Caldeirão da Bolsa

Conflito no Médio Oriente

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Caro Boxopen

por mcarvalho » 4/8/2006 16:41

quando me apercebo de fanatismo (de um lado ou de outro) tento contrabalançar com algo que pode até nem ser a minha opinião.
Haverá necessidade de se encontrar um ponto de equilibrio o que convenhamos não será fácil
Tu , parece-me que tens uma opinião semelhante à minha, ou vice versa se preferires, e tentas esse equilibrio sem demonstrares ódio, rancor, inveja,
atributos próprios dos frustrados ,incompetentes, atraiçoados e egoistas.

Hoje em dia preocupamo-nos demasiado com o que se passa na casa dos outros e nem nos apercebemos do que está a acontecer na nossa; sabemos o que se passa ao segundo no médio oriente ou cascos de rolha que é a mesma coisa mas, não sabemos o que os nossos filhos fazem durante anos ... Acreditamos em tudo o que nos dizem as notícias , televisões e revistas cor de rosa mas, não acreditamos na dor de dentes do miudo ou na preocupação da mulher.
Para mim estamos a ser manipulados e, eu tento sempre resistir enquanto puder... e, quem nos manipula se calhar é o mesmo que manipula os Muçulmanos, os Israelitas, os Americanos, os Franceses os.. qualquer coisas.

Um abraço para todos
mcarvalho

Ps. Só para meditar um pouco

" QUE ACONTECERIA SE OS ISRAELITAS
DESISTISSEM DE LUTAR "
 
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por boxopen » 4/8/2006 16:11

Olá mcarvalho,
Depois de ler três ou quatro textos do mesmo autor do teu texto, Rik Coolsaet
Não sei se ficarás muito satisfeito se transcrever aqui parte deles; duas ou três linhas apenas...

Esse Prof. Coolsaet é exactamente o mesmo que afirma num texto próprio o seguinte:
When dealing with al-Qaeda and Osama bin Laden myth and reality tend to get mixed up.
Contrary to widespread belief, international terrorism is far from humanity’s biggest threat today.
Indeed, since 1969 there has been a gradual decrease of the number of terrorist attacks
and this despite dramatic terrorist mass murders such as 9/11.

Aliás, o senhor é bastante criticado como "especialista" em terrorismo porque parece que, tal como outros,
lhe custa a meter na cabeça que o problema do terrorismo islâmico é algo que tem de ser resolvido
"por dentro" do Islão, e não "por fora". É que querer impôr algo contra uma religião dominante, qualquer
que ela seja é um perfeito disparate! Ainda para mais sendo a jihad algo intrinsecamente religioso.
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por tava3 » 4/8/2006 15:56

Sem ofensa para os crocodilos e as cobras
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por tava3 » 4/8/2006 15:53

Ok, eu troco as palavras, Coitadinho do crocodilo que está sempre a ser atacado pelas cobras, sao os 2 predadores mas...

:)
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por boxopen » 4/8/2006 15:24

tavaverquenao Escreveu:Coitadinho do crocodilo que está sempre a ser atacado pelos barbudos infames e terroristas.

Nem sempre será também bem assim.
Mas lá que há terroristas e terroristas e que AMBOS são um cancro. Lá isso é uma verdade.
Até há terrorismo de estado e tudo: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_ac ... d_by_state

mcarvalho Escreveu:Atenção às células e à propaganda

Texto também muito interessante.
Só não consegui perceber foi porque a autora não foi mais além.
Podia por exemplo ter referido o estatuto de POTÊNCIAS MUNDIAIS alvos no séc. XIX,
Depois comparar para a situação actual e a do séc. XX e, se calhar, extrapolar para o séc. XXI
Provavelmente não o fez talvez por o texto já ser longo ou então por falta de tempo.
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por tava3 » 4/8/2006 15:10

Éra melhor meteres só o link do texto, se todos viessem para aqui meter disto, nao se percebia nada.
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por mcarvalho » 4/8/2006 15:05

Atenção às células e à propaganda
 
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O terrorismo anarquista e a Jihad

por mcarvalho » 4/8/2006 15:03

in Le Monde Diplomatic
O terrorismo anarquista e a Jihad
Como o trabalhador do século XIX, o muçulmano é, atualmente, considerado muitas vezes com uma mistura de medo e desprezo. E os EUA representam para o terrorista da Jihad o que o Estado burguês era para seu predecessor anarquista: o símbolo da arrogância e do poder
Rik Coolsaet

