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Caldeirão da Bolsa

What Makes Finnish Kids So Smart?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por rmachado » 10/3/2008 12:42

silvaxico Escreveu:E ouve os professores a dizer isso? Principalmente essa dos n dias de férias é de morrer a rir (ou a chorar, para quem (como eu) vive as coisas mais de perto). Cada vez estou mais convencido que a minha mulher anda metida com algum colega da escola, porque afinal não é normal trabalhar tantas horas...

Mesmo a do dia livre não é para todos e não é realmente um dia livre, é um dia sem aulas, o que, por muito que faça confusão a muita gente, está longe de ser a mesma coisa.

Nas tabelas que a Pata gosta tanto de citar, não há por aí informação acerca das doenças profissionais dos professores? A percentagem de depressões e esgotamentos? Será porque tudo está bem na educação? Será porque os professores são todos maus e fracos?

E, para voltar ao tema dos finlandeses, alguém sabe que medidas é que eles tomaram para mudar a situação que tinham?


Ouço. Se não ouvisse.. não as escrevia.
 
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por Sestercio » 10/3/2008 12:37

rmachado Escreveu:Eu ouço dizer coisas como:
"Tenho um dia livre por semana" (vulgo folga)
"Tenho n dias de férias"

Ora sem querer generalizar, e sem querer dizer que são todos iguais, não acham que frases destas minaram a classe?

Acho que sim. As frases até são verdadeiras nalguns casos (há escolas que não têm exames em Junho/Junho, há outras que não têm ensino nocturno, etc).
Há outra realidade que não se diz (só contabilizando testes):
100 testes de Português, História ou Filosofia, por exemplo, demoram 50 horas a corrigir. Há 6 por ano, são mais de 4 semanas extra de trabalho nunca contabilizado, que compensam esses dias a mais nas férias.
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por silvaxico » 10/3/2008 12:34

E ouve os professores a dizer isso? Principalmente essa dos n dias de férias é de morrer a rir (ou a chorar, para quem (como eu) vive as coisas mais de perto). Cada vez estou mais convencido que a minha mulher anda metida com algum colega da escola, porque afinal não é normal trabalhar tantas horas...

Mesmo a do dia livre não é para todos e não é realmente um dia livre, é um dia sem aulas, o que, por muito que faça confusão a muita gente, está longe de ser a mesma coisa.

Nas tabelas que a Pata gosta tanto de citar, não há por aí informação acerca das doenças profissionais dos professores? A percentagem de depressões e esgotamentos? Será porque tudo está bem na educação? Será porque os professores são todos maus e fracos?

E, para voltar ao tema dos finlandeses, alguém sabe que medidas é que eles tomaram para mudar a situação que tinham?
 
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por rmachado » 10/3/2008 12:26

Mais um aspecto, que leva a que muita gente seja pró reformas na área da educação no capitulo do profs.

Eu ouço dizer coisas como:
"Tenho um dia livre por semana" (vulgo folga)
"Tenho n dias de férias"

Ora sem querer generalizar, e sem querer dizer que são todos iguais, não acham que frases destas minaram a classe?
 
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por silvaxico » 10/3/2008 12:23

Quando até o Ricardo Costa, irmão do António Costa, já diz coisas como esta, deve ser porque a situação é mesmo séria...

O que o líder socialista devia fazer era pensar um pouco mais antes de se atirar para a frente. A avaliação dos professores é talvez o processo mais exemplar: se alguém tivesse pensado um pouco, o processo estaria agora a ser discutido para entrar em vigor no próximo ano lectivo.

Retirado de de.sapo.pt
 
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por rmachado » 10/3/2008 12:21

JAM Escreveu:
Bulls Bunny Escreveu:Não sei pq dizes q a fonte é a pior.. pq haveria de tomar o q é dito na entrevista como falso? Isso seria algo mt grave por parte da Ministra. É q mts das coisas até me parecem ter lógica... mas se a própria Ministra dá uma entrevista q aparece em várias publicações de referência com falsidades, então assumo q não sendo professor e não estando "lá dentro", nunca ficarei esclarecido o suficiente... é q, perdoa-me tb a franqueza, os argumentos q tenho ouvido dos professores tb não me têm convencido totalmente..


Faço-te uma primeira pergunta para testar se sabes do que falas:

Qual o horário de um professor?


JAM

Pela lei 35 horas, com um máximo de 22 horas lectivas.
 
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por Bulls Bunny » 10/3/2008 12:02

JAM Escreveu:
Bulls Bunny Escreveu:Não sei pq dizes q a fonte é a pior.. pq haveria de tomar o q é dito na entrevista como falso? Isso seria algo mt grave por parte da Ministra. É q mts das coisas até me parecem ter lógica... mas se a própria Ministra dá uma entrevista q aparece em várias publicações de referência com falsidades, então assumo q não sendo professor e não estando "lá dentro", nunca ficarei esclarecido o suficiente... é q, perdoa-me tb a franqueza, os argumentos q tenho ouvido dos professores tb não me têm convencido totalmente..


