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Caldeirão da Bolsa

What Makes Finnish Kids So Smart?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Zenith » 13/3/2008 13:19

Pata-Hari Escreveu: isto é como quem diz : trabalhem vocês que nós vamos continuar a defender os principios com o dinheiro de todos. E, já agora, continuem a pagar impostos senão não podemos defender os principios. Os recursos são finitos e neste pais são escassos. Não há cá espaço para uns quererem estabelecer a ética à custa dos outros sobretudo quando não se produz nenhum trabalho de qualidade. Eu prefiro que quem establece a ética e a progressividade social e humana seja quem tem provas dadas e não quem usa os recursos públicos sem produzir resultados minimamente aceitaveis, ok? Este tipo de declarações são revoltantes.


Continua sempre o mesmo raciocínio confuso.
Os principios não se defendem com dinheiro seja ele privado ou publico, mas com o exemplo.
Ninguem estabelece ética nem progressividade social. A ética constroi-se ao longo da vivencia de varias gerações, da mesma forma que o caracter progressivo ou não de uma sociedade.
Claro que cada um segue os mestres que entende, e para as escolhas dos mestres faz o seu juizo acerca das provas dadas.
De qq forma continuo sem perceber qual a posição relativamente ás faltas.
Para não haver problemas de má interpretação as seguintes perguntas são desprovidas de qualquer ambiguidade:
1) Acha que um empregador deve tolerar,(i.e. não tomar activa ou pasivamente qualquer medida punitiva), uma falta de um empregado que justificou foi ao funeral de um familiar? (S/N)
2) Se nao foi nem sim nem não em que condições é que a tolerância não deve ser exercida?
 
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por rmachado » 13/3/2008 12:12

Ok JAM.

O sistema actual não é de forma algum o melhor.

Isto pq até é insensato por exemplo para crianças nascidas depois de 15 de Setembro que são excluidas de entrar caso não haja vagas. Isto pq o crescimento demográfico não é estudado para se preverem estas coisas... dá trabalho pensar a 6-10 anos.
 
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por Sei lá » 13/3/2008 12:09

rmachado Escreveu:JAM, nunca consegui escolher nenhuma escola e conheço poucos casos de gente que tenha conseguido escolher sem recorrer aos esquemas (ou seja, arranjar moradas falsas). Está respondido?


Tanto quanto sei, em Paços de Ferreira passa-se o mesmo. As 3 escolas do concelho têm alunos que não são obrigatoriamente os que vivem mais perto do estabelecimento. Mas lá existem pormenores que não serevm de exemplo, como algumas escolas recusarem um aluno qalegando lotação, quando este possui um histórico problemático.

Quero no entanto realçar que a situação actual não é a ideal, razão pela qual o cheque ensino que já se mencionou seria uma boa solução.
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por Sei lá » 13/3/2008 12:03

Pata-Hari Escreveu:E olha lá, no almoço explicas-me o que tem Santo Tirso a ver com o tema e para quantas pessoas isso é relevante ou o que se prova com isso. Eu perdi-me.


Explico-te aqui pq o mais certo é não ir ao almoço.

Defendeste que deveria ser possivel os pais escolherem a escola dos filhos. Como esse discurso para mim não é novo, dei a mesma resposta que dei ao teu colega de ideolgia no outro forum e expliquei que na minha terra se podia escolher escola. Mencionei o nome da terra, porque alguém perguntou ai para trás. Ainda vamos ter um boom de pais libertários com os filhos a virem para cá morar por poderem escolher uma escola gratuita :mrgreen:
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por rmachado » 13/3/2008 12:01

JAM Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:JAM, nunca consegui escolher nenhuma escola e conheço poucos casos de gente que tenha conseguido escolher sem recorrer aos esquemas (ou seja, arranjar moradas falsas). Está respondido?

Não me escudo a responder mas há alturas em que não vale a pena continuar a argumentar ponto a ponto porque se atinge a saturação.


Não conseguiste porque não vives em Santo Tirso, onde há 5 escolas num raio de 4km. Três publicas e duas privadas, sendo que uma das privadas é ensino particular cooperativo e logo é praticamente ao preço de uma publica. Possibilidade de escolha é o que não falta. Se alargares o raio para 10km, podes somar ainda mais duas escolas publicas.

Saturação? :roll: Então dou-te uma novidade e chamas a isto saturação? Quando não quiseres discutir comigo basta dizeres: JAM, não quero discutir mais contigo.


Tem sorte, ou Santo Tirso é pequeno ou "alguém" fecha os olhos ou são poucas crianças.
Digo isto pq segundo sei a criança tem de ir para a escola mais perto da sua residência.
Eu vivo num sitio relativamente pequeno com duas primárias na freguesia. Com outras a volta no raio de 5-8 Km, mas não posso escolher... a escolha é feita sobre a minha morada e a primária é a EBI local...

Logo... como escolho? Dou a morada da prima?

Outra questão apontada no email do sistema de ensino da Suiça e/ou Alemanha são os tais 72/80 dias de férias correspondentes grosso modo a 2/2,5 meses de férias. Mas note-se que eles param no inverno (muito frio/neve), e como o email bem mostra os professores trabalham na escola e não deixam de ser avaliados, e os alunos são responsabilizados. De notar tb que nesses paises existem muitas actividades desportivas e não só após o horário escolar...

Para mim faça-se o seguinte:
Mais autoridade aos professores
Mais responsablização dos pais e dos alunos
Criar condições na escola para os professores trabalharem lá as 35 horas
Menos facilitismo
Programas mais adequados
Ano lectivo perfeitamente definido (aulas a começarem no dia x de setembro e não como agora)
Melhor adqueação da distribuição de recursos humanos
Liberdade de escolha na escola.
 