Os autores de atentados justificavam seus atos como armas legítimas na luta pela justiça – a autodefesa de um grupo oprimido e marginalizado na sociedade
O terrorismo é tão velho quanto a humanidade. Ele pertence a todos os tempos, todos os continentes e todas as confissões. O que explica, por conseguinte, a obsessão pela segurança que atualmente testemunhamos diante de um inimigo invisível e tentacular que suspeitamos estar por trás de todos os atentados do mundo? Os esconderijos da História guardam períodos em que o terrorismo e a angústia se confundiram em situações com vários aspectos semelhantes aos da nossa época.

Por exemplo, em 24 de junho de 1894, um imigrante italiano, anarquista simpatizante, Caserio, mata o presidente francês Sadi Carnot. Esse atentado marcou o apogeu de uma série perpetrada por anarquistas na França. A comunidade internacional inteira sentiu-se ameaçada, pois a França não era o único país vítima de atentados.

Em 1881, por ocasião de um congresso revolucionário internacional ocorrido em Londres, o príncipe Piotr Kroptkin 1 falou a favor da ação violenta, uma “propaganda através dos fatos”. Alguns anos depois, os primeiros atentados com forte valor simbólico foram cometidos contra Guilherme I da Alemanha, contra o rei da Espanha e contra o rei da Itália.

“Década da bomba”
A maioria dos anarquistas rejeitava a violência. Aqueles que “passavam à ação” eram, quase sempre, solitários, e as células que preparavam os atentados pareciam mais seitas
Porém, os anos 1890 constituíram verdadeiramente a “década da bomba”: atentados à dinamite – uma nova invenção – sucederam-se contra reis, presidentes e ministros. Outros visaram edifícios oficiais. Na França eles tiveram início em 1892. Heróis de lendas e canções populares, o célebre terrorista francês Ravachol2 tornou-se símbolo, segundo a historiadora Bárbara Tuchman, do “sopro da raiva e da resistência3 ”. Muitos intelectuais e filhos de boas famílias flertaram com a violência.

A simultaneidade dos atentados nos vários países deu a impressão de que uma poderosa “Internacional negra” estivesse operando. Na Rússia, um importante núcleo de agitação, o atentado de 1881 contra o czar Alexandre I e outras ações da Narodnaya Volya (Vontade do Povo) inspiraram os anarquistas da Europa inteira. A violência terrorista não poupou também os Estados Unidos. Sob uma atmosfera social tensa, o presidente William McKinley foi assassinado pelo anarquista Leon Czolgosz em setembro de 1901. Para as autoridades e também para a opinião pública era evidente que a América estava, por sua vez, em confronto com uma nova ameaça internacional.

Itália: “viveiro do terrorismo”
É difícil, passado um século, ter uma idéia de a que ponto o mundo vivia na obsessão do terrorismo internacional. Uma cidade como Paris tremia com a idéia de novos atentados. A burguesia não compreendia as causas de tanto ódio e, a cada nova manifestação de violência, os que estavam em cima temiam um pouco mais a revolta daqueles de baixo. Cada trabalhador era visto como um criminoso em potencial e cada anarquista como um “cachorro louco” a ser neutralizado a todo custo. “Um crime contra a espécie humana”, assim o sucessor do presidente McKinley descreveu o terrorismo. Em alguns países, o exército foi posto em estado de alerta.

A cada nova ação, quanto mais o anarquismo era apresentado como um mecanismo internacional, poderoso e bem azeitado, mais sua força de atração aumentava
O assassinato de Sadi Carnot, em 1894, fez os governos e seus serviços policiais realizarem alguma coisa. Da Itália veio a primeira proposta de cooperação internacional. Considerada viveiro do terrorismo internacional, ela procurou recuperar sua reputação. As grandes colônias no estrangeiro, às quais se juntavam inúmeros imigrantes sazonais, suscitavam ressentimentos antiitalianos.

Foi assim que se abriu em Roma, em 24 de novembro de 1889, a Conferência Internacional para a Defesa Social contra os Anarquistas. Todas as vias de acesso ao Palazzo Corsini foram severamente vigiadas. Os vinte e um países participantes decidiram unanimemente que o anarquismo não deveria ser considerado como doutrina política e que os atentados cometidos por aqueles que os assumiam constituíam atos criminosos passíveis de extradição. Contudo, essa vibrante unidade internacional não teve conseqüências concretas. Intensificou-se a cooperação das polícias, mas, na prática, os governos conservaram toda liberdade de extraditar ou não os anarquistas estrangeiros.

