Caldeirão da Bolsa

Teixeira dos Santos acusa sindicatos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Sindicatos...

por Rura » 3/6/2006 1:01

Já alguém viu um sindicato a dizer publicamente "abdicamos disto ou daquilo"?

Alguém vê greves sem ser na função pública, nos transportes, etc. É sempre no Estado. É coincidência?

Todos dizem que o Estado está mal gerido, inclusivé os sindicatos. E é precisamente aí que existem as greves para exigir mais direitos...

Tenham dó. Os sindicatos da função pública são um cancro neste país.

E o problema não está nos dirigentes de topo que recebem mal em relação ao privado, nem nas funções menos assalariadas que existem no estado. O problema essencialmente reside nos 80% que estão no meio desta faixa.

Se a grande maioria das pessoas da função pública acha que é mal paga e é explorada, despeçam-se e procurem trabalho no privado! (devem conseguir melhores condições de certeza... :mrgreen: )

A propósito dessa reunião de hoje, veio o Sr de um sindicato da função publica (se não me engando é o dos quadros técnicos) a dizer qualquer coisa como isto:

"Antes ainda tínhamos direito ao despedimento, para ganhar uma indeminização"

Se isto não é querer tacho, então não sei o que é.

Peço desculpa se o tom deste post é algo agressivo, mas já não existe paciência para este tipo de sindicalismo que apenas defende os que já lá estão e são do sistema, e prejudica constantemente quem quer trabalhar!

Lanço apenas só mais uma questão. Acham que algum patrão no seu perfeito juizo dispensa que trabalha bem e quer trabalhar? Liberalizem a Lei do Trabalho, porque esta só serve a quem não quer fazer nada.
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por Incognitus » 2/6/2006 22:49

Kostta, não se vai tratar de destruição, e sim de adaptação ao possível.

Obviamente quando o IVA já é 21% do preço de tudo, os impostos sobre os combustíveis já são 100-150% do custo destes e por aí em diante, o lado da receita está esgotado.
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por kostta » 2/6/2006 22:47

eu pago para este estado e nao quero que o estado perca as suas valencias.
reformas? claro, são bem vindas... destruição? não, obrigado

como alguem hj disse num editorial de um jornal diario: terá logica um patrão andar 10 anos a falar mal dos seus empregados?
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por Incognitus » 2/6/2006 22:47

À medida que os movimentos de capitais se tornam mais fáceis, vai existir uma grande surpresa quanto à disponibilidade que o capital tem para investir num local onde o Estado se comporta como comporta em Portugal.

Quem obtém o seu rendimento a partir do Estado pode bem começar a preparar-se concorrer com o resto da população no préstimo de serviços e produção de bens, porque o sistema actual está a correr rapidamente para a ruína.

Até já os políticos compreenderam isso, como se torna óbvio pelas medidas recentes do PS. O facto de estarem a propor que apenas 1/3 dos professores possam atingir o topo de carreira é disso mostra. Se todos os professores pudessem atingir o topo de carreira, para aí 1/4 da população activa portuguesa trabalharia apenas para sustentar esses 1/40 da população activa.

Isto é algo matematicamente incomportável. A defesa disto é impossível, porque a sua praticabilidade é impossível também. Segue-se um período de adaptação ao possível ...
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por Incognitus » 2/6/2006 22:41

Quais cabeças iluminadas? Eu apenas constatei que se perguntarem a quem paga o estado de coisas presente se prefere pagar o estado de coisas presente ou despedir 500000 pessoas, os contribuintes escolhem a segunda alternativa.

É uma constatação.

Dá-me a ideia que quem está no "receiving end" pensa que a árvore das patacas nunca secará. Não é bem assim.
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por Rita_cd2001 » 2/6/2006 22:15

Sr. Ulisses é favor de preparar-se para bloquear este tópico. Eu não alimento discussão e pode muito bem comprovar pelo IP, mas os mesmos voltam a desafiar a paciência. É lamentável a forma perseguidora de meia dúzia de cabeças iluminadas que só podem estar mergulhadas numa enorme frustração.
 
