Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

What Makes Finnish Kids So Smart?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Zenith » 12/3/2008 14:36

Pata-Hari Escreveu:As faltas... sim, é possível que o que está a ser proposto seja talvez exigente demais. No entanto, no mundo real, quem falta repetidamente sofre por isso porque também não é promovido. Se tiveres uma criança, no mundo real, garanto-te que não és promovido e não terás direito ao bónus anual (que faz parte da cenoura variável que te é dada para continuares a matar-te diariamente e a trabalhares horas a mais e, sobretudo, para tentares ser melhor que os teus colegas - no mundo real existe competição entre colegas e o bolo é distribuído entre os com melhores resultados: sempre sujeitos às injustiças, leituras menos correctas de esforço e resultados, critérios variáveis em função de quem aplica e do humor com que se sente no momento e compadrios de cada lugar). No entanto, existem trabalhos onde as faltas NÂO podem acontecer e em que o desempenho tem que sofrer necessariamente em caso de faltas. Do mesmo modo que um piloto de jactos não pode voar se tiver um problema na vista. É injusto? é. Mas é assim e tem que permanecer assim. Se um corretor faltar na abertura de um mercado, é dramático? É. Se um médico se lembrar de não aparecer para operar, é grave? É. É igual nos professores. Dado que são as peças centrais no sistema educativo, se os alunos não tiverem professor, a probabilidade do rendimento deles ser afectada, a meu ver, é muito grande. Se actualmente resvalámos para o desleixo total e alguém corrige a direcção e peca por excesso, é possível que tenha a ver com os abusos passados (de quem está a ser avaliado e não de quem avalia que apenas escolhe os parâmetros que imediatamente tenta corrigir). O certo é que as regras são claras e são para todos. Em qualquer sistema, a avaliação é relativa e é isso que é necessário introduzir no sistema educativo. Não porque seja justo mas porque os recursos no mundo real (e neste caso o dinheiro do estado que é apenas o teu, o meu e o nosso) é um bem finito e que deve ser bem distribuído).



Parece-me que há alguma confusão aqui, entre o impacto que uma falta vausa numa organização e a penalização (ou falat dela) do faltoso.
No que respeita ao 1º ponto uma organização que funcione bem deve ter alguma redundância para que o funcionamento não seja afectado por uma ou outra falata esporadica de um funcionário. tal deve aplicar-se ás escolas e por isso se um professor faltar a escola deve ser capaz de asegurar o regular funcionamento de modo a que os alunos nãosejam prejudicados.
O segundo aspecto é a penalidade do faltoso. É evidente que faltas sistemáticas deve ser penalizadas, agora o respeito individual, ou direitos de cidadania impõem que algumas faltas (ir ao funeral de um familiar, doença, ...) devem ser toleardas sem prejuizo do faltoso. Imagino que esse dieito até está assegurado pela legislação pelo que aparentemente o ponto acaba por ser o cumprimento ou nao da lei:
- nalguns sectores publicos por permissividade existem faltas sistematicas que não devidamente sancionadas
- nalguns sectores privados a procura de eficiência e rentabilidade leva algumas vezes a uma prática de desrespeito pelos direitos individuais (pratica esa não explicita pq seria ilegal mas implicita por pressoes internas).
Não creio que a invocação de práticas que de maneira subrepticia colidem com direitos individuais ou até aspectos eticos de dignidade, seja um argumento em qq sociedade que se propoem ser progressiva (em todos os aspectos). Tal significa apenas nivelar por baixo o que é preciamente o contrário do que se deve fazer em qualquer sociedade que se afirme progressiva quer do ponto de vista humano ou económico.
 
Mensagens: 201
Registado: 29/11/2007 14:36
Localização: Aveiro

por Sei lá » 12/3/2008 12:47

JAM Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Comentário engraçado e pertinente. Aparentemente vai de encontro ao que também se fez na Finlandia: foi dada a opção de escolha des establecimentos de ensino.