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por kostta » 13/3/2008 10:50

Pata-Hari Escreveu:JAM, esta resposta vai na brincadeira mas é meia verdadeira: dá graças a Deus eu não me dar para responder a tudo o que foi dito. Não é o caso da tua pergunta não respondida mas, caraças, imagina que eu tinha mesmo respondido a coisas que aqui foram escritas em defesa dos professores (e que aposto que tu próprio sabes quais...). É claro que tinhamos o tópico bloqueado no mesmo momento..

E olha lá, no almoço explicas-me o que tem Santo Tirso a ver com o tema e para quantas pessoas isso é relevante ou o que se prova com isso. Eu perdi-me.

jpereira667, concordo em grande parte com o que escreveste, é um milagre :D.



sempre conseguiste discutir civilizadamente, por isso também o podes fazer agora.

O que eu acho é que as pessoas não querem entender muitas coisas:

-como pode um prof ser avaliado pelo desemepenho dos seus alunos se o prof não é o responsavel pelas notas?

- como podemos comparar publico/privado quando as realidades são diferentes? alguem que me mostre uma escola privada (das do top) em que 20 a 30 % dos alunos sejam seguidos pela CPCJR e mais 5% pelo tribunal de menores


-^Concordo que os pais deveriam poder escolher a escola dos filhos. Mas essa questão so se coloca nos grandes centros. Onde vivo e nso concelhos vizinhos só ha uma escola secundaria publica em cada uma e uma privada ´para esses concelhos todos.

- Como podemos estar sempre a dizer que os profs ganham muito quando a OCDE diz que durante a maioria da carreira os profs têm um vencimento abaixo da media da OCDE? Só no final da carreira é que superam a media. Agora com a atribuição de quotas cerca de 70% das pessoas irão ficar pelo meio da carreira, fazendo com que cerca de 70% dos professores ganhem toda a vida abaixo da media europeia.

- Como podemos concordar com um ssistem em que quem vai avaliar não é o mais competente mas o mais idoso?

-Os prfs querem ser avaliados, mas que essa avaliação comece no inicio do ano e nao a 3 meses do fim das aulas.

-Como pode este ministerio lançar em meia duzia de semanas o que o privado nada há anos a tentar fazer e não consegue. Caso nao saibam este sistema é parecido com o do ensino privado, mas a maioria das escolas nao conseguiu avançar com ele devido à copmplexidade do mesmo. não esquecendo que no privado não há quotas

- que logica terá pagar comm o nosso bolso o material que precisamos de utilizar nas nossas aulas?
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por Pata-Hari » 13/3/2008 8:09

JAM, esta resposta vai na brincadeira mas é meia verdadeira: dá graças a Deus eu não me dar para responder a tudo o que foi dito. Não é o caso da tua pergunta não respondida mas, caraças, imagina que eu tinha mesmo respondido a coisas que aqui foram escritas em defesa dos professores (e que aposto que tu próprio sabes quais...). É claro que tinhamos o tópico bloqueado no mesmo momento..

E olha lá, no almoço explicas-me o que tem Santo Tirso a ver com o tema e para quantas pessoas isso é relevante ou o que se prova com isso. Eu perdi-me.

jpereira667, concordo em grande parte com o que escreveste, é um milagre :D.
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por Sei lá » 13/3/2008 3:02

nunofaustino Escreveu:Eu nunca trabalhei por conta de outrém por isso n sei o que são faltas equiparadas a serviço efectivo, por isso tive de ir procurar o que é isso...

encontrei este site http://spn.pt/?aba=27&cat=4&doc=1550&mid=115 que diz que as faltas dadas por falecimento de um familiar contam como serviço efectivo.

Aliás, aquela lista é bastante extensa...

Um abr
Nuno


Caro NunoFaustino, eu tive o cuidado há uns dias atrás de mencionar "a ser verdade..." quando me referi às faltas impedirem o acesso a um "Excelente".

A minha salvaguarda deveu-se ao facto de isso ter sido veiculado nas escolas nas reuniões perliminares sobre avaliação, mas supostamente ter sofrido algumas alterações. Pelo link que colocaste hoje de tarde, já terá sido alterado.
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por Sei lá » 13/3/2008 2:58

Pata-Hari Escreveu:JAM, nunca consegui escolher nenhuma escola e conheço poucos casos de gente que tenha conseguido escolher sem recorrer aos esquemas (ou seja, arranjar moradas falsas). Está respondido?

Não me escudo a responder mas há alturas em que não vale a pena continuar a argumentar ponto a ponto porque se atinge a saturação.


Não conseguiste porque não vives em Santo Tirso, onde há 5 escolas num raio de 4km. Três publicas e duas privadas, sendo que uma das privadas é ensino particular cooperativo e logo é praticamente ao preço de uma publica. Possibilidade de escolha é o que não falta. Se alargares o raio para 10km, podes somar ainda mais duas escolas publicas.

Saturação? :roll: Então dou-te uma novidade e chamas a isto saturação? Quando não quiseres discutir comigo basta dizeres: JAM, não quero discutir mais contigo.
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por nunofaustino » 13/3/2008 1:09

kostta Escreveu:
se a falta nao for equiparada a serviço efectivo, ficas prejudicado (por exemplo as faltas por nojo)

Repor aulas em escolas sobrelotadas é impossivel pois não há salas disponiveis e por norma a morte não é anunciada previamente pelo que a permuta nao pode ser feita.


Eu nunca trabalhei por conta de outrém por isso n sei o que são faltas equiparadas a serviço efectivo, por isso tive de ir procurar o que é isso...

encontrei este site http://spn.pt/?aba=27&cat=4&doc=1550&mid=115 que diz que as faltas dadas por falecimento de um familiar contam como serviço efectivo.

