Caldeirão da Bolsa

BLog de A. J. Quadros Flores- Com interesse

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por rteixe01 » 29/6/2006 1:02

Pedras,

Não disse que sei mais que eles, insinuei no meu post incial que eles não sabem muito mais que eu, é diferente. Puro português.

Por outro lado, mesmo que tivesse dito que sabia mais que eles, não significa necessariamente que tenha de querer superar os mesmos. Ou seja, essa conclusão não é para a minha premissa com certeza.

Um exemplo para ajudar a clarificar. Pense naqueles concursos dos homens mais fortes do mundo, que lavantam bolas de ferro, puxam autocarros, etc. Até pode haver quem tenha muito mais força que eles, mas pode não estar interessado em competir para mostrar que é mais forte. Fazendo a transposição para o que eu disse atrás quando refutei a sua conclusão, lá por se saber mais que eles, não tem de se querer superar.
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por pedras11 » 29/6/2006 0:53

rteixe01 Escreveu:
Quanto a superar os profissionais a médio prazo de modo consistente, não ambiciono isso, já afirmei que tenho emprego e bolsa para mim não é modo de vida, apenas me permite ter mais dinheiro para outras aventuras...


Caro rteixe01 eu não tenho nada contra si, mas vem para aqui dizer que sabe mais que a maioria dos profissionais, e depois diz que não ambiciona superar os mesmos de forma consistente é um pouco incoerente, não :?: É que os profissionais que refere não são avaliados por uns trades, mas sim por longos meses, anos.

Se eu lhe disser que já tive trades de 300%, acredita :?: Sou por isso o melhor :?: Claro que não....
"O desprezo pelo dinheiro é frequente, sobretudo naqueles que não o possuem"

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por rteixe01 » 29/6/2006 0:36

Caro Pedras,

Não negoceio em warrants, mas sim em turbo warrants, um pouco diferente...
Quanto aos 50€ essa foi um pouco fraca, eu assumi que foi uma experiência, mas se tomares em atenção os meus posts e apesar de nunca mencionar valores, verás que não tenho por hábito invistir 100€, mas posso informar-te que costumo por em TW valores entre 1000€ a 5000€, não é muito, mas dá algum, e estes valores não são propriamente experiências de 50€....e quando tiro 15% ou mais não é sobre 50€....

Quanto a superar os profissionais a médio prazo de modo consistente, não ambiciono isso, já afirmei que tenho emprego e bolsa para mim não é modo de vida, apenas me permite ter mais dinheiro para outras aventuras...
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por pedras11 » 28/6/2006 23:39

Mas tu estavas a falar de gestores de carteiras ou de fundos? É que é muita a diferença...

Pelo que leio tu investes essencialmente em Warrants, certo :?: A tua rentabilidade pode ser muito superior em determinado espaço temporal, mas duvido que consigas superar os profissionais a médio prazo de forma consistente.


Já agora pelas tuas palavras parece fácil ganhar em bolsa, isso é caracteristico de quem tem pouca experiência no mercado.

PS: Pergunta lá ao Ulisses se é fácil gerir carteiras dos outros. Não é o mesmo que fazer experiências com 50€.
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por rteixe01 » 28/6/2006 23:19

Porque em anos de fecho de indice negativo, consegui ter menos perdas em % que alguns fundos e em alturas de fecho de indices positivos, consegui também estar melhor que alguns fundos. Não de todos é certo, mas estar melhor que a média já é bom, tendo em consideração que não vivo de bolsa e não tenho como disse atrás, todos os dados que eles têm.
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por pedras11 » 28/6/2006 20:12

rteixe01 Escreveu:FinancialLiteracy,


Eu não sou expert, nem lá perto, mas tenho a certeza que faço melhor que a grande maioria deles, tendo em conta que eu não tenho acesso às plataformas maravilhosas deles nem inside information.