"A única forma que conheço de avaliação de um serviço é termos a liberdade de o trocar por outro. O critério da escolha das famílias é o único processo de se poder avaliar o trabalho duma escola e dos seus professores".
Helena Matos, PÚBLICO, 11-03-2008



Não podes escolher estabelecimentos de ensino em Portugal? Na minha terra podes fazê-lo.


Cara administradora, está a fugir de responder às minhas perguntas?
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 942
Registado: 19/7/2007 0:21
Localização: 14

por silvaxico » 12/3/2008 12:02

Pata-Hari Escreveu:As faltas... sim, é possível que o que está a ser proposto seja talvez exigente demais. No entanto, no mundo real, quem falta repetidamente sofre por isso porque também não é promovido. Se tiveres uma criança, no mundo real, garanto-te que não és promovido e não terás direito ao bónus anual


Pata, achas isto justo? Acho que não. Penso que achas que uma mulher deve poder ter um filho sem ser penalizada na carreira. Então porque atacas quem tem esse direito em vez de lutares para também o teres?

A estratégia deste governo é muito essa. Tentar nivelar o mais por baixo que conseguírem. E estão a usar uma característica muito "tuga" para isso: a inveja.

Qual será o próximo passo? Lutarmos todos pelas condições de trabalho dos chineses e indianos?
 
Mensagens: 494
Registado: 30/11/2007 21:12
Localização: Leiria

por Bullas » 12/3/2008 10:44

É isso mesmo Pata...concordo totalmente com a tua abordagem.
Parece tudo tão óbvio mas tão dificil de entender.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 12
Registado: 30/11/2007 21:12
Localização: Lisboa

por Pata-Hari » 12/3/2008 8:18

jpereira, eu entendo o desabafo. E entendo também que quando se está numa situação de caos em que tudo está mal e tudo é mau, é quase inevitável que se coloque tudo em causa. Não sei é se me entendes quando tenho as reacções que tenho: parto do principio que o sistema que existe vale próximo de zero. Isto porque os resultados estão à vista e, (usando o argumento do incognitus), num sistema em que entre escolher um bem gratuito ou um que me custa 500 euros mês (as escolas privadas) eu escolho sempre que posso um que me custa 500 euros por mês (além dos impostos que já pago, naturalmente)... epá, a minha avaliação está feita à partida.

Não sei se me compreendes quando me revolta ouvir professores falarem em terem tido formação. E depois falarem na formação de Word que já tiveram 5 vezes. Dá-me vontade de dar gritos. Eu NUNCA tive formação em word e sempre foi esperado de mim saber utilizar word. Está ao nível do saber escrever. Eu aprendi porque me é útil, me é fundamental (como o é para quase toda a gente que trabalha) e nunca ninguém se lembrou de me pagar para aprender e ainda menos me lembrei de afirmar ter sido formada em algo quando a formação versou sobre o word. Por essa ordem de ideias começamos a meter as formações no funcionamento das fotocopiadoras. Para quê doutoramentos, né!?

As faltas... sim, é possível que o que está a ser proposto seja talvez exigente demais. No entanto, no mundo real, quem falta repetidamente sofre por isso porque também não é promovido. Se tiveres uma criança, no mundo real, garanto-te que não és promovido e não terás direito ao bónus anual (que faz parte da cenoura variável que te é dada para continuares a matar-te diariamente e a trabalhares horas a mais e, sobretudo, para tentares ser melhor que os teus colegas - no mundo real existe competição entre colegas e o bolo é distribuído entre os com melhores resultados: sempre sujeitos às injustiças, leituras menos correctas de esforço e resultados, critérios variáveis em função de quem aplica e do humor com que se sente no momento e compadrios de cada lugar). No entanto, existem trabalhos onde as faltas NÂO podem acontecer e em que o desempenho tem que sofrer necessariamente em caso de faltas. Do mesmo modo que um piloto de jactos não pode voar se tiver um problema na vista. É injusto? é. Mas é assim e tem que permanecer assim. Se um corretor faltar na abertura de um mercado, é dramático? É. Se um médico se lembrar de não aparecer para operar, é grave? É. É igual nos professores. Dado que são as peças centrais no sistema educativo, se os alunos não tiverem professor, a probabilidade do rendimento deles ser afectada, a meu ver, é muito grande. Se actualmente resvalámos para o desleixo total e alguém corrige a direcção e peca por excesso, é possível que tenha a ver com os abusos passados (de quem está a ser avaliado e não de quem avalia que apenas escolhe os parâmetros que imediatamente tenta corrigir). O certo é que as regras são claras e são para todos. Em qualquer sistema, a avaliação é relativa e é isso que é necessário introduzir no sistema educativo. Não porque seja justo mas porque os recursos no mundo real (e neste caso o dinheiro do estado que é apenas o teu, o meu e o nosso) é um bem finito e que deve ser bem distribuído).

