Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[pedras11]

Pedras,

São as leis mais elementares do mercado. Se os consumidores continuam a comprar (protestam, mas compram), é porque eles acham que o bem (a gasolina) vale o preço que é pedido (se não, não compravam).

Provavelmente no dia em que estiver a 3 ou 4 euros então em vez de se limitarem a dizer que está caro, partirão à procura de alternativas.


1 abraço,
Elias

Elias é aí que a minha opinião diverge da tua, por isso dei o exemplo de outro bem essencial{ medicamentos}. Eu penso que a procura/oferta define o preço e não o conceito de caro/barato. Neste caso da gasolina até tem sido muito mais a especulação em torno dos preços do Brent do que propriamente as leis do mercado. Dou-te outro exemplo, lá porque as pessoas pagam mais 100/200% pela sardinha no S.João, poderá esta ser considerada barata nessa época

Mas também concordo contigo que este tema dava pana para mangas.

Abraço.

[Resina]

Estás a partir do princípio de que as pessoas têm de andar de carro.
Eu acho que ninguém é obrigado a andar de carro. As pessoas andam de carro porque fazem essa opção.

Nota que eu não estou a censurar ninguém. Não há nada de censurável no facto de toda a gente querer andar de carro. Cada um tem o direito a fazer as suas opções.

Eu falo por mim, todos os dias tenho de fazer cerca de 40kms, se não for de carro, não tenho outra opção! Comboio não existe, electrico muito menos, e os autocarros não são compativeis com os horarios (alias estes tambem o consomem). È obvio que se custasse 10€ nunca o compraria, mas simplesmente se necessitamos dele, temos de o adquirir!
Eu não estou a partir do principio que temos de andar de carro, há quem tenha a necessidade, mas há quem não queira o outro meio! É um problema dos outros que nos afecta, mas o estado consecutivamente tambem não ajuda no aumento do imposto!
Digo-te mesmo que se tivesse outra opção não estaria muito preocupado com o preço dos combustiveis! A minha viatura é a Gasoleo, procurei por ai opções, até vi que já há instalações para gás, apenas no Reino Unido com um valor de 5000€ a montagem, vale a pena? Não me parece!

[Elias]

Discordo! Se as pessoas não consumirem andam de carro como?

Estás a partir do princípio de que as pessoas têm de andar de carro.
Eu acho que ninguém é obrigado a andar de carro. As pessoas andam de carro porque fazem essa opção.

Nota que eu não estou a censurar ninguém. Não há nada de censurável no facto de toda a gente querer andar de carro. Cada um tem o direito a fazer as suas opções.

Mas certas opções têm um custo. Hoje em dia todos querem andar de carro e todos querem abastecer barato. Ninguém abdica de andar de carro. Cada um terá as suas razões para escolher o carro, todas elas válidas (conforto, comodismo, rapidez, preguiça, oportunidade, etc.), mas todos continuam a andar de carro. Com a agravante que cada vez há mais carros.

Andar de carro tornou-se num "direito universal", para não dizer num "bem de primeira necessidade". Andar de carro não é essencial à sobrevivência, mas muita gente encara-o como se fosse. E já não admite outras alternativas.

Faço-te a pergunta que fiz ao Pedras: se a gasolina estivesse a 10 euros por litro, compravas? Certamente que não... Então e se fosse a 8? e a 6? e a 4,5?.... E por aí adiante. Por outras palavras, qual o preço máximo que estarias disposto a pagar?

Se houver uma quebra no consumo, o país move-se como?

De comboio, de metro, de autocarro, de eléctrico, de avião, de táxi... Os transportes estão lá, para quem os quiser usar.

1 abraço,
Elias

[Resina]

Esta afirmação é muito discutível. Eu não acho que estejam caros. A prova disso é que as pessoas continuam a consumir.

Discordo! Se as pessoas não consumirem andam de carro como? A unica hipotese que tem é abastecer nas bombas com preços mais acessiveis, ou mudaram para Gás, isto nos carros a gasolina, então e os a Gasoleo, fazem o que? Refiro-me a isto para veiculos ja no mercado, porque tambem podem optar pelos hibridos que não tem um preço muito elevado, mas de qualquer maneira precisam sempre de consumir gasolina!
Se houver uma quebra no consumo, o país move-se como?

