pocket PC, o iphone, a PSP, a pendrive… e tantos outros gadgets que nos inundam o dia a dia.
E de repente, toca para a aula e entram-nos 20/30 alunos por uma porta que se sentam em frente de um quadro negro (ou verde), virados para uma criatura que os proíbe de utilizar os Mp3 e os telemóveis, e lhes pede que estejam sentados a conjugar os verbos, a fazer equações, a ouvir contar os descobrimentos…
E eles que já nascem com a cabeça levantada, que com menos de um ano de idade percorrem os corredores dos hipermercados em alcofas e cadeirinhas penduradas nos carrinhos de compras, a levar com outdoors, cartazes, luzes, sons …
Eles que desconhecem o que quer dizer “concentração”, porque já nascem com “concentração dispersa”, eles que conseguem estar atentos a 4 ou 5 coisas ao mesmo tempo, eles que já nascem hiperactivos, têm que permanecer sentados numa sala de aula a aprender matérias que não percebem bem “para quê?”
Para quê ler, se viajam mais e melhor através da Net?
Para quê memorizar aquela quantidade de nomes ou a tabuada, se pode estar ao alcance de um click? Para quê?
Hoje já não “disfarço” os conteúdos como antigamente fazia. Eles não gostam. Acham que é tratá-los como atrasados mentais. E têm razão. Para quê projectar “a caixinha” na aula de Matemática, que é construída em Ed. Tecnológica, é pintada na aula de Ed. Visual, é cantada em Ed. Musical, é escrita no Português, traduzida em Inglês e reciclada em Ciências Naturais?
Dar “a seco” os conteúdos, porque afinal assim eles “sabem” o que estão a aprender.
Também já há salas repletas de computadores, onde os alunos se atiram vorazmente a cada PC, surfando indiscriminadamente na Net ou utilizando o MSN e outros programas do género, onde costumam passar horas a conversar com os próprios vizinhos do lado…
Já não conversam muito entre eles. Falam teclês na Internet, por SMS…
Afinal o que é que querem?
Quais são os seus interesses?
Porque é que as famílias os depositam nas escolas onde sabem estarem seguros?
Porque é que ao mesmo tempo certos pais desvalorizam a escola?
Porque é que os alunos não aprendem?
O que é que afinal quereriam aprender? Ou deveriam aprender?
Porque estão cada vez mais agressivos, mais violentos?
Porque é que os pais não os educam?
Porque é que os profs têm que “tomar conta deles” mesmo depois das aulas?
Porque é que muitos têm famílias desestruturadas e por isso mesmo gostam cada vez mais da escola, do recreio da escola?
Porque é que os profs têm que competir com a televisão, os MP3, os computadores…. etc?
Porque é que já não conseguimos sensibiliza-los para nada?
Porque é que já não se encantam com um bom livro que a professora lhes mostrou? Uma imagem? Uma exposição? Um filme? Uma aula que levou horas a preparar?
Afinal temos que competir com os gadgets que eles trazem no bolso?!!
Afinal para que é que todos temos o telemóvel no bolso, se temos que o ter desligado?
E se o meu filho precisa de mim e telefona? E a minha mãe, que está doente e sozinha?
E porque é que não posso ouvir música ao mesmo tempo que o prof. fala, se lá em casa todos trabalham no PC, com a TV ligada, o CD a tocar, os miúdos a gritarem….?
A comunicação mudou.
A comunicação mudou?
As matérias são uma seca. A professora é uma seca. Diz o meu filho em casa.
Temos que pensar o que é que queremos. Não para amanhã, mas o que queremos para daqui a 10, 20 anos.
Temos que reflectir sobre muita coisa.
Temos que reformar muitas coisas.
Temos que nos actualizar.
Temos que aprender outras coisas.
Temos que ouvir os adolescentes de hoje.
Temos que ser ajudados.
Temos que nos entre ajudar.
Temos que nos equipar.
Temos que experimentar outras coisas.
Temos que “inventar” novas aulas, novas salas de aula.
Temos que nos adaptar aos novos alunos, às novas famílias, às novas profissões, aos audiovisuais, às novas formas de comunicação, até ao zapping!
Temos que aprender novas maneiras de ensinar.
Temos que aprender novas maneiras de aprender.
Mas, de repente, cai-nos um país em cima que diz que está tudo mal e que a culpa é nossa e por isso temos que ser castigados!
