Caldeirão da Bolsa

off ..Autarcas contra o fim da linha do Tua

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mcarvalho » 10/6/2006 19:59

Nos rios Sabor e Tua

Duas mortes por afogamento durante o fim-de-semana



Tudo aconteceu em locais diferentes, mas em circunstâncias muito semelhantes. Uma criança de nove anos e um homem, de 42, morreram afogados no passado sábado, dia 27.
Eram cerca das 17h00 quando o alarme chegou ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Bragança. Uma criança tinha desaparecido no rio Sabor, numa zona conhecida por Moinho dos Padres, próximo do Parque de Campismo do Sabor. De acordo com a Rádio Brigantia, o rapaz estava acompanhado pelo pai, que trabalhava junto a uma propriedade que se prepara para recuperar. Notando a ausência do filho, o progenitor deu o alerta aos bombeiros.
Ao que tudo indica, a rapaz terá caído à água e ficado preso entre duas pedras, onde acabou por ser encontrado pelo próprio pai. A equipa do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) que se deslocou ao local ainda tentou reanimar a criança, que, contudo, não sobreviveu.
Precisamente na tarde do mesmo dia, pelas 17h00, uma outra pessoa morreria afogada, desta vez no rio Tua. Um arqueólogo, de 42 anos, natural de Almada, caiu ao rio numa zona próxima das escarpas de São Mamede de Riba Tua, no concelho de Alijó. O indivíduo trabalhava naquela zona, onde fazia um levantamento topográfico para a possível construção da Barragem do Tua. O alerta foi dado aos bombeiros por um colega da vítima que também trabalhava no local.
O corpo do homem só foi encontrado pelos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua no domingo de manhã, por volta das 11h00, na zona de Fragas Más, próxima da localidade de São Mamede de Riba Tua.


Data de Publicação: 01/06/2006
 
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fotos

por mcarvalho » 14/5/2006 22:11

 
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vale a pena ver

por mcarvalho » 14/5/2006 22:04

 
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por mcarvalho » 14/5/2006 0:51

Terras de Alqueva valem mais do dobroSetenta e quatro proprietários de terras que ficaram alagadas pelo Alqueva mantêm um braço-de-ferro com a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) por não concordarem com os valores das expropriações propostos pela empresa.Dois dos casos, Filipe Drago e Filipe Palhavã, consideram que as suas propriedades valem, pelo menos, o triplo das indemnizações oferecidas e recorreram à Justiça. Um facto que se justifica com os valores actuais das terras. É que antes do fecho das comportas, ocorrido em Fevereiro de 2002, cada hectare de regadio era vendido a 1500 euros e hoje vale cerca de cinco mil euros.

“Ainda não assinei com a EDIA porque não aceitei o dinheiro que querem pagar. Se não me derem o valor que quero avanço com um processo no Tribunal Europeu e peço a reversão do que resta da propriedade”, ameaçou Filipe Drago, proprietário da herdade da Juliôa, local onde no início desta década foi construída a nova aldeia da Luz, no concelho de Mourão. O valor oferecido pela expropriação foi de cerca de 1,5 milhões de euros.

Dos 550 hectares expropriados, 30 foram destinados para fins de utilidade pública tendo sido construída nessa mesma área a aldeia da Luz. Os restantes ficaram debaixo de água e foram reconvertidos para culturas de regadio.

“Fui expropriado em 1997 e ofereceram-me perto de 300 mil contos (1,5 milhões de euros). Mas, pelo que tinha na propriedade e pelo facto de terem transformado 30 hectares em área urbana, cujo preço mínimo por metro quadrado ronda os dez euros, acho que o valor justo é mais do triplo daquilo que me ofereceram. Por isso, recorri à Justiça e o processo está no Tribunal da Relação de Évora”, frisou.

Filipe Drago, 57 anos e residente no Algarve, sublinhou ainda que na herdade existiam quatro mil metros quadrados de área construída, 300 vacas charolesas, 130 hectares de regadio, 300 de culturas de sequeiro e barragens. Aos preços do mercado praticados nos dias de hoje, deveria receber cerca de cinco milhões de euros só pelos terrenos agrícolas e pelos hectares que foram transformados em área urbana.

