Caldeirão da Bolsa

Nunca vi melhor sobre o código Da Vinci

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Parabéns, Chevall! :-)

por leprechaun » 15/8/2006 14:11

Estamos de acordo, ó pá! :P

Pelo menos, naquilo que eu considero, para já, ser o ponto central do livro, que ainda só vou no terço final. Ou seja, a recuperação do carácter sagrado do amor no plano físico, a divinização do sexo que é abençoado no próprio Génesis:

27. (...) criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28. Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. (...)"
(...)
31. (...) Deus contemplou toda a sua obra e viu que tudo era muito bom.


Certo que nada disto é novo e Dan Brown não nos traz nenhuma tese inovadora ou radical acerca de um tema já muito debatido. Mas a vantagem de "O Código Da Vinci" é a sua enorme popularidade o que faz com que estas ideias se divulguem massivamente, bem, pelo menos para quem as compreenda e aceite, claro. E mesmo aqueles que apenas se sentem cativados pelo suspense e mistério, os que lêem o livro por mero entretenimento, ficarão com tais noções no subconsciente e talvez elas até actuem na sua vida romântica... oh yeah! :lol:

Pessoalmente, sempre me encantou essa maravilhosa reverência oriental que faz com que a Mulher seja tratada de "Mãe" ou "Mãezinha", aliás, creio que esse é até um costume prevalecente nas culturas mais rurais ou ditas primitivas. Seja como for, esse respeito para com o "sagrado feminino" é belíssimo e não perderíamos nada em o adoptar, em vez de lendas da carochinha de "pecado original " e outras patranhas, NÃO sustentadas em qualquer exegese bíblica, note-se! Tal como o celibato sacerdotal imposto contra natura, só no catolicismo romano, com as conseqências sabidas... :(

A propósito deste tema, li há alguns anos um livro que me foi vivamente aconselhado pela 1ª pessoa que conheci através da Net e que, de facto, é uma obra excelente e ternamente intimista que muito me encantou. Falo de "O Caminho de Avalon" ("Crossing to Avalon: A Woman's Midlife Pilgrimage") de Jean Shinoda Bolen, norte-americana de ascendência nipónica. A psicoterapeuta jungiana tem vários outros livros traduzidos em português que lidam com esta temáica que considero crucial para o futuro e a sobrevivência da raça humana. É que se não temperamos esta cultura patriarcal de morte, competição e violência, com um pouco da sabedoria compassiva matriarcal - a verdadeira cultura da Vida de quem nos deu a existência - não vejo como será possível a continuação da civilização erigida pelo actual homo sapiens.

Bem, fico por aqui que só cá entrei para reavivar o meu tema da subida iminente dos índices e, afinal, ei-la... voilà! A chatice é que agora tenho de ir às compras mais caro e eu que gosto de tudo baratinho... ;)

Enfim, quando acabar a leitura cá regresso a fazer a minha súmula final...

...que se o amor é original...

Rui leprechaun

(...muito amar é capital!!! :))
 
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por Chevall » 15/8/2006 13:15

Caro Jotabil,
Sabe, gosto das suas reflexões; gosto da forma como demonstra uma sabedoria ancestral para depois quase provar "às massas de escravos" qual o verdadeiro sentido da vida....

O amigo afirma e insiste em afirmar que o Dan Brown se aproveitou da ignorância massificante para produzir um êxito literário alicerçado em meias verdades e meias mentiras, em falácias velhinhas, e em lugares comuns, amalgamados com um obectivo e mote próprio convertido em teoria da conspiração que eu não consigo atingir, meu caro...


Explique-nos lá de sua Justiça, qual a intenção subjacente do Dan? Reduzir a escombros o teorema da civilização cristã? A católica?
Galvanizar os predicados da mulher e metabolizar uma nova revolução sexual sessentista?
Preconizar um novo paradigma propagandista que reconduza a pureza dos escritos ao fundamento judaico?

Não entendo onde pretende chegar, muito sinceramente. Aceito e subscrevo muita da valiosa informação que nos faz chegar, mas insisto em não compreender muitas das suas conclusões metafóricas e enviesadas, que parecem ter um denominador comum nos seus escritos: a velha teoria da conspiração...


Não tenho o seu manual nem arcaboiço informativo, mas também sei tirar as minhas próprias ilacções do que leio e do que vejo. Não vivemos num mundo perfeito; bem vejo que grassa a ignorância e o obscurantismo em muitos sectores deste mundo, mas recuso-me a aceitar que somos uma manada de carneiros que alguém vai conduzindo no carreiro da vida...

Um abraço caro Jota...
"Alea Jactae Est!"
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comentário

por jotabil » 15/8/2006 8:08

Caro Chevall

Lá inserido na moda da expressões está o Caro....como essa dos teoremas estruturantes....e outras.

Creio que tira ilações do que eu escrevo que não estavam na minha mente. Com elas tece uma argumentação que mais o afastam da minha lógica de raciocínio.

O Dan Brown...é um puro oportunista que aproveita as ignorância das massas acantonadas em cidades de escravos...para recolher mais valias em troca de meia dúzia de patranhices que são já velhas e relhas.

Não me diga que nunca pegou num manual de desenho....daqueles para os primeiros anos do ensino secundário...e nunca aprendeu sobre a relação entre o lado menor e o lado maior de um quadro....a chamada secção dourada....ou o tijolo de Deus.....sei isto desde puto meu amigo...número de Finnobaci....

Não me diga que acerca da Samaritana...a plebeia de sicar.....nunca soube que na academia de Coimbra era proibido cantar esse fado..nos tempos da outra senhora...

