Caldeirão da Bolsa

G.E. Finances a Solar Farm in Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por rnbc » 7/6/2006 0:24

Eu se fosse um pássaro até gostava, mais sombra para me abrigar hehe

E deve diminuir a evaporação do solo, ajuda a manter a humidade para as minhocas e afins :mrgreen:

Falta a opinião dum arquitecto-paisagista a dizer que aquilo é horrível 8-)
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por boxopen » 6/6/2006 20:34

Não há diferenças Marta,
A alemã que dei como exemplo foi concluida há 3 meses!
Agora estou é a lembrar-me de outra coisa... e quando me dá isto é "mau"! :mrgreen:

Por acaso ninguém decidiu ainda pôr em causa o impacto ambiental para o vôo do estorninho, para a visão
da cegonha ou os possíveis encadeamentos dos sapos, bem como a descoberta de "caca" de lince na zona?
É que um exemplo de uma coisa destas com APENAS 0.4 MW (27 vezes menor) dá qualquer coisa como isto: :twisted:
(SonnenPark Waltenhofen - 400 kilowatt peak power on green field site)

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por rnbc » 6/6/2006 20:27

Há várias diferenças entre o projecto alemão e o português:

- A central alemã só vira os paineis na direcção esquerda/direita, enquanto a nossa vira em esquerda/direita e baixo/cima (foi o que me disse uma amiga ligada a essas coisas). O projecto alemão tem uma potência de pico de 10MW, mas devido à limitação no "tracking" terá uma potência média inferior. Também devido a isso o nosso projecto precisa de mais área para os mesmos paineis de forma a aproveitar o sol ao longo de todo o dia sem os paineis fazerem sombra uns aos outros.

- Tanto quanto sei a nossa central visa também testar a durabilidade de novas células solares que serão produzidas especificamente para este fim, a alemã se calhar usa tecnologia estabelecida no mercado. (Estou a especular neste ponto).

Não sei se isto explica as diferenças de custo, mas parece-me que sim.
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por Pata-Hari » 6/6/2006 20:21

bem, ok, eu estava a ver de outra forma (cá custa 25% mais do que lá fora - ou seja 5.31/4 . Mas se quiseres pegar na base e dizeres que se aumentares 31% dá o nosso custo... ok.

Não me faças ir ler o artigo, num há pachorra. Só me estava a perguntar se não haveriam diferenças significtivas para um número tão redondo (nomeadamente de inflação embora em tecnologia o tempo costuma ter um impacto maior na diminuição dos custos que a inflacção no aumento do preço).
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por boxopen » 6/6/2006 20:12

Pata-Hari Escreveu:lol, que contas estás a fazer? as minhas não dão iguais às tuas. Qual a taxa de cambio? e, já agora, há quantos anos foram esses os custos na alemanha? (onde arranjaste os dados?)

Olá M,
Estou a fazer as contas a 1 € = $1.29

Vamos lá:
A alemã custa, por MW, 4.0 M€
A nossa custa, por MW, 6.8 M$ (i.é. 6.8 M$ / 1.29 = 5.3 M€ )
Se pegarmos nos 4.0 M€ e lhe somares 31% obténs... os 5.3 M€, certo?

Ok, agora queres os links... eu dou-te os links! :mrgreen:
Um está aí em cima na primeira mensagem: http://www.martin-bucher.de/mb/10-1-pocking.html

Mas há mais...
"... Além disso, a central permitirá poupar quase 30 mil toneladas de emissão de dióxido por ano..." (sic)
Está "certo", deve ser mesmo uma coisa fora-de-série porque vai rebentar com a escala toda
aqui, na LISTA DE TODAS as centrais: http://www.pvresources.com/en/top50pv.php#top50table :twisted:
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por Pata-Hari » 6/6/2006 19:53

lol, que contas estás a fazer? as minhas não dão iguais às tuas. Qual a taxa de cambio? e, já agora, há quantos anos foram esses os custos na alemanha? (onde arranjaste os dados?)
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por arocha » 6/6/2006 19:51

Há qualquer coisa de errado nos concursos públicos portugueses....Isto não pode ser. Isto é um roubo, a ser como o descrito pelo boxopen. Será que ninguém se apercebe?
 
