Divergências
Magister, não li ainda o texto pois é relativamente longo (mas irei ler...
) mas em relação às divergências assinaladas nos gráficos, penso que essa análise merece alguma cautela: repara que em (2) o indicador baseia-se no fecho dessa sessão que se encontra bem abaixo do topo anterior que serve de comparação. Na realidade não considero o ponto (2) um topo, mas uma abertura extemporaneamente alta que foi corrigida nessa sessão. A divergência sería mais credível se estivessemos perante um duplo topo mais completo, mas se exceptuarmos uma parte da sessão de ontem, o que temos é os índices (SPX e Nasdaq Composite) a consolidar há várias sessões (e abaixo do «topo anterior»).
De qq das formas, os valores em que o ROC se baseia nos dois gráficos não constituem uma divergência (no segundo ponto, tanto o ROC como o índice encontram-se claramente abaixo do primeiro ponto), mesmo que consideremos a totalidade das sessões.

De qq das formas, os valores em que o ROC se baseia nos dois gráficos não constituem uma divergência (no segundo ponto, tanto o ROC como o índice encontram-se claramente abaixo do primeiro ponto), mesmo que consideremos a totalidade das sessões.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Divergências
Nos gráficos dos índices mais transaccionados do Mundo, apesar da atmosfera bullish que se vive, existem divergências bastante bearish, que por várias vezes aconteceram no passado e levaram ao mesmo desenlace...
Gráfico S&P 500:
Todo este rally foi motivado pela guerra com o Iraque. O primeiro tiro até ao ponto 1 foi feito pelas expectativas em relação à resolução rápida do conflito. Depois tivémos uma correcção, mas a vitória rápida da coligação já estava descontada. O segundo tiro até ao ponto 2 aconteceu com a materialização da expectativa, os habituais compradores nas boas notícias num Bear Market voltaram a aparecer ...
Mas, o ponto 2 revela uma fragilidade gritante do mercado. Em primeiro lugar, é bearish quando o impulso dado pelas notícias propriamente ditas não é mais forte que o impulso dado pela mera expectativa. Revela duas coisas: que o capital envolvido é especulativo e de curto prazo, e que a notícia não era realmente importante em termos históricos de mercados.
(nos mercados, a guerra já acabou, ler o headline da CNNfn Wall St. declares victory)
Repare-se também na divergência negativa do S&P com o Price Rate of Change, um indicador de momentum. O preço atingiu os mesmos níveis mas com o momentum bastante mais fraco, o que é bearish.
O problema não é que não haja entusiasmo e optimismo para comprar. O problema é que o dinheiro disponível para comprar, já comprou - e agora só pode vender. De facto, os fundos de investimento nos EUA têm os seus «níveis de liquidez» no ponto mais baixo desde Março de 2000, precisamente o topo do Bull Market. Têm apenas 4,3% de dinheiro nos fundos. Normalmente, nos inícios de grandes subidas, os «cash levels» andam na ordem dos 8 a 12%.
Para aprofundar este assunto, ler o seguinte artigo: This market wants you, que tem endereços muito interessante para análises macroeconómicas que aconselho adicionar aos favoritos.
Por outro lado, temos os indicadores de Sentimento de Mercado, a disparar sinais de abundância de bulls. Amanhã serão divulgados os dados do Investors Intelligence, que provavelmente, pelas condições psicológicas presentes no mercado, demonstrarão uma clara maioria de bulls, a aumentar da semana passada, em que já estava nos 47,8% de bulls contra apenas 33% de bears, isto num Bear Market de longo prazo muito longe de terminar, a avaliar pelas valorizações em termos históricos, entre muitos outros motivos que poderia apontar:
Repare-se no «earnings yield» (lucro por acção a dividir pela cotação) e «dividend yield» (dividendo a dividir pela cotação) no início do anterior Bull Market, em 1982, e agora.
Gráfico: Nasdaq Composite
No Nasdaq a situação é muito semelhante ao S&P 500, com a distinção do Nasdaq estar bastante mais sobreavaliado, apesar de ter tido uma queda superior desde o máximo. De facto, e analisando um pouco o sentimento de mercado do Nasdaq através do seu «medidor do medo» VXN, verifica-se que este mercado está em ponto de colapsar violentamente, pela enorme complacência existente entre os investidores neste momento:
De facto, nos últimos 3 anos sempre que o VXN atingiu esta zona dos 40, o Nasdaq nos seis meses seguintes caiu 61,8% (a partir do Setembro de 2000) e 42,5% nos 6 meses seguintes a Abril de 2002.
É natural que desta vez aconteça algo semelhante, qualquer coisa que leve o Nasdaq Composite aos 800-1.000 pontos, onde se poderá fazer um fundo de médio prazo, pelo menos.
Gráfico: DAX Xetra
Está muito interessante o gráfico do DAX (apesar deste gráfico ser um pouco «falso» em termos de velas, pois a abertura é faseada o que deforma os gráficos).
Tecnicamente, está bullíssimo ! Promessa de H&S invertido, quebra de várias resistências (aliás, está acima de todas as resistências de curto prazo que tenho no gráfico).