As bombas nos hipermercados não têm qualquer objectivo de dar lucro. Aliás, penso que até podem ser uma boa referência do que seria um preço sem lucro para os revendedores, pois o objectivo dessas bombas é apenas atrair pessoas para os hipermercados.

Ora aí está realmente o objectivo delas! Mas não nos podemos esquecer que nem sempre é fiavel o abastecimento nestas bombas! Alem disso há a promoção do Modelo/Continente sobre a Galp que cria um grande impacto!

[Elias]

Ó Elias, partindo desse raciocínio os medicamentos também não estão caros

Pedras,

São as leis mais elementares do mercado. Se os consumidores continuam a comprar (protestam, mas compram), é porque eles acham que o bem (a gasolina) vale o preço que é pedido (se não, não compravam).

Provavelmente no dia em que estiver a 3 ou 4 euros então em vez de se limitarem a dizer que está caro, partirão à procura de alternativas.

Houve efectivamente quebra no consumo....

Consumo de gasóleo cai

Pela primeira vez, nos últimos anos, o consumo de gasóleo registou uma queda de 0,6%, no mês de Março. O secretário-geral da Associação de Empresas Petrolíferas (APETRO), José Horta, admite que se trata de uma situação invulgar, mas atribui a quebra ao aumento dos preços deste combustível.

Em termos globais, as três maiores empresas a operar em Portugal registaram diminuições do consumo de combustíveis de 2% a 4%, de Janeiro a Abril deste ano. As empresas justificam a quebra com o agravamento dos preços.

A Galp Energia estima que as vendas de combustíveis baixaram 4%, nos quatro primeiros meses de 2006, em relação ao mesmo período do ano passado. Na BP a descida foi de 3% e, segundo fonte da empresa, a redução das vendas foi maior nos postos de fronteira. A BP garante ainda que sentiu uma descida mais significativa na venda de gasolina do que na do gasóleo. Na Repsol, a quebra nos combustíveis foi de 2%.

Os últimos dados da Direcção-geral de Geologia e Energia (DGGE), relativos aos meses de Janeiro e Fevereiro, apontam para uma descida no consumo de gasolina e gasóleo de 2,5%. A DGGE conclui que no espaço de um ano os preços das gasolinas de 95 e 98 octanas aumentaram 17,8% e o do gasóleo subiu 14,7%, com a carga fiscal a representar 51% preço final do gasóleo e 64% das gasolinas.

O secretário-geral da APETRO estima que, até ao final do ano, a venda de gasolina registe uma queda de 5% a 6%, enquanto o consumo de gasóleo deverá baixar 1,5%.

É um facto que houve uma quebra ligeira (4%) no consumo, mas a verdade é que o preço aumentou 14 a 17,8% por isso a quebra foi pouco expressiva face ao aumento dos preços verificado no mesmo espaço de tempo.

O que se pode concluir daqui é que, apesar do aumento dos preços, os consumidores (particulares e empresas) preferem pagar mais 17% do que alterar os seus padrões de consumo de combustível.

O conceito de "caro" deve ser visto neste sentido - quanto é que o mercado está disposto a pagar. Ora, se o preço aumenta 17% e o consumo diminui apenas 4%, não me parece que o mercado esteja disposto a abdicar do combustível ao preço actual (1,35).

Uma outra forma de ver o problema é esta: se a gasolina estivesse a 10 euros por litro, compravas? Certamente que não... Então e se fosse a 8? e a 6? e a 4,5?.... E por aí adiante. Por outras palavras, qual o preço máximo que estarias disposto a pagar?

Agora é só fazer o mesmo exercício para o conjunto do mercado... Citando um conhecido governante, "é fazer as contas"

1 abraço,
Elias

[pedras11]

Esta afirmação é muito discutível. Eu não acho que estejam caros. A prova disso é que as pessoas continuam a consumir.

Pode dizer-se que estão caros em termos históricos, mas não em termos de mercado.

Saudações,
Elias

Ó Elias, partindo desse raciocínio os medicamentos também não estão caros Houve efectivamente quebra no consumo....

Consumo de gasóleo cai


Pela primeira vez, nos últimos anos, o consumo de gasóleo registou uma queda de 0,6%, no mês de Março. O secretário-geral da Associação de Empresas Petrolíferas (APETRO), José Horta, admite que se trata de uma situação invulgar, mas atribui a quebra ao aumento dos preços deste combustível.