A “Internacional negra”
Por que os grandes discursos permaneceram letra morta? Simplesmente porque eles eram ultrapassados. No alvorecer do século XX, o terrorismo anarquista já diminuía na maior parte dos países. Aos olhos de seus contemporâneos a Internacional negra representava uma organização inatacável, envolta por uma aura de poderosa força revolucionária. Na realidade, ela só existia na imaginação da polícia e da imprensa. Evidentemente, alguns terroristas viajavam por toda parte e seus grupos mantinham contatos, a ação de uns inspirava a dos outros. Porém não havia nem rede internacional, nem a fortiori conjuração ou complô. Nem mesmo um comando central. Eram indivíduos organizados em pequenas células que agiam por conta própria. Apenas eram unidos por um ódio comum ao status quo que marginalizava uma grande parte da sociedade.

Já naquele tempo tudo parecia em movimento. Graças à mundialização rápida e aos progressos da tecnologia, podia-se falar, pela primeira vez na história, de um mercado mundial no qual bens, serviços, capitais e pessoas se deslocavam livremente sob todas as latitudes. Mas essa belle époque não era bela para todo o mundo: se uma pequena elite burguesa prosperava, a imensa maioria dos seres humanos mal aproveitava o crescimento sem precedentes das riquezas e não tinham direito à voz.

A “classe perigosa”
O terrorismo além de não enfraquecer o Estado, reforçava o poder da polícia, o exército e do governo
“Classe trabalhadora, classe perigosa”, diziam os poderosos. Desprezado e temido, o trabalhador via-se separado fisicamente do burguês e afastado para as margens da sociedade. Foi nessa atmosfera que o terrorismo anarquista tomou formas mitológicas. Bárbara Tuchman o descreve como um dos sintomas de uma sociedade doente, na qual a classe trabalhadora procurava um lugar de ator pleno. Os autores de atentados justificavam seus atos como armas legítimas na luta pela justiça – a autodefesa de um grupo oprimido e marginalizado na sociedade. Células terroristas se apresentavam como a vanguarda de um proletariado sem pátria, mesmo se alguns dentre eles tinham consciência de serem apenas grupinhos. Piotr Kroptkin escrevera um dia a Enrico Malatesta4 : “ Eu temo que nós, você e eu, sejamos os únicos a acreditar que a revolução está próxima”.

Realmente os terroristas só representavam a si mesmos. Como filosofia política o anarquismo jamais representou um movimento político ou filosófico coerente. Aliás, a maioria dos anarquistas rejeitava a violência. Aqueles que “passavam à ação” eram, quase sempre, solitários, e as células que preparavam os atentados pareciam mais seitas quase religiosas, e além de tudo, mal organizadas. Porém a cada nova ação, quanto mais o anarquismo era apresentado como um mecanismo internacional, poderoso e bem azeitado, mais sua força de atração aumentava. Sempre havia um fanático, aqui ou acolá, para retomar a tocha em nome da família internacional dos oprimidos.

O enfraquecimento do anarquismo
Por volta de 1900, a violência anarquista extinguiu-se quase completamente. Por um lado dirigentes como Piotr Kropotkin se deram conta de que os atos de terror não levavam a mudanças e até que a estratégia escolhida tornava-se auto destrutiva. Cada atentado, na realidade, distanciava cada vez mais os anarquistas da classe trabalhadora, em nome da qual eles pretendiam agir. O terrorismo além de não enfraquecer o Estado, reforçava o poder da polícia, o exército e do governo.

A segunda razão – e não a menor – foi que uma outra via se configurou, que permitiu à classe operária exprimir-se. Entre 1895 e 1914, o movimento operário organizado e os sindicatos exerceram uma enorme atração sobre os anarquistas. O socialismo oferecia aos trabalhadores uma dignidade pessoal, uma identidade própria e, por conseguinte, um lugar pleno na sociedade. Criou-se um movimento graças ao qual o trabalhador não se encontrava mais só face à sociedade. A via legal e constitucional mostrou-se mais eficaz para conquistar um certo número de direitos políticos e sociais, assim como melhorias econômicas.