É por isso um desafio às Teorias que possamos admitir e utilizar para analisar os mercados. No passado, ao longo deste Bear Market, foram inúmeros, dezenas mesmo, os falsos sinais técnicos do DAX. Aliás, os falsos sinais no DAX são a regra, não a excepção, e a AT simples, simplesmente não funciona, na MHO.
Da forma como interpreto a opinião dominante, através de conhecidos indicadores de sentimento de mercado, e por outras formas de avaliação, chego à conclusão que teremos quedas bastante violentas (com naturais correcções técnicas pelo meio) nos próximos 3 a 6 meses, que levarão o S&P aos 600-650 pontos, o Composite aos 800-1.000 pontos, e o DAX abaixo dos 2.000 pontos.
Bons investimentos !
Gráfico S&P 500:
Todo este rally foi motivado pela guerra com o Iraque. O primeiro tiro até ao ponto 1 foi feito pelas expectativas em relação à resolução rápida do conflito. Depois tivémos uma correcção, mas a vitória rápida da coligação já estava descontada. O segundo tiro até ao ponto 2 aconteceu com a materialização da expectativa, os habituais compradores nas boas notícias num Bear Market voltaram a aparecer ...
Mas, o ponto 2 revela uma fragilidade gritante do mercado. Em primeiro lugar, é bearish quando o impulso dado pelas notícias propriamente ditas não é mais forte que o impulso dado pela mera expectativa. Revela duas coisas: que o capital envolvido é especulativo e de curto prazo, e que a notícia não era realmente importante em termos históricos de mercados.
(nos mercados, a guerra já acabou, ler o headline da CNNfn Wall St. declares victory)
Repare-se também na divergência negativa do S&P com o Price Rate of Change, um indicador de momentum. O preço atingiu os mesmos níveis mas com o momentum bastante mais fraco, o que é bearish.
O problema não é que não haja entusiasmo e optimismo para comprar. O problema é que o dinheiro disponível para comprar, já comprou - e agora só pode vender. De facto, os fundos de investimento nos EUA têm os seus «níveis de liquidez» no ponto mais baixo desde Março de 2000, precisamente o topo do Bull Market. Têm apenas 4,3% de dinheiro nos fundos. Normalmente, nos inícios de grandes subidas, os «cash levels» andam na ordem dos 8 a 12%.
Para aprofundar este assunto, ler o seguinte artigo: This market wants you, que tem endereços muito interessante para análises macroeconómicas que aconselho adicionar aos favoritos.
Por outro lado, temos os indicadores de Sentimento de Mercado, a disparar sinais de abundância de bulls. Amanhã serão divulgados os dados do Investors Intelligence, que provavelmente, pelas condições psicológicas presentes no mercado, demonstrarão uma clara maioria de bulls, a aumentar da semana passada, em que já estava nos 47,8% de bulls contra apenas 33% de bears, isto num Bear Market de longo prazo muito longe de terminar, a avaliar pelas valorizações em termos históricos, entre muitos outros motivos que poderia apontar:
Repare-se no «earnings yield» (lucro por acção a dividir pela cotação) e «dividend yield» (dividendo a dividir pela cotação) no início do anterior Bull Market, em 1982, e agora.
Gráfico: Nasdaq Composite
No Nasdaq a situação é muito semelhante ao S&P 500, com a distinção do Nasdaq estar bastante mais sobreavaliado, apesar de ter tido uma queda superior desde o máximo. De facto, e analisando um pouco o sentimento de mercado do Nasdaq através do seu «medidor do medo» VXN, verifica-se que este mercado está em ponto de colapsar violentamente, pela enorme complacência existente entre os investidores neste momento:
De facto, nos últimos 3 anos sempre que o VXN atingiu esta zona dos 40, o Nasdaq nos seis meses seguintes caiu 61,8% (a partir do Setembro de 2000) e 42,5% nos 6 meses seguintes a Abril de 2002.
É natural que desta vez aconteça algo semelhante, qualquer coisa que leve o Nasdaq Composite aos 800-1.000 pontos, onde se poderá fazer um fundo de médio prazo, pelo menos.
Gráfico: DAX Xetra
Está muito interessante o gráfico do DAX (apesar deste gráfico ser um pouco «falso» em termos de velas, pois a abertura é faseada o que deforma os gráficos).
Tecnicamente, está bullíssimo ! Promessa de H&S invertido, quebra de várias resistências (aliás, está acima de todas as resistências de curto prazo que tenho no gráfico).
É por isso um desafio às Teorias que possamos admitir e utilizar para analisar os mercados. No passado, ao longo deste Bear Market, foram inúmeros, dezenas mesmo, os falsos sinais técnicos do DAX. Aliás, os falsos sinais no DAX são a regra, não a excepção, e a AT simples, simplesmente não funciona, na MHO.
Da forma como interpreto a opinião dominante, através de conhecidos indicadores de sentimento de mercado, e por outras formas de avaliação, chego à conclusão que teremos quedas bastante violentas (com naturais correcções técnicas pelo meio) nos próximos 3 a 6 meses, que levarão o S&P aos 600-650 pontos, o Composite aos 800-1.000 pontos, e o DAX abaixo dos 2.000 pontos.
Bons investimentos !
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Magister
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