Faço-te uma primeira pergunta para testar se sabes do que falas:

Qual o horário de um professor?


Cerca de 25h no 1ºciclo, 22h no 2º, 3º e secundário é a ideia q tenho. Mas esse nº até já foi falado neste tópico.. se o objectivo da tua pergunta é falares nas horas extraordinárias relativas às aulas de substituição, posso dizer q se realmente um prof. tem um horário X e depois tem de fazer X+Y, se calhar terá de ser recompensado por isso, visto ter sido uma alteração a meio do jogo... agora se acho q o horário X, q vai diminuindo à medida q a carreira se aproxima do fim, com reduções p qq cargo administrativo q se tenhana escola, inclusivé direcção de turma, aí se calhar já acho q não devia ser um horário X, mas sim um Z...
Um abraço,
B.B.
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por silvaxico » 10/3/2008 12:01

Bulls Bunny Escreveu:Mas a minha opinião em relação a esta reforma continua a ser, q por mts coisas q possa ter erradas, a dimensão dos protestos é desajustada. Da Visão tirei estes excertos q vão de encontro à minha "visão" :):


É a tua opinião e de um grande número de pessoas: independentemente de haver uma série de coisas que estão erradas, independentemente das consequências que têm para os (malandros dos) professores, deve-se avançar.

Por muito que a reacção dos professores pareça exagerada, ela é a opinião de muito mais do que os 100 mil que estiveram em Lisboa e estou convencido de que, à medida que as pessoas se forem informando, mais gente compreenderá o que se está a passar na educação e que o que dizem, que estão a trabalhar para aumentar a formação dos portugueses não é bem verdade...

estão claramente a trabalhar para aumentar o número de portugueses com graus académicos, mas há uma grande diferença entre isso e aumentar a qualificação...
 
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por Sei lá » 10/3/2008 11:17

Bulls Bunny Escreveu:Não sei pq dizes q a fonte é a pior.. pq haveria de tomar o q é dito na entrevista como falso? Isso seria algo mt grave por parte da Ministra. É q mts das coisas até me parecem ter lógica... mas se a própria Ministra dá uma entrevista q aparece em várias publicações de referência com falsidades, então assumo q não sendo professor e não estando "lá dentro", nunca ficarei esclarecido o suficiente... é q, perdoa-me tb a franqueza, os argumentos q tenho ouvido dos professores tb não me têm convencido totalmente..


Faço-te uma primeira pergunta para testar se sabes do que falas:

Qual o horário de um professor?
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
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por Bulls Bunny » 10/3/2008 2:00

Não sei pq dizes q a fonte é a pior.. pq haveria de tomar o q é dito na entrevista como falso? Isso seria algo mt grave por parte da Ministra. É q mts das coisas até me parecem ter lógica... mas se a própria Ministra dá uma entrevista q aparece em várias publicações de referência com falsidades, então assumo q não sendo professor e não estando "lá dentro", nunca ficarei esclarecido o suficiente... é q, perdoa-me tb a franqueza, os argumentos q tenho ouvido dos professores tb não me têm convencido totalmente..
Um abraço,
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por Sestercio » 10/3/2008 1:13

Bulls Bunny Escreveu:Como já fui acusado neste tópico de falar das coisas sem saber(tenho de confessar q corresponde à verdade), e como decidi envolver-me na discussão, lá tive q perder mais tempo a tentar aprofundar os vários pontos desta reforma.


Bunny, desculpa a franqueza, mas entre várias fontes que poderias ter escolhido foste à pior.
Não ignoras, certamente, que esse documento, com perguntas e respostas, foi enviado às redacções dos jornais na véspera da manifestação.
Se pretenderes, posso explicar a diferença que vai entre essas respostas e a realidade.
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por Sestercio » 10/3/2008 1:02

Pata-Hari Escreveu:
Aliás, o que parece incomodar os professores nem é o sistema de avaliação, é pelo facto deste sistema de avaliação impedir que todos sem excepção venham a atingir esse patamar máximo de remuneração só porque existem e porque respiram.