Bem, tenho que ir trabalhar. Bem vindo ao fórum :)
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 20972
Registado: 25/10/2002 17:02
Localização: Lisboa

por Sei lá » 12/3/2008 2:09

O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 942
Registado: 19/7/2007 0:21
Localização: 14

Re: Primeira participação.

por Sei lá » 12/3/2008 2:07

jpereira667 Escreveu:Espero que o desabafo não esteja demasiado longo. Espero ter acertado nos smiles que usei.


É sempre bom ter professores coerentes a escrever por aqui. Já agora, gostava de saber a tua opinião sobre isto: Sendo verdade que qualquer falta impede um professor de atingir excelente na avaliação, caso te falecesse um ente querido qual escolhias: ir ao funeral ou lutar por um excelente na avaliação?
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 942
Registado: 19/7/2007 0:21
Localização: 14

Primeira participação.

por queraio1964 » 11/3/2008 23:32

Boa noite. Estou a escrever esta mensagem aqui porque o nível do que tenho lido é bastante superior ao que aparece nos comentários das notícias do jornadenegocios.pt.
Obviamente sou professor.
O problema da avaliação é mais complexo do que vos pode parecer e não é o mais grave.
Primeiro: parece-me pouco lógico que se definam objectivos para o ano lectivo em curso no início do 3º período. Escolher as entradas como sobremesa não me parece grande opção mas ... é uma forma de garantir que os professores definem objectivos que vão cumprir e que os avaliados vão ter todos Bom ou Muito Bom. É a minha leitura do calendário. Outras opiniões haverá.
Segundo: os professores são obrigados a ter formação (já eramos). Os professores só podem ter formação fora do horário lectivo (tradução: depois das aulas do dia ou em eventuais "furos") depois de devidamente autorizados (acho que não tiraram isto mas ler o estatuto pela 3ª vez é um esforço). Os professores são avaliados pelas acções de formação que frequentam (também já eramos).
Ou seja, uma parte continua como estava; passamos a rezar para que surja uma acção de formação com interesse (mais uma de Introdução ao Word e eu !"#$"€@£§) num local onde se consiga chegar em tempo útil; estamos proibidos de assistir a seminários ou congressos (costumam ser durante o dia); se fizermos alguma acção de formação sem sermos autorizados é incerto (pelo menos por enquanto) se essa acção é relevante para a avaliação. Por fim, obvia e evidentemente, nem pensar em frequentar mestrados ou doutoramentos. Se não nos deixam evoluir querem avaliar o quê?
Outro assunto. A ministra tem razão ao apostar em cursos profissionalizantes. Uma das características destes cursos é terem uma carga horária rígida. Uma qualquer disciplina só está concluída quando forem leccionadas as horas definidas.
Consequência: se faltar porque falto (optimo motivo :lol: ) tenho de repor as aulas; se faltar porque me vou casar tenho de repor as aulas :shock: ) se faltar porque me morreu um parente tenho de repor as aulas :( se faltar porque a ...escolher doença... se curou em menos de um mês tenho de repor as aulas (um mês ou mais de baixa e contrata-se outro professor).
Espero que o desabafo não esteja demasiado longo. Espero ter acertado nos smiles que usei.
 
Mensagens: 12
Registado: 2/3/2008 22:16
Localização: 4

por silvaxico » 11/3/2008 16:21

O cheque-ensino é uma das soluções possíveis para o problema. No entanto vai contra uma série de coisas que o Ministério quer: integração dos deficientes, não haver turmas de elite, etc...