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por boxopen » 6/6/2006 19:48

boxopen Escreveu:
boxopen Escreveu:Em Portugal é "só" 70% mais caro?!?! :evil:

Ok, tenho de me corrigir. :twisted:
...
na realidade traduz-se só nuns mais "modestos" 50% mais caro em Portugal! :twisted:

Arghhhh :evil:
Abomino estas porras sem se poder corrigir online.

Nova correcção:
O preço por MW instalado é de 4.0 M vs 6.8 M$ (+/- = 5.3 M à cotação actual)
Assim, acaba por ser barato... é "apenas" cerca de um terço mais caro em Portugal!! :x

(Obs - e juro que agora não corrijo mais!) :twisted:
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por boxopen » 6/6/2006 19:38

boxopen Escreveu:Em Portugal é "só" 70% mais caro?!?! :evil:

Ok, tenho de me corrigir. :twisted:
Os valores apresentados não estão totalmente correctos.

A central alemã custou 40 milhões de uros;
e a projectada para cá 75 milhões de dollar$.

Assim, a diferença não são "só" 70% como afirmei...
na realidade traduz-se só nuns mais "modestos" 50% mais caro em Portugal! :twisted:
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por boxopen » 6/6/2006 19:22

Eheheh... fez-se luz. :evil:
Há aqui qualquer coisa mal explicada!

Então os alemães acabam de construir:
- por 40 milhões € uma com 10MW para 3300 habitações, em 32 hectares;
E "nós" embarcamos num projecto de:
- por 75 milhões € uma com 11MW para 8000 habitações, em 60 hectares (= 150 acres)

Se o consumo de energia per capita alemão é maior, o que explica parte do n.º de habitações,
já o facto de Portugal ter maior n.º de horas de sol não explica o dobro da área necessária.

Em ambos os casos há uma coisa que é inexplicável... são os valores envolvidos:
O preço da central, por MW, na Alemanha fica por 4.0 milhões e em Portugal por 6.8 milhões.
Descrição de central 10MW alemã aqui: http://www.martin-bucher.de/mb/10-1-pocking.html

Em Portugal é "só" 70% mais caro?!?! :evil:
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por Dracull » 6/6/2006 18:50

Numa viagem que fiz recentemente à Holanda fiquei espantado em como eles vão anos-luz à nossa frente.
Além da aproveitação das barragens e da utilização da energia eólica, encontrei várias quintas que utilizavam ao máximo a obtenção de energia nos seguintes aspectos:

*Utilização de paineis solares.
*Utilização de Biomassa

chegam por vezes a serem eles a vender energia à companhia electrica deles...algo impensavel na mentalidade pequena dos portugueses em que só pensam em receber os fundos europeus para renovar a frota automóvel dos srs. ministros & Co.
Remember, remember, the fifth of November,The gunpowder treason and plot.I know of no reason why gunpowder treason Should ever be forgot.
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por MarcoAntonio » 6/6/2006 18:07

rnbc Escreveu:Não sei se repararam mas a potência instalada da nova e fantástica central fotovoltaica é de uns míseros 11MW.

Só para ter uma ideia, uma placa elétrica do fogão consome 1500W, ou seja, esta central alimenta umas 7000 placas com sorte.

Não sei qual será o consumo médio continuo duma casa, mas vou supor que anda pelos 400W. A central aguenta na melhor das hipóteses 30000 casas. Na realidade os 11MW são de pico, pelo vamor supor que na realidade a central produz 3MW sustentados. Se alimentar 10000 casas já é muito.

Podemos falar numa importante experiência, um protótipo que levará um dia à massificação se correr bem. Mas nada de industrial!


rnbc, mas as placas não estão ligadas 24 horas por dia na sua capacidade máximo e todas ao mesmo tempo (aliás, se estiverem ligadas 50% ao mesmo tempo durante uma hora já é considerável e não estarão todas na capacidade máxima certamente).

11MW para 8.000 habitações parece-me razoável tendo em conta que se trata do alentejo (que não será a zona do país com maiores gastos médios por habitação).

De qq das formas a energia eólica é bem mais rentável e vai já bastante mais adiantada. Um único moínho da última geração gera quase esta potência, salvo erro (penso que os mais recentes estão a gerar 8-10 MW por unidade).

Mesmo olhando para os mais antigos, meia duzia deles (6) produziam facilmente esta potência e note-se que estamos aqui a falar da maior central solar do mundo (última tecnologia) e um parque eólico com 6 moínhos (dos antigos) é uma coisinha de nada.