Pata, o sistema não está pensado assim. Basta ao professor ter bom (não precisa de muito bons ou excelentes) para que progrida até ao fim da carreira. Não estão definidas quotas para progressão nos escalões.
O problema é que houve uma divisão arbitrária na carreira e para aceder a professor titular são necessárias vagas que não existirão.
Em vez de haver uma harmonização dos vencimentos, subindo os iniciais e baixando os dos dois escalões de topo, o governo optou por penalizar 2/3 dos professores estabelendo-lhes um máximo salarial de cerca de 2/3 do anterior máximo. De repente, com 16 anos de serviço ficou-se no topo da carreira, sem perspectivas de progressão.
Em que outra carreira aconteceu uma coisa destas?
Paulatim sed firmiter.
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por Bulls Bunny » 10/3/2008 0:38

Como já fui acusado neste tópico de falar das coisas sem saber(tenho de confessar q corresponde à verdade), e como decidi envolver-me na discussão, lá tive q perder mais tempo a tentar aprofundar os vários pontos desta reforma.

Mas à medida q vou sabendo mais, apesar de não concordar a 100% com td, reforço as minhas convicções de que o alarmismo e a indignação são exagerados. O facto do sistema ser complexo e ter alterações a vários níveis não significa q tenha de ser assim tão mau por isso. Com os ajustes certos poderá levar a bons resultados. Depois de ler entrevista da Ministra em q explica a maioria dos pontos polémicos deste sistema de avaliação, fico com a ideia q as coisas se calhar não foram assim pensadas tão em cima do joelho. A entrevista na Visão está aqui, e deixo 3 perguntas dos temas mais falados:

P: Ao contabilizar os resultados escolares, os professores de escolas em territórios socialmente desfavorecidos não serão prejudicados?

R: Não, porque, para além de ser o progresso dos resultados que é tido em conta e de os objectivos serem definidos caso a caso tendo em conta o contexto socioeducativo de cada escola, os professores de uma escola nunca são comparados com os de outra escola. A avaliação dos resultados é feita no contexto da escola, da disciplina ou área curricular e da turma.


P: Porque existem quotas? Qual a necessidade de definir percentagens máximas para a atribuição de Muito Bom e Excelente?

R: A experiência mostra que a inexistência de quotas na avaliação de desempenho resulta numa indiferenciação e em menor capacidade de reconhecer o mérito no interior de uma organização. Os exemplos dos antigos modelos de avaliação de desempenho dos funcionários públicos e dos próprios professores, em que a todos era atribuída a mesma classificação, são elucidativos. A existência de quotas significa também um critério de exigência e um padrão de avaliação. Em nenhuma organização todos são excelentes. Se assim for, é porque o padrão de excelência é incorrecto, isto é, está errada a própria definição do que é excelente. De qualquer modo, a existência de quotas não impede a progressão dos professores, pois todos aqueles que obtiverem a classificação de Bom (para a qual não existem quotas) podem continuar a progredir na carreira.


P: Um professor que falte não pode ser considerado excelente? É prejudicado na sua carreira se faltar?

R: A atribuição das classificações de Excelente e de Bom depende do cumprimento do serviço lectivo distribuído (percentagens de 100 % e 95 % respectivamente). Contudo, um professor não é prejudicado desde que assegure que aos seus alunos são efectivamente dadas todas as aulas previstas. Os professores têm ao seu dispor os mecanismos da permuta ou da aula de compensação para contornar eventuais faltas. Para este efeito, não são consideradas as ausências que, nos termos legais, sejam equiparadas a serviço efectivo. Os professores usufruem, nesta matéria, de um regime mais favorável do que os restantes trabalhadores da administração pública, pois, para além de todas situações de estes beneficiam, são ainda reconhecidas a assistência a filhos menores; a doença e a prestação de provas como trabalhador-estudante. Nenhum professor é prejudicado na progressão normal da carreira por não ser avaliado com a classificação de Excelente.


E como amanhã se inicia nova semana, e este tópico já vai longo, espero voltar aqui ao fórum mas para falar de outra coisa mt mais adequada, de q na realidade tb n sei mt: bolsa! :lol:
Um abraço,
B.B.
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por Bulls Bunny » 10/3/2008 0:15

Essa questão de quem é mais capaz p avaliar será sempre mt polémica. Os mais velhos tb poderão argumentar q a sua longa experiência vale mais q mestrados ou doutoramentos, p avaliação da capacidade de ensinar.. a solução poderia passar por uma formação específica p avaliadores, cm referi em cima.

A questão do facilitismo é de facto um problema, pq cada vez o ensino está mais fácil, o q não nos torna propriamente mais capazes.. ou pelo menos faz com q mts dos menos capazes cheguem a níveis q n deviam...

Seria importante uma comparação a nível nacional e até internacional com iguais instrumentos de avaliação. Ou seja, só podemos afirmar q um prof. q tenha uma turma só com notas 5 em comparação com um de notas 4, tem realmente alunos com mais capacidade e conhecimentos, se num exame igual(a nível nacional, por ex), os seus alunos o provarem. Pq é fácil dar notas altas com pca exigência.. Isto deveria ser avaliado assim tds os anos, fazendo comparações em termos evolutivos tt dos alunos, cm das turmas, profs, escolas, etc.. e seriam esses padrões evolutivos q permitiriam a avaliação das capacidades dos professores e não os absolutos.. mas vejo td a gente contra as provas globais e exames nacionais...