Vai no sentido de maior responsabilização da escola, o que me parece positivo. Abre as portas a discriminação dos alunos, o que, obviamente, é negativo.
 
Mensagens: 494
Registado: 30/11/2007 21:12
Localização: Leiria

por Sei lá » 11/3/2008 15:55

Pata-Hari Escreveu:Comentário engraçado e pertinente. Aparentemente vai de encontro ao que também se fez na Finlandia: foi dada a opção de escolha des establecimentos de ensino.


"A única forma que conheço de avaliação de um serviço é termos a liberdade de o trocar por outro. O critério da escolha das famílias é o único processo de se poder avaliar o trabalho duma escola e dos seus professores".
Helena Matos, PÚBLICO, 11-03-2008



Não podes escolher estabelecimentos de ensino em Portugal? Na minha terra podes fazê-lo.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 942
Registado: 19/7/2007 0:21
Localização: 14

por Pata-Hari » 11/3/2008 14:07

Comentário engraçado e pertinente. Aparentemente vai de encontro ao que também se fez na Finlandia: foi dada a opção de escolha des establecimentos de ensino.


"A única forma que conheço de avaliação de um serviço é termos a liberdade de o trocar por outro. O critério da escolha das famílias é o único processo de se poder avaliar o trabalho duma escola e dos seus professores".
Helena Matos, PÚBLICO, 11-03-2008

Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 20972
Registado: 25/10/2002 17:02
Localização: Lisboa

por nunofaustino » 11/3/2008 13:23

kostta Escreveu:
nunofaustino Escreveu:
silvaxico Escreveu:Pata, para quem está de fora isso não é claro, mas esta grande manifestação teve apoio dos sindicatos, mas não foi causada/definida por eles. Foi a revolta dos professores que empurrou os sindicatos para a manifestação.
Os sindicatos são estruturas políticas que defendem muitas vezes interesses próprios. Acredito que a maioria dos professores que esteve na manifestação não era sindicalizada.

Será fácil verem-me a defender os professores, muito difícil verem-me a defender os sindicatos.



Mas se os sindicatos não representam os professores e os professores não se sentem representados pelos sindicatos... porque é que existem tantos sindicatos de professores?

Um abr
Nuno


exitem porque estão divididos por várias zonas do pais. os sindicatos unem-se em 3 grandes grupos FNE e FENPROF, o resto são residuais.

Tal como os partidos politicos, temos o PS e o PSD e o resto resum-se à sua "insignificância"


Mas se eles não representam os professores e os professores não se sentem representados por eles para que é que existem?

Esta questão vem no sentido que sempre achei que os sindicatos representam os interesses das pessoas que estão à mais tempo numa determinada profissão. Como a maioria dos professores são relativamente novos, sempre achei estranho os sindicatos defenderem mais uma minoria de professores...

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5157
Registado: 5/11/2002 5:10
Localização: Portugal

por kostta » 11/3/2008 13:18

nunofaustino Escreveu:
silvaxico Escreveu:Pata, para quem está de fora isso não é claro, mas esta grande manifestação teve apoio dos sindicatos, mas não foi causada/definida por eles. Foi a revolta dos professores que empurrou os sindicatos para a manifestação.
Os sindicatos são estruturas políticas que defendem muitas vezes interesses próprios. Acredito que a maioria dos professores que esteve na manifestação não era sindicalizada.

Será fácil verem-me a defender os professores, muito difícil verem-me a defender os sindicatos.



Mas se os sindicatos não representam os professores e os professores não se sentem representados pelos sindicatos... porque é que existem tantos sindicatos de professores?

Um abr
Nuno


exitem porque estão divididos por várias zonas do pais. os sindicatos unem-se em 3 grandes grupos FNE e FENPROF, o resto são residuais.