Quer dizer que só agora é que esse américas veio ensinar o padre nosso ao cura...ná meu Caro....o livro é apenas um sucedâneo daquelas historietas de cordel que eu ainda ouvi nos tempos em que ia à feira de Trancoso com a minha avó....e ficava feito parvo a olhar para o que tocava bandolim e para a mulher que cantava aquelas versalhadas impressas em papel tão transparente que se confundiam as palavras de um lado e do outro da folha....
Para a crueza e mundanidade da vida de Cristo e afins bastou-me ler Saramago e o evangelho que ficcionou.

O que importa considerar é a doutrina que cristo deixou...ou diz....para não ferir a sua omnipresença....o que é capital é a sabedoria que é encontrada....pouco me importa o secular...e a mundanice....só um indivíduo com a marca utilitária da vida das américas é que se perde em vacuidades e oportunismos daqueles.


Desde sempre que sabemos que os desenhos e pinturas do Leonardo Da Vinci...têm mistérios e servem para falsas semióticas....vem agora esse arrivista americano descobrir a pólvora... os que vêm cá atrás não veem nada...deixe-se de lérias...então é na estrela de David que está cristalizado o Santo Graal....ai meu amigo.......chegeui a meio do livro e fui ver o fim....tais quais ...sem tirar nem pôr...lá estava escarrapachado....do pentáculo.....chegava-se à estrela de seis pontas.
Estes américas parece que fabricam a historia como o fazem nos canais da tv por cabo da Odisseia, canal da História e da National geographic.

E fala-me o Caro em teoremas estruturantes...Deus lhe valha nas suas inquietações para que não o deixe ficar nessas obscuridades... e deixe-se de géneses por tudo e por nada....e de gnoses também....porque são palavras que não se devem aplicar perante um texto tão vulgarmente disparatado...parece que o autor se inspirou num daqueles jogos de aventura de computador do Broken sword I, II e III.

Naturalmente que não tenho qualquer solução para a humanidade... conforme requereu que lhas apresentasse...dado este meu estilo fugaz e meio apardalado com que abordo os temas....seria estultícia da minha parte, se sequer o tentasse...mas o Dan Brown ...seja como for....só existe porque existem estas cidades aterradoras de escravos sem o saberem.... que somos nós a vivermos em 180 m3 de espaço...cercado de cimento armado e onde sonhamos a liberdade à frente de uma pantalha que nos vai cegando o olhar.

Claro que teria muito mais a dizer...cada ideia dava para nunca mais calarmos a inquietação que nos traz....mas agora fico-me por aqui.
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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Fornicanço?

por Chevall » 15/8/2006 6:39

Caro Esbanjador,
As minhas observações neste tema, não só não se reconduzem ao livro do Dan Brown, como para mim nem tudo se funde na tese do fornicanço! :lol:

Este questão é mais profunda, releva teoremas estruturantes da nossa civilização em contraposição a outras, tão prementes no nosso dia a dia...

A mim não me constrange uma figura humanizada em Cristo, como parece ser, não de uma forma original, a tese central do policial do Dan Brown. É essa a discussão central, e o dogma estruturante da instituição católica, que a levou, por exemplo, a efectivar a primeira cruzada da história, e imagine-se contra outros Cristãos: Os Cátaros!

A proeminência com contacto directo com Deus, a humanização da figura de Jesus Cristo, a assimilição dos vários vectores do conhecimento inter-religioso, levou a que a igreja católica e o seu Papado, protagonizasse um dos acontecimentos mais grotescos da história da Cristandade: a aniquilação da cultura e filosofia cátara....

Outros movimentos "desviantes" nos seio da cristandade foram outrora perseguidos pela instituição central do dogmatismo cristão, mas nunca com esta fúria e ferocidade... O seu porquê? Qual a sua correlação com a perseguição aos Templários?
Existirá um fundamento proto-histórico para estes acontecimentos políticos? Existirão coincidências gritantes nestas duas sequelas?
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Mas que grande confusão que p'rá qui vai...!

por Esbanjador » 15/8/2006 5:37

Chevall e Gnomo,

Um pouco de contenção... na vossa confusão!

Apenas se está a falar de um livro vulgar que conta uma história policial e mistura uma série de ideias já conhecidas para a tornar apelativa, vendável e muito lucrativa.
E, ao fazê-lo, altera dogmas de várias religiões.
É só isso.

O Gnomo já mistura o seu natural "tesão" estival com religião, matriarcado, e religiões que nada têm a ver - muito pelo contrário - com as "orgias das arábias" que, com este calor, lhe viriam a calhar :lol:

O Chevall quase parece querer transformar a historieta policial numa nova bíblia, que viria descrever as figuras religiosas lá referidas de uma forma mais humanizada.

Para ele as descrições de Jesus e Madalena como macho e fêmea com desejos sexuais, à imagem de um vulgar casal com as hormonas aos saltos nesta época estival... :mrgreen: ..., é que será a verdade do que se terá passado, naqueles tempos idos, lá na Galileia.
Porque é normal o homem querer fornicar a fêmea e vice-versa. E isto é que é fixe... e traz progresso espiritual à Humanidade... e faz bem ao corpo e à mente :lol:

Bem, já é tarde e vou dormir... [e a esta hora já não vou fornicar... que a minha mulher já dorme há umas horas]... mas amanhã venho esclarecer aqui umas coisas.

Abraços aos dois,
Esbanjador :lol:
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A verdade

por Chevall » 15/8/2006 4:31

Caro Jotabil,
Pergunto-lhe, afinal que grandes verdades, não versadas em meias verdades e meias mentiras, pretende o caro amigo proclamar ao mundo neste espaço de reflexão congénita?