DUAS VEZES SEM TERRENOS

Filipe Joaquim Palhavã é outro dos lesados. Cerca de 491 hectares de uma propriedade de mil situada na zona de Moura e que já tinha sido expropriada durante a reforma agrária, ficaram debaixo de água. A EDIA quis proceder à expropriação do terreno alegando utilidade pública e o Ministério da Agricultura ordenou que não fosse executado o pagamento alegando que a indemnização pelo não uso da terra, paga há cerca de três anos ao proprietário por 250 euros o hectare, era entendido como pagamento da indemnização referente à reforma agrária. Filipe Palhavã acha injusto esse valor, uma vez que o preço pago pela EDIA é de cinco mil euros o hectare, e recorreu aos tribunais. Em relação à expropriação de outras propriedades, este homem também recorreu e a comissão arbitral passou os valores oferecidos para mais do dobro e do triplo.

CUSTO DE 124 MILHÕES

Para que a construção do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva fosse concretizada, foi necessário expropriar no nosso país um total de 27 994 hectares que custou, segundo fonte da EDIA, 12 351 862 euros. Em Espanha foram também expropriados 3209 hectares. Tal como o CM noticiou ontem, 2856 hectares avaliados em Portugal pela EDIA em

2 761 981 euros são ainda alvo de litígio porque os seus donos não aceitam as verbas oferecidas. Nesta situação estão 74 proprietários. A EDIA está ainda a negociar com 170 proprietários portugueses e oito espanhóis.

PREÇOS DOS CAMPOS EM TORNO DO ALQUEVA

ANTES

Segundo o nosso jornal apurou junto dos agricultores das regiões de Mourão, Reguengos e Moura, os preços das terras nestes concelhos valiam entre os 1250 e os 1500 euros por hectare antes do fecho das comportas da barragem do Alqueva, ocorrido em Fevereiro de 2002 .

ACTUALMENTE

A EDIA paga em média 4 mil euros por cada hectare expropriado, mais do dobro em relação ao preço praticado antes do fecho das comportas da albufeira. Contudo, este valor foi diferente de caso para caso, uma vez que em algumas propriedades existiam, por exemplo, habitações.

DEPOIS

Nos anos seguintes ao fecho das comportas cada hectare de terra de regadio valia quase cinco mil euros e de sequeiro cerca de 2500 euros. Os agricultores prevêem que as terras junto às margens da albufeira vão passar a valer dentro de poucos anos cerca do dobro dos preços actuais.

Alexandre M. Silva/Madalena
 
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Alqueva: expropriação de terras atrasa

por mcarvalho » 14/5/2006 0:50

Alqueva: expropriação de terras atrasa desenvolvimentoOs atrasos dos processos de expropriações das terras que foram alagadas pela albufeira de Alqueva estão a ter reflexos negativos no desenvolvimento da nova aldeia da Luz, no concelho de Mourão.Transferida há cerca de três anos para a herdade da Juliôa devido à submersão da velha aldeia, a população está desde essa altura impossibilitada de montar negócios ou de construir uma nova casa por causa do litígio entre a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) e o proprietário da herdade expropriada, que não aceitou o valor da indemnização e recorreu aos tribunais.

Segundo o presidente da Junta local, Francisco Oliveira, apesar de haver na aldeia cerca de 40 lotes destinados à construção de novas habitações, oito casais de jovens foram obrigados a rumar para outras paragens. “A maioria das pessoas vai para Reguengos ou Évora. Há aqui mais de 40 lotes e as infra-estruturas estão Transferida há cerca de três anos para a herdade da Juliôa devido à submersão da velha aldeia, a população está desde essa altura impossibilitada de montar negócios ou de construir uma nova casa por causa do litígio entre a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) e o proprietário da herdade expropriada, que não aceitou o valor da indemnização e recorreu aos tribunais.

Segundo o presidente da Junta local, Francisco Oliveira, apesar de haver na aldeia cerca de 40 lotes destinados à construção de novas habitações, oito casais de jovens foram obrigados a rumar para outras paragens. “A maioria das pessoas vai para Reguengos ou Évora. Há aqui mais de 40 lotes e as infra-estruturas estão Transferida há cerca de três anos para a herdade da Juliôa devido à submersão da velha aldeia, a população está desde essa altura impossibilitada de montar negócios ou de construir uma nova casa por causa do litígio entre a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) e o proprietário da herdade expropriada, que não aceitou o valor da indemnização e recorreu aos tribunais.

Segundo o presidente da Junta local, Francisco Oliveira, apesar de haver na aldeia cerca de 40 lotes destinados à construção de novas habitações, oito casais de jovens foram obrigados a rumar para outras paragens. “A maioria das pessoas vai para Reguengos ou Évora. Há aqui mais de 40 lotes e as infra-estruturas estão diariamente a degradar-se porque não deixam construir”, frisou, lembrando que além dos jovens existem outros naturais da aldeia que vivem no estrangeiro – e noutras zonas do País – que gostavam de regressar. “Já que não fazem, deixem-nos fazer, pois só assim isto terá algum rumo.”