Como podes ter essa certeza :?:
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por rteixe01 » 28/6/2006 19:42

FinancialLiteracy,

Se calhar ao generalizar excedi-me no comentário. No entanto, continuo a afirmar que os gestores de carteiras pouco ou mesmo nada sabem a mais que alguns de nós.
Eu não sou expert, nem lá perto, mas tenho a certeza que faço melhor que a grande maioria deles, tendo em conta que eu não tenho acesso às plataformas maravilhosas deles nem inside information.
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por Jeropiga » 28/6/2006 13:06

O que se lê nesse blogs, não é novidade nenhuma, pelo menos para mim, a imcompetencia desses senhores vem de sempre e para isso basta ver que se a bolsa cai num ano e não há um fundo que valorize, isso mostra aquilo que sabem ou seja nada.
Levam uma comissão de gestão mas para quê se compram os títulos e nunca mais lhes mexem..., e quando mexem é para mandar os lucros para as off shore e para fazer passagem de carteiras de forma a fazer comissões para engordar os lucros deles.
Eu lembro-me que uma vez falei em forex a um gestor de carteiras e ele nem sabia o que era, tinha acabado de se apresentar, é triste mas é assim se querem um bom gestor teem de ir ter com um Soros porque esses sim sabem e basta ver o evoluir do fundo dele.
Se todos tirassem de la o $$$$ eles piavam fino, mas até aqui ainda vejo ingénuos a dizer que determinada instituiçao lançou um price target X (altri) vai subir..., enquanto esta mentalidade rídicula existir eles terão lucros chorudos.
Já agora acreditam que as contas do private de clientes aciam de 10 milhões euros dão valorizações ligeiramente acima da inflação, enganem-se esses dão muito mais :wink: porque será :?:
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por nikopol » 28/6/2006 10:07

Não percebi essa. Acho que não podemos classificar todos de igual forma, seria incorrecto Rui. Tenho a certeza que deverão existir bons profissionais na banca. Como em todo o lado, existem bons e maus exemplos.

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Golden Rule: Em questões de bolsa, nunca confiar nas opiniões de alguem que ganha um salário garantido no final do mes.

Eu diria mais: Em questões de bolsa, nunca confiar nas opiniões de outros.
 
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por FinancialLiteracy » 28/6/2006 9:41

rteixe01 Escreveu:Poça, tenho pena por si, por ter sido completamente enganado.

Por isso é que nunca confiei nem confiarei as minhas poupanças aos supostamente gestores dos bancos. Eu tenho o mesmo curso que eles, estudei nos mesmos sitios que eles e tenho a certeza que giro melhor que eles. Se fossem bons não estavam na banca.



Não percebi essa. Acho que não podemos classificar todos de igual forma, seria incorrecto Rui. Tenho a certeza que deverão existir bons profissionais na banca. Como em todo o lado, existem bons e maus exemplos.
 
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BANCOS

por ganda maluko » 28/6/2006 1:50

Tenho um amigo que foi gerente de agência e agora gere clientes de uma respeitável zona do país.

Se eles fossem bons em alguma coisa ele não tinha estoirado 60% da sua própria massa aconselhado por directivas internas em 2003. Aprendi essa lição sem ter que meter nenhum dinheiro à disposição desses...
com a confisão dasperdas que ele teve.

E não imaginam o que ele gabava o tal expert de lisboa. Foi entalado pelos próprios colegas e está tudo dito.
 
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por » 28/6/2006 1:41

Resulta da escrita do blogue que esse velho e experiente investidor não aprendeu as lições do passado. Então se os bancos fazem isso tudo e mais alguma coisa o melhor era comprar acções dos bancos!

Mas cuidado que o BCP já esteve a mais de 6 e está a 2,22 com tendência para......

É que eles tb fazem maus negócios!
 
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por Verdinho » 28/6/2006 1:20

Ainda tenho BCP a 5€ e d. telecom a 65€ por causa do meu gerente de conta mas por outro lado foi quando me comecei a interessar e a aprender por este mundo da bolsa e a partir daí nunca mais deixei o meu gerente de conta opinar sobre a aplicaçao do meu dinheiro e tenho uma certeza, nessa area sei mais que ele...pois ele de bolsa sabe pouco mais que zero.
agora graças a ser eu a investir tenho tido uma rentabilidade anual que o banco nem chega perto pois os seus 2% são muito pouco para terem acesso ao meu dinheiro e ainda tenho a oportunidade de levá-lo para o mercado de quero seja ele bolsa ou outro
 
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por rteixe01 » 28/6/2006 1:03

Poça, tenho pena por si, por ter sido completamente enganado.