Aliás, aquela lista é bastante extensa...

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Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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Re: O formalismo é esse.

por kostta » 13/3/2008 0:16

jpereira667 Escreveu:Quem criou esse sistema acreditava que os professores embirravam com uns e favoreciam outros. Pura estupidez. Caro Kostta, já tentaste embirrar com alguém tendo 59 a assitir (tamanho médio de 3 turmas de 12º)? Ou favorecer alguém tendo essa mesma plateia? Ou tentar embirrar com uma turma inteira? A prática é simples: o professor dá a nota. O Conselho de Turma pode, na Reunião de Avaliação do x Período Lectivo, subir essa nota um valor. NUNCA BAIXAR. Em todo o caso, se o aluno protestar a nota, é o professor da disciplina o responsável por explicar e justificar a avaliação feita. A solidariedade serve para a responsabilidade mas não para o trabalho envolvido.


a questão nao se coloca em baixar ou subir a nota. trata-se das falta de logica de seres avaliado por algo pelo qual nao es responsavel.


e agora com a questão das quotas.... o baixar pode ate vir a ser uma pratica mais comum.
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O formalismo é esse.

por queraio1964 » 13/3/2008 0:06

Quem criou esse sistema acreditava que os professores embirravam com uns e favoreciam outros. Pura estupidez. Caro Kostta, já tentaste embirrar com alguém tendo 59 a assitir (tamanho médio de 3 turmas de 12º)? Ou favorecer alguém tendo essa mesma plateia? Ou tentar embirrar com uma turma inteira? A prática é simples: o professor dá a nota. O Conselho de Turma pode, na Reunião de Avaliação do x Período Lectivo, subir essa nota um valor. NUNCA BAIXAR. Em todo o caso, se o aluno protestar a nota, é o professor da disciplina o responsável por explicar e justificar a avaliação feita. A solidariedade serve para a responsabilidade mas não para o trabalho envolvido.
 
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por kostta » 12/3/2008 23:54

kostta:
Quem dá a nota é o professor da disciplina. Se os restantes professores desse aluno entenderem que uma dada nota deve subir (já me aconteceu faltar um valor a um aluno para ele ter acesso a um nível melhor de apoio social, por exemplo. Evidentemente que podem e devem ser invocadas outras razões.) a nota é votada podendo subir um valor.
A responsabilidade é de todos os professores presentes na Reunião de Avaliação.


exactamente. quem dá a nota é o conselho de turma. como é que eu vou ser avaliado por algo que não é da minha inteira responsabilidade? UM PROF NÃO DÁ NOTAS, PROPÕE.

e fiquem com um caso engraçado:

Insólito na ESA

Hoje foi dia de me deparar com uma situação insólita na Escola Secundária de Amarante. Aprovadas as fichas de registo pelo Conselho Pedagógico, soube que estavam disponíveis na reprografia para todos os professores que as solicitassem. Assim fiz e foi aqui que me deparei com uma situação insólita.
Diz-me a funcionária muito educadamente " Tem de pagar as fotocópias, srª professora." E em jeito de desculpa "São as ordens que eu tenho, srª professora."
Confesso que pensei estar numa escola que tem a veleidade de me querer reduzir a pessoa acéfala, coisa que eu não sou.
"Não pago." respondi eu "Vou resolver o problema à direcção, mas garanto-lhe que não pago os instrumentos que vão condicionar a minha avaliação interna enquanto funcionária nesta escola."
E toca de avançar escadas acima, com a papelada na mão, que é mais do que muita, constituída por Ficha Auxiliar da Avaliação da Planificação, Instrumento de Registo de Avaliação de Desempenho dos Professores - Observação de Aula, Instrumento de Registo de Avaliação de Desempenho dos Professores - Análise Documental, Ficha de Registo de Avaliação Efectuada pelo Director. Treze folhas no total.
Lá chegada repeti "Não pago. Não pago as fotocópias de documentos internos desta escola, que eu tenho de analisar pois vão condicionar toda a minha avaliação." E acrescentei "Sinto-me insultada. Mais, sinto-me gozada. E não pago não porque não tenha dinheiro para pagar. Não pago por uma questão de princípio. Nem que fosse um cêntimo. Recusaria da mesma forma o pagamento. Tenho os meus impostos em dia que sempre cumpri escrupulosamente. Só me faltaria agora ter de pagar para ser avaliada pelo Ministério da Educação! Só me faltaria agora pagar a minha própria avaliação! Podem fazer uma lista negra, a começar por mim, daqueles que desobedecem às ordens superiores. NÃO PAGO. E podem até colocar-me um processo em tribunal. NÃO PAGO! SINTO-ME INSULTADA, ACHINCALHADA, GOZADA. E NÃO PAGO."
E lá desci com as fotocópias na mão, sem as pagar, claro está, nervosa, alterada e irritada com a situação mesmo mesmo bem para ir leccionar uma aula de História ao meu 9º G.
No intervalo seguinte quando entrei na sala de professores a primeira coisa que soube pelos meus colegas foi que o problema estava resolvido e as fotocópias seriam gratuitas para todos os professores.

O meu "post" deste dia 4 de Março de 2008 é assim o testemunho do clima desnorteado, precipitado e conflituoso que se vive hoje nas escolas.
Cheguei a casa nervosa e com arritmias cardíacas. O clima está de cortar à faca e à mínima coisa poderá ficar completamente fora de controlo. Tive de tomar um calmante, logo eu que nunca tomo nada destas coisas! Deitei-me a dormir. Exausta.
Alguém me tira deste filme?





in http://anabelapmatias.blogspot.com/2008 ... de-me.html
Editado pela última vez por kostta em 12/3/2008 23:56, num total de 1 vez.
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Re: Algumas respostas e opiniões

por Dwer » 12/3/2008 23:54

jpereira667 Escreveu:JAM:
Depende do parente claro.
Em todo o caso, como só estou à 3 anos nesta escola e não me meto em política interna não corro o risco de ter Excelente ou Muito Bom.