DESEMPREGO TAMBÉM CRESCE

Dos 380 habitantes que se mudaram no Verão de 2002 para a nova aldeia da Luz, mais de 20 partiram. A falta de trabalho foi outro dos motivos que obrigou a população a abandonar as suas origens. “Existe apenas alguns serviços e pequeno comércio. O turismo não deixa nada e cada vez será em menor número, porque isto não tem nada para mostrar. Depois, a actividade agrícola que existia quando estávamos na velha aldeia desapareceu e muitos postos de trabalho foram extintos”, lembrou Francisco Oliveira.

Este responsável culpa a EDIA pelo marasmo em que mergulhou a aldeia e lembra promessas por cumprir: “Falta o ancoradouro e muitas coisas que dinamizariam a aldeia.”

"ESTAMOS DESILUDIDOS"

Manuel Ramalho, juntamente com a sua mulher e os dois filhos menores, foi o primeiro habitante

a mudar da velha para a nova aldeia da Luz. Hoje é o rosto da desilusão. “Ao princípio era tudo muito bonito, muitas promessas. Mas, agora, o povo da aldeia está a ficar muito desiludido porque não podemos crescer nem ter ideias.” Desempregado desde o início de Agosto, este homem não acredita num grande futuro para a aldeia:

“A empresa onde trabalhava há 13 anos, situada em Mourão, transformava xisto, no entanto, com a construção da barragem, esta pedra deixou de existir. Como não há alternativas para trabalhar não sei muito bem como vai ser a minha vida nos próximos tempos.”

INFRA-ESTRUTURAS

LAVADOURO

Construído nas traseiras do pavilhão e da praça de touros, o lavadouro público da aldeia da Luz está transformado numa lixeira por nunca ter sido utilizado pelo povo.

PAVILHÃO

Apesar de ser um dos melhores pavilhões desportivos da região, o mesmo raramente é utilizado pelos locais porque as chaves deste equipamento estão na posse da EDIA.

ESGOTOS

Quase todos os moradores da aldeia da Luz se queixam de erros de construção nas suas moradias e dos maus cheiros provocados pelo deficiente escoamento dos esgotos.
 
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Em causa inundação dos vinhedos e do olival

por mcarvalho » 14/5/2006 0:32

Em causa inundação dos vinhedos e do olival

Agricultores de Sobreira contra barragem na Foz do Tua

A EDP projectou a obra e a Direcção-Geral de Geologia e Energia já deu aval à construção, nos limites dos concelhos de Carrazeda de Ansiães e Alijó, da Barragem da Foz do Tua, que poderá uma das maiores do Nordeste Transmontano. No entanto, apesar de ser encarada por determinadas forças vivas da região como “fundamental para o desenvolvimento local”, a barragem está a ser contestada por alguns agricultores do concelho de Murça, que receiam “perder” os seus melhores terrenos, actualmente ocupados com vinha e olival.


Com a calma dos seus 68 anos, João Merêncio, agricultor de Sobreira, no concelho de Murça, arrasta o olhar pela paisagem de vinhedos e olival que rodeia a aldeia onde vive. A área está integrada na Região Demarcada do Douro e é uma das melhores fontes de rendimento da população local. Estima-se que, só em Sobreira, sejam produzidas anualmente cerca de 2.200 pipas de vinho. Agora, ouve-se falar na construção de uma barragem (o empreendimento hidroeléctrico do Tua), que poderá inundar 50 por cento da área vitivinícola de Sobreira e de Porrais, também no concelho de Murça.
“Se construírem a barragem os meus terrenos vão ficar quase todos inundados. Depois o que vou fazer eu e os meus três filhos?”, questionou João Merêncio, para acrescentar: “Eu sempre fui agricultor e não sei fazer mais nada, eles [os filhos] lá terão que emigrar”.
O idoso continua a olhar a paisagem. Por ali, os terrenos que ficarem submersos não podem ser reconvertidos, porque não há mais espaço para as plantações. “Só se for cultivar as fragas”, disparou o agricultor, desabafando de seguida: “para mim, ficar sem estas terras vai ser um desgosto muito grande”.
“Eu tenho seis hectares de terreno e se construírem a barragem fico com metade. Mesmo que paguem bem pelas indemnizações, depois não tenho mais terrenos onde investir”, referiu Júlia Moreira, uma outra agricultora de 68 anos.
A contestação da barragem por parte dos agricultores de Sobreira é notória. Já no desenvolvimento que o empreendimento possa trazer para o concelho poucos acreditam. “Desenvolvimento para aqui? Que desenvolvimento?… Nada, eu não acredito em nada disso”, afirmou João Merêncio