Tal como os partidos politicos, temos o PS e o PSD e o resto resum-se à sua "insignificância"
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por nunofaustino » 11/3/2008 13:07

silvaxico Escreveu:Pata, para quem está de fora isso não é claro, mas esta grande manifestação teve apoio dos sindicatos, mas não foi causada/definida por eles. Foi a revolta dos professores que empurrou os sindicatos para a manifestação.
Os sindicatos são estruturas políticas que defendem muitas vezes interesses próprios. Acredito que a maioria dos professores que esteve na manifestação não era sindicalizada.

Será fácil verem-me a defender os professores, muito difícil verem-me a defender os sindicatos.



Mas se os sindicatos não representam os professores e os professores não se sentem representados pelos sindicatos... porque é que existem tantos sindicatos de professores?

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5157
Registado: 5/11/2002 5:10
Localização: Portugal

por Zenith » 11/3/2008 10:41

sargotrons Escreveu:Hoje a SIC abriu o telejornal com o Benfica e durou 29 minutos, seguido de 2 minutos com os campeões mundiais Naide Gomes e Nelson Évora! A matemática poderia começar a ser ensinada por multiplos de 11 e que 1/2 é igual a 45!


A dizer a verdade isso nao me parece tao disparatado. Aquando das qualificações de Portugal ou do campeanato, não ha nenhum adolescente que se interesse por futebol que nao seja capaz de fazer as contas e ver as hipoteses em termos de vitorias deorrtas / empates. No entanto se lhe colocarem um problema "seja x a variavel ..." possivelemnete intelectualemnte muito mais simples não conseguem fazer- Os profs de matematica deveriam pensao se o excesso de abtracção esta a dar bons resultados
 
Mensagens: 201
Registado: 29/11/2007 14:36
Localização: Aveiro

por kostta » 11/3/2008 9:57

Silvaxico, epá... com tipos destes a defenderem a classe, vocês estão tramados! vocês e sobretuno nós contribuintes que pagamos e nem pudemos bufar! :fomos contratados sem avaliação, agora aguentem-se connosco até à morte porque não seremos avaliados. Em que planeta é que vivem estas cabeças pensadoras?!



1º os contratados, no estatuto anterior, eram avaliados nos ultimos 30 dias do contrato

2º para serem contratados tinham que ter um curso de ensino superior

3ºno final do contrato vêm para a rua. e se agora alguns têm direito a fundo de desemprego até há meia duzia de anos, nao existia fundo de desemrpego para professores



4. ninguem está contra a avaliação. estamos sim contra forma como esta feita. como é que a 3 meses do final da aula nao sabemos os parametros por quais vamos ser avaliados? não esquecendo que para a avaliação conta todo o ano lectivo.

5. Avaliação sim, mas a começar no inicio do ano lectivo e simplificando o processo.

6. o ensino privado começou a instituir este modelo de avaliação ha 3 ou 4 anos e a maioria das escolas ainda não o colocou em prática pois nao consegue faze-lo. E este ministerior quer faze-lo em 2 ou 3 meses o que o privado nao conseguiu fazer em anos (no modelo do privado nao existem quotas)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por silvaxico » 11/3/2008 9:00

Mais uma citação. Agora do DN. Pode explicar a mudança de discurso do Ricardo Costa da SIC (a cunhada foi à manifestação...)

Marcha. Fernanda Tadeu, mulher de António Costa, foi à manifestação contra o Governo

Uma entre as cem mil vozes indignadas na manifestação de sábado era Fernanda Tadeu, mulher de António Costa, o número dois do PS, que em Junho abandonou o Governo Sócrates para se candidatar à Câmara de Lisboa.

Educadora de infância numa escola do concelho de Sintra, Fernanda Tadeu casou com António Costa há cerca de 20 anos. É mãe dos dois filhos do presidente da Câmara de Lisboa, Pedro, de 16 anos, e Catarina, de 14.

Sem actividade política conhecida, Fernanda Tadeu já se manifestara, em círculos reservados, contra algumas das políticas do Governo na área da educação. No sábado, foi mesmo para a rua. O DN não conseguiu entrar em contacto com Fernanda Tadeu.