Por isso creio que o impacto é reduzido face às nossas necessidades...
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por ricardotugas » 6/6/2006 18:05

As consequências económicas:

a) Regionais

A escalada do preço do petróleo vai ter efeitos diferentes em diferentes regiões do mundo. As regiões que mais consomem vão sofrer mais, pois os seus sistemas económicos estão mais dependentes. O facto de os chamados "países consumidores" (os maiores consumidores) possuirem reservas estratégicas não os vai salvar de sentirem a dureza da recessão económica.

Gráfico 2 - Produção Mundial por região 2004

Nota: América do Norte, aqui inclui o Canada.

As regiões que mais vão sofrer são os Estados Unidos, a Europa (a OCDE em geral) e o Sudoeste Asiático.

Gráfico 3 - Consumo mundial por região até 2000


Regiões como a América Latina que é auto-suficiente em energia, Rússia que é largamente auto-suficiente, o Médio Oriente e Ásia Central que obviamente possuem petróleo de sobra e alguns países Nórdicos europeus que estão muito avançados em energias renováveis e no caso da Suécia, procura já superar totalmente a dependência do petróleo (ver link abaixo), vão sofrer menos.

http://seattletimes.nwsource.com/html/n ... den08.html

Ver também a relacão consumo/produção na Europa, Estados Unidos e Ásia neste link:
http://www.marktaw.com/culture_and_medi ... alOil.html

Gráfico 4 - Relação Consumo/Produção



Certas regiões como África vão ficar na mesma. África sofre de miséria, guerra, corrupção e isso são os seus principais problemas. O impacto da escassez de petróleo numa região em que muitos não tem electricidade e em que o consumo de petróleo é baixissímo não será o seu principal problema. Além disso África é dos poucos sítios em que há importantes novos projectos de petróleo e tem uma produção de petróleo que se fosse usada em favor da população local daria para mitigar muito a pobreza, não será o pico do petróleo a origem dos problemas africanos.

b) Até 2010

Penso que até 2010 o mercado petrolífero produção/consumo vai aguentar razoavelmente sem entrar em ruptura, existem aliás reservas estratégicas armazenadas para isso mesmo. Depois em 2010 começará o inexorável declínio. Entre o agora e esse depois como já disse estamos no "plano papudo", um período de estagnação. Neste período é previsível que a Ford e a General Motors, grandes industrias automóveis americanas, declarem falência, o mesmo acontecerá com algumas companhias de aviação civil. Também é previsível subidas anuais importantes da inflação, pesando sobre os já pesados orçamentos familiares da população ocidental. Pelo lado posisitivo também é possível que poderosos exércitos ocidentais e outros envolvidos em aventuras militaristas de grande envergadura comecem a sentir sérias restrições aos seus planos de agressão externa porque a máquina militar consome demasiado petróleo (dizem que é o sector onde mais se consome no mundo) e também é previsível que as energias renováveis avancem ganhando terreno e ficando mais acessíveis. Mas o grande problema claro, vai ser sobretudo no sector do transporte onde as alternativas estão distantes, aqui a mobilidade vai resentir-se, penso que vamos ver muito mais gente a usar transporte público e até a andar de bicicleta.
Penso que há ainda alguma margem de manobra para evitar a recessão, que será inevitável em 2010, especialmente aqui na Europa porque se pode estimular bastante mais a eficiência energética e porque existem reservas estratégicas, além da própria capacidade económica de absorção dos preços.
Não quero ser demasiado pessimista, acho que a primeira pedra do mundo pós-petróleo a Suécia já a colocou, muitas outras viram a seguir. Há uma diversidade de soluções locais, regionais e nacionais para mitigar o pico do petróleo que vão começar a ganhar força. Basta ser se sensato, como a Suécia e a ASPO, basta reconhecer o problema e tomar medidas adequadas pela redução do consumo e o incremento de alternativas energéticas.
É sempre possível mitigar os efeitos do pico, por isso vamos a isso.

Fonte: http://peakoilportuguese.blogspot.com/2 ... chive.html
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por ricardotugas » 6/6/2006 18:03

A continuação da subida do preço do petróleo e as suas (danosas) consequências económicas
Antevisão dos próximos 5 anos

Podemos assumir que o preço do petróleo vai crescer cerca de 10 dólares por ano no seu valor médio anual.