Economia local pode “esfumar-se”

Quem também não está concordante com a obra é a Câmara Municipal de Murça. “A barragem poderá trazer algumas vantagens para a região, mas há muitos aspectos negativos”, disse o presidente da Câmara local, João Teixeira, justificando: “50 por cento do vinhedo de Porrais e de Sobreira vão ficar totalmente inundados e, se isso acontecer, a economia local pode “esfumar-se” em 10 anos”. O autarca lembrou ainda que a algumas infra--estruturas viárias na zona do rio Tua terão que ser totalmente reconvertidas, sendo que a construção de novos acessos irá afectar outros terrenos. Para além disso, também parte da linha do Tua, as termas de Nossa Sra. de Madalena (Alijó) e de São Lourenço (Carrazeda de Ansiães) podem ficar submersas.
“Estamos em negociações com a EDP (Energia De Portugal) para sabermos dos benefícios fiscais”, avançou João Teixeira, frisando, no entanto, que o município não aceitará indemnizações ao hectare. “Estamos num minifúndio, temos grandes quantidades e não grandes áreas”, argumentou.
Por enquanto, e segundo o autarca de Murça, o executivo camarário está a avaliar o estudo de impacte socio-económico realizado pela EDP. Em Maio serão iniciados os estudos de impacte ambiental.
Quanto às vantagens do empreendimento hidroeléctrico da foz do Tua poderá trazer para o concelho, João Teixeira diz que “talvez isso aconteça a nível turístico”.
De qualquer forma, a barragem está orçada em cerca de 237 milhões de euros e a sua construção pode arrancar em 2009.


Data de Publicação: 12/05/2006
Artigo de: Fatima Garcia
 
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por mcarvalho » 6/5/2006 21:36

artigo de Armando Ruivo (com uma grande vénia)

in semanário transmontano


Todos os transmontanos devem estar unidos, seja qual for a sua cor ou mesmo sendo incolores