As primeiras fotografias que davam conta da presença da mulher de António Costa na manifestação foram divulgadas por um blogue chamado Fotografia Sempre (fotografiasempre.blogspot.com), de um fotógrafo freelancer, Paulo Vaz Henriques.

Ontem, no blogue da revista Atlântico, o seu director, Paulo Pinto de Mascarenhas - antigo assessor de Paulo Portas no Governo - fazia várias extrapolações sobre o episódio: "A pergunta que se pode fazer é se isto representa a divisão hoje existente no Partido Socialista, um exemplo de pluralismo familiar, ou, mais cinicamente, se António Costa joga assim em dois tabuleiros e prepara a sua caminhada para S. Bento".

Fernanda Tadeu não costuma aparecer em cerimónias públicas ou em campanhas eleitorais onde participe António Costa. No entanto, estava na primeira fila do hotel Altis, na noite de 15 de Julho, para comemorar a vitória de António Costa e do PS nas eleições para a Câmara de Lisboa. Fernanda estava sentada ao lado de José Sócrates, o secretário-geral que foi aplaudir o seu ex-número dois no Governo. Ao lado de Fernanda Tadeu, estava a sua filha Catarina, de 14 anos, e o filho Pedro, de 16. A mãe de António Costa, Maria Antónia Palla, que também tem sido muito crítica para este governo, também foi comemorar a vitória do filho.
 
Mensagens: 494
Registado: 30/11/2007 21:12
Localização: Leiria

por silvaxico » 11/3/2008 8:59

Pata, para quem está de fora isso não é claro, mas esta grande manifestação teve apoio dos sindicatos, mas não foi causada/definida por eles. Foi a revolta dos professores que empurrou os sindicatos para a manifestação.
Os sindicatos são estruturas políticas que defendem muitas vezes interesses próprios. Acredito que a maioria dos professores que esteve na manifestação não era sindicalizada.

Será fácil verem-me a defender os professores, muito difícil verem-me a defender os sindicatos.

Voltando aos finlandeses. Não causa estranheza que num dos países com maior sucesso escolar os alunos não gostem da escola? E que os alunos portugueses gostem tanto da escola? Porque será? Terá a ver com o facto de que lá, nas poucas horas que passam na escola, os alunos terem de trabalhar, enquanto que as nossas escolas, estão transformadas em depósito de miúdos? O que interessa é ter os meninos "guardados" o dia todo...
Editado pela última vez por silvaxico em 11/3/2008 10:38, num total de 1 vez.
 
Mensagens: 494
Registado: 30/11/2007 21:12
Localização: Leiria

por Pata-Hari » 11/3/2008 8:20

João Henriques/PÚBLICO (arquivo)

Apesar das manifestações, o Ministério da Educação garante que o processo é para avançar


notícias relacionadas

Maioria das escolas pede adiamento do de ...






Federação lembra que professores iniciaram contrato sem este condicionalismo
Fenprof acusa Governo de chantagear escolas para prosseguirem com avaliação
10.03.2008 - 19h48 Lusa
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou hoje o Governo de chantagear as escolas ao afirmar que os docentes contratados não poderão renovar os contratos sem uma avaliação de desempenho.

"Esta ideia de que os professores não poderão ver os seus contratos renovados se não forem avaliados é uma chantagem do Governo para obrigar as escolas a fazer a avaliação de forma a não prejudicarem os colegas", afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, sublinhando que o processo de avaliação dos professores resulta de uma decisão política do Ministério da Educação que, na prática, não está a ser aplicada pelas escolas.

O dirigente sindical salientou, por outro lado, que "muitos professores iniciaram o seu contrato sem estarem condicionados a um parâmetro de avaliação que ainda não existia e não podem, por isso, ser avaliados".
De acordo com o Mário Nogueira, a renovação dos contratos só dependerá de avaliação se o Governo assim o decidir, uma vez que podem manter-se apenas os requisitos que estavam estabelecidos até agora e que prevêem, nomeadamente, que o professor leccione com horário completo desde 1 de Setembro, que essa vaga continue a existir no ano lectivo seguinte e que haja vontade da escola e do docente em renovar o vínculo.