Em termos globais, as três maiores empresas a operar em Portugal registaram diminuições do consumo de combustíveis de 2% a 4%, de Janeiro a Abril deste ano. As empresas justificam a quebra com o agravamento dos preços.

A Galp Energia estima que as vendas de combustíveis baixaram 4%, nos quatro primeiros meses de 2006, em relação ao mesmo período do ano passado. Na BP a descida foi de 3% e, segundo fonte da empresa, a redução das vendas foi maior nos postos de fronteira. A BP garante ainda que sentiu uma descida mais significativa na venda de gasolina do que na do gasóleo. Na Repsol, a quebra nos combustíveis foi de 2%.

Os últimos dados da Direcção-geral de Geologia e Energia (DGGE), relativos aos meses de Janeiro e Fevereiro, apontam para uma descida no consumo de gasolina e gasóleo de 2,5%. A DGGE conclui que no espaço de um ano os preços das gasolinas de 95 e 98 octanas aumentaram 17,8% e o do gasóleo subiu 14,7%, com a carga fiscal a representar 51% preço final do gasóleo e 64% das gasolinas.

O secretário-geral da APETRO estima que, até ao final do ano, a venda de gasolina registe uma queda de 5% a 6%, enquanto o consumo de gasóleo deverá baixar 1,5%.

[Ulisses Pereira]

As bombas nos hipermercados não têm qualquer objectivo de dar lucro. Aliás, penso que até podem ser uma boa referência do que seria um preço sem lucro para os revendedores, pois o objectivo dessas bombas é apenas atrair pessoas para os hipermercados.

Um abraço,
Ulisses

[Elias]

É certo e sabido que os combustíveis estão caros.

Esta afirmação é muito discutível. Eu não acho que estejam caros. A prova disso é que as pessoas continuam a consumir.

Pode dizer-se que estão caros em termos históricos, mas não em termos de mercado.

Saudações,
Elias

[mcarvalho]

Combustíveis até 10% mais baratos nos hipermercados

15/05/2006 08:47

É certo e sabido que os combustíveis estão caros. Muito mais caros do que há apenas dois anos e meio. Mas os preços não são todos iguais e ainda é possível fazer algumas poupanças. Segundo o «Diário de Notícias», as diferenças de preços entre postos chegam aos 10% por litro, com as marcas das empresas de distribuição a apresentarem maiores vantagens.

A bomba do Jumbo, em Castelo Branco, é, entre os postos analisados pelo DN, o que apresenta os preços mais baixos. O gasóleo não chega a um euro, ficando-se nos 98 cêntimos por litro (menos 9,9% do preço de referência da Galp). Num depósito com 70 litros, os consumidores conseguem levar mais 7,7 litros, o que dá para fazer mais cerca de cem quilómetros (dependendo do consumo do carro, claro). A gasolina de 95 octanas custa 1,255 euros, 6,8% abaixo da líder de mercado (1,348 euros).

Este posto de abastecimento tem apenas uma semana, sendo o segundo do grupo Auchan. Contudo, há hipermercados do grupo a fazer promoções cruzadas. É o caso do Jumbo de Vila Real, que oferece um vale de dez cêntimos por litro, na Cepsa, aos clientes que fizerem compras no valor de 45 euros. Existem ainda promoções temporárias entre os hipermercados de Cascais, Almada e Alfragide com postos BP, mas nenhuma está a decorrer actualmente.

Também as estações do Carrefour apresentam preços mais vantajosos. No Montijo, o custo do gasóleo é 6,25% menor do que a referência do mercado (1,02 euros), enquanto a gasolina de 95 octanas baixa 6% (1,26 euros). Em Braga, o gasóleo está 9% mais barato e a gasolina 7,49%. Já no posto da mesma cadeia em Gaia, a diferença é de 4,87% no caso do gasóleo e 5,79% na gasolina. As diferenças de preços entre os postos Carrefour devem-se "à política do grupo de ser o mais barato da região onde se insere, tanto nos produtos do hipermercado, como na gasolina", afirmou ao DN Maria Sousa e Silva, directora de marketing do Carrefour Portugal.