Por isso é que nunca confiei nem confiarei as minhas poupanças aos supostamente gestores dos bancos. Eu tenho o mesmo curso que eles, estudei nos mesmos sitios que eles e tenho a certeza que giro melhor que eles. Se fossem bons não estavam na banca.
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“É O CAPITALISMO, ESTÚPIDO!” – 3ª parte

por Stan Weinstein » 28/6/2006 0:41

Continuação dos escritos de A. J. Quadros Flores
“É O CAPITALISMO, ESTÚPIDO!” – 3ª parte

O Direito à INDIGNAÇÃO !


O MEU COMENTÁRIO às informações prestadas

1 – Perfeito! Perfeitíssimo!
Tudo certinho, tudo explicadinho, por miúdo, ponto por ponto, tintim-por-tintim!
Chegam mesmo a explicar que as acções Lycos foram “pagas a dinheiro”, em dólares ... Até parece redacção de jurista principiante...
2 – Relativamente ao ponto 2 : tenho dúvidas se o tal imposto de 15% será aplicável a uma venda de património.
3 –Esta carta pretende ignorar todo o sudário de erradas cotações, constantes nos diversos extractos que me iam remetendo, bem como a espantosa falta de informações oportunas sobre a evolução do título em referência.
Cândida e tranquilamente, no ponto 3, apenas se refere, na carta, que a compra dos 1000 títulos (a que, de facto, fui forçado pelo Banco – precisamente na véspera do descalabro da sua cotação) – resultou de que “estas expectativas de valorização não se concretizaram, tendo a cotação descido drástica e rapidamente”.
Tudo muito normal, muito natural, nada de estranhar...Parece até ser corrente o staff do Banco fornecer aos seus gestores de conta previsões e recomendações tão acertadas...
E ponto final, parágrafo! Que mais explicações seria de fornecer a um pequeno depositante ?...
Texto de profissionais “calejados”, “chapa 5”, com sabor a manha de contencioso!

4 – Finalmente, é caso para perguntar: aquele Gestor “inspirado” terá também prejudicado outros investidores ? E, em especial : será que o próprio Banco teria deixado escapar esta “oportunidade” de reforçar a sua carteira? Quanto teria perdido o BPI com esta operação? Ou...

5- Após o recebimento desta carta pareceu-me que o cúmulo de maus serviços do BPI não merecia mais comentários, dado que estávamos já a entrar em “conversa de surdos”.

6 – De registar que o Banco se comporta como se fosse completamente irresponsável: nem esboça um pedido de desculpas, nem sequer lamenta os insucessos...


Cheguei a pensar se não seria de dar conhecimento desta e das outras anormalidades a uma entidade superior do Banco. Achei, porém, que não valeria a pena, pois já anteriormente, noutra oportunidade, recorri sem êxito ao próprio Presidente.
Cheguei mesmo, até, a recorrer ao nosso famoso poder judicial (... e fui até ao Supremo! O que me permitiu apreciar melhor, embora à minha custa, como funcionam os Tribunais e as suas “Instâncias” ; os advogados, testemunhas...e juízes ... e o Direito).
Como disse acima, outros casos poderia documentar, que me afectaram pesadamente enquanto confiei na orientação do staff do Banco, no aconselhamento dos “especialistas” do “Private” - distintos “gestores da conta de Vexa”.

----------------

CONCLUSÃO E REFLEXÃO

Nada a fazer! Deixemos os “passarões” entregues aos seus negócios, temos de deixar esses parasitas engordar à nossa custa ...

Estes casos são tanto mais de lamentar quando se pensa que, exceptuando a CGD, os nossos bancos, ditos portugueses, são de facto bancos controlados pela alta finança estrangeira que, discretamente, recolhe a “nata”...

Com a idade e a experiência da vida que já levo, tinha obrigação de não me deixar “levar” por esta “expertise” bancária de baixo nível.

Resta-me, ao menos, desabafar... único recurso que ainda permite o famoso e democrático “direito à indignação”.
Como diz o “nosso povo”: paguei, mas bufei!

Concluindo,,, não percamos de vista a realidade : “É o capitalismo, estúpido!”.

E eu, estúpido me confesso!...


Porto, Abril de 2006
 
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Parte 2- http://atrevimentos.blogspot.com/

por Stan Weinstein » 28/6/2006 0:39

“É O CAPITALISMO, ESTÚPIDO!”


Serviço “PRIVATE”, um serviço VIP !