Também somos pais, que diabo!
Acabo de ver na Internet o tal vídeo da aluna aos gritos e puxões à professora, só porque esta lhe retirou o telemóvel enquanto decorria a aula. Uma turma inteira a faltar ao respeito a uma professora, que tenta desesperadamente desempenhar o seu papel, que com certeza já trabalha há muitos anos. Reparo agora que não é só este, mas centenas deste género de vídeos que mostram cenas em salas de aula onde se passa tudo, menos ouvir o professor! São escolas em Portugal, em Inglaterra, no Brasil e pelos 4 cantos do mundo. Mas afinal o que é que se está a passar?! De repente todos os professores perderam a autoridade na sala de aula?! E os valores? Ainda são os mesmos valores que perduram? Respeito é sempre respeito. Falta de respeito há 20 anos é a mesma falta de respeito hoje?
Aqui em Portugal, de há 3 anos para cá tem sido uma alegria com alguns políticos a denegrirem a imagem dos professores. Nos outros países não sei. Será que a culpa é dos telemóveis?
São verdadeiros génios os professores que conseguem manter a disciplina e o interesse dos alunos (uma turma inteira – 28 alunos) numa sala de aula durante um dia!
Perguntemos aos pais de hoje se conseguem manter os vossos filhos quietos sentados à mesma mesa a conversar? Quanto tempo dura o vosso jantar lá em casa? No meu tempo era a hora sagrada em que estávamos com os nossos pais a conversar à mesa.
São os vossos próprios filhos – devem conhecer-lhes os interesses, caramba! Quanto tempo conseguem estar à conversa com eles, ou a ensinar-lhes qualquer coisa? Nem que seja só as boas maneiras? Quanto tempo conseguem prender a atenção dos vossos filhos adolescentes?
É que eu já tenho dificuldade em fazer isso mesmo com os meus próprios filhos!
Então, percebam o que é que se pode conseguir sem equipamento nenhum. Só com uma sala cheia de mesas e cadeiras, um quadro negro de giz… e 28 pessoas diferentes.
Entretanto proliferam livros e documentários sobre pequenas crianças ditadoras e pais que pedem ajuda… O que é que se passa afinal?! Os pais estão a demitir-se e pede-se à escola que os substituam também?
São tantas as questões que gostava de ver debatidas, analisadas, reflectidas em conjunto com pais, professores, alunos, governantes…
Claro que queremos ser avaliados. Claro que temos sido avaliados. Há listas de graduação a nível nacional. Estágios, formação anual, antiguidade… más condições e péssimos salários, agora congelados…
Para quando as Reformas a sério?
Uma coisa eu tenho a certeza, não se conseguirá nada sem o envolvimento de todos.
Sou mãe de 3 filhos e professora há 28 anos. Nunca tive problemas de indisciplina nas minhas aulas, mas tem-me saído do pêlo e do tempo que tiro à minha própria família, dedicando-me à escola a tempo inteiro, mas até quando?
Os alunos que me aparecem nas aulas são cada vez mais problemáticos. O seu desinteresse, a falta de empenho e de trabalho crescem avassaladoramente. As forças vão-me faltando e os resultados são cada vez menos positivos. E não, não estou a falar dos resultados do aproveitamento, mas dos resultados das estratégias que utilizamos para ganhar o interesse dos alunos. Esses são para mim os mais importantes, porque os outros decorrem naturalmente dos primeiros.
São os programas, as matérias, os fracos recursos de que dispomos, a própria estrutura em que se sucedem as aulas, as vidas familiares turbulentas e desequilibradas, a grande disparidade entre a vida lá fora e o comportamento que se pretende numa sala de aula, que provocam este desinteresse nos alunos de hoje.
Mudar? Sim. Mas como? Para onde? De que maneira?
Pensar uma escola a longo prazo e no que queremos destes cidadãos daqui a 20 anos, parece-me ser o caminho mais certo. Não interessam reformas para hoje, nem para eleições. Não é só encher as escolas de computadores, se não se souber para que os queremos ou como usá-los.
A tecnologia avançou largamente estes últimos 20 anos. E a educação? A escola? É por decreto que se faz a escola do século XXI? São os professores os culpados por todo este estado de sítio?!