Queriam!...Um desejo que certamente gostariam de ver realizado todos aqueles que tiveram os comboios ligados a momentos importantes das suas vidas e por isso têm deles as maiores saudades. Também eu gostava de os ver regressar, não através de imagens, mas real e fisicamente, rodeados do ambiente que lhes era peculiar.
Regressaram sim, mas à nossa memória e em fotografias a preto e branco ou então a cores desvanecidas pela desilusão e pelo desencanto. À memória de gente habituada a ver navios que poderá ver comboios, cada vez mais rápidos, transportando, à distância, o progresso e bem-estar dos privilegiados.
Estamos a falar de uma exposição que esteve patente ao público no Centro Cultural de Chaves e encerrou uns dias antes da Páscoa. Foi uma exposição um pouco pobre no seu conteúdo, mas rica por outro lado, ao chegar carregada de ironia ao local que já foi estação buliçosa e febril doutros tempos. A exposição estacionou assim uns dias numa dependência da casa que acolheu, viu chegar e partir os comboios do nosso imaginário de saudade.
Certas feridas mal cicatrizadas foram assim avivadas, é possível que algumas tenham sangrado em corações mais atentos e de mais acirrado amor à sua terra. De certo alguma revolta aflorou a peitos com maior consciência dos seus direitos de cidadania. Até parece que nos quiseram deixar uma triste e dura mensagem: consolai-vos com as fotografias, vivei de recordações, pois os comboios verdadeiros, com corpo de aço, cheios de vida, voz estridente e cheiro a carvão fazem parte do passado. A história, que também tem folhas negras, registará o encerramento de muitas linhas que, no início do século XX, foram sinal de esperança para muitas terras transmontanas e suas gentes. Quando o comboio chegou a Portugal (1856), portanto há 150 anos, alguém escrevia que ele “ tornou o País irmão, mais justo, mais amigo de si… levou vida e calor aos planaltos e às planícies”. Agora o interior vê-se espoliado lentamente de bens e serviços obtidos à custa de muita luta e persistência, quase sempre sem contrapartidas. O sol de Abril nem sequer fez gerar a indignação em momentos concretos, como aconteceu com o encerramento do caminho-de-ferro para Chaves. Tudo se passou na paz e vergonha dos deuses.
Nessa exposição, onde se privilegiaram os edifícios e os campos ao longo das vias, faltou o elemento humano, como os fiéis, competentes e responsáveis servidores, a par da reprodução do movimento e bulício do povo anónimo que invadia estações e apeadeiros nessa época.
Voltando à ironia, teria sido bom fazer constar da exposição as fotografias dos responsáveis pelos encerramentos das linhas do caminho de ferro de Trás-os-Montes, dos autarcas que se calaram e de certo modo as apadrinharam e dos que actualmente pactuam ou ameaçam, com despudor e sem respeito pelas suas raízes, tirar o pouco que resta de vida a essas vias de comunicação que há cem anos atrás tanto custaram a conquistar e foram motivo de esperança para tanta gente.
Segundo rezam as crónicas, houve um homem, da velha estirpe transmontana, que muito lutou para que Trás-os-Montes não visse passar os comboios ao longe, mas ficasse servido desse bem tão importante para o seu desenvolvimento. Foi ele José Ferro Madureira Beça, engenheiro distinto e deputado pelo círculo de Bragança. Do seu empenhamento e influência, outros do interior puderam beneficiar por se encontrarem nas mesmas circunstâncias, nomeadamente as populações servidas pela linha entre a Régua e Chaves. Como ele, muitos outros políticos e engenheiros se empenharam na construção das nossas linhas-férreas.
Ultimamente muito se tem falado, nos jornais, no possível encerramento das linhas do Tua e do Corgo, já parcialmente desactivadas na maior parte do seu anterior percurso. Perante esta realidade, as reacções dos líderes locais têm sido diferentes. Há quem se agarre com unhas e dentes ao pouco que ainda existe de linha. Um louvor para estes. Quem se associasse a iniciativas que assinalaram a chegada do primeiro comboio, como foi o caso do presidente da câmara de Vila Real. Para este, encerrar o que resta da linha do Corgo, seria um verdadeiro “crime”. Os mais beneficiados com a parte residual da linha do Tua mantêm-se alerta contra o desmantelamento anunciado. Com a sua atitude só denotam que têm o sentido da responsabilidade, a consciência do seu dever e que estão atentos ao avolumar das injustiças sociais e das assimetrias regionais. No fim da linha é possível que haja alguém com algum peso na consciência, alguma frustração ou sentindo-se impotente perante factos consumados. Uns porque nada fizeram para impedir essa espoliação, outros porque chegaram quando os comboios haviam partido.
Como sempre, há também silêncios caninos, comprometedores e cobardes. Não pode ser apenas um ou dois a levantar a voz, como quem compete num campeonato de protagonismo ou em defesa da sua capelinha. Todos os transmontanos devem estar unidos, seja qual for a sua cor ou mesmo sendo incolores. Os nossos líderes autárquicos não podem só elevar a voz, reivindicar, quando o seu partido está na oposição. Já perdemos outros serviços quando os ventos que sopravam tinham outra cor e alguns arautos de agora andavam de bico calado e orelha murcha. Homens da estirpe de José Gama precisam-se. Um homem de coragem e de uma só cara. Apoiou a regionalização contra a orientação e os barões do partido. Sigamos-lhe o exemplo e defendamos Trás-os-Montes, cada vez mais espoliado (ironia das ironias) até de bens e serviços herdados do Estado Novo. É isto a democracia que nos prometeram?


Data de Publicação: 04/05/2006
 
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por mcarvalho » 6/5/2006 21:27

Contra a construção de barragem no Tua

O presidente do município de Murça está \"contra a construção de uma barragem na foz do Rio Tua\", nos limites dos concelhos de Carrazeda de Ansiães e Alijó. João Teixeira argumenta que a albufeira irá submergir a maior parte das vinhas e olivais das localidades de Sobreira e Porrais, que asseguram a subsistência daquelas populações.

Para mostrar o seu descontentamento, está a preparar uma conferência de Imprensa junto ao rio, em que se fará rodear de habitantes das duas aldeias.

Desde que, no passado mês de Dezembro, a Direcção-geral de Energia autorizou a EDP a construir aquele aproveitamento hidroeléctrico, João Teixeira tem-se desdobrado em contactos e reuniões. Diz que quer estar bem informado para \"defender até ao tutano\" os valores patrimoniais das gentes do seu concelho.