Para ilustrar esta imoralidade vou revelar apenas um pequeno exemplo do papel de vítima que, como depositante do BPI, desgraçadamente, também me cabe . E, note-se, é apenas um dos casos documentados, aquele de desfecho mais recente.


Vou transcrever uma carta que remeti ao BPI, pedindo esclarecimentos por escrito (dado que, pessoalmente, não consegui explicações credíveis).

E, registe-se, que tais “esclarecimentos”, até me serem remetidos, careceram de uns 6 meses de “investigação” pelos técnicos do Banco, apesar de acossados pelas minhas insistências telefónicas e escritas.


Logo a seguir à minha carta transcreverei também o “esclarecimento” do BPI. Com este “esclarecimento” esgotou-se a minha paciência, pelo que resolvi, para já, pôr um ponto final... e talvez parágrafo, no assunto.


-----------------------------------------------------------------------------


-Transcrição do meu pedido de esclarecimento :



Para Banco BPI

Porto,13.Jun .2005
(...)

1- Pretendo obter um esclarecimento relativamente à transferência de Títulos que solicitei em 11.02.005 e que, finalmente, veio a ser concluída apenas em 9.04.005.

2- Parece-me tudo normal, com excepção do que se refere aos
1000 TERRA LYCOS SA-Spons ADR .

3- De facto, os títulos que foram transferidos têm diferente designação e valor. Assim:

3.1- Na minha conta, acima referida, no BPI, figuravam 1000 títulos com a designação

TERRA LYCOS SA-SPONS ADR com cotações, nos diversos Extractos, entre USD 40,984 (compra) e USD 3,62 (poucas semanas depois).

3.2- Os 1000 títulos, que foram agora transferidos para o Banco xxxx surgiram, neste Banco, com a designação

1000 TERRA NETWORKS ADR e... com cotação USD 0.00


4- Como, provavelmente, terão de solicitar informações doutros sectores desse Banco, passo a fornecer, muito resumidamente, o incompreensível historial desses títulos da minha conta.


4.1 - Os referidos títulos entraram na minha antiga conta no BPI-Private (de NIB xxx , Cliente xxx)
em fins de Agosto de 2000 por iniciativa e pressão do Gestor Dr. Paulo Castro Fernandes,
à cotação de USD 40,984 ( Extracto Integrado nº 83 de 30.09.2000).

Como não conhecia tal Título, foi contrariado que acedi à insistente proposta de tal operação feita pelo referido Gestor; mas, feliz e prudentemente, limitei-lhe a compra a um máximo de 10 000 contos.

4.2 - Poucas semanas passadas já tais títulos tinham caído abruptamente cerca de 75% (setenta e cinco), para uns USD 10,60! Actualmente parece que não têm sequer cotação!

4.3- Porém, surpreendentemente, sem explicação alguma, em Setembro de 2004, quando a cotação indicada estava em USD 3,41 foi depositado um rendimento de USD 2019,15 ( 59%).

4.4- Em meados de 2001 decidi prescindir do serviço Private (por carta dirigida ao gestor Dr. Paulo Castro Fernandes, em 28.05.2001), dado o lamentável acumular de maus serviços prestados, e mandei transferir os activos que restaram para a minha antiga e actual conta (NIB xxx- NUC xxx), no antigo balcão do Banco Borges (ex-BBPI).


Como, certamente, concordarão, esta série de fenómenos carece de detalhada clarificação - que, como muito antigo e fiel cliente espero merecer. (...)


-------------------------------------------------------


Minha nota esclarecedora, complementar do ponto 4.1


Devo informar que, para proceder a esta “brilhante” compra, o gestor Dr. Castro Fernandes se permitiu abordar-me pelo telemóvel, em plenas férias de Agosto, pairava eu, de automóvel, com a família, tranquilamente, pelo Sul... tal seria a urgência em bem cumprir o seu papel de “gestor”...

Durante essa longa conversa telefónica fui rejeitando sempre a sua proposta de investimento, argumentando que não conhecia a empresa, que o momento não se me afigurava oportuno, enfim ...tentei escapar. Porém, como disse no meu pedido de esclarecimento, o expert tanto insistiu que acabei por ceder, mas ... limitando o investimento a “um máximo de dez mil contos”. E foi o que me valeu, como se confirmou clamorosamente poucos dias depois!