O amigo rebate as premissas dos outros retratando-as de "lugares comuns" e patranhices, mas afinal ainda não anunciou essas grandes verdades imutáveis, universais e ecuménicas, de que quase se diz portador...

No que contesta a visão do matriarcado como vector do desenvolvimento de novas sociedades, porventura mais assentes no amor e compaixão pelo próximo, do que a visão de um mundo assente em valores guerreiros de galvanização do orgulho macho?

Acha mesmo que a tese "davinciana" rebate a mensagem cristã na sua génese, ou contesta o papel desta na valorização da espiritulidade humana?

Acha mesmo que a vontade do Dan Brown foi aproveitar-se dos elementos básicos da sexualidade humana, do instinto "primário" da atracção sexual, e com isso, fundamentar uma nova tese objectora da visão do Jesus Cristo genuino?

Porque afirma a patranhice desta tese porque esta se suporta no alicerce básico da inter-relação humana: o apelo sexual e o amor paternal?

Acha mesmo que o papel de Jesus Cristo seria desconsiderado por este ter este tipo de apelos e desejos prementes? Afinal em que ficamos, acredita o amigo na figura deíficada de Cristo, ou condescende na possibilidade de o Profeta ser também o homem, com desejos e atitudes próprias de um simples humano?

É nisto, essencialmente que a visão do Dan Brown é uma imensa patranhice? Explique-se um pouco melhor, caro amigo, se puder. As suas observações são muito interessantes, mas por vezes, algo confusas e densas...

Um abraço!
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comentário

por jotabil » 14/8/2006 17:44

E a Cara Mimi discorda em quê e onde?!!!



cumps
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Re: comentário

por EMILIA » 14/8/2006 17:05

jotabil Escreveu:Caro Chevall

Em semiologia....sou fraco....sou mais terra a terra ...e não consigo ver nos sinais teorias de conspiração...nem judaicas nem oitras!!!! Mas que a minha cultura livresca...como lhe chamou...é mais uma heterodoxia à ortodoxia que pondera na sociedade actual....é de certeza.
Ainda há momentos pensava nesta minha subectiva presunção ao admirar numa mesa de um shoping a alegre descontração de umas jovens a comer uma sopinha numa malga daquelas verde alface e enorme para se destacarem no cenário...pensei para mim....de facto os homens de regisconta ganharam...o que importa é viver sem amanhâs...porque os amanhãs já não existem.....Para o zé pagode....digo eu.
Essa da teria do matriarcado.....já tem barbas...e do retorno a esse reino....também.
Não me atire essa da teoria da conspiração judaica....porque conforme já referi algures....essa expressão foi inventada para desvirtuar eventuais alegações denunciantes e desse modo diminuir a sua importância tornando-as apenas uma vulgaridade.
De resto estamos num caos.....e como tal..qual vontade ou intenção...ou ideia...é logo de imediato anulada por pretenso iniciado sobre o assunto que a rebate com argumentos fundados em meias verdades e meias mentiras....mas que a audiencia , também perturbada pela propaganda ....acolhe.
Estamos nesta litania...e nada haverá a fazer...para além de uma revolta que transmude os princípios deste paradigma que forçadamente e democraticamente adoptámos.
O Livro de Da Vinci é uma patranhice.....mas uma patranhice maldosa...porque explora o caos que nos assola...utiliza os instintos que consciente não sentimos mas que subjazem no inconsciente animal que somos...na sexualidade....no instinto parental.... e faz disso tudo.....uma curva contumaz que leva ao panegírico da estrela de David....com detrimento do cristianismo que torna secular e do islamismo ao qual quase omite. A doutrina de Cristo...não necessita dessa mundanidade para ser considerada uma passo enorme da espiritualidade humana....aliàs como o são as restantes sabedorias....como o reconheceu João Paulo II ao proclamar a procura do melhor que as sabedorias contêm.
Deixe-se o amigo de maniqueísmos da ilhas papalagui.....e da prevalência das mulheres no comandamento da vida do homem....isso são apenas aquários de ideias heterodoxas.....quando já tudo se transfigura.
Desculpe o meu discurso bruto e menos trabalhado como de vez em quando me vai mimosiando....mas olhe sou assim...desbragado e de palavras vestidas de umas meias sem feitio....e portanto desconformes.

cumps
:lol: :lol: :lol: Apesar de discordar, esta mensagem é digna do melhor critico! :mrgreen:
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por jotabil » 14/8/2006 16:29