Caso o projecto avançe, sustenta, poderá revelar-se \"muito prejudicial em termos sócio-económicos\" para as povoações, já que \"irá arrasar o seu sector produtivo\", onde predomina a vinha e o olival. Refira-se, a propósito, que Porrais e Sobreira foram já bastante afectadas há dois anos, aquando de uma tromba de granizo que destruiu uma boa parte das culturas.

Empresas sem cara

Noutra perspectiva, o edil assume que o empreendimento até poderá trazer proveitos económicos à região, mas \"só se a EDP tratar o assunto com seriedade\". E dispara \"Já deixei de acreditar em muitos homens e nas empresas que não têm cara, como é a EDP, menos acredito\". Daí que defenda que eventuais futuras negociações tenham de decorrer \"com firmeza\" e o acordo \"terá de ficar escrito\".

João Teixeira avisa mesmo que as indemnizações a pagar terão de ser negociadas \"ao metro quadrado e não ao hectare\", como aconteceu no Alentejo aquando da construção da barragem do Alqueva. \"Têm de pagar bem, porque aqui o terreno é de altíssima produtividade\".

Como alternativa à barragem, considera que a EDP deveria optar por construir cinco mini-hídricas naquele curso de água, no sistema de cascata, cujo estudo de impacte ambiental foi aprovado já há cinco anos. \"Teria uma capacidade energética semelhante à da barragem e permitiria poupar a linha-férrea do Tua\", concluiu.


JN, 2006-02-08
 
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Portugal à deriva....

por bolso vazio » 6/5/2006 1:19

Viva!
Infelizmente nós somos os nossos piores inimigos tenho a certeza que em quaquer país civilizado estas linhas poderiam render bom dinheiro. Se não viáveis para utilização comum podem muito bem ser convertidas em linhas turisticas pois as paisagens são espetaculares...O nosso novo riquismo "bacoco" leva-nos a trocar estas maravilhas pelos centros comerciais e ir sempre para as mesmas parias super lotadas porque para o tipico Tuga férias é praia!

Se dessemos valor ao que temos de bom e agora falando da agricultura. Porque é que Portugal não é reconhecido pelas suas laranjas algarvias, pelas suas maçãs e peras do oeste...será que era um desprestigio para Portugal? O que os nossos parceiros comunitários querem é produtos de qualidade e nós temos todas as condições para os ter.

A meu ver nunca ouve em Portugal uma cultura da qualidade sempre se tentou fazer algo que sirva e não algo de bom mas sempre pago como se fosse do melhor o resto toda a gente sabe...

Onde está uma politica de desenvolvimento sutentado? Nunca vi...

Talvez seja algo pessimista mas é o passado que me está a condicionar as perspectivas de um futuro risonho para este país.

Cumps!
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por mcarvalho » 5/5/2006 23:27

BARRAGEM DO TUA PODE SUBMERGIR VINHEDOS DE SOBREIRA
Câmara de Murça promete defenderinteresse dos viticultores



O Presidente da Câmara Municipal deMurça, João Teixeira, promete “defenderos interesses dos viticultores do conce-lho”. As vinhas que, previsivelmente, se-rão alagadas, são, por ironia do destino,aquelas que foram atingidas pela “trom-ba de água” de Junho de 2004, conformenos confirmou João Teixeira que adian-tou outros efeitos da construção da bar-ragem: “Os mesmos vinhedos que foramdestruídos. pelo granizo, poderão ser sub-mersos pela albufeira”.Ao que apurámos, a futura barragemhidroeléctrica da EDP pode “dar origema 208 megawtts de electricidade.

