Caldeirão da Bolsa

Jack Welch: Portugueses deviam estar «envergonhados»

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por pvg80713 » 27/5/2006 12:10

Nós estamos mesmo mal !!! Tenho falado com gente de todo o mundo, e a opinião é generalizada.
Emigrantes de sucesso ? Só homens das obras e padarias e empregadas de limpeza.
Amália , um americano que conheça.
Eusébio um americano que conheça.

Só nós é que falamos de nós próprios.
Os Canadianos, Franceses, Brasileiros e de uma forma geral vêm-nos como burros, ignorantes....
Um Moçambicano culto e rico dizia-me o mesmo à pouco.

Eu perguntava à dias a Um Polaco, porquê ? E ele dizia que tivemos o mundo nas mãos na época dos descobrimentos e não aproveitámos nada.

Só vejo bimbos a ler jornais desportivos.
Digam-me uma companhia aerea que destribua jornais desportivos sem ser portuguesa ?

Na europa chegamos a fazer parte do grupo dos PIGS
Portugal,Ireland, Greece and Spain. Em vias de desenvolvimento.
Hoje desse grupo só sobra o P : Portugal, nós sim os PORCOS !!!!!

Vejam a realidade : Não há um empresário de sucesso com projecção ibérica ! Europeia: 0 ! Mundial 0!

Somos completamente falhados e somos vistos em todo o mundo como tal !!!!!!!!!

Eu tenho dois filhos adolescentes e penso dar-lhes a conhecer mais do mundo.

A que mais me doeu foi no México, numa festa havia gente de todo o Mundo. O animador perguntou quem estava ali País a País e não mencionou Portugal. No final eu disse que estava ali um Portugues!
Depois fui cumprimentado por casais Portugueses e claro eu perguntei porque não tinham falado ? AAAAAAAAAAAHHHHHHHHH é que somos emigrantes no Canadá e preferimos reponder como Canadianos !!!!!!!

Em Nova Iorque há emigrantes de todo o Mundo. O Mayor já foi de origem Grega Italiana Irlandesa...
Portuguesa ? Somos maus.
Vamos a pé a Fátima e quando regressamos se o nosso irmão arrancou umas batatas nossas matamo-lo a golpes de machado.
Só em Portugal é que eu tenho que esperar horas que o médico chegue à consulta marcada. No publico e no privado!

Já disse mais que uma vez, eu tenho possibilidade por isso penso mudar de país ou pelo menos ir passar todos os anos alguns meses fora !

Quem nao pode pelo menos nao pactue com a mediocridade reinante!
 
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Jotabil

por Shimazaki » 27/5/2006 11:53

:clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: , nem mais, é assim mesmo!!!!
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comentário

por jotabil » 27/5/2006 10:12

Importa perguntar a que lógica é que são expendidos os raciocínios de tal Senhor.`
É uma lógica liberal, perdulária, instintiva e que não diz mais do que o lucro desintegrado e egoísta.Ou seja ele ganhou à custa da miséria de outros. Como diz, ele jogou bem o jogo da competitividade e ganhou....e depois alguém perdeu e ele não teve a consciência disso...alguém perdeu.
Ou melhor ele ganhou sem consciência de humanidade sem uma noção estruturada de equilibrio e sem a racionalidade que exige a solidariedade. Vendeu muito frigoríficos mas não mediu o prejuizo para o ambiente....vendeu muitos aparelhos eléctricos mas não soube racionalizar o consumo da electricidade....apenas soube compor o seu universo sabendo que havia outros universos que perdiam.....mas isso é um racicinio desalmado e profundamente antinatural.
O lema mais actual exige que a minha felicidade seja condição da felicidade dos outros e não o que ele pensa que já é anquilosado e vetusto.
Ná....é rançoso o que ele apregoa...nós sabemos mais e estamos mais à frente na humanidade....e assim Deus nos ajude.
Se utilizarmos a nossa sabedoria na medida das nossas necessidades seremos sempre humanos.
Reengenharias?!....Isso são apenas invenções para melhor retirar as mais valias dos outros.
Reengenharias...sim... mas apenas no modo como devemos situar-nos perante os outros que connosco querem cumprir este ofício de ter de viver.
Quando compreendermos isto...quando soubermos ser complementares uns dos outros.....quando os nossos talentos servirem para complementar o universo dos talentos dos outros num jogo integrado e com um sentido único de progresso....talvez possamos avançar melhor...mais rapidamente á caminho de ómega.....já perto de Deus ....ou da verdade ....se eles existirem.
Seja como for....esse tipo não...traz corolários de uma vida de rapina e de usura.
O tempo que vem exige outra postura de alma.
E essa das "trêtas" apenas é uma expressão manipuladora e já tem barbas. E dpois impede a reflexão e o pensamento.
Então seria um filho de um recolector de patacas da revelha árvore das patacas que me iria dar conselhos de vida....a mim que fiquei na praia comovido...ná não faz sentido nenhum ....meus Caros.
Procuremos outros caminhos que agora começam a aparecer.