Caro Chevall

Em semiologia....sou fraco....sou mais terra a terra ...e não consigo ver nos sinais teorias de conspiração...nem judaicas nem oitras!!!! Mas que a minha cultura livresca...como lhe chamou...é mais uma heterodoxia à ortodoxia que pondera na sociedade actual....é de certeza.
Ainda há momentos pensava nesta minha subectiva presunção ao admirar numa mesa de um shoping a alegre descontração de umas jovens a comer uma sopinha numa malga daquelas verde alface e enorme para se destacarem no cenário...pensei para mim....de facto os homens de regisconta ganharam...o que importa é viver sem amanhâs...porque os amanhãs já não existem.....Para o zé pagode....digo eu.
Essa da teria do matriarcado.....já tem barbas...e do retorno a esse reino....também.
Não me atire essa da teoria da conspiração judaica....porque conforme já referi algures....essa expressão foi inventada para desvirtuar eventuais alegações denunciantes e desse modo diminuir a sua importância tornando-as apenas uma vulgaridade.
De resto estamos num caos.....e como tal..qual vontade ou intenção...ou ideia...é logo de imediato anulada por pretenso iniciado sobre o assunto que a rebate com argumentos fundados em meias verdades e meias mentiras....mas que a audiencia , também perturbada pela propaganda ....acolhe.
Estamos nesta litania...e nada haverá a fazer...para além de uma revolta que transmude os princípios deste paradigma que forçadamente e democraticamente adoptámos.
O Livro de Da Vinci é uma patranhice.....mas uma patranhice maldosa...porque explora o caos que nos assola...utiliza os instintos que consciente não sentimos mas que subjazem no inconsciente animal que somos...na sexualidade....no instinto parental.... e faz disso tudo.....uma curva contumaz que leva ao panegírico da estrela de David....com detrimento do cristianismo que torna secular e do islamismo ao qual quase omite. A doutrina de Cristo...não necessita dessa mundanidade para ser considerada uma passo enorme da espiritualidade humana....aliàs como o são as restantes sabedorias....como o reconheceu João Paulo II ao proclamar a procura do melhor que as sabedorias contêm.
Deixe-se o amigo de maniqueísmos da ilhas papalagui.....e da prevalência das mulheres no comandamento da vida do homem....isso são apenas aquários de ideias heterodoxas.....quando já tudo se transfigura.
Desculpe o meu discurso bruto e menos trabalhado como de vez em quando me vai mimosiando....mas olhe sou assim...desbragado e de palavras vestidas de umas meias sem feitio....e portanto desconformes.

cumps
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Oh... sacred sex... that's nice!!! :-)

por leprechaun » 14/8/2006 13:16

Chevall Escreveu:Apesar de todas as incongruências do livro, existem dois elementos do mesmo que demonstram toda a pureza do seu substracto: a valorização do Sagrado Feminino ou o retorno à velha ordem cosmológica das sociedades matriarcais, e o retrato fidedigno do Cristo Humanizado! São duas mensagens que aceito e respeito, não por obra e mérito da escrita do Brown, mas sim porque outros antes assim o aventaram em edições de maior e melhor qualidade. Cristo Humano, exemplo de virtude e atitude, acolhedor das virtudes da mulher, revolucionário na escolha, humanizante nas opções de vida.
Essse é um exemplo de vida de profeta, que pode muito bem ter deixado descendência, porque essa era a opção normal de vida de qualquer homem daqueles tempos...


Isso mesmo, ó Adónis! :lol:

Tschh... quem me dera ter essa belíssima aparência... ai!... e não esta velha decadência! ;)

Bem, e já faltam menos de 100 páginas... estou de facto a ler rapidinho, isto considerando que sou apenas um ocioso Gnominho... :P

Deveras, todo o meu interesse nesta obra se centrava, fundamentalmente, nesse aspecto místico da união sagrada e a antiquíssima noção da Mulher como o veículo da Deusa. Ora, sob este ponto, a obra de Dan Brown abre belas perspectivas... and I like it!

Aliás, o que ele diz representa a ponte para as milenares práticas tântricas do hinduísmo védico e a sua correspondência no xintoísmo nipónico, e ainda a ultra-deliciosa sensualidade árabe - quem diria! - hoje em dia popularmente divulgadas em obras tão conhecidas como o "Kama Sutra", o "Ananga Ranga" ou "O Jardim das Delícias".

Numa transposição para os tempos modernos, continuo a sublinhar a importância de recuperar esse lado feminino da intuição e da compaixão que é, note-se, comum a todo o Ser Humano. Por exemplo, e já que este é um fórum de Economia, afinal, este fim de semana eu estava a pensar que as empresas "verdes" ou com uma elevada componente de "responsabilidade social" desenvolveram justamente essa faceta de equilíbrio entre o lucro necessário e o respeito pela Deusa-Mãe, a amorosa e paciente Terra-Gaia que nos mantém.

Este tipo de consciência tem-se vindo a espalhar progressivamente e é uma vitória para a causa espiritual que se pretende equilibrar com a material.

Bem, quanto a outros aspectos esotéricos ou lá o que lhes queiram chamar, nesses assuntos não me meto. São altas elocubrações para cérebros brilhantes, mui subidos raciocínios que não cabem no pálido miolito...

...de um espantado Gnomito...

Rui leprechaun

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por Chevall » 14/8/2006 10:16

Voltando ao assunto primário em discussão, e entrando pela avaliação literata dos livros do Dan Brown por contraposição aos livros dos Mestre Eco, só me apeteceria dizer que "ele há coisas que nem ao Diabo lembraria".... :lol:


É certo que o Dan Brown não é um mestre da escrita, estando aliás muito longe desse desiderato, e então quando o pretendemos comparar com essa sumidade da semiótica de nome Humberto Eco, quase me apeteceria dizer que pretenderíamos compararar o imcomparável...

Para além da excelência da escrita do Eco, apercebemo-nos que o Homem, domina os assuntos da história, da filosofia, do esosterismo, do simbolismo, em suma da gnose, melhor que ninguém... A forma como co-relaciona essa amálgama do conhecimento nos seus livros, em especial, "O Nome da Rosa", "Baudolino" e "PÊndulo de Foulcaut", demonstra toda a sua SUMIDADE! Por essa via, há muito boa gente que afirma que o Humberto Eco é actual Grão Mestre do Priorado de Sião! :shock:

Foi aqui aventada, mais uma, para além de todas aquelas reflectidas no Livro " O código da Vinci", tese conspirativa, com propósitos bem determinados, de se pretender apresentar o Graal como uma recondução genésica à Estrela de David! Mais uma conspiração Judaica estaria na forja, nas palavras do Jotabil, não, meu caro?