Mas a minha opinião em relação a esta reforma continua a ser, q por mts coisas q possa ter erradas, a dimensão dos protestos é desajustada. Da Visão tirei estes excertos q vão de encontro à minha "visão" :):

Regras duras? Peritos de recursos humanos, ouvidos pela VISÃO, asseguram que o sistema não tem nada de especial e é pacífico. Mas, para os professores, habituados à letargia do serviço público, trata-se de uma revolução.


A nota dos Consultores

A opinião é da Hay Group, uma consultora de gestão que trabalha em 47 países:os professores têm de ser responsabilizados pelo sucesso do sistema de ensino. Especialista na área de recursos humanos, a Hay Goup não encontra, no diploma elaborado pelo Ministério da Educação, nenhum objecto estranho a um sistema de avaliação de desempenho.
Um abraço,
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Re: Uma opinião...

por silvaxico » 9/3/2008 23:45

Bulls Bunny Escreveu:Mas há uma questão q tb se pode pôr: não será uma das principais características de um professor saber avaliar(é o q fazem tds os dias com os alunos)? Será q isso não lhes deveria dar mais capacidade de avaliar os seus semelhantes?


Claro que dá. Mas tanto dá aos professores titulares como dá aos outros. E há muitos dos outros que são melhores que os titulares (só não são tão velhos) ou têm mais habilitações que os titulares, ou as duas coisas.

Mas não podemos reduzir este grande problema que se vive nas Escolas apenas à avaliação dos professores. São muitas "coisinhas" juntas. Vai da avaliação ao congelamento dos salários, à brutal diminuição dos vencimentos a longo prazo, à redução da autoridade dos professores dentro da sala de aula, à pressão para "produzirem resultados", ou seja, passarem alunos, mesmo que os professores saibam que aqueles alunos não estão preparados, etc....

E o mais problemático disto é que este facilitismo está a alastrar ao ensino superior. Tanto quanto sei (o documento é público) o Mariano Gago assinou um protocolo com 3 ou 4 universidades endividadas e além de se comprometerem a despedir professores, as universidades (nomeadamente a de Évora) comprometem-se a aumentar o sucesso escolar dos seus alunos!... quem quiser que tire as suas conclusões...

Isto vem na sequência de outra lei que diz que o financiamento dos estabelecimentos de ensino superior deixa de estar indexado ao número de alunos, para estar indexado ao número de DIPLOMADOS em cada ano.

Para bom entendedor... e ainda acham que não nos devemos preocupar com o estado da educação? Que isto está a avançar no sentido certo?

Um abraço
 
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por Mr.X » 9/3/2008 23:44

Olá,

O sistema de avaliação certamente terá falhas e algumas mais graves que outras, mas o existir um avaliador com menos habilitações do que o avaliado, não é caso unico, as habilitações não podem ser considerados garantia de melhor avaliação, ou melhor capacidade para avaliar, na minha empresa e em muitas outras tenho a certeza que se passa o mesmo, quem avalia é quem tem o cargo maior na empresa, não necessáriamente quem tem o Mestrado ou MBA. Aliás é importante salientar que conheço muito,mas mesmo muitos casos de avaliações de pessoas com piores habilitações cuja avaliação é melhor (e justamente, porque as habilitações não quer dizer que seja melhor no que faz) do que outros que possuem mais e melhores titulos (e que os obtiveram com todo o mérito).
E o maior problema de todos é por cada situação menos boa ou má que se encontre (as politicas não são perfeitas e sou o primeiro a reconhecer erros), se ponha em causa e se esqueça por completo tudo o resto que mencionei no post anterior.

Aproveito também para dizer que não sou partidário nem militante de nenhum partido e que nas anteriores eleições não votei no Sócrates, mas hoje estou arrependido de não o ter efectuado.

Mas como é evidente todos somos livres de ver as coisas a nossa maneira e da maneira que nos toca mais directamente. Aceito outras opiniões, agora acho mt triste a manifestação de sábado em que os jornalistas perguntam o que está mal e os docentes apenas dizem "Tudo", penso que não terei sido o unico com a sensação que mts não sabem nada sobre o sistema de avaliação e muitos outros o que sabem é o que ouviram dizer e não se deram ao trabalho de ir as fontes da informação e lê-la e ai sim ficar com uma opinião.
Como é evidente muitos outros professores certamente leram as especificações do sistema da avaliação e mesmo assim não concordam com ele, mas que muitos lá foram porque os outros iam, disso não tenho dúvidas. :(

Cumprimentos,
Mr.X

P.S.-->E para não acharem que sou apenas contra os professores, devo dizer que conheço alguns,muito bons e dedicados (ás vezes em demasia, em detrimento da vida pessoal), mas esses são os que estão a ser actualmente a ser castigados porque a imagem geral dos professores é má e não existe forma de os distinguir, sendo que penso que os mais velhos têm muita culpa na situação actual (juntamente com os sindicatos), porque nunca vi uma manifestação ou greve contra a falta de desistinção entre os bons e os maus, contra o facilitismo da aprovação dos alunos que se tem vindo a verificar, ou contra a falta de autoridade dos professores perante os alunos, manifestações e greves e intervenções dos sindicatos só para reivindicar contra aulas de substituição, contra avaliação, maiores aumentos salariais, etc.
 