----------------------------------------------


RESPOSTA do BPI :


(...) Lisboa, 23 de Dezembro de 2005


Na sequência das questões colocadas através da carta remetida por V.Exa., as quais mereceram a nossa melhor atenção, vimos pela presente apresentar os esclarecimentos solicitados.

1 – Designação “Terra Lycos / “Terra Networks”

No início do 2º semestrede 2000, as empresas tecnológicas Terra Networks (Espanha) e Lycos Inc (EUA) acordaram uma fusão entre si. Este facto originou o nascimento de uma nova empresa – a Terra Lycos.

Na segunda metade de 2004, e no seguimento de resultados menos bons apresentados pela empresa durante este período, a Terra Lycos resolve vender a subsidiária Lycos EUA, voltando assim a assumir a condição anterior. Ainda em 2004, e já perto do final do ano, a denominação do título é alterada de acordo com a recente operação de venda.

Entre Fevereiro e Julho de 2005, a Telefónica (Espanha) adquiriu de forma hostil a totalidade da Terra Networks.


Relativamente à designação dos títulos no extracto de conta, não houve de facto qualquer alteração da mesma. O título manteve a designação Lycos quando a mais correcta, desde Novembro de 2004, seria “Networks”. No entanto, esta questão não teve quaisquer consequências ao nível do valor patrimonial dos títulos em questão.


2 – Crédito de USD 2019,15

No seguimento da operação de venda da Lycos EUA, foi estipulado que por cada acção da agora desaparecida Terra Lycos, deveria ser pago em dinheiro (dólares) o valor de USD 2,399. Nesse sentido, e tendo em conta que V.Exa era detentor de 1.000 títulos, foi creditado na sua conta o valor correspondente à sua posição, deduzido do devido imposto (15%).


3 – Desvalorização dos títulos

Conforme foi referido a V.Exª na altura da compra dos títulos em questão, as expectativas de crescimento atractivo para o sector tecnológico e, particularmente para essa empresa por via da fusão, partilhada por diversas instituições financeiras internacionais, levaram a que os mesmos tivessem sido recomendados. Contudo, estas expectativas não se concretizaram, tendo a cotação descido drástica e rapidamente.

(...) Assinam: 1 Director Coordenador + 1 Responsável por Centro de Investimentos


-------------------------------------------


Os meus comentários figuram na 3ª parte deste "trabalho" : Direito à Indignação!

Porto, Março de 2006

(CONTINUA)
 
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BLog de A. J. Quadros Flores- Com interesse

por Stan Weinstein » 28/6/2006 0:36

Li um blog interessante sobre a Banca da autoria de um velho investidor da Bolsa da Cidade do Porto que merece ser lido:
É O CAPITALISMO, ESTÚPIDO ! - 1ª parte



“É O CAPITALISMO, ESTÚPIDO!” - I


BANCOS, esses parasitas que nos sugam...



Referindo-se à OPA BCPxBPI disse, convicta e solenemente, Santos Silva : “Não passarão!”. Do lado do BCP, pelo contrário, pensam que passarão.

Aguardemos calmamente o desfecho deste duelo entre estes passarões, aliás, uns “passarinhos” nas mãos de interesses estrangeiros. Que, nós, as suas vítimas, não somos para aí chamados e, seja qual for o desfecho da contenda, manter-nos-emos, inexoravelmente, na mesma passiva condição de vítimas e os passarões sempre bem cevados.


Vários opinion-makers têm comentado este caso, todos no mesmo sentido. Um recente comentário de Sousa Tavares no último Expresso (19.03), “É o capitalismo, estúpido!”, contém uma crítica pertinente e até com boa dose de humor (feliz, esta adaptação da famosa saída dum estratego político dos tempos de Clinton/Bush-pai). Vejamos uma passagem:

“E os lucros dos bancos, santo Deus?! Como é que os depósitos dos clientes, geridos “private” e profissionalmente, pouco mais valorizam do que a taxa de inflação (e, vá lá, vá lá...), os bancos conseguem apresentar lucros de 60 e 70% ? E como podem pagar em média 10% de IRC sobre os lucros (...) enquanto os seus clientes pagam até 42% de IRS e o porteiro do banco alguns 20% ? “



Sousa Tavares poderia ter-se referido ao escandaloso caso dos Fundos de Investimento, com património de milhares de milhões de euros – tudo rico dinheirinho nosso.