Quadro 1 - Valor médio anual do preço do petróleo em dólares por barril:

Ano 2001 - 26,00
Ano 2002 - 26,06
Ano 2003 - 31,12
Ano 2004 - 41,42
Ano 2005 - 56,58
Ano 2006 - 63,68 (até agora,ou seja, provisório)

Quadro 2 - Previsão do autor:

Ano 2006 - 63-67
Ano 2007 - 74-78
Ano 2008 - 85-89
Ano 2009 - 96-100
Ano 2010 - 100 - Atingido o ponto de ruptura de 100 dólares sustentados, o preço desce pela destruição da procura (demand destruction).

Porquê?

Por 3 ordens de razões:

1 - Porque os analistas de energia, economistas, yuppies, consultores de investimento, enfim todos os habituais optimistas cornucópios tem estado persistentemente errados, todos diziam que o preço ia descer desde de 2002 para níveis abaixo de 20 dólares e não só não desceu, como não parou de subir. A ignorância cornucópiana que, com presistente obstinação, insiste em negar que existem limites para exploração de recursos naturais é a principal razão para o seu fracasso. Mas também, a recusa em admitir a ocorrência do Pico do Petróleo, o próprio contexto político inibidor da produção e vários outros dados que comprovam a incapacidade de fazer baixar o preço do petróleo pelo aumento da produção petrolífera.

2 - Cada vez são mais os que reconhecem que a era do petróleo barato acabou (primeiro-ministro francês, governo sueco, membros da OPEP, Chevron Texaco, Shell, Repsol, etc...). Até George W Bush diz que os Estados Unidos estão "addicted to oil" (tem uma toxicodependência pelo petróleo). Foram feitos relatórios acerca de novos projectos (de análise campo por campo) de produção adicional de petróleo que relatam pouco novo petróleo para cobrir a perda muito substancial da taxa de declínio da produção mundial (particularmente elevada em campos gigantes como o Cantarell no méxico, o Burgan no Kuwait e na região do Mar do Norte). É bom lembrar que em 2004 havia uma relação mundialmente de 4 barris produzidos por cada novo descoberto, em 2005 essa relação foi de 6,5 produzidos por cada 1 descoberto. Adicionamos a isto uma persistente (e substancial) interrupção de produção por conflito armado no Iraque, na Nigéria, no Paquistão e com potencial de acontecer noutros sítios. Mas também a persistente acção destruidora de produção dos desastres naturais, que já antes do Katrina fustigavam a produção petrolífera no Golfo do México. E então concluímos que a produção petrolífera está entalada mesmo sem ter em conta o crescimento do consumo, que álias não cresce porque a produção não não aumenta mas sim decresce desde Dezembro de 2005 e está basicamente estagnada desde Novembro de 2004 (ver link abaixo).

http://www.theoildrum.com/story/2006/3/3/184126/9260#more
3 - A terceira razão é porque o Pico do Petróleo já foi atingido ou é iminente. A actual fase da produção petrolífera é chamada pelos peakoilers norte-americanos como bumpy plateau, que eu traduziria como "plano papudo" e significa que a produção de petróleo está basicamente estagnada e que pode haver pequenos aumentos e descidas de produção fazendo alguns picos intermédios muito perto do pico máximo. Mas a incapacidade de cumprir a meta básica do aumento anual da produção de 2% (acima da cobertura da taxa de declínio) para satisfazer o aumento anual de 2% do consumo, apartir de agora torna-se irrefutável e que dentro em breve talvez 2007, talvez 2008, talvez 2009, teremos um ano de menos produção de petróleo que o ano anterior. E isso terá graves consequências económicas, sobretudo para os EUA que consomem 25% do petróleo mundial e para a China e a Indía que querem manter taxas de crescimento económico de 9 e 7%.

Gráfico 1 - Preço do petróleo ao longo dos últimos anos em dólares por barril, fonte: Barclays Capital
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por ricardotugas » 6/6/2006 17:58

Bolsa de Petróleo de Moscovo abre em Junho

Dia 8 de Junho o RTS (mercado bolsista moscovita) vai iniciar trocas comerciais de petróleo, derivados de petróleo e ouro, todos denominados em rublos. Esta notícia vem juntar-se à da abertura da bolsa iraniana de petróleo transaccionando em euros no início deste mês, marcando um claro afastamento da transacção de petróleo da divisa americana.