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Re: Uma opinião...

por Bulls Bunny » 9/3/2008 23:34

silvaxico Escreveu:Há muitos mais e muito piores, em que pessoas com menos habilitações vão ter de avaliar os colegas.

Lá mais para cima neste tópico, já tinha perguntado ao meu amigo coelho (Bulls Bunny) o que ele pensava deste assunto (ter os professores do pós 25 de Abril como titulares e a avaliar os outros).


Silvaxico, concordo q uma % importante da geração do pós 25 de Abril encontrou um tal estado de facilitismo q fez com q se acomodassem a um ritmo e nível de exigência demasiado baixos p aquilo q é desejável, e poderão ser responsáveis por gde parte do marasmo de vários sectores do nosso país.

Mas a questão é, se não forem os mais velhos a avaliar, quem será então? Sei q há professores já a frequentar pós-graduações q poderão no futuro dar competência p serem avaliadores, mas isso ainda é suposição e por enquanto será pouco mais do q negócio das Instituições q as disponibilizam.. Talvez seja uma solução, os avaliadores terem uma formação específica p fazerem esse trabalho. Pelo menos, talvez seja uma maneira de evitar q esses tais prof. mais velhos, com pouca vontade de trabalho e q nada evoluiram nos últimos tempos sejam avaliadores, pq dificilmente se vão dar ao trabalho de fazer essas tais formações..

Mas há uma questão q tb se pode pôr: não será uma das principais características de um professor saber avaliar(é o q fazem tds os dias com os alunos)? Será q isso não lhes deveria dar mais capacidade de avaliar os seus semelhantes?
Um abraço,
B.B.
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por Dwer » 9/3/2008 22:43

excelentes questões!
Abraço,
Dwer

There is a difference between knowing the path and walking the path
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Re: Uma opinião...

por silvaxico » 9/3/2008 22:41

Mr.X Escreveu:Protestar por serem Professores avaliar Professores, também me parece disparatado, até porque em todas as profissões quem avalia, é alguém que também percebe e exerce ou exerceu as funções. Lembro-me de os Professores reclamarem quando se sugeriu que as escolas passagema ter um Gestor que não um docente e
na altura fizeram abaixo-assinados e diziam que para gerir uma escola teria de ser um Professor, pois os outros não estão por dentro da realidade escolar.


Já agora, coloco aqui um post que está no blog "Abrupto" do Pacheco Pereira... este é só um pequeno exemplo. Há muitos mais e muito piores, em que pessoas com menos habilitações vão ter de avaliar os colegas.

Lá mais para cima neste tópico, já tinha perguntado ao meu amigo coelho (Bulls Bunny) o que ele pensava deste assunto (ter os professores do pós 25 de Abril como titulares e a avaliar os outros).

(...) Sou professor do Ensino Secundário de História, tenho um Mestrado e um Doutoramento (tirados no ISCTE) em História Contemporânea, ou seja, sou doutorado na área científica em que sou docente, mas vou ser avaliado (de acordo com as grelhas) científico-pedagógicamente na minha área de docência por um Licenciado em geografia (Coordenador de Departamento), e vou ser também avaliado pelo Presidente do Conselho Executivo, neste caso um bacharel em fim de carreira!!

Portanto, em termos académicos o Estado Português confere-me um alto grau de competência científica, grau esse que utilizo para a área de docência, depois este mesmo Estado, obriga-me a ser avaliado na minha área de docência por um Licenciado em Geografia e por um Bacharel!!! (...) acha mesmo isto correcto?? É razoável??

Pois olhe meu caro amigo isto para mim é humilhante…. Não lhe desejo que estes laivos ditatoriais e humilhantes lhe cheguem à sua porta….. Mas já sabe como é a História da Humanidade, pensamos sempre que estes males nunca chegam a nós…… mas podem chegar….

(Pedro Brandão)
 
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Uma opinião...

por Mr.X » 9/3/2008 21:39

Olá,

Não sou professor, mas fui estudante e conheço muitos professores, uns bons e dedicados e outros que têm menos capacidade para ensinar do que eu e eu não não tenho qq formação vocacionada para o ensino.