Pata-Hari:
Compreendo a raiva. Existiram acções de formação que é melhor não dizer que existiram. Mas atenta a seguinte diferença: muitos de nós viemos do WordStar até ao Word2007 e, para nosso uso, "tiramos umas pelas outras" e a coisa funciona. Para ensinar é preciso ir mais fundo. A mim custa-me que me ofereçam Word e TIC e PowerPoint quando preciso de SQLServer, PostgreSQL, C# ou Python, coisas que estudo em casa através da NET como certamente farás na tua área. A questão é ser avaliado por fazer inutilidades ... bem intencionadas, digamos. Pequeno detalhe, nunca perguntei quem é porque a ignorância é feliz mas não são os professores que aprovam as acções de formação. Nem os Centros de Formação que existem nalgumas escolas. Quem será? Algum departamento-estrela do nosso impoluto ME?

O problema das faltas é real em todas as áreas. O custo das faltas em termos de carreira também existe no ensino embora, verdade seja dita, bastante mais ligeiro que no privado. A questão é:
se eu for freelancer e não trabalhar um dia, trabalho o dobro no seguinte;
se eu for empregado e não trabalhar um dia, a vida continua;
se eu for professor e não trabalhar um dia, espero que outro professor tenha aproveitado as horas para poder trocar ou então tenho de convencer os alunos a irem à escola a um Sábado (só cursos profissionalizantes por enquanto)

O ponto no início da mensagem: preferes pagar os €500.00. Tudo bem. Sou professor há já 10 anos, profissionalizado claro. Trago para casa €1.150.00 mês, mais coisa menos coisa (se alguém referir o ordenado bruto eu quero esse curso de finanças para aprender como gerem a casa com o ordenado bruto, eu só consigo com o liquido). Trocamos?

Esta foi pouco elegante mas convenhamos, se fossemos empreendedores e ambiciosos não eramos professores. Eramos qualquer outra coisa. Uma limitação da maioria da classe.
Já agora, uma coisa pouco referida sobre o futuro dos alunos. Atenção aos míudos que vão para cursos académicos (Literatura, Matemática, História, Biologia, etc ... (a mistura é intencional)): eles só podem fazer duas coisas na vida: investigar ou ensinar. Em Portugal são duas áreas dificeis. E uma armadilha que tarde ou cedo se fecha.

kostta:
Quem dá a nota é o professor da disciplina. Se os restantes professores desse aluno entenderem que uma dada nota deve subir (já me aconteceu faltar um valor a um aluno para ele ter acesso a um nível melhor de apoio social, por exemplo. Evidentemente que podem e devem ser invocadas outras razões.) a nota é votada podendo subir um valor.
A responsabilidade é de todos os professores presentes na Reunião de Avaliação.

Diversos:
Quando decidi participar no forum li algumas mensagens da última página. Lendo na diagonal mais alguma coisa vejo que gostam da Finlandia (ainda é o país mais honesto do mundo?) e que acham que os sindicatos ainda pesam.

Começando pelos sindicatos e falando a titulo pessoal e poucos mais colegas, os sindicatos servem porque estão organizados e são reconhecidos legalmente. Facilitam a organização de protestos e, claro, aproveitam e apadrinham esses mesmos protestos. Ideologicamente "já deram". Representam-nos porque é o que há. Na minha opinião, perderam muita credibilidade por serem mais sindicados que ovos de uma postura de rã. Entre nós dizemos que ainda falta o Sindicato dos Professores de Latim do 1º Andar da Escola Secundária de Ficalho Que Fica Longe Como O ... :oops: :oops: :oops:

Passando para modelos de ensino, sou "salazarista": orgulhosamente só.
A minha posição não é partilhada por ninguém, pelo menos em voz alta. Parto do seguinte pressuposto: a exigência do desempenho de uma tarefa é independente de género, religião, orientação sexual, opinião politica ou estrato social. Pelo menos destes factores. Em consequência, determinar se um individuo está apto para executar uma tarefa deve ignorar todos esses factores. Pouco importa o que neurocirurgião faz com mecanico que muda o óleo dos travões. Qualquer um deles me pode matar ou salvar. Assim, a sociedade determina o que é necessário saber e saber fazer para desempenhar uma dada tarefa. Por exemplo, o que é necessário para possuir o diploma do 9º ano. A proposta que me isola: exames nacionais a tudo sem nenhuma ponderação. Directos. A seco. Não interessa se é o neto do Belmiro ou filho do "moedinha" de Rabo de Peixe. Para ter uma determinada habilitação tem de saber resolver o exame (pelo menos). Não interessa se vem do Manuel Bernardes ou da EB23 Onde o Diabo Perdeu as Botas, se teve um explicador por disciplina ou Apoio Pedagógico Acrescido, se estudou em casa ou se nunca faltou a uma aula. Quando chega a altura de mostrar que sabe, tem de ser capaz de o fazer. Numa frase: Total Liberdade Total Responsabilidade.

Por estranho que parece isto já existiu em Portugal, disfarçado de Sistema de Ensino por Unidades Capitalizáveis, aplicado aos alunos do Ensino Nocturno.


qual é o correspondente português do 'hear! hear!' britânico?
Abraço,
Dwer

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Algumas respostas e opiniões

por queraio1964 » 12/3/2008 23:44

JAM:
Depende do parente claro.
Em todo o caso, como só estou à 3 anos nesta escola e não me meto em política interna não corro o risco de ter Excelente ou Muito Bom.