Os bancos, dispondo destes “nossos” fundos discricionariamente, beneficiam de grande poder e de enormes e imorais benefícios. Vejamos:

a) - chorudo rendimento; em regra, cobram-nos pesadas taxas, quase sem darmos conta :

1- comissão de subscrição

2 - comissão de gestão.

A respeito desta comissão é curioso registar que esta taxa é normalmente ocultada. Com espanto, encontrei Gerentes de Agências que ignoravam candidamente a sua existência (CGD, Barclays, Totta...) e, por isso, garantiam que os Fundos que me propunham não sofriam desse encargo! Pressionados para se informarem “superiormente”, acabaram todos por me confessar que, na realidade, tal encargo não aparecia explicitamente ... porque o rendimento apresentado aos subscritores era, previamente, deduzido dessa comissão!!!.

3 - comissão de depósito.

4 - comissão de resgate .


O risco destas aplicações é 100% do otário-depositário; risco do banco : zero!

Além disso, como se lembra acima, os bancos pagam apenas10% de IRC e nós, até 42% sobre
os rendimentos !!!

b) - domínio das Assembleias Gerais das Empresas cujas acções constam dos Fundos; consequente ocupação de lugares nas respectivas Administrações e influência nos grandes negócios
( além de potencial inside tradding);

c) - os Fundos constituem um verdadeiro “poço sem fundo” para onde os bancos podem transferir os títulos da sua carteira que se revelem menos rentáveis ou mesmo ruinosos;

d) - idem, mas em sentido contrário; podem fazer transitar dos Fundos para a sua carteira os títulos mais promissores;

e)-peso político e social ( experimentem procurar um advogado de nomeada que se atreva a apoiar uma queixa contra esses potentados...).

Vejam, só no actual Governo, quais os Ministros que são funcionários ou apaniguados dos grandes bancos... Ou, então, vejam quais os ex-Ministros que são Administradores de Empresa ou Consultores,e , por isso, actualmente às ordens do Pinto, doRicardo, do Fernando, do Paulo, do Belmiro ou do Silva......e, estes, por sua vez, discretamente manobrados por Mister...,Dom..., Herr..., Monsieur..., ou mesmo um Pina Moura...os

verdadeiros Administradores, representantes do capital estrangeiro dominante.





Curiosamente, esta semana, tive uma confirmação do que acima está dito: isto é, não é de confiar nos Bancos, esses predadores que, com luva branca, sugam as nossas economias: de facto, nem os actuais membros do Governo confiam na Bolsa e, avisadamente, aplicam as suas fartas reservas em aplicações seguras: imobiliário, contas a prazo, PPR ou mesmo em contas à ordem!

Leia-se, na separata do Público – DIA D – de20.03.006 , o artigo de Bruno Lopes “Investidores como nós”:

“Eles gerem grandes orçamentos públicos, tomam decisões que envolvem milhões de euros e, junto da opinião pública e dos seus adversários políticos, mostram-se confiantes e agressivos. Contudo, a maioria dos ministros do Governo liderado por José Sócrates revela as mesmas fragilidades que o investidor médio português quando se trata da gestão das finanças pessoais. Quase todos têm uma fatia demasiado grande do seu capital aplicada em depósitos a prazo que, na generalidade, nem conseguem compensar a evolução anual da taxa de inflação - o melhor exemplo é o do ministro da Economia, Manuel Pinho, que tem 95 por cento da sua carteira entre uma conta a prazo e à ordem. (...)

E, ainda há os casos do Primeiro-Ministro e do ministro da Administração Interna (entre outros) que não revelam qualquer aplicação em valores mobiliários - como contas bancárias, planos poupança-reforma (PPR) e fundos de investimento - tendo o seu património concentrado apenas em imobiliário. Em resumo, os ministros do XVII Governo de Portugal mostram-se muito conservadores na gestão das suas finanças pessoais (...).”




No seu texto, acima citado, Sousa Tavares poderia também ter explicado “ Como é que os depósitos dos clientes, geridos “private” e profissionalmente, pouco mais valorizam do que a taxa de inflação”. No texto que se segue vamos exemplificar, com um caso real e recente ...


Porto, Março de 2006
 
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