Apesar de todas as incongruências do livro, existem dois elementos do mesmo que demonstram toda a pureza do seu substracto: a valorização do Sagrado Feminino ou o retorno á velha ordem cosmológica das sociedades matriarcais, e o retrato fidedigno do Cristo Humanizado! São duas mensagens que aceito e respeito, não por obra e mérito da escrita do Brown, mas sim porque outros antes assim o aventaram em edições de maior e melhor qualidade. Cristo Humano, exemplo de virtude e atitude, acolhedor das virtudes da mulher, revolucionário na escolha, humanizante nas opções de vida.
Essse é um exemplo de vida de profeta, que pode muito bem ter deixado descendência, porque essa era a opção normal de vida de qualquer homem daqueles tempos...


SE houver oportunidade e tempo, voltarei ao assunto mais tarde....
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comentário

por jotabil » 14/8/2006 1:20

Muio Bem Caro Esbanjador.

Não li muito de nietzsche.....li apenas uma biografia e uma boa análise da sua obra....considero este filósofo um grande revolucionário do pensamento....que tem um discípulo extrénuo em Albert Camus.
O eterno retorno que refere.....remeto-a para o Mito de Sísifo....para mim entendido como.... a vibração eterna...à procura da verdade.....sem saber...mesmo quando morre (o homem)....se está muito longe ou muito perto da verdade....se ela existir. o Sísifo como sabe foi condenado a subir e a descer montes e vales....até às calendas grêgas...ou sea por toda a eternidade....ou seja, o homem está condenado a transportar a pedra da sua condição do vale até ao cimo do monte.....mas sabe que uma vez lá em cima a pedra rolará inexoravelmente até ao fundo do vale seguinte.....e assim até ao fim da sua existência..e quando morre nem sabe se está muito próximo ou muito longe da verdade...se ela existir.....vibra apenas...
E isto é uma ideia estéril...parace sem significado e inútil......mas Camus....sem o formular claramente.....trouxe duas esperanças para o homem.....mas delas falarei oportunamente....são qui horas...


cumps
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Re: Código Da Vinci - uma vulgata favorável à Maçonaria!

por Bender » 14/8/2006 1:13

Esbanjador Escreveu:Como é consabido, todas as doutrinas fundamentais - que pretendem dar uma explicação completa do mundo - têm um núcleo duro e profundo que só uma elite, mais ou menos restrita, de estudiosos consegue entender em toda a sua amplitude.


Este excerto, fez-me lembrar um comentário de um tipo, suponho que no The Corporation, que defendia que de todos os ismos (capitalismo, comunismo, cristianismo, fascismo, etc.) o capitalismo, o mais bem sucedido e global deles todos, é curiosamente, o único que não tem "manisfesto". Dá que pensar....

Depois lá continuava, que era preciso um manifesto, etc, mas isso é outra discussão :wink:

Abraço,
Bender
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Finito - Infinito...!

por Esbanjador » 14/8/2006 0:42

Caro Jotabil,

A descrição histórica que faz da evolução das principais religiões parece-me estar correcta na generalidade.

Quando disse:
«Ná meus Caros...o livro não é inocente como à primeira vista nos parece....»,
pensei que estaria preocupado e indignado com aspectos outros para além das inexactidões que põem em causa a verdade de alguns dogmas de algumas religiões.

Daí ter dado a minha opinião sobre o que penso que se passa por detrás da actual proliferação de livros do género C. Da Vinci.

Tb em termos genéricos, penso que a Maçonaria vai beber muito à 2ª fase que descreve (ao Egipto, pirâmides, olho de lado, triângulo, etc.).

A referência a Spitâma Zaratustra (conhecido na Europa por Zoroastro) e ao mazdeísmo é muito interessante.
Penso que é com o mazdeísmo que surge uma religião monoteísta, com o seu deus Ahura Mâsdâh.

Sabe que, há muitos anos, li praticamente todos os livros de Friedrich Nietzsche, tendo começado por aquele que deveria ter deixado para o fim, o «Assim Falava Zaratustra».

Nietzsche tem uma ética muito própria, situando-se moralmente para além do bem e do mal (título, aliás, de um outro seu livro).
O porquê de escolher Zaratustra para título daquela sua obra poderá ter a ver com o optimismo escatológico do mazdeísmo, ao contrário p.ex. do pessimismo metafísico do budismo, o que liga bem com a sua filosofia vitalista.

As referências ao finito e infinito são muito interessantes.

Como sabe Nietzsche elaborou a teoria do "eterno retorno" (mas este tema vai buscá-lo aos gregos da época pré-socrática, como Heraclito, Anaximandro, etc.)

De acordo com a mesma, nós (eu e o Jotabil) já estivemos a trocar estes posts algures no passado e daqui a x tempo voltaremos a estar.

E porquê?

A teoria do eterno retorno é muito interessante e dá que pensar.
Dando de barato a simplificação, vou-lhe dar a minha interpretação da mesma :)

Neste preciso momento estamos no "instante uno".

Para diante do "instante uno" estende-se o infinito.

Para trás do "instante uno" estende-se tb o infinito.

O infinito, por definição, abrange todo o tempo do mundo, todo o passado e todo o futuro.

Assim sendo, este "instante uno" faz parte do infinito que ficou para trás, logo, lá algures para trás, já estivemos a trocar estes posts.