A barragem pode trazerbenefícios, mas, também,problemas

“Se, porventura, esta barragem vier aser construída, vai submergir a via-férreada Linha do Tua e as Caldas de Santa Ma-ria Madalena, no limite do concelho deAlijó e Murça. Porventura as Caldas de S.Lourenço em Carrazeda de Ansiães, masvai, também, “afogar” a ponte da Brunhe-da, na EN 314. É uma preocupação, paranós. Neste caso concreto, tendo em con-ta os agricultores que vão ser penaliza-dos, alguns vão ficar sem videiras e agra-va-se, com o facto de muitas delas nãopoderem ser transferidas para outro lo-cal, porque, na aldeia, já não há terrenopara plantio”.João Teixeira, sem ser fundamentalistanas suas concepções, é bem claro, quan-to à defesa dos agricultores : “Este é umproblema a que o Município, especialmen-te eu, está atento. Vamos ver como é quese desenvolvem os estudos, por parte daEDP. Nós temos conhecimento da inten-ção, mas, de concreto, ainda nada sabe-mos, mas estamos vigilantes e tudo va-mos fazer, no sentido de preservar osinteresses dos viticultores, de modo quenão saiam, mais uma vez, prejudicados. Re-firo, também, que não queremos prejudi-car o próprio Município. A barragempode trazer-nos benefícios, mas tambémproblemas. Sabemos que a grande man-cha de água é enorme. Mas ainda não te-mos mais dados. Começa a preocupar-nos o desaparecimento de uma grandeárea de vinhedos, à beira do rio Tua, prin-cipalmente no limite do concelho deMurça, que, nas nossas previsões, vai de-saparecer, na ordem dos quarenta a cin-quenta por cento”.O autarca salientou, ainda, “a possívelsubmersão das termas de Santa MariaMadalena que são muito procuradas, prin-cipalmente no período de Verão. Se a bar-ragem vai trazer benefícios, para o turis-mo, segundos se crê, temos o outro ladoda moeda, com o desaparecimento des-tas termas. Neste momento, estamos aponderar naquilo que poderá vir acon-tecer. Ou seja, as vantagens e as desvan-tagens, os prós e os contras”.

Os interesses da populaçãoestão na primeira linha dasnossas preocupações

Em Sobreira, não só os vinhedos comoos terrenos sobrantes e com aptidõesagrícolas e aráveis serão afectados.“O Município vai estar, sempre, na pri-meira linha da defesa dos interesses dapopulação” – voltou a realçar. João Tei-xeira já manteve “duas reuniões, com osdirectores de produção da EDP” e exi-giu que fosse feita uma picotagem, às zo-nas abrangidas pela albufeira. “Nessas reu-niões, tenho tido o cuidado de ter semprepresente, comigo, o senhor Presidente daJunta de Freguesia de Candedo. Tenho tidocontactos com colegas de outros Muni-cípios, vamos aguardar, agora, os estudossócio-económicos do empreendimento,documento que poderá surgir, até ao fi-nal do mês de Junho, e, depois, virá o es-tudo de impacto ambiental”. O autarca,entretanto, deixa já, um recado: “ A partirda concretização dos estudos e se istofor por diante, iremos fazer com que osterrenos não sejam pagos ao hectare. Es-tes terrenos não podem ser pagos assim,em caso de indemnização que terá de serverdadeiramente capaz de poder fazercom que os agregados familiares afecta-dos tenham uma sobrevivência assegu-rada, em termos de futuro. As pessoassem vinhedos que irão fazer? E estamosa falar de escalões etários diversos. Ouseja: o que vão fazer os seus filhos e ne-tos, amanhã? São zonas de excelência,produtoras de vinho letra A e integrantena Região Demarcada do Douro”.João Teixeira aproveitou para lembraro apoio da Câmara Municipal dado aosagricultores afectados pela tromba deágua de 2006: “Foi uma luta muito gran-de que tivemos e representou, mais umavez, um exemplo da forte colaboração doMunicípio, em ajudar e colaborar na re-solução dos problemas que afectam aspopulações. Com os grandes prejuízosque houve, o Município envidou todos osesforços para reparar caminhos, pontões,acessos a terrenos agrícolas e às propri-edades, tudo isto no mais curto espaçode tempo, para que tudo isso fosse resol-vido. Na altura, foi atribuído, pelo Gover-no de então, um milhão de euros, e, pas-sado, praticamente, um ano, nósconseguimos que os subsídios agrícolasfossem pagos, já que o Governo, nestemomento, pagou à volta de 48% do deci-dido. O restante dinheiro continuamoscom a leve esperança em que possa vir aser recebido”.

A Porca é um símbolo depromoção dos produtos deMurça

João Teixeira lembrou, ainda, os traba-lhadores rurais.“Convém não esquecer que há a par-te social. Se os agricultores que tinhamvinhas foram, em parte, compensados,aqueles trabalhadores rurais que ganha-vam ao dia, esses não receberam nada”.Outro ponto de honra do Município,em fazer valer os seus direitos, em proldos viticultores, é a questão com a RealCompanhia Velha, alusiva ao rótulo daPorca.“Nós entregámos o processo a umconhecido advogado portuense, Dr. An-tónio Vilar que fez uma investigação pro-funda, a nível de situações parecidas esemelhantes, em França, Espanha e Itália.O processo já foi entregue no Tribunalde Comércio de Lisboa. Fizemos um in-ventário de todos os viticultores que, aolongo de duas décadas, venderam vinhos,para ver se encontrávamos possíveis e hi-potéticos vendedores, também, a outrasempresas. O Gabinete está a trabalhar,com o máximo cuidado e temos bons in-dicadores de que, a breve prazo, podere-mos ter novidades. A nossa luta é que ovinho seja vendido com o rótulo e com osímbolo que divulga os produtos tradici-onais de Murça, a Porca. Lamentamos queo vinho vendido pela Real CompanhiaVelha e com o rótulo em que ostenta aPorca, não seja originário do concelho.Acreditamos que vamos ganhar esta ba-talha, em prol da defesa dos interessesdos viticultores e dos produtos regionaisde Murça, entre eles o azeite
 