Na periferia da Europa, no entanto, o terrorismo continuou a sobreviver. Na Rússia, na Espanha e nos Bálcãs, houve atentados até a Primeira Guerra Mundial. É que, em razão da repressão persistente, a classe operária não tinha outra saída diante de um sistema que alimentava incessantemente um sentimento de exclusão social e política de massa.

O mal estar muçulmano
Os seguidores da Jihads assemelham-se aos terroristas anarquistas: embora não passem de uma miríade de grupinhos, se tomam pela vanguarda capaz de sublevar as massas oprimidas
Como o trabalhador do século XIX, o muçulmano é, atualmente, considerado muitas vezes com uma mistura de medo e desprezo. E a América representa para o terrorista da Jihad o que o Estado burguês era para seu predecessor anarquista: o símbolo da arrogância e do poder. Desse ponto de vista Ossama Ben Laden é uma espécie de Ravachol do século XXI – para seus discípulos, símbolo do “sopro do ódio e da resistência”, para os serviços de polícia e de informação um para-raio. Os seguidores da Jjihads assemelham-se aos terroristas anarquistas: se na realidade não passam de uma miríade de grupinhos, eles se tomam pela vanguarda capaz de sublevar as massas oprimidas por ações espetaculares 5 . Quanto à Arábia Saudita, ele desempenha no século XX o papel da Itália do século XIX – o 11 de setembro se parece, em matéria de despertar da comunidade internacional, ao 24 de junho de 1894.

Porém a semelhança entre o terrorismo contemporâneo e seu predecessor anarquista está acima de tudo na razão do seu desenvolvimento. No mundo inteiro, os muçulmanos sentem-se unidos por um mesmo sentimento de mal estar e de crise. Comparando como os anos 1980, o mundo árabe parece mais desiludido, mais amargo e menos criativo; e o sentimento de solidariedade com os outros muçulmanos relaciona-se com a percepção que uma ameaça visa o Islã.

Esse é o caldo de cultura que uma minoria fanática explora decidida a “arrebentar os muros da opressão e da humilhação”, pela força, segundo os termos da célebre fatwa, de 1996, de Bin Laden, Mais uma vez a semelhança com os anarquistas do século XIX é chocante. Assim como seu predecessor anarquista, o terrorismo da Jihad desaparecerá por sua própria violência. Mas esse desaparecimento será, mais uma vez, tão mais rápido quanto o mundo árabe e muçulmano encontre uma via suscetível de apaziguar seu sentimento de exclusão.

(Trad.: Teresa Van Acker)

1 - Nascido em 1842 em uma família da nobreza russa, Piotr Alexeievich Kropotkine consagrará sua vida ao anarquismo na Rússia e, também, na Suíça, na França, na Espanha e no Reino Unido. De volta à Rússia, morreu em 1921.
2 - Nascido em 1859, François Claudius Koenigstein-Ravachol foi condenado primeiramente à prisão perpétua por seus atentados, depois à pena de morte por homicídios. Foi guilhotinado em 1892. No momento de seu processo ele escreveu: “É a sociedade que faz os criminosos e vocês, jurados, no lugar de abatê-los, deveriam empregar sua inteligência e suas forças para transformar a sociedade. De uma vez só suprimiriam todos os crimes; e sua obra, combatendo as causas, seria muito maior e mais fecunda do que é sua justiça que se diminui ao punir os efeitos”.
3 - Barbarfa Tuchman l autre avan-guerre, 1890-1914, Plon, Paris, 1967.
4 - Enrico Malatesta 91853-1932), ideólogo e dirigente anarquista italiano.
5 - Ver Pierre Conesa. "Aux origines des attentats-suicides", Le Monde diplomatique, junho 2004. Na versão brasileira - "Duas gerações de atentados suicidas", www.diplo.com.br, junho 2004.
 
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por tava3 » 4/8/2006 14:36

Coitadinho do crocodilo que está sempre a ser atacado pelos barbudos infames e terroristas.
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por boxopen » 4/8/2006 14:27

JAOR Escreveu:Relatado em palestra do Rabino Issocher Frand

Realmente é notável.
Deviam era escrever o nome do Rabino como deve ser... é Yissocher Frand.
Ilustre membro do Ner Israel Rabbinical College, especialista em Lei Judaica.