Pata-Hari:
Compreendo a raiva. Existiram acções de formação que é melhor não dizer que existiram. Mas atenta a seguinte diferença: muitos de nós viemos do WordStar até ao Word2007 e, para nosso uso, "tiramos umas pelas outras" e a coisa funciona. Para ensinar é preciso ir mais fundo. A mim custa-me que me ofereçam Word e TIC e PowerPoint quando preciso de SQLServer, PostgreSQL, C# ou Python, coisas que estudo em casa através da NET como certamente farás na tua área. A questão é ser avaliado por fazer inutilidades ... bem intencionadas, digamos. Pequeno detalhe, nunca perguntei quem é porque a ignorância é feliz mas não são os professores que aprovam as acções de formação. Nem os Centros de Formação que existem nalgumas escolas. Quem será? Algum departamento-estrela do nosso impoluto ME?

O problema das faltas é real em todas as áreas. O custo das faltas em termos de carreira também existe no ensino embora, verdade seja dita, bastante mais ligeiro que no privado. A questão é:
se eu for freelancer e não trabalhar um dia, trabalho o dobro no seguinte;
se eu for empregado e não trabalhar um dia, a vida continua;
se eu for professor e não trabalhar um dia, espero que outro professor tenha aproveitado as horas para poder trocar ou então tenho de convencer os alunos a irem à escola a um Sábado (só cursos profissionalizantes por enquanto)

O ponto no início da mensagem: preferes pagar os €500.00. Tudo bem. Sou professor há já 10 anos, profissionalizado claro. Trago para casa €1.150.00 mês, mais coisa menos coisa (se alguém referir o ordenado bruto eu quero esse curso de finanças para aprender como gerem a casa com o ordenado bruto, eu só consigo com o liquido). Trocamos?

Esta foi pouco elegante mas convenhamos, se fossemos empreendedores e ambiciosos não eramos professores. Eramos qualquer outra coisa. Uma limitação da maioria da classe.
Já agora, uma coisa pouco referida sobre o futuro dos alunos. Atenção aos míudos que vão para cursos académicos (Literatura, Matemática, História, Biologia, etc ... (a mistura é intencional)): eles só podem fazer duas coisas na vida: investigar ou ensinar. Em Portugal são duas áreas dificeis. E uma armadilha que tarde ou cedo se fecha.

kostta:
Quem dá a nota é o professor da disciplina. Se os restantes professores desse aluno entenderem que uma dada nota deve subir (já me aconteceu faltar um valor a um aluno para ele ter acesso a um nível melhor de apoio social, por exemplo. Evidentemente que podem e devem ser invocadas outras razões.) a nota é votada podendo subir um valor.
A responsabilidade é de todos os professores presentes na Reunião de Avaliação.

Diversos:
Quando decidi participar no forum li algumas mensagens da última página. Lendo na diagonal mais alguma coisa vejo que gostam da Finlandia (ainda é o país mais honesto do mundo?) e que acham que os sindicatos ainda pesam.

Começando pelos sindicatos e falando a titulo pessoal e poucos mais colegas, os sindicatos servem porque estão organizados e são reconhecidos legalmente. Facilitam a organização de protestos e, claro, aproveitam e apadrinham esses mesmos protestos. Ideologicamente "já deram". Representam-nos porque é o que há. Na minha opinião, perderam muita credibilidade por serem mais sindicados que ovos de uma postura de rã. Entre nós dizemos que ainda falta o Sindicato dos Professores de Latim do 1º Andar da Escola Secundária de Ficalho Que Fica Longe Como O ... :oops: :oops: :oops:

Passando para modelos de ensino, sou "salazarista": orgulhosamente só.
A minha posição não é partilhada por ninguém, pelo menos em voz alta. Parto do seguinte pressuposto: a exigência do desempenho de uma tarefa é independente de género, religião, orientação sexual, opinião politica ou estrato social. Pelo menos destes factores. Em consequência, determinar se um individuo está apto para executar uma tarefa deve ignorar todos esses factores. Pouco importa o que neurocirurgião faz com mecanico que muda o óleo dos travões. Qualquer um deles me pode matar ou salvar. Assim, a sociedade determina o que é necessário saber e saber fazer para desempenhar uma dada tarefa. Por exemplo, o que é necessário para possuir o diploma do 9º ano. A proposta que me isola: exames nacionais a tudo sem nenhuma ponderação. Directos. A seco. Não interessa se é o neto do Belmiro ou filho do "moedinha" de Rabo de Peixe. Para ter uma determinada habilitação tem de saber resolver o exame (pelo menos). Não interessa se vem do Manuel Bernardes ou da EB23 Onde o Diabo Perdeu as Botas, se teve um explicador por disciplina ou Apoio Pedagógico Acrescido, se estudou em casa ou se nunca faltou a uma aula. Quando chega a altura de mostrar que sabe, tem de ser capaz de o fazer. Numa frase: Total Liberdade Total Responsabilidade.

Por estranho que parece isto já existiu em Portugal, disfarçado de Sistema de Ensino por Unidades Capitalizáveis, aplicado aos alunos do Ensino Nocturno.
 
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por kostta » 12/3/2008 23:20

Precisa-se de matéria prima para construir um País


Eduardo Prado Coelho - in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,
bem como
Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o
que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por
isso
começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi
Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em
nós.
Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque
pertenço a um
país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou
mais do
que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma
virtude
mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e
respeito
aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os
jornais
jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é,
pondo umas
caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM

JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras
particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para
casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips
e tudo
o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos
.... e para
eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem
espertas
porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se
frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos
impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.
Onde os
directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há
pouco
interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e
depois
reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se
queixam
que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a
cultura pela
leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que
ler")
e não há consciência nem memória política, histórica nem
económica.
Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para
aprovar
projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a
classe
média e beneficiar alguns.


Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações
médicas
podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país
onde uma
pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos
braços, ou
um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que
está
sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. Um país no
qual a
prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um
país onde
fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os
nossos
governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e
de
Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda
ontem
corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto
mais digo
o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,
apesar de
que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em
mim, o
que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já
basta.


Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas
falta
muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país
precisa.
Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita,
essa
desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se
converter em casos escandalosos na política, essa falta de
qualidade
humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é
que é
real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como
nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico
triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que
o
suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria
prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer
nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer
melhor,
mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a
erradicar
primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem
serviu
Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve
Sócrates,
nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de
mais um
ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio
do
terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra
coisa" não
comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou
do
centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente
condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É
muito bom
ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a
ser um
empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como
Nação,
então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os
santos,
a ver se nos mandam um messias.


Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos
portugueses nada
poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que
mudar. Sim,
creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a
acontecer-nos:
desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e
francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da
desculpa e da
estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi
procurar o
responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim,
exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de
desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO
DE QUE
O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO
PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa?.... MEDITE!

Alemanha
>
> Data: 26.02.08
>
>
>
> Caríssimos colegas
>
> Antes de mais, os meus mais sinceros parabéns pela organizacão do vosso
> movimento. Já há bastante tempo que temia ver os professores em Portugal e
> os professores portugueses no estrangeiro perto de cair num marasmo
> inoperacional relativamente às prepotências, injustiças,ilegalidades,
> indecências, etc,etc,etc, do nosso Ministério da Educação. Estou
> satisfeitíssima por ver que tal não é verdade, pelo menos no que respeita
> aos docentes em Portugal.
>
> Os professores portugueses no estrangeiro encontram-se, a meu ver, ainda num
> estado de inacção que me custa compreender, apesar de desde 1998 terem
> sidpenalizados de todos os modos possíveis pelo ME, a título de uma
> falaciosa e irreal "poupança.l
>
> Sou, desde 1982, professora de Língua e Cultura Portuguesas no Estrangeiro,
> e pertenço ao QND da Escola B 2,3 Mestre Domingos Saraiva no Algueirão.
>
> Tenho sido sempre activa sindicalmente,encontrando-me no momento na Direcção
> do SPCL (Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas).
>
> Conheço bem os sistemas de ensino da Alemanha e da Suíça, os dois países em
> que trabalhei longos anos.
>
> Por isso, envio-vos aqui várias informações sobre os docentes e o ensino nos
> dois países, informações estas que poderão usar do modo que vos for mais
> útil, e onde poderão ver que os professores mais explorados da Europa, são,
> sem sombra de dúvida, os docentes portugueses.
>
>
>
> Alemanha
>
> Avaliação dos docentes:
>
> Têm, de 6 em 6 anos, uma aula ( 45 minutos) assistida pelo chefe da Direcção
> escolar. Essa assistência tem como objectivo a subida de escalão.
>
> Depois de atingido o topo da carreira, acabaram-se as assistências e não
> existe mais nenhuma avaliação.
>
> Não existe nada semelhante ao nosso professor titular. Sempre gostava de
> saber onde foi o ME buscar tal ideia. Existem, claro, quadros de escola.
>
> Não existe diferença entre horas lectivas e não lectivas. Os horários
> completos variam entre 25 e 28 horas semanais.
>
> As reuniões para efeito de avaliação dos alunos têm lugar durante o tempo
> de funcionamento escolar normal,nunca durante o período de férias. Sempre
> achei um pouco preverso os meninos irem de férias e os professores ficarem a
> fazer reuniões...
>
> Tanto na Alemanha como na Suíça, França e Luxemburgo, durante os períodos de
> férias as escolas encontram-se encerradas! Encerradas para todos, alunos,
> pais, professores e pessoal de Secretaria! Os alunos e os professores têm
> exactamente o mesmo tempo de férias. Não existe essa dicotomia idiota entre
> interrupções lectivas, férias, etc.
>
> As escolas não são centros de recreio nem servem para "guardar" os alunos
> enquanto os pais estão a trabalhar.
>
> Nas escolas de Ensino Primário as aulas vão das 8.00 às 13 ou 14 horas.
>
> Nos outros níveis começam às 8 .00 ou 8.30 e terminam às 16.00 ou, a partir
> do 10° ano,às 17.00.
>
> Total de dias de férias por ano lectivo : cerca de 80 ( pode haver ligeiras
> diferenças de estado para estado)
>
>
>
> Alunos
>
> Claro que existem problemas de disciplina. Mas é inaudito os alunos , ou os
> pais dos mesmos, agredirem os professores. A agressão física de um professor
> por um aluno pode levar à expulsão do último.
>
> Os trabalhos de casa existem e são para serem feitos. Absolutamente
> inconcebível que um encarregado de educação declare que o seu filho/filha
> não tem nada que fazer trabalhos de casa, como acontece, ao que sei, em
> Portugal.
>
> É terminantemente proibido os alunos terem os telemóveis ligados e
> utilizarem-nos durante as aulas. As penas para tal são primeiro aviso aos
> pais, depois confiscação do telemóvel e por fim multa.
>
>
>
>
>
> Suíça
>
> Tal como na Alemanha, os professores só são assistidos durante o período de
> formação e para subida de escalão.
>
> Durante os períodos de férias as escolas encontram-se, como na Alemanha,
> encerradas.
>
> Os horários escolares são semelhantes aos da Alemanha. Até ao 4° ano de
> escolaridade, inclusive, não há aulas de tarde às quartas-feiras, terminam
> cerca das 11.30.
>
> No início das aulas os alunos cumprimentam o professor apertando-lhe a mão e
> despedem-se do mesmo modo. Claro que não há 28 ou 30 alunos numa classe, mas
> no máximo 22.
>
> O telemóvel tem de estar desligado durante as aulas.
>
> É dada grande importância aos trabalhos de casa. A não apresentação dos
> mesmos implica descida de nota final.
>
> Total de dias de férias : cerca de 72 ( pode haver diferenças de cantão para
> cantão) .
>
>
>
> Vencimentos
>
>
>
> Só uma pequena comparação ... na Suíça um professor do pré- primário no topo
> da carreira recebe 5.200 francos mensais líquidos ( cerca de 3.400
> euros),mais ou menos o dobro do que vence um professor em Portugal no topo
> da carreira.....
>
> Caras / Caros colegas:
>
> Espero não ter abusado da vossa paciência com a minha exposição. Porém, acho
> que ficou claro que, se o ensino em Portugal se encontra em péssimo
>
> estado, a culpa não é dos professores, mas sim de um ME vendido aos
> empresários, que tem como objective actual a quase extinção da escola
> pública, para que a mesma produza analfabetos funcionais, que trabalharão
> sem caixa médica e sem subsídio de férias , porque nem sabem o que isso é, e
> se souberem, não poderão reclamar porque não saberão escrever uma carta em
> termos.... Isto para não mencionar as massas que se entregarão à
> criminalidade, prostituição, etc.