Para diante deste "instante" tb se estende o infinito de que este "instante" tb faz parte, porque o infinito abrange todo o tempo do mundo.
Logo, algures lá para diante nós vamos estar novamente a trocar estes posts :lol:

É O ETERNO RETORNO :mrgreen: :mrgreen:
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comentário.....

por jotabil » 13/8/2006 20:38

Para terminar..e ainda numa quarta fase

Decorria o sétimo século depois de Cristo....numas tribos judaico-cristãs na península Arábica, que servem de estações às caravanas de mercadores entre o golfo Arábico e o mar vermelho....eis que, no meio da desorientação... do abandono... e do esquecimento espirituais da época nas uma outra sabedoria...que servindo-se dos fundamentos das duas anteriores......concebe um Deus (Alá) absoluto e trancendente.....que não só se solidariza com o homem....mas vai mais adiante....torna o homem e a natureza integrante da sua natureza sagrada....Alá o Homem e a natureza são um todo orgânico....dado que Alá é tudo...tudo se consubstancia nele.....Alá faz-se espelho para o homem para que nele se possa relectir para que nele entenda as suas orientações no caminho da sua redenção....Alá é tudo e não existem mais poderes...os poderes temporais não existem como admitiu Cristo....com a moeda de César....por isso é absurda a exist~encia de estados nações agarenas...daí a ameaça da unidade islâmica definida no alcoorão.

Faltará ainda uma referência às sabedorias místicas.
Apenas referirei o Induísmo com as suas yogas e as suas upanishads...o seu nirvana....e a noção do tempo circular....
O Budismo...é apenas um fundamentalismo desse induísmo primordial...Buda tal como Cristo foi à pureza dos princípios do Induísmo e acrescentou-lhe o seu passo espiritual...



Um resumo ....muito conciso....em matéria polémica .. e naturalmente vulnerável a todas as precisões que naturalmente possam merecer....mas se alguém se dignar a fazê-lo tomo-o apenas como reverência face a minha ignorância que reconheço.

cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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por jotabil » 13/8/2006 20:12

ainda na quarta Fase

O judaísmo foi correndo nos seus termos o devir humano foi acrescentando à barca espiritual o testemunho do homem que acrescentou mais espiritualidade...mas também vícios e corrupções próprio da condição humana perante o divino.
Até que apareceu um fundamentalista alí para os lados da palestina.....que resolveu ir aos fundamentos da doutrina judaica....separar o trigo do joio.....e acrescentar-lhe o testemunho da sua palavra e do seu exemplo de vida..... O Deus que anunciava...já não se mantinha trancendente...afastado na sua omnipotência....tomava uma atitude mais solidária com o homem.....num acto de amor a divindade encarnava a sua condição...para conhecer as suas agruras as suas dificuldades ..o seu absurdo....para assim melhor o compreender e orientar nesse tal caminho da redenção....finalmente o infinito solidariza-se com o finito....é esse o passo espiritual do cristianismo...Deus encarnou e se fez homem.....admirem pois a distância...que separa os primeiros homens do homem cristão......aos deuses cósmicos de então....sucede-lhes agora um Deus amoroso e totalmente solidário.
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por jotabil » 13/8/2006 19:57

Numa quarta fase nos povos que migraram para sudoeste surgiu uma religião monoteísta cujo Deus é ainda trancendenta ao homem....um Deus omnipotente e mandão...Abraão obedeceu-lhe no propósito de matar o único filho que tinha junto à sarça ardente..onde descalçava as sandálias...após o dilúvio...Noé ouviu-lhe os termos da aliança.....e Moisés recolheu os seus mandamentos...no monte Sinai....tudo orientações de cima para baixo.....de qualquer modo o Deus aproximava-se do homem orientando-o no caminho da sua redenção para lá da morte....vieram os profetas ...no seguimento da doutrina emanada ...no pentateuco.....e tudo isto se constituiu na primeira religião profética...o judaísmo
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por jotabil » 13/8/2006 19:42

Numa terceira fase Os deuses não se relacionam com o homem ...não lhe dão qualquer orientação...permanecem cósmicos.....até que ali para os lados do mar cáspio numa região próxima do Irão ..no Caucaso....e no seio do Mazdeismo....de Ormuz deus do bem e Ariman deus do mal.....aparece um ente revolucionário.......que se chamava Zaratustra ou Zoroastro....que anuncia um deus que deixa de ser cósmico.....mas que pela primeira vez se relaciona com o homem dizendo-lhe qual é o caminho do bem e qual é o caminho do mal.....ou seja ..dá ao homem a possibilidade e a liberdade de escolher um caminho...para a sua esperança de vida após a morte...o infinito começa então a relacionar-se com o finito.
Daqui nascem fundamentalmente dois tipos de religiões....as religiões proféticas que tem o factor tempo como elemento do caminho da redenção.....e as religiões misticas....cuja redenção é conseguida pelo homem num momento eterno....ou seja o nirvana é conseguido num momento ou numa eternidade....o que importe é a ascese da devoção....em obediencia aos yogas e upanishads estabelecidas....o que conta é a elevação espiritual e o desprendimento...para que o paraíso se atinja.
O primeiro desse tipo de religiões surgiu em povos que migraram para oeste....o segundo em povos que se dirigiram para o Industão...
É esta a terceira fase.....os deuses já se relacionam com o homem á lhe dão indicação sobre o caminho do bem e o caminho do mal...dando-lhe assim a liberdade de escolha.
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por jotabil » 13/8/2006 19:17

Numa segunda fase o homem pressiste teimosamente em ultratassar a morte....força o sentir...força a sua consciência....sublima a possibilidade de inventar uma vida para além da morte.....os deuses são seres cósmicos....fora de si....e pouco o podem ajudar nesta sua inquietação e revolta.....o homem apesar desse silêncio dos deuses....exorta-os a ouvirem-no....a aplaca-lhes as más disposições... com sacrifícios nos lugares das sua teofanias ....é exemplo desses esforços do homem, o designado livro dos mortos....na civilização egípcia no qual o homem exorta osíris ( da trindade Osíris Iris e Hórus) para que oriente e proteja os mortos após a passagem.
É assim esta segunda fase da espiritualidade a fase dos deuses cósmicos
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por jotabil » 13/8/2006 19:02