A Srª Ministra é muito má, mas e corrijam-me se estiver enganado (eu conheço casos e muitos reais, das situações que vou indicar):

- Há cerca de 3 anos atrás, os professores que eu conhecia, tinham acabado o curso e a probabilidade de conseguirem colocação para dar aulas era praticamente nula (exceptuando fazer ter algumas semanas ou meses de substituição de colegas que metiam baixa médica). Muitos pensaram em desistir (e alguns desistiram mesmo) e procuraram outras vias profissionais.
- Os Srº professores que estão nos quadros com horários completos (mas reduzidos devido ao numero de anos de serviço) acumulavam essas funções com as de darem formação profissional (muito bem pagas) e com explicações particulares e/ou em centros de estudo.

Veio a Srª Ministra e o que aconteceu?
- A má da Ministra proibiu que esses Srº Professores pudessem acumular mais do que x(penso que serão 4 ou 6) horas semanais além do horário que já efectuavam na escola.
Resultado, apesar de nas escolas continuarem a não existir vagas para os novos professores,começaram a surgir mais oportunidades para estes irem ganhando de alguma forma a vida e darem formação profissional. Os Srº Professores não gostaram.

- A Srº ministra lembrou-se também de alargar a oferta de trabalho para os professores através do programa Novas Oportunidades e com isso aumentou e muito o numero de alunos nas escolas e também a necessidade de novos professores nas escolas.
Resultado, aumentou consideravelmente (não tanto como os professores desejariam como é evidente, mas para melhorar mais, só se convencerem os portugueses a terem mais filhos e de alguma forma limitarem o numero de Professores que todos os anos chegam ao mercado de trabalho) o numero de professores contratados e muitos conseguiram, mesmo a colocação perto do inicio do ano lectivo e outros já pensam ser possivel afinal que ainda venham a conseguir ser contratados, mais ano menos ano. Mas os outros Srº Professores não gostaram porque voltaram para a escola os alunos menos desejados (e aqui é o unico ponto em que concordo com os professores, têm de ter maior autoridade perante os alunos e as regras devem ser mais rigidas para assegurar a disciplina de quem frequenta a escola), existe maior confusão na escola e no fundo esses Srº Professores não ganharam nada com isto.

-Além de tudo isto a Srº Ministra ainda se lembra de alterar a avaliação dos professores (sim, porque antes supostamente eram avaliados, mas qualquer pessoa minimamente informada sabe que não existe avaliação efectiva senão existirem cotas).
As opiniões que ouvi dos especialistas sobre avaliações todos são unânimes a indicar que o sistema proposto é normal e não tem nada de anormal em relação aos sistemas de avaliação existentes no mercado.
Resultado, apesar de até ao final do ano lectivo apenas necessitarem de ser avaliados os professores contratados, pois os outros Srº Professores têm até ao final de 2009 para terminarem a avaliação, todos se queixam dos prazos da avaliação, que é importante referir, são as Escolas, chefiadas pelos Srº Professores dos Conselhos Executivos, que têm de definir os critérios de avaliação dos Professores contratados (a Ministra não os impôs, deixou ao critério de cada escola), pois estes necessitam de ser avaliados para poderem concorrer para o concurso do ano lectivo de 2008/2009. Mas e para ajudar a festa e a criar pressão sobre os Professores contratados a mair parte das escolas não avançam com a definição desses critérios (embora existam algumas escolas que já estão bastante avançadas neste dominio).

As cotas e infelizmente para todos nós são uma realidade e nenhuma empresa promove todos os empregados e como é evidente apenas um conjunto restrito dos empregados pode chegar ao conselho de administração de uma empresa. Se fosse Professor também preferia o modelo anterior e o consideraria mais justo, mas como é evidente é inviável.

Protestar por serem Professores avaliar Professores, também me parece disparatado, até porque em todas as profissões quem avalia, é alguém que também percebe e exerce ou exerceu as funções. Lembro-me de os Professores reclamarem quando se sugeriu que as escolas passagema ter um Gestor que não um docente e
na altura fizeram abaixo-assinados e diziam que para gerir uma escola teria de ser um Professor, pois os outros não estão por dentro da realidade escolar.
Isto já vai longo e penso que já chega para os deixar a pensar um pouco sobre o assunto, peço desculpa se existirem alguns erros na mensagem, mas como o cérebro é mais rápido que os dedos.

Cumprimentos,
Mr.X
P.S.-->Nenhum sistema de avaliação é perfeito e vão sempre existir injustiças em qualquer que seja o modelo de avaliação.
 
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por arnie » 9/3/2008 17:20

iurp Escreveu:Tanta verborreia por aqui e tão distante da realidade!!! Há aqui gente que parece só conhecer o seu meio e seu mundo...mas olhem que há outros...e que são a maioria...os outros. E se querem transformar a educação em "reports" estatísticos e simples números, olhem para vocês próprios e perguntem porque usufruiram gratuitamente do ensino público se o podiam ter feito a expensas vossas no ensino privado.