> Um grande abraço para todas /todos da colega

> Teresa Soares
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por kostta » 12/3/2008 23:14

A falta dos professores às aulas é um problema cada vez mais residual. Não será por aí que a coisa nao funciona.

Agora enquanto se continuar a atribuir a culpa de tudo a um grupo nada irá melhorar.

E não podemos esquecer que quem define a politica educativa é o ministerio e nao o professor


e já agora alguem me responde à questão:

vocês por acaso sabem que não é o professor da disciplina que dá a nota? Entao como é que eu vou ser avaliado por algo que não sou responsável? Sabiam disso? sabem quem é que dá a nota que sai na pauta?
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por silvaxico » 12/3/2008 23:09

OK, se os resultados que interessam são os internacionais (concordo) vais ver que esta política não deu resultados. Apesar de passar mais gente, os miúdos não aprenderam mais.

Provavelmente não vão aprender mais enquanto a escola for encarada (como tem sido principalmente nestes últimos anos) como um depósito para os meninos enquanto os pais trabalham. E enquanto se pretender que os alunos gostem de andar na escola. Os finlandeses não gostam de andar na escola (segundo aquele artigo do jornal finlandês). O importante é que aprendam, não é que se divirtam.

Agora, a reorganização necessária para atingir estes objectivos é bastante diferente da que está a ser proposta pelo Ministério. A proposta do ministério está centrada em ter mais aprovações e menos custos. Não parece ter como objectivo melhorar a qualidade de ensino.
 
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por Pata-Hari » 12/3/2008 23:03

Silvaxico: sim, continue-se a ter custos superiores aos da finlandia para uns brilhantes resultados.

Resultados, num mundo real, são comparações internacionais e exames nacionais. Aparentemente, só para os professores, no vosso mundo, "resultados" são passagens administrativas.

Resultados, who cares? desde que continuem a pagar, né? sem dúvida que vou ver uns belissimos resultados...
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por silvaxico » 12/3/2008 22:57

Pata-Hari Escreveu:Eu prefiro que quem establece a ética e a progressividade social e humana seja quem tem provas dadas e não quem usa os recursos públicos sem produzir resultados minimamente aceitaveis, ok? Este tipo de declarações são revoltantes.


Pata, a revolta associada às declarações é algo de pessoal. Estas tuas declarações também me revoltam. A facilidade com que se nivela por baixo também me revolta.

Mas, voltando ao tema, lá mais acima perguntei se os professores que o quisessem podiam, cá em Portugal, trabalhar com uma organização semelhante à finlandesa. A resposta é um claro NÃO. O modelo de trabalho é imposto aos professores pelo Ministério.

E, sendo tu uma rapariga inteligente, já devias ter deixado de acreditar que a culpa dos maus resultados na educação é (só ou principalmente) dos professores.

Por outro lado, vais ficar muito satisfeita com os resultados deste ano, porque o sucesso escolar vai aumentar. Ok, cada um tem o que merece...
 
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por Pata-Hari » 12/3/2008 22:29

JAM, nunca consegui escolher nenhuma escola e conheço poucos casos de gente que tenha conseguido escolher sem recorrer aos esquemas (ou seja, arranjar moradas falsas). Está respondido?

Não me escudo a responder mas há alturas em que não vale a pena continuar a argumentar ponto a ponto porque se atinge a saturação.

Zenith, sim, as organizações devem ter sistemas que funcionem em caso de faltas acidentais. O que está em causa são faltas sistemáticas que são sempre desculpaveis por todos esquemas possiveis e imaginários que continuam a ser aceites. O absentismo dos professores sempre foi um tema nas nossas escolas. Garanto-te que o absentismo não é tema nas instituições privadas.