cumps
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por stuff » 27/5/2006 3:56

James Wheat Escreveu:Nada de novo !


Pergunto: o que é que Portugal e os Portugueses deram ao Mundo nos últimos 2 séculos da nossa história ?

Aceitam-se respostas de corajosos Patriotas !


somente para citar algumas coisas inovadoras que usufruo constantemente

Cartão pré-pago em telemóveis, Via-verde nas auto-estradas, Correio Verde nos Ctt.. made in pt
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por alexandre7ias » 27/5/2006 2:10

martim2004 Escreveu:É comum em conversa com amigos alguns espelharem a admiração que têm pelos nossos vizinhos hermanos com o inevitável comentário 'Se fossemos espanhóís estariamos bem melhor' seguido de alguns comentários deprimentes aos portugueses em geral.

A isto tenho sempre vontade de responder: 'O que é que cada um de nós faz para mudar o rumo do país?!?!?!?!'
Abraço


Tentar melhorar o rumo do país é perder tempo, no maximo podemos mudar o nosso. Mas é apenas a minha opinião.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
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por Rics » 27/5/2006 1:57

Mas que monte de tretas que por aqui se vai escrevendo...

O homem não deve nada a ninguém e certamente não disse o que disse porque quer com isso tirar qualquer proveito. Ele já fez mais do que se calhar todos nós aqui juntos alguma vez faremos. Além disso já deve ter reunido dinheiro suficiente para viver uma vida muito descansada sem ter que andar a fazer encomendas de recados.

Será que somos tão arrogantes que nem conseguimos admitir o que menos bem temos feito?!

O que ele disse é a verdade e enquanto todos não o admitirmos, isto tão depressa não mudará (infelizmente).

Sim, eu tenho vergonha de que sucessivos governos não tenham conseguido recuperar o atraso que tinhamos de desenvolvimento relativamente a outros, ainda mais com tanto dinheiro que recebemos!

Mas sim, também tenho a certeza de que somos muito bons como aqui se vai dizendo. Infelizmente não basta dizê-lo, é preciso mostrá-lo e para já não se nota muito...

Mais, enquanto tivermos esta postura arrogante de que os outros é que estão mal e que nós somos muita bons e não precisamos de nada nem de ninguém, e muito menos de conselhos de um tótó qualquer (que sabe Deus como, até foi considerado um dos melhores gestores da história), a caravana continuará a passar, e os cães apenas a ladrar.
 
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comentário

por jotabil » 26/5/2006 23:59

Também ouvi tal senhor.
O que ele disse ñão foi nada de novo e só é aceitavel no ambiente deste tempo final do liberalismo.
A europa está em crise....e apenas subsistem alguns santuários de riqueza que a todo custo pretendem sobreviver perante a emergência de uma nova racionalidade que o exercício das novas tecnologias determina. Não só uma nova racionalidade mas também uma nova fé que a fundamenta.
A Espanha...a Irlanda e mais alguns, apenas seguem uma rota de desastre. Não será uma economia de piramide....mas anda lá por perto e um dia destes numerosos índios como o presidente colombiano..pedir-lhes-ao contas pela explorações que coonduzem tanto na América Latina como na África Ocidental como na África Meridional.
Este Senhor representa apenas a anquilose do liberalismo...outro modo de viver começa a nascer.
Os Espanhóis apenas vão entrosados na caravana...que caminha para o desaparecimento...perderam a orientação e a luz da humanidade que alumia os povos do sol...os chamados povos helioliticos....para apenas serem uns seguidistas das técnicas de povos sem luz....ou então a mando de seitas de poder que se escondem em refeguos de gordura quase inexpugnável.
Que sigam o seu caminho...nós nunca tardámos em nada...e quando nos demoramos é para observar quem vem e para onde se vai.
Somos melhores e não nos amaldiçoemos porque desejamos ter a nossa consciência mais limpa.
O homem é velho e repete dizendo slogans que lhe encomendaram para submeter a nossa vontade em ver...e resistir ao caminho da perdição.
Foi o que se me ofereceu pensar acerca deste tipo que não chamei.

