Caldeirão da Bolsa

General Motors confirma redução de 12 mil postos de trabalho

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Jacsilva » 20/6/2006 14:12

Nós e os outros ( portugueses ) temos de valer pelo que somos e não pelo que nos querem dar ou tirar , ou seja eu não quero pagar para que as GM ‘s do mundo escolham sempre o mais pobre ou o mais necessitado ( País )para aplicarem o seu dinheiro ou saber , que é um direito que lhes assiste.
Temos sim é de criar condições ( aplicando-nos mais nas escolas e no local de trabalho , seja ele qual for para as GM’s do mundo nos pedirem para ficarem cá ) porque se assim não acontecer seremos sempre um e todos explorados duma forma ou de outra só depende de nós , os sindicatos ( dirigentes ) que arranjem outra forma de ganhar a vida
Bons investimentos
JacSilva
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por Keyser Soze » 20/6/2006 13:12

Rui12ld Escreveu:O País não pode ficar refém de 800 trabalhadores.
Não se pode dar qualquer contrapartida a GM para que esta fique em Portugal, eu não quero pagar por isso :!:


exacto

comentário de um dos leitores no DE:

"Em 2002, o Estado colocou na Bombardier incentivos financeiros de 2,5 Milhões de Euros .Em 2004 fechou lançando no desemprego 400 pessoas. Já anteriormente o Estado tinha colocado incentivos de 17,4 milhões de Euros na Lear para encerrar em 2005 e lançar no desemprego mais 1500 pessoas. Num artigo anterior de António Costa falavam-se em 41,7 milhões colocados na GM em 2001 para fechar em 2006 ? Há direito a perguntar : O que é isto ? mas também quem deve ajudar a encontrar a solução ?"
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por Rui12ld » 20/6/2006 13:09

O País não pode ficar refém de 800 trabalhadores.
Não se pode dar qualquer contrapartida a GM para que esta fique em Portugal, eu não quero pagar por isso :!:

É o que dá a negociação colectiva, abuso por parte dos sindicatos, sindicalistas que aliás diga-se é confragedor ouvir-se. O que é aquela gente tem de diferente do trabalhador médio Turco ou Moldavo?
Só mesmo o salário.
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por ptmasters » 20/6/2006 12:18

Keyser Soze Escreveu:Crónica no DE
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 60724.html


A fábrica invisível

Jorge A. Vasconcellos e Sá



Até lá... fazer greve é deitar um erro em cima dum problema e criar as condições para que a Azambuja seja transportada para Bratislava ou S. Petersburgo. É de quem não sabe o mundo em que vive.

Mas porquê? Porque não sabem eles, quem lhes encheu a cabeça, descreveu a estes empregados, um mundo de ficção, irreal? Quem os enganou?

(...)

Quanto ao mais, é como dizia F. Pessoa: ”Para podermos sonhar, não podemos ter ilusões”.
____

Jorge A. Vasconcellos e Sá, Professor da Universidade Técnica e Lisboa e PhD pela Columbia University


Será cegueira colectiva?
Ou simplesmente índices de literacia baixos?

Não há problema, quarta-feira se calhar faz-se uma pausasita durante só "duas horinhas" para ver o indispensável "Portugal - México". Aí aproveita-se e refresca-se as idéias. Ao fim ao cabo, temos direitos, e ver a bola, é um deles. Ahh, e o Sr. Eric Stevens ou outro qualquer responsável da GM, que não telefone durante esse período, para não incomodar... :|

1 ab
O que é um cínico? É aquele que sabe o preço de tudo, mas que não sabe o valor de nada.
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por Keyser Soze » 20/6/2006 11:44

Crónica no DE
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 60724.html


A fábrica invisível

Jorge A. Vasconcellos e Sá


Se os 1200 empregados da Azambuja (+800 indirectos) têm o direito (a determinado salário) quem tem o dever (de pagar)?

No mesmo dia em que a televisão nos trazia imagens do presidente da General Motors a cumprimentar Putin, por ocasião da abertura de uma nova fábrica na Rússia, os empregados da fábrica da Azambuja faziam greve.

Porquê? ”Pelo direito a melhores condições salariais”, segundo um delegado sindical.

Uma pessoa, pára, olha e pensa: Direito? Em que mundo vivem estas pessoas?