De qualquer forma, o sindicalista ressalvou que a questão se coloca apenas no caso dos professores que estão a leccionar desde o início do ano lectivo, já que não está prevista a possibilidade de renovação para os que foram contratados depois disso. "Para que haja renovação é preciso que o professor tenha um contrato para o ano inteiro e mantenha essas características para o ano seguinte. Quanto aos professores que trabalhem seis ou sete meses, até podem ficar na mesma escola no ano seguinte, mas têm de recorrer a concurso, não a renovação do contrato", explica.

O secretário-geral da federação salientou que na passada sexta-feira "a Fenprof deu seguimento judicial a mais queixas sobre uma outra escola que avançou com a avaliação contra a decisão dos tribunais", que deram provimento às providências cautelares interpostas para suspender o processo.

Também para o secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), João Dias da Silva, a avaliação dos docentes contratados é "mais um elemento de objecção ao processo de avaliação pretendido pelo Governo". "Está previsto que se a avaliação for negativa não haverá novo contrato, mas os professores que cumprirem menos tempo [do que um ano de lectivo completo] e não forem avaliados podem voltar a concorrer, o que é obviamente injusto. Este é mais um elemento que demonstra o carácter punitivo desta avaliação", afirma.

Só o Ministério da Educação sabe quantos professores contratados e em que moldes estão a leccionar a nível nacional, mas segundo os sindicatos o número deverá estar entre os oito e os 12 mil.

Contactada pela Lusa, fonte do Ministério da Educação afirmou que a avaliação vai prosseguir, apesar das objecções das estruturas sindicais. "A avaliação é possível e vai ser feita. Este é o ponto principal e tudo o resto convergirá para isso", disse a mesma fonte, adiantando que "esta semana o ME reunirá com o plenário do Conselho das Escolas para tratar das medidas concretas que permitirão definir como é que o processo vai avançar".



Silvaxico, epá... com tipos destes a defenderem a classe, vocês estão tramados! vocês e sobretuno nós contribuintes que pagamos e nem pudemos bufar! :fomos contratados sem avaliação, agora aguentem-se connosco até à morte porque não seremos avaliados. Em que planeta é que vivem estas cabeças pensadoras?!

Depois: "Está previsto que se a avaliação for negativa não haverá novo contrato, mas os professores que cumprirem menos tempo [do que um ano de lectivo completo] e não forem avaliados podem voltar a concorrer, o que é obviamente injusto". É injusto? um tipo deu 5 semanas de aulas. Porque deveria ser avaliado com um que lá esteve 1 ano? porque nos concentramos nas questões laterais e não nas centrais?
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 20972
Registado: 25/10/2002 17:02
Localização: Lisboa

por Pata-Hari » 11/3/2008 8:08

Silvaxico, sim, o gosto pela leitura é um dos factores que é apontado como sendo um dos factores explicativos. E dão-se exemplos de como os programas de televisão não são traduzidos, gerando exactamente o treino na leitura (mas isso sempre tivémos e muito bem - aliás, gera também a sensibilidade a outras línguas, coisa que não existe, por exemplo em França onde a televisão é toda dobrada).
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 20972
Registado: 25/10/2002 17:02
Localização: Lisboa

por Dwer » 11/3/2008 4:15

"Teachers, teachers, and teachers", said Arvo Jäppinen, the top civil servant at the Ministry of Education, listing the main reasons for Finland’s good results.
The challenges include how to increase the number of those with top skills, and how to maintain the attractiveness of the teaching profession.

A questão é esta e não outra.
Abraço,
Dwer

There is a difference between knowing the path and walking the path
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3414
Registado: 4/11/2002 23:16

por sargotrons » 11/3/2008 1:59

JAM Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Ah, uma curiosidade, sabias que os finlandeses são viciados em jornais? o consumo desse jornal é a coisa mais incrivel, acho que quase todas as casas recebem o jornal. É um jornal diário que consegue ser o triplo do tamanho do expresso, quando o país tem metade da nossa população e provavelmente um terço das nossas noticias, hehe. E eles leêm tudo! até o obituário, os baptizados e os casamentos. Tudo consta do Helsinki/helsingin Sanomat. Mesmo os expatriados continuam viciados...