Não creio que a invocação de práticas que de maneira subrepticia colidem com direitos individuais ou até aspectos eticos de dignidade, seja um argumento em qq sociedade que se propoem ser progressiva (em todos os aspectos). Tal significa apenas nivelar por baixo o que é preciamente o contrário do que se deve fazer em qualquer sociedade que se afirme progressiva quer do ponto de vista humano ou económico.
isto é como quem diz : trabalhem vocês que nós vamos continuar a defender os principios com o dinheiro de todos. E, já agora, continuem a pagar impostos senão não podemos defender os principios. Os recursos são finitos e neste pais são escassos. Não há cá espaço para uns quererem estabelecer a ética à custa dos outros sobretudo quando não se produz nenhum trabalho de qualidade. Eu prefiro que quem establece a ética e a progressividade social e humana seja quem tem provas dadas e não quem usa os recursos públicos sem produzir resultados minimamente aceitaveis, ok? Este tipo de declarações são revoltantes.
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por kostta » 12/3/2008 16:13

nunofaustino Escreveu:de acordo com http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Go ... ssores.htm


P: Um professor que falte não pode ser considerado excelente? É prejudicado na sua carreira se faltar?

R: A atribuição das classificações de Excelente e de Bom depende do cumprimento do serviço lectivo distribuído (percentagens de 100 % e 95 % respectivamente). Contudo, um professor não é prejudicado desde que assegure que aos seus alunos são efectivamente dadas todas as aulas previstas. Os professores têm ao seu dispor os mecanismos da permuta ou da aula de compensação para contornar eventuais faltas.

Para este efeito, não são consideradas as ausências que, nos termos legais, sejam equiparadas a serviço efectivo. Os professores usufruem, nesta matéria, de um regime mais favorável do que os restantes trabalhadores da administração pública, pois, para além de todas situações de estes beneficiam, são ainda reconhecidas a assistência a filhos menores; a doença e a prestação de provas como trabalhador-estudante.

Nenhum professor é prejudicado na progressão normal da carreira por não ser avaliado com a classificação de Excelente.

Pela resposta dada neste guião disponibilizado pelo MEducação, parece que as faltas justificadas não são penalizadoras para a obtenção de excelente como para a progressão da carreira... e compreendo que alguém que fique 4 meses em casa (por gravidez ou por um acidente de automóvel, por exemplo), não possa ser avaliado nesse ano lectivo... se muitos dos parâmetros da avaliação vão ser sobre o que foi feito durante o ano, parte dessa avaliação seria dependente do trabalho da pessoa que a/o vai substituir, o que penso tb não ser justo...

Um abr
Nuno


se a falta nao for equiparada a serviço efectivo, ficas prejudicado (por exemplo as faltas por nojo)

Repor aulas em escolas sobrelotadas é impossivel pois não há salas disponiveis e por norma a morte não é anunciada previamente pelo que a permuta nao pode ser feita.
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por nunofaustino » 12/3/2008 15:59

de acordo com http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Go ... ssores.htm


P: Um professor que falte não pode ser considerado excelente? É prejudicado na sua carreira se faltar?

R: A atribuição das classificações de Excelente e de Bom depende do cumprimento do serviço lectivo distribuído (percentagens de 100 % e 95 % respectivamente). Contudo, um professor não é prejudicado desde que assegure que aos seus alunos são efectivamente dadas todas as aulas previstas. Os professores têm ao seu dispor os mecanismos da permuta ou da aula de compensação para contornar eventuais faltas.

Para este efeito, não são consideradas as ausências que, nos termos legais, sejam equiparadas a serviço efectivo. Os professores usufruem, nesta matéria, de um regime mais favorável do que os restantes trabalhadores da administração pública, pois, para além de todas situações de estes beneficiam, são ainda reconhecidas a assistência a filhos menores; a doença e a prestação de provas como trabalhador-estudante.

Nenhum professor é prejudicado na progressão normal da carreira por não ser avaliado com a classificação de Excelente.

Pela resposta dada neste guião disponibilizado pelo MEducação, parece que as faltas justificadas não são penalizadoras para a obtenção de excelente como para a progressão da carreira... e compreendo que alguém que fique 4 meses em casa (por gravidez ou por um acidente de automóvel, por exemplo), não possa ser avaliado nesse ano lectivo... se muitos dos parâmetros da avaliação vão ser sobre o que foi feito durante o ano, parte dessa avaliação seria dependente do trabalho da pessoa que a/o vai substituir, o que penso tb não ser justo...

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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Re: Primeira participação.

por kostta » 12/3/2008 15:48

JAM Escreveu:
jpereira667 Escreveu:Espero que o desabafo não esteja demasiado longo. Espero ter acertado nos smiles que usei.


É sempre bom ter professores coerentes a escrever por aqui. Já agora, gostava de saber a tua opinião sobre isto: Sendo verdade que qualquer falta impede um professor de atingir excelente na avaliação, caso te falecesse um ente querido qual escolhias: ir ao funeral ou lutar por um excelente na avaliação?


eu falo por mim: abdiquei da carreira em favor da familia, por ter ido ao funeral do meu tio


e já agora:

vocês por acaso sabem que não é professora da disciplina que dá a nota? Entao como é que eu vou ser avaliado por algo que não sou responsável? Sabiam disso? sabem que é que dá a nota que sai na pauta?
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por rmachado » 12/3/2008 15:42

JAM Escreveu:
JAM Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Comentário engraçado e pertinente. Aparentemente vai de encontro ao que também se fez na Finlandia: foi dada a opção de escolha des establecimentos de ensino.


"A única forma que conheço de avaliação de um serviço é termos a liberdade de o trocar por outro. O critério da escolha das famílias é o único processo de se poder avaliar o trabalho duma escola e dos seus professores".
Helena Matos, PÚBLICO, 11-03-2008



Não podes escolher estabelecimentos de ensino em Portugal? Na minha terra podes fazê-lo.


Cara administradora, está a fugir de responder às minhas perguntas?


JAM

E como se faz isso? Ou em que terra vive?
 
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