Aliás, tem outro texto que aprecio muito mais. Começa assim:
Don't Take Advantage of People's Compassion
...
Birds are normally very difficult to trap. As soon as one approaches a bird it will quickly fly away. But in this situation, when a person approaches a mother bird, it does not fly away. She suppresses her natural inclination and remains, trying to protect her brood.
...
The Torah does not tolerate "cashing in" on a mother's feeling of compassion for her children in order to trap the mother. On the contrary, the Halacha insists that one must first send the mother to freedom, before attempting to take the eggs or chicks.

What lesson can be derived from this mitzvah? Rav Yosef Chaim Sonnenfeld writes that some people are "soft touches". When approached by a stranger who gives them a story of need or hardship they just cannot say 'no'. The Torah warns us not to take advantage of such people. We are admonished from misusing, abusing, or capitalizing on the instincts and emotions of another human being.
...
http://torah.org/learning/ravfrand/5764/kiseitzei.html

Ou, numa versão "box" resumida:
FAZ COMO EU DIGO, NÃO FAÇAS COMO EU FAÇO, né? :evil:
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por tava3 » 4/8/2006 14:20

"Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto."

Esse homem nao salvou a viva dele, simplesmente cedeu-lhe o lugar, porque se sou besse que iria rebentar uma bomba teria um comportamento diferente. É como nós na estrada, por exemplo, se souberes de antemao que vais ter um acidente nao sais de carro.
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Jaor

por mcarvalho » 4/8/2006 14:19

Parabéns...Mais uma notícia positiva que me enche de alegria e esperança...
um mundo melhor para os nossos filhos
um abraço
mcarvalho

Ps a outra noticia agradável foi a do Flying Turtle
a quem vou mandar uma mp
 
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por JAOR » 4/8/2006 13:28

vale a pena ler..
......................


No mês de agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel a negócios. Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém. O estabelecimento estava superlotado.

Logo ao entrar na pizzaria,Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo. Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu. Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião. Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera.


O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s. Moshê ficou branco.


Por apenas dois minutos ele escapara do atentado.

Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estava na pizzaria. Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto. Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda.


Mas encontrou uma situação caótica no local.

A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo.


Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças.


Cerca de outras noventa pessoas ficaram ferida, algumas em condições críticas. As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma. Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários.


Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda. Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército. Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo. Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida.


Moshê estava vivo por causa dele.


Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida. O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava. Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado. Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida. Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera.


Disse que faria tudo que fosse preciso por ele.


Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. Depois de alguns momento, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele.


Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo. Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência.


Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets. Moshê não hesitou.


Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque. Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão.


Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila ..."

Mas não Moshê.


Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado.


E ele sabia como retribuir um favor.

Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e deixou de ir trabalhar.


Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de setembro de 2001.


Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers.


(Relatado em palestra do Rabino Issocher Frand)


"Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome." Salmos 100:4

......................

Cmpts
grão a grão enche a galinha o papo

----------------------------------

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
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por tava3 » 4/8/2006 12:33

"Houve foi quem não gostasse de quem ganhou as últimas eleições."

Aqui está um exemplo que explica que, os poderosos nao querem democracia querem escolher os governos. É certo que a oposiçao palestiniana se revoltou, mas eleiçoes sao eleiçoes, ou será que nao? E que raptou membros do governo nao foram eles.
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por Dwer » 4/8/2006 10:46

boxopen Escreveu:
Dwer Escreveu:Já viste a ausência de considerações étnicas (de racismo) no conceito de ser judeu?

:shock: :shock:
Eh pá tu chame-lhe o que quiseres, mas...
Como chamas a alguém que te considera judeu se a tua avó o tiver sido,
mas se, por "acidente" só o teu avô o fosse, então já não o eras?


É a descendência matrilinear; os filhos da minha filha, meus netos são; os filhos do meu filho, serão ou não.
Abraço,
Dwer

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por boxopen » 4/8/2006 2:19

Dwer Escreveu:Já viste a ausência de considerações étnicas (de racismo) no conceito de ser judeu?