Nos últimos dias circulou igualmente a notícia de que o presidente Hugo Chavez da Venezuela considera trocar a divisa de transacção do petróleo do seu país para euros, imitando o que fez o Irão. Juntos, estes três países produtores: Irão, Venezuela e Rússia representam mais de 20% do petróleo vendido nos mercados internacionais e mais de 25% do gás. Se esta fatia do mercado energético se afastar por completo do dólar, a divisa americana sofrerá maior pressão deflacionista.

A facilidade com que os países supracitados abrem bolsas não cotadas em dólares é um claro sinal da dificuldade que os mercados têm de momento em responder à procura de petróleo. Tentativas anteriores (no médio oriente) de abrir bolsas nestes termos falharam pelo simples facto de existir capacidade extra de produção. Os países detentores de reservas americanas podiam simplesmente continuar a comprar petróleo nos mercados tradicionais de Londres e Nova Iorque, boicotando a comercialização em eventuais bolsas alternativas. Esta situação já não é possível, todo o petróleo que vier ao mercado encontrará certamente comprador.
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por OPA » 6/6/2006 17:41

Toda as energias em POrtugal sao subsidiadas.
A EDP nao pagou a totalidade das suas centrais termicas, por exemplo...isso e um subsidio!

Em relacao as renovaveis, a coisa funciona assim: a REN compra a energia ao produtores, quaisquer eles sejam a um preco pre-determinado. As renovaveis (eolica, solar, biomassa) sao pagas a volta dos 0,09 cts ao produtor por kWh. As termicas e hidricas sao mais baratas.

Tudo e posto num bolo, sendo as renovaveis as primeiras a serem "vendidas", mas a um preco medio do total que circula na rede. Ou seja REN vende a EDP distribuicao. Depois a EDP distribuicao leva a energia a nossa e ela (ou um dos seus concorrentes para os industriais) cobra-nos o consumo.

No entanto, nao somos so nos que pagamos as renovaveis. Quando foi estabelecido este tarifario para os produtores, o preco de venda das termicas foi reduzido para compensar a entrada das renovaveis.

E meus amigos, convencam-se que e preferivel parar mais 3 ou 4 centimos por kWh do que andarmos a pagar as toneladas de CO2 a 20 ou 25 € a tonelada. Para vossa informacao, a central de Sines emite a volta de 8500 Kton...custando assim 170 milhoes de € em licencas de emissao que foram oferecidas pelo estado portugues a EDP PRoducao...e esta hem?
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por rnbc » 6/6/2006 16:14

Não sei se repararam mas a potência instalada da nova e fantástica central fotovoltaica é de uns míseros 11MW.

Só para ter uma ideia, uma placa elétrica do fogão consome 1500W, ou seja, esta central alimenta umas 7000 placas com sorte.

Não sei qual será o consumo médio continuo duma casa, mas vou supor que anda pelos 400W. A central aguenta na melhor das hipóteses 30000 casas. Na realidade os 11MW são de pico, pelo vamor supor que na realidade a central produz 3MW sustentados. Se alimentar 10000 casas já é muito.

Podemos falar numa importante experiência, um protótipo que levará um dia à massificação se correr bem. Mas nada de industrial!
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por Keyser Soze » 6/6/2006 11:51

o Estado dá subsidios para as energias alternativas ( os subsidios não nascem nas árvores, vêm dos impostos), a electricidade "via alternativa" é mais cara, as utilities têm que comprar por lei e depois reflectem o custo no preço ao consumidor final

ou seja, és "comido" duas vezes

mas sempre dá uns titulos nos jornais porreiros e aposto contigo que vai aparecer no telejornal da tarde

e o PM vai dizer que é um investimento muito importante para o país
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Quem paga a diferença ?

por ricardotugas » 6/6/2006 11:39

A tarifa de electricidade deixou (2006) de estar indexada a inflação.

Assim já sabe quem paga a diferença.
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por Keyser Soze » 6/6/2006 11:24

tu, através dos impostos
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Preço...

por Cardoso » 6/6/2006 11:20

Eu sou a favor das energias renováveis... mas já viram que nós pagamos menos de 0.20 € por KW/h e o estado vai pagar 0.31 ao que é produzido nesta central...

Quem vai pagar a diferença?
 
