Caldeirão da Bolsa

A fé nos mercados emergentes - o milagre da multiplicação

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: China, mercado emergente ou nao?

por novo_nisto » 14/8/2006 16:39

CN Escreveu:Ola novonisto,

Sim, eu sei, os media economico/financeiros continuam a chamar-lhe assim mas na realidade o mercado Chines passou uma prova de fogo este ano quando todos (excepto a China) os mercados emergentes cairam uma media de 20% em menos de um mes :shock: Foi a primeira vez que a China nao teve uma correlacao positiva com esses mercados :wink:

A China e uma locomotiva que ja nao pode parar. Esta a passar rapidamente de economia de exportacao para economia de consumo interno. O artigo acima e bem a prova disso.

Abraco e bfs

CN


Acho que se pode colocar a questão: O que é um mercado emergente? Um mercado de uma economia emergente ou um mercado com grande volatilidade? A primeira hipótese faz mais sentido claro penso que segunda leitura é a que se faz mais habitualmente mas assim também se pode perguntar: O nikkei é emrgente ou não? Existem analistas que já nem consideram a europa de leste emergente.

Acho que uma explicação para a boa performance do mercado chinês este ano também será a menor subida deste mercado nos últimos dois anos quando comparado com outros emergentes.

Mas a Índia é um caso paradigmático. Quando caiu 30% em maio falou-se em crash. A bolsa indinana chegou a cair 10% numa sessão. Analistas no bloomberg vieram dizer que mesmo assim continuava cara e que devia corrigir mais 30%. De lá para agora tem tido uma recuperação fabulosa e, pessoalmente, acho que a Índia promete até mais do que a China. Existe melhor capital humano na Índia do que na China.

E a razão porque acredito nos mercados emergentes é precisamente a passagem de economias de exportação para economias de consumo interno. Uma passagem fabulosa que fará com que nestes países surjam várias China Mobile, para além de, em muito contribuírem para a saúde financeira de multinacionais ocidentais aí estabelecida. E assim alimentarem este bull market até 2010.
 
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por Keyser Soze » 12/8/2006 14:57

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China, mercado emergente ou nao?

por C.N. » 12/8/2006 4:13

Ola novonisto,

100% de acordo em relacao ao artigo, que, alias, nao tem nada de novo para quem segue com atencao o mercado Chines. Mas queria alertar para o facto de a China ja nao ser "mercado emergente". Sim, eu sei, os media economico/financeiros continuam a chamar-lhe assim mas na realidade o mercado Chines passou uma prova de fogo este ano quando todos (excepto a China) os mercados emergentes cairam uma media de 20% em menos de um mes :shock: Foi a primeira vez que a China nao teve uma correlacao positiva com esses mercados :wink:

A China e uma locomotiva que ja nao pode parar. Esta a passar rapidamente de economia de exportacao para economia de consumo interno. O artigo acima e bem a prova disso.

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A fé nos mercados emergentes - o milagre da multiplicação

por novo_nisto » 11/8/2006 13:17

Um pequeno exemplo das razões que me fazem acreditar nos mercados emergentes e achar que vão ser eles os responsáveis pelo prolongamento deste bull market até 2010.

China Mobile é a maior telecom do mundo em capitalização de mercado

Operadora de telemóveis chinesa já era maior do mundo em número de clientes - agora também é a mais valiosa

A operadora de telemóveis China Mobile é a maior empresa do sector das telecomunicações do mundo em capitalização de mercado. Segundo dados das bolsas de Nova Iorque (onde a China Mobile está cotada) e de Londres (onde está cotada a britânica Vodafone), a capitalização de mercado da China Mobile atinge os 104 mil milhões de euros. Mais que os 100 mil milhões de euros da Vodafone, mais que os 93 mil milhões da norte-americana AT & T.

Curiosamente, a China Mobile é a mais jovem destas empresas: foi formada apenas a 20 de Abril do ano 2000. No entanto, o grupo chinês beneficia do acesso ao maior mercado do mundo, que tem registado grandes taxas de crescimento.

A China Mobile já era a maior telecom do mundo em termos de clientes. Tem, segundo dados oficiais das autoridades chinesas, 270 milhões de clientes nas 31 províncias da China, em Hong Kong e em Macau - um pouco mais de metade do mercado chinês, onde em Junho havia 426,4 milhões de clientes de telemóveis.

Os números da própria China Mobile apontam para um ganho de 25,7 milhões de novos assinantes só no primeiro semestre de 2006 - o equivalente a um crescimento mensal de 4,3 milhões de novos clientes (o equivalente à população total da Noruega). Só em Junho, a China Mobile conquistou 4,8 milhões de novos clientes, segundo a Bloomberg.

A China Mobile beneficia ainda do facto de o mercado chinês ser um duopólio. As únicas duas operadoras no sector móvel são a China Mobile e a China Unicom (por comparação, Portugal, cuja população é menos de um por cento da chinesa, tem três operadoras). A China tem ainda duas outras operadoras no sector fixo - China Netcom e China Telecom.

As operadoras móveis beneficiam na China da vantagem de a infra-estrutura fixa instalada ser muito limitada - muitos clientes "saltaram" directamente para o móvel sem nunca ter tido um telefone fixo.
Tal como todo o sector mundial das telecomunicações, a valorização da China Mobile em bolsa caiu a pique a partir de 2001. Em meados desse ano, a cotação da China Mobile estava em 1,9 dólares, um mínimo histórico.

Desde então, o seu valor mais do que triplicou - chegou, no final da semana passada, a um máximo histórico de 6,4 dólares. Só nos últimos doze meses, as acções da China Mobile valorizaram-se 53,06 por cento.

Ainda deve crescer mais

Esse ritmo de valorização é muito superior ao das suas congéneres na Europa e nos Estados Unidos da América (EUA), o que faz com que a capitalização de mercado da China Mobile seja neste momento superior à dos maiores "gigantes" europeus e americanos do sector.

Mais do que a actual dimensão da China Mobile, é a perspectiva da sua evolução a médio prazo que atrai os investidores. O Governo chinês pretende atribuir licenças de terceira geração (3G) antes ainda da realização dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Esta tecnologia permite uma série de serviços adicionais (como o acesso à Internet) através da telefonia móvel, abrindo espaço para novos consumidores.
Ainda esta semana, os quatro principais operadores de telecomunicações chinesas estiveram reunidos para negociar os standards técnicos de 3G a implementar na China. Segundo números citados pelo diário espanhol El País, a China poderá ter, em 2010, um total de 610 milhões de clientes de telemóveis, dos quais 210 milhões utilizarão serviços 3G.

O crescimento explosivo do mercado chinês beneficia também os fabricantes de aparelhos. Segundo a Bloomberg, o líder no mercado chinês é a finlandesa Nokia (27 por cento), seguida da norte-americana Motorola (15,3 por cento) e da coreana Samsung (8,6 por cento).
 
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