Caro Esbanjador

Não vou muito nos fenómenos esotéricos porque o que digo é simples e nada tem de conhecimento iniciático de alguma seita remota.
Um dia lí umas páginas, poucas, sobre o evoluir da espiritualidade do homem e, subjectivamente, construi uma estrutura concisa dessa evolução que me serve de apoio para julgar abordagens que outros fazem sobre esse assunto.
De um modo sintético essa estrtura pode dizer-se em quatro tempos ou fases de evolução:
- Uma primeira, o homem revolta-se contra o determinismo da natureza,começa a ter consciência de si, da sua consciência e da sua sabedoria para ultrapassar alguns determinismos da natureza,na área da sua alimentação, da sua portecção e do seu agasalho.
Até que chegou até um desses determinismos que não conseguiu ultrapassar...a morte....a natureza determinava assim...passado um determinado tempo de vida acontecia natural e inexoravelmente a morte...o homem sentia-se impotente perante ela...
A espiritualidade que nesta fase obtém esbarra nesta impossibilidade e remete-se conforme lhe exige a consciência de ao menos fique a hierofania da morte do companheiro de vida e de aventura....assinalada numa ara que testemunhe a sacralidade do lugar....daí os túmulos megalíticos...sinais de que o homem era já um ser estrangeiro no seio da natureza.
Entendi assim esta primeira fase espiritual do homem.
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Código Da Vinci - uma vulgata favorável à Maçonaria!

por Esbanjador » 13/8/2006 17:30

jotabil Escreveu:Caros

Quero aqui dizer que eu li o livro....o meu primeiro post é um copy paste de uma coisa que vi num blog.

Quero por último dizer que o conteúdo do livro em análise não é de todo inocente....tem uma finalidade tenebrosa e bem definida...afinal o santo graal é a estrela de David.....senão voltem a ler com atenção....o cálice e a espada.......um triângulo equilátero com o vértice para baixo é o cálice... o triângulo equilátero com o o vértice para cima é a espada....que sobrepostos dão a estrela de David.... e esta conclusão é que me preocupa porque revela uma intenção de consagrar determinada sabedoria que se julga acima das outras duas religiões proféticas....com um claro e acintoso denegrir da sabedoria cristã...utilizando o secular com que a banaliza sabendo-se que cristo foi um fundamentalista da religião judaica ao qual acrescentou a espiritualidade da sua palavra e do seu testemunho. Da sabedoria dos agarenos fa-lo do mesmo modo...mas por quase omissão
Ná meus Caros...o livro não é inocente como à primeira vista nos parece....pretende instilar a dúvida pelo processo mais larvar e que corrói a confiança.
Deixemos as inexactidões históricas ou até artísticas..o que importa naquela mixordice é o acintoso da desconfiança que gera nos valores morais que cristo proclamou....como se a doutrina que dele emanou...fosse afectada pela vulgaridade mundana que relata..desde referências à opus dei...estrutra da igreja e quejandos....e isso é uma coisa que dói...pela traição e pela baixeza que revela perante uma sacralidade tão respeitável como o judaísmo e o Islamismo.

fica dito.


cumps


Concordo com o Jotabil, quando conclui:
«Ná meus Caros...o livro não é inocente como à primeira vista nos parece....»

Como é consabido, todas as doutrinas fundamentais - que pretendem dar uma explicação completa do mundo - têm um núcleo duro e profundo que só uma elite, mais ou menos restrita, de estudiosos consegue entender em toda a sua amplitude.

Essas doutrinas têm estruturas formais/instituições constituídas por "funcionários" (chamemos-lhes assim) para alcançarem os seus objectivos práticos na sociedade, junto das massas, sem as quais aquelas estruturas não se desenvolvem, o que é necessário para "lucro" dos tais "funcionários".

Por exemplo, o "materialismo histórico e dialéctico" serviu de doutrina oficial dos países de regime comunista, máxime da União Soviética.
A estrutura, a nível mundial, mais importante era o aparelho deste Estado, centrado no Kremlin.

Para fazer chegar ao povo - que há sempre que conquistar pelas razões referidas - a "mensagem apelativa", os "funcionários" da estrutura formal/instituição utilizaram "vulgatas" para a disseminarem.
Estas "vulgatas" (livros de Marta Harnecker, p.ex.) apenas têm uns "pós" da doutrina original (que poucos conhecem profundamente. Quem é que leu o Das Kapital de Marx, p.ex.,?), veiculando a "mensagem apelativa" que importa popularizar pela "estrutura formal".

Passando agora ao Código da Vinci.

Estabelecendo o paralelismo com o caso do materialismo histórico e dialéctico, é consabido existirem doutrinas esotéricas só compreendidas em toda a sua extensão por uma elite restrita dos seus estudiosos.
Neste caso, aparece como estrutura formal/instituição a Maçonaria, estabelecida a nível mundial.
Tal-qualmente como naquele caso, tb a Maçonaria luta por ganhar adeptos e vir a prevalecer sobre as outras grandes instituições mundiais.

Assim, os seus "funcionários" para criarem simpatia ou empatia no Povo pela sua instituição têm que fazer-lhe chegar a tal "mensagem apelativa" porque a ciência esotérica verdadeira só é perceptível por uma minoria que raramente se revê na Maçonaria e trata até os seus "funcionários/maçons" com desprezo, atenta a sua ignorância da verdadeira ciência esotérica.

É assim que surgem livros como o Código Da Vinci e muitos outros, actualmente na moda, como as "vulgatas" da "mensagem apelativa". Acredito até que alguns dos seus autores, o que nem será o caso de Dan Brown, nem tenham consciência do serviço que estão a prestar à Maçonaria.