cumps
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por Jabba_Hut » 26/5/2006 23:47

Alias se não fosse a NBC ( que as más linguas dizem ter sido comprada por indicação da mulher) e a GE Capital sempre queria ver onde estavam os lucros fabulosos da GE.
Já agora fiquem sabendo que este senhor, que efectivamente foi un grande restruturador de pessoal e negocios, é um adepto das "reformas douradas" que os nossos politicos tanto gostam,tem talvez o melhor e maior "Retirement Plan" de um CEO de uma multinacional americana.
Será que o homem não quer investir em Portugal e fazer escola?

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por J Alves » 26/5/2006 23:45

Meter tudo no mesmo saco é uma injustiça. Há muita gente honesta e trabalhadora em Portugal. Mas é claro que enquanto nós continuarmos a ver o "chico esperto" que foge aos impostos como um herói nacional não vamos a lado nenhum. Agoudal parabéns pelo teu comentário.

PS: Tornem públicas as listas de devedores ao fisco e vamos ver que é o zé povinho que está a pagar as estradas para os magnatas andarem a passear nos seus porches
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por Agoudal » 26/5/2006 23:18

Cheguem-se à frente os que pagam os impstos (todos), os empresários que têm uma única contabilidade, os que emitem facturas-recibo (sempre), os que pagam a formação dos seus colaboradores, os que cumprem requisitos legais para o exercício da sua actividade profissional...

Cheguem-se à frente os políticos honestos...

...e já agora os funcionários públicos que não têm esquemas para ganhar um dinheirão por fora...

Cheguem-se à frente os responsáveis pela gestão dos bens públicos que não têm empresas de familiares, amigos ou compadres como fornecedoras...

Cheguem-se à frente os gestores capazes de ter audácia... sem sem a criar esquemas contabilistícos (e que percerem que gerir é também liderar pessoas) ...

E agora... cheguem-se à frente aqueles que nestes últimos 20 anos permitiram que este seja a nossa realidade...


Eu fico onde estou... sou empresário... e o meu ordenado (e o de todos os colaboradores) é 100% declarado à S.S. e às Finanças... (o mais mal pago ganha 850€ limpos) ando nisto à 4 anos... Garanto-vos que acredito tanto na nossa classe política como que vou resistir a ficar deste lado ("a ver as costas dos outros")... porque se tem que ter o mínimo de amor próprio: porque será que num contexto em que se valorizam os chicos espertos e os mentirosos um indivíduo honesto é "inocente" e provinciano???


Viva o Cristiano Ronaldo, viva o Manoel de Oliveira, vivam os Moonspeel, a Dulce Pontes, o António Damásio e a gente honesta...

Se há futuro, é por estes e não por aqueles de quem falava esse Jack Welch...
Ainda estou com dúvidas. Mesmo assim corro o risco.
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por Jabba_Hut » 26/5/2006 22:51

Eu gostava de ver este senhor apresentar-se a qualquer um banco em Portugal apresentando um qualquer projecto de investimento e sacar de lá a massa para o pôr de pé.
Ele há cada um...
porque não falou ele das "borradas" autênticas que fez na GE na Europa?

Jabba_Hut
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Re: Jack Welch: Portugueses deviam estar «envergonhados»

por R_Martins » 26/5/2006 20:19

Keyser Soze Escreveu:ECONOMIA Publicado 26 Maio 2006 15:38
Jack Welch

Portugueses deviam estar «envergonhados» pela forma como são vistos no estrangeiro
«É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos», disse Jack Welch hoje de manhã numa mesa redonda com empresários portugueses, citado pelo presidente do Fórum para a Competitividade, Luís Mira Amaral, na conferência de imprensa que se seguiu para revelar as conclusões do encontro.
Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt


«É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos», disse Jack Welch hoje de manhã numa mesa redonda com empresários portugueses, citado pelo presidente do Fórum para a Competitividade, Luís Mira Amaral, na conferência de imprensa que se seguiu para revelar as conclusões do encontro.