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por Keyser Soze » 6/6/2006 10:02

Maior central solar do Mundo arranca hoje em Serpa

A construção da maior central de produção de energia solar fotovoltaica do Mundo arranca hoje em Serpa, com a cerimónia de colocação da primeira pedra. Trata-se de um investimento de 60 milhões realizado pela gigante norte-americana General Electric (GE) que comprou o projecto "chave-na-mão" para a instalação da unidade naquele concelho do baixo Alentejo.

Na apresentação pública da central vão estar presentes, entre outros, o presidente da GE Portugal e GE Espanha, Mario Armero e o director-geral de Energia, Miguel Barreto.

A central, de acordo com a última informação disponível, deverá atingir em Janeiro de 2007 uma potência instalada de 11 megawatts (MW), quantidade de energia capaz de abastecer cerca de 8 mil lares. Além disso, a central permitirá poupar quase 30 mil toneladas de emissão de dióxido por ano, comparando a mesma quantidade de energia gerada a partir de combustíveis fósseis.
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G.E. Finances a Solar Farm in Portugal

por Keyser Soze » 28/4/2006 9:18

ehehe 8-)

April 27, 2006
G.E., Betting on the Future, Finances a Solar Farm in Portugal
By CLAUDIA H. DEUTSCH

The sheep that have long grazed on 150 acres of farmland in Serpa, Portugal, will soon have to share their space with the world's largest solar energy plant.

Next month the PowerLight Corporation, using $75 million of the General Electric Company's money, will begin installing the first of what will be 52,000 solar panels, capable of generating 11 megawatts of electricity — enough to light and heat 8,000 homes.

GE Energy Financial Services, the conglomerate's energy financing arm, will own the plant, while PowerLight will continue to run it. The companies expect it to be fully operational in January.

Both companies concede that it remains far more expensive to produce energy from sunlight than from fossil fuels, or even wind, and that the plant may not make money right away.

"Solar is not yet highly profitable, but we know we'll get a good payback from this project," said Andrew Marsden, managing director of European Operations for GE Energy Financial Services.

The Portuguese government, seeking to reduce greenhouse gas emissions and dependence on fossil fuels, has introduced legislation that forces utilities to pay 0.31 euro a kilowatt hour for solar energy.

Spain and Germany have similar programs, and Italy recently introduced one as well.

"It takes a huge amount of work to develop these projects, to get the permits, to find the modules, and solar energy still costs more than fossil fuels or wind," Mr. Marsden said. "So we are only going to invest in countries with supportive regimes."

That list does not yet include the United States. Richard King, a team leader in the Energy Department's photovoltaic research group, said that many homeowners, particularly in California, had installed rooftop panels, as had some Wal-Mart stores and other businesses. But Mr. King conceded that American economics did not yet favor solar energy. He said that people in Portugal and many other parts of Europe were already accustomed to paying 25 cents to 30 cents a kilowatt hour for electricity.

In the United States, the cost still averages 10 cents to 14 cents, "and utilities are just not going to buy 25-cent solar electricity," he said.

Mr. King said that the Energy Department was already spending about $78 million a year to seek ways to bring down the cost of photovoltaic cells, and that President Bush had asked Congress to authorize an additional $63 million a year. "We want to mainstream solar energy by 2015, and that means putting it on cost parity with any other source of energy," he said.

Solar panels are arrays of semiconductors that convert light to electricity. The wattage can be used directly in a home or fed into a utility's power grid.

PowerLight, which was founded in 1991, already operates three interconnected clusters of solar panels in Bavaria that together generate 10 megawatts of electricity, and is building a 3-megawatt plant in Las Vegas, which will be the largest in the United States. G.E.'s manufacturing arm makes rooftop solar panels that are appearing in California and New Jersey. And Energy Financial Services already has $162 million invested in assorted solar projects that generate about 149 megawatts of electricity. Just this month it invested in new projects to use solar roofs to power two San Diego schools.

But solar farms remain expensive to build, and a persistent shortage of the purified silicon needed to make solar panels has been a barrier to the industry's growth.

Alex Urquhart, the unit's president, said that solar energy was among the areas that his group was actively exploring, but for now, "The overall picture is still dominated by wind."

That may change, though. The silicon shortages are easing, and developing technologies are making solar installations more productive. For example, the PowerLight panels used in the Portugal project track the sun as it moves across the sky, to maximize exposure.
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