22 de Março de 2008 23:05
 
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comentário

por jotabilo » 22/3/2008 23:54

Caros

A culpa é da ministra, do governo e de todos nós, com especial atenção sobre estes últimos.
Os putos estão entregues a si mesmos e aos ipods e telelés e playstations.....nós pais estamos agarrados à competitividade de todos dias e anos...desde que eles foram bébés...ou não é isto?
Culpar quem?...Fazer o quê?
Começem a reflectir...a mãe (ou o pai) entrega o bébé na creche....depois segue-se o jardim de infância...a seguir a escola básica e escola secundária...e depois a faculdade....e depois é entregue à sociedade que exige dele apenas uma formação técnica....a educação é só para a aristrocacia...onde não há jardins de infância nem escolas-fábricas....nem escolas bolonhesas.....esses têm uma formação mais cuidada e mais orientadada para a liderança das massas dirigidas.
Que queriam que os putos fizessem?...acho que tiveram um procedimento conforme o abandono que lhes demos...eles apenas têm como companhia os telelés para a humanidade necessária...ou os ipods para dar de beber a sua sede de humanidade.
Estão sós ..meus Caros....e fomos nós que os abandonámos com a sociedade que criámos.
Os aristocratas que nos orientam utilizam os princípios da sociologia e da psicologia na elaboração da propaganda condicionadora...e agora os putos mostram-nos o resultado.
Como o hebreu disse.....quem não se sentir culpado que atire a primeira pedra...gostaria de ver quem ficava.
Temos de mudar...senão o nosso fim é, inexoravelmente, um lazareto de tormes ao sabor dos empurrões dos funcinários que fazem de nós uns imbecis...com aquelas animações de terceira idade idiotas....ou então aquelas universidades séniores para pregarmos às pedras dos cemitérios.
Anda tudo na competitividade e depois exigimos aos putos que sejam humanos....não entendo...não podemos entender.

cups
 
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por silvaxico » 22/3/2008 23:34

Mais uma solução para problemas do género.

http://www.youtube.com/v/KbdWVO8D8uQ&hl=en
 
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por Sei lá » 22/3/2008 22:35

scpnuno Escreveu:O que me está a irritar solenemente (eu, que não percebo nada disto) é que falam, falam, mas não dizem nada.

A ministra, a DREN, o diacho, ainda não vi (ouvi) ninguém a dizer uma coisa clara do genero " a aluna está suspensa até o processo ser analisado e a punição decidida" ou, para ser mais abrangente "os intervenientes no incidente estão suspensos até ser decidido as penalizações a aplicar" ou " a aluna pode ser sujeita a expulsão" ou "a professora..." ou "os alunos daquela turma..."

Não, discute-se se o video devia ter sido difundido ou não (já foi, é chover no molhado) se a professora devia ter feito assim ou não sei quem devia ter feito assado.

Bolas, não interessa. O que se passou é publico. Vamos agora punir quem tiver que ser punido e ver como se possa impedir futuros incidentes do genero...tipicamente "tuga" estamos a discutir minhoquiçes para evitar o assunto principal.

Bahhhhh


Não sei porquê essa admiração. O ME desta ministra tem-se debruçado, na maior parte das vezes (pq tb já teve coisas bem feitas, mas poucas) no que é supérfulo e esquece o que é essencial. Acho que agora a coisa começa a ficar demasiado óbvia para não acreditar...
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
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