:shock: :shock:
Eh pá tu chame-lhe o que quiseres, mas...
Como chamas a alguém que te considera judeu se a tua avó o tiver sido,
mas se, por "acidente" só o teu avô o fosse, então já não o eras?
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comentário.....

por jotabil » 4/8/2006 2:18

potências que os dominaram....queria dizer..
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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comentário

por jotabil » 4/8/2006 2:15

O povo islãmico apenas tem uma constituição ...e essa é o alcorão...que não admite estados nações...nem hierarquias....não existe separação entre o poder temporal e o poder espiritual...A´lá é tudo......a ideia de estado nação é europeia e a UNa muslima ainda prevalece no seio do agarenos.
Por isso é pouco provável uma comunidade entre israelitas palestinianos..jordanos ...egípcios and so on ....os islamismo não admite poderes que rivalizem com Alá.... admitiram a exitência de estados como instrumentos para a libertação das potências que os libertaram.....mas por essencia doutrinal do corão a existência desses estados não não é admitida.....prevalecerá sempre no horizonte a unidade muculmana como uma possibilidade imanente à organização politica e religiosa deste povos.
Os judeus têm outra sabedoria a fundamentar a sua fé....e embora tenha uma natureza paradigmatica semelhante às do agarenos é suficientemente distinta para que se misturem. ou colaborem.....um dia, sucintamente, referir-me-ei à estrutura das sabedorias que nasceram com zoroastro ou zaratustra...par se perceber melhor o que é o islamismo...o cristianismo e o judaísmo com uma incursãi breve sobre as sabedorias místicas do induismo e da sua reforma o budismo...prosseguindo tb à china.


cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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por Dwer » 4/8/2006 2:04

boxopen Escreveu:Dwer,
Isso é uma pura utopia.

Pois é. A democracia tb foi. E em certa medida ainda é.
boxopen Escreveu:Por mais voltas que se dê não se consegue esconder a disparidade de cidadãos.

Em todo o mundo se estão a formar comunidades com grandes disparidades em nro de cidadãos. a mais recente é o Mercosur.

boxopen Escreveu:Mas no caso de Israel o caso até ainda é mais grave.
É que precisa-se de se conhecer a fundo a sociedade israelita para se entender.
No conceito de cidadão de Israel "encaixa" qualquer JUDEU, de qualquer NACIONALIDADE!

E isto pelo menos até à 3.ª geração!
Bem... nem vamos falar nisto porque senão descamba para "fundamentalismo".
A sério... queres assustar-te? Começa por ver o que é "ser judeu": http://en.wikipedia.org/wiki/Who_is_a_Jew


Não acho nada assustador. Já viste a ausência de considerações étnicas ( de racismo) no conceito de ser judeu? Russos e Etíopes tudo no mesmo saco. Lembas?
Agora isto não tem nada a ver com a comunidade que estamos a discutir. Mesmo que todos os judeus do mundo emigrassem para Israel, continuariam a ser um dos países pequenos da região.
Abraço,
Dwer

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por boxopen » 4/8/2006 1:54

Dwer,
Isso é uma pura utopia.
Por mais voltas que se dê não se consegue esconder a disparidade de cidadãos.

Mas no caso de Israel o caso até ainda é mais grave.
É que precisa-se de se conhecer a fundo a sociedade israelita para se entender.
No conceito de cidadão de Israel "encaixa" qualquer JUDEU, de qualquer NACIONALIDADE!

E isto pelo menos até à 3.ª geração!
Bem... nem vamos falar nisto porque senão descamba para "fundamentalismo".
A sério... queres assustar-te? Começa por ver o que é "ser judeu": http://en.wikipedia.org/wiki/Who_is_a_Jew
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por Dwer » 4/8/2006 1:54

E ao fim de uma décadas aquilo entendia-se tudo. Afinal são todos semitas. A única diferença dos judeus é que andaram 2000 anos por fora, no estrangeiro a ganhar mundo.
Abraço,
Dwer

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comentário

por jotabil » 4/8/2006 1:53

Caro leprechaun

Invocas gandi...e dalai lama...pois mas o conflito não é entre os israelitas e os palestinianos...mas sim entre a potencia marítima e a potência terrestre.