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por Incognitus » 2/6/2006 22:04

Se fizerem um referendo com todas as pessoas envolvidas, saem do Estado não 100000, mas 500000 pessoas ...
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por ptmasters » 2/6/2006 21:17

Mas parece-me que ninguém impede de os sindicatos fazerem propostas.... realistas!!!
O que é um cínico? É aquele que sabe o preço de tudo, mas que não sabe o valor de nada.
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por Oeiras » 2/6/2006 21:11

Então, mas estes ministros não sabem que para se chegar a uma resolução, ela terá que passar por uma troca de ideias com os sindicatos, sempre foi assim, porque deixará agora de ser, porque há-de ser apenas 3 ou 4 carolas, que querem resolver isto.

Penso que terão que haver mexidas, mas ponham também os sindicatos a lançar propostas, eles têem, ou deviam de ter e depois procurava-se chegar a um acordo.

Pode levar um pouco mais de tempo, ma ponha-se toda a gente a discutir, ou um governo porque tem maioria, pensa que pode fazer de um país o que bem entende ?

Antigamente é que se fazia isso, e porque tal se passava, fez-se um 25 de Abril, ou será que tem que se fazer outro ?

Vejo por aí muita gente que votou PS extremamente descontente e arrependida, já agora se o PS se acha assim tão certo, porque não fazer-se um referendo junto das pessoas envolvidas, ou eles entendem todos os FP como carne para canhão ?
 
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por ptmasters » 2/6/2006 21:04

Boas,

Aí concordo em absoluto com o MDF.

Pessoalmente, a minha opinião, vai no sentido em que hoje em dia as organizações sindicais (refiro-me a Portugal, e salvo raras excepções de que não se ouve falar), são a principal barreira ao progresso, e a principal razão para saída de empresas do país (posso estar a exagerar, aceito isso).

Mas aquilo que acontece hoje com a fábrica da Opel na Azambuja, aquilo que ia acontecendo com a Autoeuropa (onde ouve um grupo de iluminados trabalhadores que se opôs e não vinculou a posição do sindicato) e aquilo que vai acontecendo pelo sector téxtil, é o melhor exemplo disso mesmo.

Seguissem os exemplos dos sindicatos alemães, e prestavam um melhor serviço quer ao país, quer aos trabalhadores que supostamente deviam representar.

Quando nada houver para defender, quero ver o que eles defendem.

Um abraço
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Teixeira dos Santos acusa sindicatos

por Pata-Hari » 2/6/2006 20:50

Regime de mobilidade aprovado ontem em CM
Teixeira dos Santos acusa sindicatos de estarem contra reforma da Administração Pública
02.06.2006 - 16h27 Lusa



O ministro das Finanças e da Administração Pública, Fernando Teixeira dos Santos, acusou hoje os sindicatos de estarem constantemente contra qualquer proposta de reforma do sector, o que revela a vontade de manterem a situação actual.

Teixeira dos Santos afirmou aos jornalistas que as estruturas sindicais estão contra todas as propostas de alteração e apontou como exemplos a reestruturação das carreiras e o sistema de avaliação.

"Dizem que são a favor das carreiras, mas estão contra a proposta do Governo. Dizem que são a favor de uma avaliação na função pública, mas são contra a proposta do executivo", criticou o ministro, concluindo que os sindicatos "estão contra a mudança na administração pública".

A Frente Sindical da Administração Pública (Fesap) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (Ste) opuseram-se hoje ao actual texto da proposta do regime de mobilidade dos funcionários públicos, justificando que é o primeiro passo para o despedimento.

O ministro sublinhou ainda que a proposta é para ser discutida e aperfeiçoada com as sugestões dos sindicatos.

O novo regime de mobilidade dos funcionários públicos, aprovado ontem em Conselho de Ministros, prevê mecanismos de mobilidade geral, que já existem e que têm a ver com a troca, cedência ou destacamento de funcionários entre serviços, e mecanismos de mobilidade especial.

São estes que têm criado maiores receios entre funcionários e sindicatos, por preverem várias fases de inactividade com perda gradual de remuneração.

Segundo o ministro, o processo de selecção dos trabalhadores para entrarem em situação de mobilidade especial depende da análise feita pelos serviços, que passará pela avaliação do funcionário, pelo seu percurso profissional, experiência e capacidade de adaptação ao serviço.
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