Não estará aqui um belo começo para se perceber as diferenças Portugal / Finlândia? É que cá no burgo de facto também se lê muito o jornal... se for desportivo... perdão futebolístico. :mrgreen:


Hoje a SIC abriu o telejornal com o Benfica e durou 29 minutos, seguido de 2 minutos com os campeões mundiais Naide Gomes e Nelson Évora! A matemática poderia começar a ser ensinada por multiplos de 11 e que 1/2 é igual a 45!
Não faz mal!...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 983
Registado: 5/9/2007 15:53
Localização: Estoi

por Sei lá » 11/3/2008 1:36

Pata-Hari Escreveu:Ah, uma curiosidade, sabias que os finlandeses são viciados em jornais? o consumo desse jornal é a coisa mais incrivel, acho que quase todas as casas recebem o jornal. É um jornal diário que consegue ser o triplo do tamanho do expresso, quando o país tem metade da nossa população e provavelmente um terço das nossas noticias, hehe. E eles leêm tudo! até o obituário, os baptizados e os casamentos. Tudo consta do Helsinki/helsingin Sanomat. Mesmo os expatriados continuam viciados...


Não estará aqui um belo começo para se perceber as diferenças Portugal / Finlândia? É que cá no burgo de facto também se lê muito o jornal... se for desportivo... perdão futebolístico. :mrgreen:
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 942
Registado: 19/7/2007 0:21
Localização: 14

por Sei lá » 11/3/2008 1:33

Bulls Bunny Escreveu:Não estou mt preocupado se não têm noção q um dos factores mais importantes q leva mts dos nossos idosos a um estado de depressão é mesmo a solidão.. e q isso é um grave problema nessa faixa etária.. e isto aplica-se a mts outros casos mais.. mas se acham q isto é uma piada minha p provocar os professores ou quem me tem respondido neste tópico, então terei de terminar a minha discussão aqui, pq já deixei de a achar interessante.


Eu não afirmei que era piada, mas que deu para rir isso deu. :mrgreen: Sem humor, não vamos a lado nenhum.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 942
Registado: 19/7/2007 0:21
Localização: 14

por Bulls Bunny » 10/3/2008 23:57

Pata-Hari Escreveu:Bulls, é sempre assim, não vale a pena personalizar, eheh. Como não tens um artigo da OCDE para citar, vais ter que ouvir as bocas, quase por definição... . (Por acaso seria giro ver estatisticas acerca disso mesmo, será que existem?).

Por favor não deixes de participar por causa disto. Tem que se levar as coisas na desportiva :).

Por mt q me custe lá acrescento mais uma posta a este tópico, tb por ser resposta à ilustre administradora do fórum Pata-Hari :).

Eu não personalizei nada.. p dizer a verdade fiquei surpreendido cm se encheram tts págs sem entrar em níveis demasiados baixos, e tb com a quantidade de linhas q postei.. mas já sabia q mais cedo ou mais tarde iria ter de deixar o tópico(como outros já fizeram), p tb eu sei q o resultado destas discussões é previsível, e por isso levo na desportiva, ou pelo menos n me perturbo mt com isso :wink: .

Qt aquilo q referi, não faço questão de ter de justificar com qq argumento ou documento da OCDE :wink:. Não saiu da minha cabeça e naquilo q escrevi e foi citado, expliquei mais do q suficiente as coisas.. é só ler com mais atenção.. não disse q eram "todos", nem disse q eram os "jovens", nem outras coisas q são já interpretações de cada um...

Com isto td já tenho mais um longo post.. está na hora de dar a vez a outros q eu quero é entreter-me com a bolsa :).
Um abraço,
B.B.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 108
Registado: 23/12/2007 18:06

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: AAA_, fatura.pt, Google [Bot], Google Adsense [Bot], macau5m, niceboy, PacoNasssa, Pmart 1, Rafael Abreu e 299 visitantes