«Welch disse que somos demasiado estáticos em Portugal», afirmou Mira Amaral, confirmando assim o «ralhete» que o ex-CEO da General Electric deu aos empresários portugueses na mesa redonda destinada à análise e discussão sobre «Os Desafios das Empresas e da Economia Portuguesa no Contexto Competitivo Actual», uma iniciativa apoiada pelo Jornal de Negócios.

Jack Welch defendeu o empreendedorismo e um aumento sustentado da produtividade e deu alguns exemplos de sistemas financeiros que actuaram como estímulo para o empreendedorismo: a elevação do nível tecnológico, maior contribuição do Estado (na garantia de qualidade a todos os níveis de ensino, por exemplo) e na inovação e valorização dos recursos humanos, que devem ser as preocupações básicas das empresas.

Outra convicção defendida por aquele que foi considerado o gestor do século XX – pela revista «Fortune», em 1999 – é a de que Portugal tem que criar oportunidades para os novos talentos e fazer com que eles fiquem no país em vez de irem para o estrangeiro – o que faz com que o país perca capacidade de inovação.

Aquele responsável citou exemplos em termos de educação e formação profissional, inovação e desenvolvimento tecnológico, bem como níveis de exportação ao referir-se a alguns dos maus exemplos do desempenho de Portugal. E salientou que o nosso país é mal visto essencialmente pelos seus parceiros europeus e não em países tão distantes quanto os EUA.

Welch deu ainda o exemplo de Espanha, Irlanda e Eslováquia, que têm um ambiente competitivo, por comparação com Portugal, onde o ambiente é deprimido. «É preciso liderança e um choque muito forte sobre a sociedade, que permita criar um ambiente positivo», referiu Welch na mesa-redonda, citado por Mira Amaral. Além disso, também a componente fiscal foi vista como essencial no processo.

«Jack Welch disse que lhe faz impressão que não estejamos envergonhados», referiu um outro responsável do Fórum para a Competitividade.

Outra ideia defendida por Welch para uma mudança positiva reside no «venture capital», que é necessário para estimular o empreendedorismo. No entanto, o ex-presidente executivo da GE salientou que o problema da falta de empreendedorismo não está apenas do lado do financiamento. Há também falta de ideias e projectos. Nos EUA, cerca de 25% dos diplomados tem como ambição começar um negócio próprio, ao passo que na Europa o desejo é o de ter um lugar numa empresa já estabelecida, frisou Welch para salientar a falta de iniciativa.
«Existem mais associações do que empresas»

Mais tarde, na conferência que precedeu o almoço, Jack Welch falou para uma audiência de centenas de pessoas e começou por dizer que a ideia que teve de Portugal é a de que «existem mais associações do que empresas».

Quando questionado sobre sinergias, o ex-CEO da General Electric disse que aquela era uma palavra já muito gasta e que não devia ser utilizada. Welch mexeu de forma entusiasta com a audiência e recordou que em todas as empresas há flores e ervas daninhas.

«Cortem as ervas daninhas e terão um bonito jardim», aconselhou. Afirmou também que« os gestores que apenas gostam de números e que não querem saber de pessoas – mas elas existem na empresa! – são uns idiotas».

Antes de passar à sessão de Perguntas e Respostas, Jack Welch falou ainda sobre o facto de os negócios serem como jogos e que as empresas (equipas) com os melhores jogadores são as que vencem.

Nesta altura recordou uma vez mais o importante papel dos recursos humanos, dizendo que numa equipa de futebol é o treinador e não o chefe da contabilidade quem sabe gerir o plantel.

Questionado sobre os fundos de «private equity», Welch defendeu-os como benéficos para as empresas, salientando que foram responsáveis por tornarem a América mais competitiva. Além disso, afirmou que as pessoas têm que se sentir confortáveis no mundo global, senão não poderão vencer.


Isto é musica de «inteligentes» americanos...
Não fosse a roubalheira por tudo o que é sítio, servindo-se da miséria alheia Jack Welch, era um pescador de sardinhas nos Marrocos.
Estou farto dessa que Portugal é...
Temos de tudo, felizmente não temos inundações para ver as misérias como a dos americanos.
R. Martins
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por karrot » 26/5/2006 19:53

O vinho do Porto não fomos nós (portugueses) que inventámos...
Sun Tzu disse - «Lutar e vencer todas as batalhas não é a glória suprema. A glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar.»
 