Lembrem-se duma coisa: os professores têm sido meros executores das políticas de educação de todos estes (des)governos que têm passado em PortugaL. Cada governo, cada política e alunos e professores os "peões" do sistema. Se imaginassem a quantidade de legislação saída este ano que já entrou em vigor e que já foi retirada, talvez percebessem melhor o que se está a passar, e quando se pede esclarecimentos á tutela sobre interpretação da legislação, a umas escolas respoendem uma coisa, a outra , outra coisa!!! e os pr0fessores e alunos lá vão andando...de Herodes para Pilatos e de Pilatos para Herodes!!!!

Enquanto não for definido um rumo e houver um pacto para a educação para 10/15 anos, nunca este país poderá ir a lado algum.

Abraço


esse é outro dos problemas,

cada governo que entra muda tudo o que o outro mudou

e como isso não fosse suficiente, durante os 4 anos de mandato, vão mudando as coisas todos os anos

vão testando, tipo os market makers quando forçam um titulo para baixo ou para cima para verem se ainda existe oferta ou procura para ser absorvida

os sucessivos governos vão testando as leis, do tipo, se houver muita contestação é porque a lei é má mas se houver pouco então é porque não é má de todo e podemos avançar para a seguinte :|
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por arnie » 9/3/2008 17:10

Crómio,

Há maus professores, como também há maus alunos, sejam eles pretos ou brancos, o resultado é o mesmo.

À uns meses a SIC deu uma reportagem sobre as escolas dos bairros problemáticos de Lisboa e mostraram situações absolutamente intoleráveis.

Nestes casos específicos o estado tem a obrigação de tomar conta da situação e não esperar que seja um professor a resolver a situação.

Mas voltamos ao mesmo, NÃO HÁ DINHEIRO.

Equipar as escolas com sistemas de video, policiamento a tempo inteiro, assistentes sociais para acompanhar os alunos mais problemáticos e as suas famílias já que este tipo de rebeldia vem de dentro da família. Para tudo isto é necessário dinheiro.

Este país não pode continuar a desperdiçar dinheiro em "jobs for the boys", em empresas falidas, em obras megalómanas.

Tudo neste país é feito a pensar nas mais valias a curto prazo.

Está na hora de investir a longo prazo.

Todos nós temos que ajudar, sejamos professores, médicos, electricistas, carpinteiros, engenheiros, pedreiros, etc...

Como podemos ajudar? Simples, pagando os nossos impostos, exigindo mais de nós próprios e não tanto dos outros, etc....
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por iurp » 9/3/2008 17:06

Tanta verborreia por aqui e tão distante da realidade!!! Há aqui gente que parece só conhecer o seu meio e seu mundo...mas olhem que há outros...e que são a maioria...os outros. E se querem transformar a educação em "reports" estatísticos e simples números, olhem para vocês próprios e perguntem porque usufruiram gratuitamente do ensino público se o podiam ter feito a expensas vossas no ensino privado.

Lembrem-se duma coisa: os professores têm sido meros executores das políticas de educação de todos estes (des)governos que têm passado em PortugaL. Cada governo, cada política e alunos e professores os "peões" do sistema. Se imaginassem a quantidade de legislação saída este ano que já entrou em vigor e que já foi retirada, talvez percebessem melhor o que se está a passar, e quando se pede esclarecimentos á tutela sobre interpretação da legislação, a umas escolas respoendem uma coisa, a outra , outra coisa!!! e os pr0fessores e alunos lá vão andando...de Herodes para Pilatos e de Pilatos para Herodes!!!!

Enquanto não for definido um rumo e houver um pacto para a educação para 10/15 anos, nunca este país poderá ir a lado algum.

Abraço
 
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por Crómio » 9/3/2008 16:49

arnie Escreveu:Uma turma onde mais de metade dos alunos chumba e onde o mesmo acontece com outra meia dúzia de turmas cujo o prof é o mesmo, épá, não me venham dizer que o problema é dos alunos que são problemáticos e são de bairros complicados né?


Aqui é que estragaste tudo...

Não sabes, nem fazes a mínima ideia o que é dar aulas a um gang de pretos vestidos à Bronx, com ganza no bolso e na cabeça (muita), com ponta e mola nos bolsos, que violentam as colegas, professoras e funcionárias e que no fim, se não curtirem o stôr, lhe riscam o carro e furam os pneus...

Já viste se tivesses clientes assim?

Isto não é fantasia, é realidade, tenho uma amiga que deu aulas no bairro do Cambodja e um amigo que dá aulas algures para a zona de Chelas... é preciso ter sangue frio para lidar com aquilo...