Vejamos... um direito só existe na prática quando alguém tem o correspondente dever: de não fazer ou de fazer. Sem a obrigação deste, o direito daquele não existe. Na realidade.

Portanto, se os 1200 empregados da Azambuja (+800 indirectos) têm o direito (a determinado salário) quem tem o dever (de pagar)?

Os gestores? Mas estes representam os accionistas. Pelo que se aqueles tiveram subdesempenho, estes demitem-nos ou retiram o dinheiro.

Os governantes? Mas estes representam os contribuintes. E a sua responsabilidade moral prioritária não é para os que têm algo e querem mais (ou igual), mas sim para os que não têm nada e querem algo: os doentes; os desempregados; os reformados; e os estudantes.

? ... Donde não há ninguém com um dever/obrigação que corresponda na prática ao direito dos empregados da Azambuja. Pelo que o direito destes é teórico, sem concretização real.

É pois um direito de outro mundo, da Lalalândia ou do planeta Zorg. E talvez aí a personagem Oris ou Bug esteja disposta a passar o cheque. Neste mundo, não vejo ninguém. Quando as regras do jogo forem outras, quando o mundo for diferente, aí falamos. Até lá...

Até lá... fazer greve é deitar um erro em cima dum problema e criar as condições para que a Azambuja seja transportada para Bratislava ou S. Petersburgo. É de quem não sabe o mundo em que vive.

Mas porquê? Porque não sabem eles, quem lhes encheu a cabeça, descreveu a estes empregados, um mundo de ficção, irreal? Quem os enganou?

Aqueles que durante décadas após Abril lhes disseram ”têm direitos” e os enganaram porque não há (gestores, accionistas, governantes, contribuintes, ninguém) que tenha o correspondente dever. Ninguém que deva passar o cheque.

No dia 25 de Abril eu estava no Largo do Carmo. Muitos destes vendedores de ilusões (incluindo um ex-presidente) estavam fechados em casa.

Quando saíram, dedicaram-se às suas construções: castelos de ar e fábricas invisíveis. Todos as podem ver, daqui a um ou dois anos, quando passarem na Azambuja.

Quanto ao mais, é como dizia F. Pessoa: ”Para podermos sonhar, não podemos ter ilusões”.
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Jorge A. Vasconcellos e Sá, Professor da Universidade Técnica e Lisboa e PhD pela Columbia University
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General Motors confirma redução de 12 mil postos de trabalho

por TRSM » 14/10/2004 11:17

General Motors confirma redução de 12 mil postos de trabalho na Europa
A General Motors, presente em Portugal através da fábrica da Opel na Azambuja, confirmou que vai reduzir até 12 mil postos de trabalho na região depois das vendas da maior fabricante de automóveis da Europa terem caído 20% desde 1999.

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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt


A General Motors, que perdeu três mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros) na Europa nos últimos quatro anos, confirmou que vai reduzir até 12 mil postos de trabalho na região depois das vendas da maior fabricante de automóveis da Europa terem caído 20% desde 1999, uma vez que a Toyota ganhou quota de mercado.

A empresa que marca presença em Portugal através de uma fábrica na Azambuja, planeia poupar até 500 milhões de euros em 2006, com esta medida, explicou a General Motors em comunicado, confirmando relatos da imprensa alemã. A empresa não detalhou quais os países onde vai descer postos de trabalho.

Segundo a mesma fonte «o plano inclui a previsão da General Motors para o mercado automobilístico europeu, nomeadamente a estimativa de uma procura fraca, o crescimento da concorrência na Europa, por parte das empresas asiáticas, e uma previsão negativa no preço líquido dos veículos».

A redução de postos de trabalho será efectuada na sua maioria na Alemanha – nomeadamente na área de produção industrial e engenharia – e cerca de 90% das reduções da força de trabalho vão ter lugar no próximo ano. Para além disso, os custos da eliminação de empregados vai ser determinado quando os detalhes tiverem sido discutidos com os concelhos dos trabalhadores.

«A General Motors tem feito mudanças significativas e tem-se reestruturado com o apoio dos nossos trabalhadores e do conselho dos mesmos», disse o presidente executivo da GM, Fritz Henderson, acrescentando que «nós antecipamos um trabalho construtivos com os conselhos dos trabalhadores para chegar a uma solução criativa para o nosso actual desafio».

A Gneral Motors disse, em Junho, que esperava ter prejuízos na Europa pelo quinto ano consecutivo em 2004.


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