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por Shimazaki » 26/5/2006 18:36

Lá está,o VINHO DO PORTO,carago

Concordo com James,mas há que realçar o que o Martim escreve pois essa é a norma,a desculpabilização e apontar as culpas para o nosso pais, devemos exigir mais de quêm governa e orienta o comando do barco? é claro; mas tb devemos contribuir para isso, e muitos não fazem para que isso aconteça, seja por falta de iniciativa ou de horizontes,
tenho dito :twisted:
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por James Wheat » 26/5/2006 18:29

martim2004 Escreveu:Não resisto a frisar que os comentários ao artigo neste post são bem elucidativos da maneira como olhamos para nós próprios.

É comum em conversa com amigos alguns espelharem a admiração que têm pelos nossos vizinhos hermanos com o inevitável comentário 'Se fossemos espanhóís estariamos bem melhor' seguido de alguns comentários deprimentes aos portugueses em geral.

A isto tenho sempre vontade de responder: 'O que é que cada um de nós faz para mudar o rumo do país?!?!?!?!'

É muito fácil desculpar-nos com o governo, com as empresas com o tempo com a bolsa etc etc... mas um todo é composto pela soma das partes..e todos nós, por mais infima que seja, somos uma parte do todo!!

Quero realçar que este meu comentário não é nenhum 'ataque' aos ilustres colegas que comentaram o artigo... É apenas um desabafo!

Abraço


Martim,

Eu na parte que me toca faço - e muito !!

Sou Director de Exportação numa empresa nacional de Vinho do Porto. Que faço pelo meu País ?

Pago os meus impostos - atenção: todos, logo demasiados ! -, trabalho 10hrs por dia - de facto, não mando assinar folhas de presença por outrém (como os briosos deputados da nação) ! -, tenho objectivos traçados pela empresa privada para que trabalho e esfalfo-me todo para os alcançar - senão, meu amigo, lá se vai o bonús no final do ano !

Sou socialmente responsável, Pai de família (mais gente para produzir no futuro), que mais me podem exigir ?
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por martim2004 » 26/5/2006 18:16

Não resisto a frisar que os comentários ao artigo neste post são bem elucidativos da maneira como olhamos para nós próprios.

É comum em conversa com amigos alguns espelharem a admiração que têm pelos nossos vizinhos hermanos com o inevitável comentário 'Se fossemos espanhóís estariamos bem melhor' seguido de alguns comentários deprimentes aos portugueses em geral.

A isto tenho sempre vontade de responder: 'O que é que cada um de nós faz para mudar o rumo do país?!?!?!?!'

É muito fácil desculpar-nos com o governo, com as empresas com o tempo com a bolsa etc etc... mas um todo é composto pela soma das partes..e todos nós, por mais infima que seja, somos uma parte do todo!!

Quero realçar que este meu comentário não é nenhum 'ataque' aos ilustres colegas que comentaram o artigo... É apenas um desabafo!

Abraço
Saudações de Mar!
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por Sir.Mourinho » 26/5/2006 17:37

Eu mostrei como se ganha a liga inglesa dois anos seguidos e um dia vou mostrar como se ganha o campeonato europeu e do mundo :mrgreen:
 
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O que deram os Tugas!!!

por Shimazaki » 26/5/2006 17:30

Deram muita coisa!!!

Deram:
Pasteis de Belém; Ovos moles ; Vinho do Porto,etc
Turismo magnifico com valentes sardinhadas 8-)

:mrgreen: :mrgreen:
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Esta é fácil....

por A_S_A » 26/5/2006 17:27

Deram o Eusébio e a Amália!! Acham pouco? :mrgreen:
 
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por ricardotugas » 26/5/2006 17:24

Imigrantes de sucesso.
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por James Wheat » 26/5/2006 16:45

Nada de novo !

Alguém minimamente sério poderá questionar a opinião do Sr. Welsh ? Não é por quem ele é, mas pelo que se vê à nossa volta ?

Pergunto: o que é que Portugal e os Portugueses deram ao Mundo nos últimos 2 séculos da nossa história ?