Não é uma florzinha em estágio, acabadinha de saír da faculdade que aguenta um cenário destes... e já viste o teu filho (ou filha) numa turma destas?

A realidade felizmente supera em muito a ficção...


EDIT: De resto concordo com quase tudo no teu artigo.
Editado pela última vez por Crómio em 9/3/2008 17:07, num total de 1 vez.
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.

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por arnie » 9/3/2008 16:28

TP1,

A ideia utópica de um serviço educativo publico gratuito não é possível nos dias de hoje. Em muitos aspectos, é tudo idêntico ao serviço de saúde.

É preciso fazer entender à população deste país que NÃO HÁ DINHEIRO PARA TUDO.

O "so called" serviço publico de um país é pago através dos impostos cobrados pelo governo.

Esta coisa de que uma empresa publica não tem que gerar lucro é fantástica. Temos hospitais, escolas, empresas de transportes, empresas de media e mais um rol de serviços que funcionam com prejuízos brutais todos os anos e que é tudo pago com os nossos impostos.

Mas o que é preciso fazer para que as pessoas entendam que NÃO HÁ DINHEIRO PARA TUDO?

Não se pode querer aumentos de ordenado, melhores condições de saude, de educação, de segurança, de trabalho e depois no final do ano fugir aos impostos.

Um trabalhador a receber 1000 euros mensais e descontar 500 euros. Empresas a comprar metade do produto com factura e a outra metade a passar por debaixo da porta.

NÃO HÁ DINHEIRO PARA TUDO

As escolas têm que ter capacidade para se auto sustentarem financeiramente, tal como os hospitais. Não digo a 100%, pois acredito que um estado tem a obrigação de dar assistência médica e educativa aos mais necessitados mas aqueles que trabalham, que têm um rendimento, esses têm a OBRIGAÇÃO de participar, de contribuir para a sustentação do sistema.

Ainda esta semana vi uma mãe, a sorrir de orelha a orelha que depois de muita luta conseguiu que a filha tivesse as propinas pagas a 100% pelo estado. Estamos a falar de uma mãe divorciada de um capitão do exercito e que possui um negócio de aluguer de maquinas de jogos que lhe dá pequenas fortunas mensais que não são declaradas já que a lei proibe aquelas máquinas nos cafés.

Ora este tipo de situação multiplicada por vários milhares produzem o resultado actual do nosso país, onde o povo acha que tem direito a tudo sem ter que pagar.

Eu digo que um prof, um médico, um juiz, um policia, todas as profissões deverão ser avaliadas da mesma maneira. Ou mostram trabalho ou vão para o olho da rua.

Naturalmente que o sistema de avaliação em si de um prof não pode ser igual ao de um médico mas o cerne deverá ser o mesmo.
Uma turma onde mais de metade dos alunos chumba e onde o mesmo acontece com outra meia dúzia de turmas cujo o prof é o mesmo, épá, não me venham dizer que o problema é dos alunos que são problemáticos e são de bairros complicados né?
Um médico num hospital ou centro de saúde que mande o seu doente fazer um exame e dá-lhe a opção do hospital do estado onde vai demorar 6 meses e a sua clínica onde demora 6 dias, não me vão dizer que o médico está a pensar no bem estar do seu doente né?
Um ministro que na noite de sair assina mais de 50 despachos não pode dizer que é uma atitude perfeitamente normal né?

Os maus exemplos vêm de todos os lado. Este país vem acumulando erros em cima de erros que acabarão por desabar um dia destes e como dizem os americanos..."when the shit hit the fan"... vai ser o caos total.

Hoje em dia tudo tem que ser gerido como se de uma empresa se tratasse.
Há que reter os bons profissionais e dispensar os maus.
Cortar com despesas desnecessárias.

O sector publico não pode continuar a ser visto como o salva vidas daqueles que ora não conseguem emprego no sector privado ora daqueles que não se querem esforçar muito e sabem que ali, a "teta" nunca seca.

Por que razão existe tantos policias corruptos? A maioria deles são pessoas cujas perspectivas de vida eram péssimas e viram a policia como salva vidas. Pessoas sem o mínimo de auto estima, sem o menor interesse pelo bem estar do cidadão e que estão ali somente para servir os seus próprios interesses e se tiverem oportunidade, maltratar o seu semelhante só por estarem fardados de agente de autoridade.
Com os professores acontece a mesmíssima coisa.
Milhares de jovens que saem das universidades sem perspectivas de emprego vêm como saida profissional ser professor. Pessoas sem a menor vocação para a área, que foram para ali pois não havia mais nada e depois de alguns anos, de muita frustração é certo pois não era aquilo que sonharam para a vida deles, acham-se no direito de se manifestarem por algo que eles próprios não acreditam.
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