Não há aqui inocência.
Veja-se a polémica surgida, há pouco tempo, num Estado dos EUA a propósito da pretensão de um grupo de intelectuais e políticos (salvo erro com ligações à Universidade de Princeton, logo a teorias como a da Gnose de Princeton) de instituir um novo programa de ensino para que as novas gerações não ficassem privadas do ensino de teorias do género.
E estiveram quase a conseguir, não fora o Supremo Tribunal ter considerado a lei já elaborada como inconstitucional e ter ficado tudo na mesma.

Não há aqui inocência.
E estas instituições de fins obscuros contam hoje em dia com um poderoso meio de disseminação das suas "vulgatas" para além dos livros, tipo Código Da Vinci, que é a Net.
Isto somado à cada vez maior falta de verdadeira cultura (na Net tem-se acesso a muita informação mas, faltando os alicerces culturais que permitem uma visão mais aprofundada das coisas, através do saber reflectir e meditar a partir de bases de conhecimento sólidas, fica-se pela quantidade da informação fragmentada, não se atingindo o nível qualitativo da sabedoria) é altamente favorável ao desenvolvimento dessas instituições pelo recrutamento de inconscientes prosélitos.

É a opinião humílima de um ignaro como eu :wink:
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por EMILIA » 12/8/2006 11:02

Guerra e Paz, Humilhados e Ofendidos, Papillon, garndes livros e com uma qualidade acima do normal, adorei-os.!

Morgadinha dos canaviais, Os Maias, Amor de Perdição, obras-primas da literatura portuguesa, fantásticos.

Lusíadas, memorial do convento ( todos os outros deste autor), todos os livros de António Lobo Antunes, livros de qualidade inegável e magnificos exemplos da literatura Portuguesa. Detesto :evil: :evil:

Meu Pé de laranja Lima, meu livro de eleição, tem qualidade não sei, já o li 6 ou 7 vezes e ainda hoje ( passados 15 anos da 1ª leitura) choro.

5 ou 6 livros de júlio Verne, O Amor é ganhar do MEC, Anjos e Demónios ( acho o melhor de Dan Brown), Código da Vinci, Têm qualidade ?
Para mim tem, são livros de fácil leitura, livros para se lerem quando a cabeça não dá para complexas teias literárias, e os livros também servem para isso.
Se dizem verdades, não, claro !!!

Mas para mim servem.
Não lamentes as perdas
 
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por jotabil » 12/8/2006 1:37

Caros

Quero aqui dizer que eu li o livro....o meu primeiro post é um copy paste de uma coisa que vi num blog.

Quero por último dizer que o conteúdo do livro em análise não é de todo inocente....tem uma finalidade tenebrosa e bem definida...afinal o santo graal é a estrela de David.....senão voltem a ler com atenção....o cálice e a espada.......um triângulo equilátero com o vértice para baixo é o cálice... o triângulo equilátero com o o vértice para cima é a espada....que sobrepostos dão a estrela de David.... e esta conclusão é que me preocupa porque revela uma intenção de consagrar determinada sabedoria que se julga acima das outras duas religiões proféticas....com um claro e acintoso denegrir da sabedoria cristã...utilizando o secular com que a banaliza sabendo-se que cristo foi um fundamentalista da religião judaica ao qual acrescentou a espiritualidade da sua palavra e do seu testemunho. Da sabedoria dos agarenos fa-lo do mesmo modo...mas por quase omissão
Ná meus Caros...o livro não é inocente como à primeira vista nos parece....pretende instilar a dúvida pelo processo mais larvar e que corrói a confiança.
Deixemos as inexactidões históricas ou até artísticas..o que importa naquela mixordice é o acintoso da desconfiança que gera nos valores morais que cristo proclamou....como se a doutrina que dele emanou...fosse afectada pela vulgaridade mundana que relata..desde referências à opus dei...estrutra da igreja e quejandos....e isso é uma coisa que dói...pela traição e pela baixeza que revela perante uma sacralidade tão respeitável como o judaísmo e o Islamismo.

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por falido » 11/8/2006 23:16

Jabreu Escreveu:O Código Da Vinci como livro de ficção é muito bom..mt bom mesmo.. Aliás como Dan Brown o apresenta apenas dizendo que é apoiado em factos reais.



isto é que é triste.
escrever sobre factos reais distorcendo-os, adulterando-os e ainda vir dizer que assim sim são reais?
pura especulação, desonestidade e mai nada. desaprende-se mais do que o que se aprende.
o livro entreteu me nada mais.
eco entretem, ensina e educa e cultiva :mrgreen:
 
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por MarcoAntonio » 11/8/2006 22:06

Já agora, não tem sido só a moda dos treinadores e jogadores mas de muitas outras personalidades que sendo já conhecidas do grande público aproveitam a embalagem e lançam livros, transformando-se quase automaticamente em escritores de sucesso.

E não se trata de criticar por criticar.

Por exemplo, ao passo que José Rodrigues dos Santos foi um pouco criticado por ter embalado/aproveitado a moda do Codigo Da Vinci (e tb a outra que aqui referi) já Rodrigo Guedes de Carvalho tem sido aplaudido pela crítica como um grande escritor e não está a ser conoctado como estando a embalar em qq moda (seja a do Codigo Da Vinci seja a dos VIP's que passam a escritores).

O grande público conhece no entanto os dois da mesma forma: pivots de telejornal.

A diferença é que um se calhar é mesmo um grande escritor (até já saudado pelo José Lobo Antunes) e o outro se calhar também não assim tanto.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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