Aceitam-se respostas de corajosos Patriotas !
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Jack Welch: Portugueses deviam estar «envergonhados»

por Keyser Soze » 26/5/2006 16:17

ECONOMIA Publicado 26 Maio 2006 15:38
Jack Welch

Portugueses deviam estar «envergonhados» pela forma como são vistos no estrangeiro
«É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos», disse Jack Welch hoje de manhã numa mesa redonda com empresários portugueses, citado pelo presidente do Fórum para a Competitividade, Luís Mira Amaral, na conferência de imprensa que se seguiu para revelar as conclusões do encontro.
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«É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos», disse Jack Welch hoje de manhã numa mesa redonda com empresários portugueses, citado pelo presidente do Fórum para a Competitividade, Luís Mira Amaral, na conferência de imprensa que se seguiu para revelar as conclusões do encontro.

«Welch disse que somos demasiado estáticos em Portugal», afirmou Mira Amaral, confirmando assim o «ralhete» que o ex-CEO da General Electric deu aos empresários portugueses na mesa redonda destinada à análise e discussão sobre «Os Desafios das Empresas e da Economia Portuguesa no Contexto Competitivo Actual», uma iniciativa apoiada pelo Jornal de Negócios.

Jack Welch defendeu o empreendedorismo e um aumento sustentado da produtividade e deu alguns exemplos de sistemas financeiros que actuaram como estímulo para o empreendedorismo: a elevação do nível tecnológico, maior contribuição do Estado (na garantia de qualidade a todos os níveis de ensino, por exemplo) e na inovação e valorização dos recursos humanos, que devem ser as preocupações básicas das empresas.

Outra convicção defendida por aquele que foi considerado o gestor do século XX – pela revista «Fortune», em 1999 – é a de que Portugal tem que criar oportunidades para os novos talentos e fazer com que eles fiquem no país em vez de irem para o estrangeiro – o que faz com que o país perca capacidade de inovação.

Aquele responsável citou exemplos em termos de educação e formação profissional, inovação e desenvolvimento tecnológico, bem como níveis de exportação ao referir-se a alguns dos maus exemplos do desempenho de Portugal. E salientou que o nosso país é mal visto essencialmente pelos seus parceiros europeus e não em países tão distantes quanto os EUA.

Welch deu ainda o exemplo de Espanha, Irlanda e Eslováquia, que têm um ambiente competitivo, por comparação com Portugal, onde o ambiente é deprimido. «É preciso liderança e um choque muito forte sobre a sociedade, que permita criar um ambiente positivo», referiu Welch na mesa-redonda, citado por Mira Amaral. Além disso, também a componente fiscal foi vista como essencial no processo.

«Jack Welch disse que lhe faz impressão que não estejamos envergonhados», referiu um outro responsável do Fórum para a Competitividade.

Outra ideia defendida por Welch para uma mudança positiva reside no «venture capital», que é necessário para estimular o empreendedorismo. No entanto, o ex-presidente executivo da GE salientou que o problema da falta de empreendedorismo não está apenas do lado do financiamento. Há também falta de ideias e projectos. Nos EUA, cerca de 25% dos diplomados tem como ambição começar um negócio próprio, ao passo que na Europa o desejo é o de ter um lugar numa empresa já estabelecida, frisou Welch para salientar a falta de iniciativa.
«Existem mais associações do que empresas»

Mais tarde, na conferência que precedeu o almoço, Jack Welch falou para uma audiência de centenas de pessoas e começou por dizer que a ideia que teve de Portugal é a de que «existem mais associações do que empresas».

Quando questionado sobre sinergias, o ex-CEO da General Electric disse que aquela era uma palavra já muito gasta e que não devia ser utilizada. Welch mexeu de forma entusiasta com a audiência e recordou que em todas as empresas há flores e ervas daninhas.

«Cortem as ervas daninhas e terão um bonito jardim», aconselhou. Afirmou também que« os gestores que apenas gostam de números e que não querem saber de pessoas – mas elas existem na empresa! – são uns idiotas».

Antes de passar à sessão de Perguntas e Respostas, Jack Welch falou ainda sobre o facto de os negócios serem como jogos e que as empresas (equipas) com os melhores jogadores são as que vencem.

Nesta altura recordou uma vez mais o importante papel dos recursos humanos, dizendo que numa equipa de futebol é o treinador e não o chefe da contabilidade quem sabe gerir o plantel.

Questionado sobre os fundos de «private equity», Welch defendeu-os como benéficos para as empresas, salientando que foram responsáveis por tornarem a América mais competitiva. Além disso, afirmou que as pessoas têm que se sentir confortáveis no mundo global, senão não poderão vencer.
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