No teu extenso artigo....discorres a melopeia da europa cuja propaganda tende a que a opinião publica se comova com essa conversa....simplesmente os USA-UK...também sabem da missa toda e eles não se ficaram nas covas empenharam forças para democratizar dizem eles e para pacificar tb.....mas o certo é que têm forças numerosas empenhadas nas zonas do seu interesse estratégicamente posicionadas....algum dia perguntou a si próprio quem apoia a guerrilha na tchechénia? porque permanecem nos balcãs forças significativas? porque foi invadido o afeganistão?...também julga que foi por causa dos talibâns?....e o Iraque?...pois.. foi por causa do regime do hossein....as ideias força resultam bem quando aplicadas segundo os princípios da psicologia aplicada
Entretanto chegamos a esta situaçãoa europa cercada e a perder as suas áreas de influência e de interesse....a favor do mar.....no médio oriente é o que se vê...na africa ocidental a frança luta para manter a sua influência e vigia nervosa e intensamente o atlantico sul para detectar movimentos hostís à sua influência...a África meridional é o que se sabe......quer dizer a europa está condiconada na sua zona de influência pela potência maritima que utilizando a contra informação insidiosa e a força vem dominandoos melhores réditos.
A europa está numa encruzilhadae é-lhe muito importante diabolizar a acção de israel..relevando todos os gestos de israel que possam ser ferir pretensos princípios éticos e humanitários para com isso manobra a opiniãopública e mundial a seu favor.....mas os USA-UK....não querem saber nada disto.....tudo o que investiram nas acções do médio oriente tem um sentido de mercado e ha-de dar os seus réditos....as coisa foram planeadas....e se for necessário inventam outra al quaeda ou outro bin ladem para compor o cenário....e se calhar o Irão vai pelo mesmo caminho...se aeuropa continuar a vender-lhe a tecnologia nuclear....é um sarilho


cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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por Dwer » 4/8/2006 1:47

Claro que podes dizer, ah mas o que contava eram os árabes como um todo vs os judeus.
No way josé. Seria cada um por si. Isso a história recente dos estados árabes prova-o à saciedade. Provavelmente o cimento agregador de uma tal comunidade seria mesmo Israel.
Abraço,
Dwer

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por Dwer » 4/8/2006 1:41

boxopen Escreveu:Essa ideia seria interessante e vingaria se não houvesse um problema inultrapassável.
É que NADA na Comunidade Europeia é (pelo menos aparentemente) baseado em RELIGIÃO.


O problema israelo-árabe não é religioso. É um problema de terra e do direito a ela. E os estados árabes que mencionei são todos laicos, alguns a iniciarem pequena experiências democráticas, sem serem forçados a isso.
Jordânia - laico e a experimentar umas pequenas reformas democráticas.
Egipto - laico e a experimentar umas mais pequenas reformas democráticas. Aí tu estás à vontade em termos de conhecimento. A grande força eleitoral em eleições livres seria a Irmandade Muçulmana.
Líbano - laico e já avançadote em termos democráticos.
Síria - laico. Nada de democracia. Lá iremos. Os Alauítas não vão ficar lá para sempre.
Estado Palestiniano- laico e bem avançado no processo democrático. Houve foi quem não gostasse de quem ganhou as últimas eleições.
Parece-me que não me falta nenhum.

boxopen Escreveu:Além de que essa tua ideia enferma de um erro colossal...
COMUNIDADE implica REPRESENTATIVIDADE PROPORCIONAL.
Achas que consegues? :wink:


Ó Box, não sejas tão ruidoso nas tuas afirmações.
A comunidade europeia não implica representatividade estritamente proporcional. Um país um voto, no conselho europeu. E a proporcionalidade é muito diluída nas outra instâncias. Para a maior parte das medidas são necessárias maiorias qualificadas. Nos estados unidos o senado não é proporcional à população dos estados.
E esta comunidade do médio oriente não tinha que ter representação proporcional. Repara que o Líbano ainda se entalava mais que Israel. E os palestinianos mais ainda. Os pesos pesados populacionais seriam a Síria e o Egipto.
Abraço,
Dwer

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por boxopen » 4/8/2006 1:24

Dwer Escreveu:Por acaso acho que vai ser precisamente o contrário.
Um estado de Israel polarizador de uma comunidade de países:
futuro estado Palestiniano, Líbano, Síria, Jordânia e Egipto.
Algo como uma comunidade europeia mas tão diferente como os europeus são dos povos daquela região.

Essa ideia seria interessante e vingaria se não houvesse um problema inultrapassável.
É que NADA na Comunidade Europeia é (pelo menos aparentemente) baseado em RELIGIÃO.

Além de que essa tua ideia enferma de um erro colossal...
COMUNIDADE implica REPRESENTATIVIDADE PROPORCIONAL.
Achas que consegues? :wink:
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