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por mcarvalho » 5/5/2006 23:18

Nordeste Transmontano
O comboio que partiu
, 2006-05-04


Em 1905, a abertura da linha-férrea entre Mirandela e Bragança trazia “promessas” de desenvolvimento que os transportes rodoviários “ultrapassaram”. Ficou o sentimento de perda num distrito que, em 2006, continua sem um quilómetro de auto-estrada

Carla A. Gonçalves

134 quilómetros de extensão, 250 mil travessas de madeira e balastros assentes em terra, faziam parte de um caminho que o comboio percorria entre o Tua e Bragança. A média era de quatro horas, entre estações e apeadeiros, calcorreados entre penhascos e precipícios, de um lado, e o rio Tua, do outro.
A viagem do “comboio histórico” começou em 1887 entre o Tua e Mirandela e as condições, ainda assim, eram bem melhores do que as viagens a cavalo, o meio de transporte dos senhores ricos da época. Entre Bragança e Mirandela, a linha só abriria em 1905, trazendo o progresso e o desenvolvimento. Era o sonho a realizar-se no interior: maior mobilidade, maior empregabilidade, mais movimento e mais oportunidades para o pequeno comércio da época.
O último ferroviário da empresa Comboios de Portugal (CP) na região, Valdemar Pais, recorda tempos em que os comboios andavam sobrelotados de militares que cumpriam serviço em Bragança, num quartel que também foi extinto.
“O comboio vinha sempre à pinha de militares e dos seus familiares e amigos. Havia na cidade uma alegria e vida que hoje se perdeu”, conta, rebuscando memórias dos 45 anos de trabalho na ferrovia.
Ainda que devagarinho, as locomotivas a vapor respondiam às necessidades de uma época em que, “senhoras andavam com cantarinhas de água para vender aos passageiros”. Mais tarde vieram as locomotivas a gasóle. “O povo aplaudiu e fez festa”.
A esta evolução seguir-se-iam outras, não ao nível do caminho-de-ferro na região, mas antes da rodovia.
O ferroviário recorda que, “com a melhoria das condições de vida, começou a ser vulgar ter um automóvel. As estações começaram, então, a perder passageiros”. Quatro horas para ir de Bragança a Mirandela começaram a ser muito longas. E assim o comboio, onde já o rei D. Carlos havia viajado, foi “ficando para trás”.
Os apeadeiros e estações secundárias começaram a fechar progressivamente, ditando um futuro encerramento de toda a linha.
A outra linha da região, que ligava o Pocinho a Duas Igrejas, já havia encerrado em 1984. Como esta linha apenas servia para transporte de mercadoria, o então autarca de Vimioso, Luís Mina, liderou o protocolo estabelecido e assinado entre os autarcas do distrito, o Governo Civil e o Ministério do Equipamento Social. O protocoloestabelecia a construção de uma ponte sobre o rio Angueira, entre Azinhoso e Algoso, orçamentada em 100 mil contos. O protocolo foi assinado pelos autarcas do distrito que perdiam a linha, mas ganhavam em infra-estruturas.
No mesmo ano, tendo em conta a notória redução de passageiros na linha Tua – Bragança, a CP reduz, por isso, o tráfego rodoviário. Como recompensa, e na sequência do anterior protocolo, os mesmo intervenientes – autarcas do distrito, Governo Civil e Ministério do Equipamento Social -, assinam um outro acordo para a construção da ponte sobre o rio Sabor, entre Izeda e Santulhão, orçada também ela em 100 mil contos.
Já o sul do distrito ganharia, segundo o mesmo acordo, com a construção do hipotético terminal TIR da Guarda, que melhoraria, ao nível da rapidez, o transporte de mercadorias
Um relatório da CP de 1992 descrevia que a situação havia já chegado a um ponto em que, com o incremento da circulação rodoviária e a redução progressiva do tráfego ferroviário, se tinha optado por fazer apenas “intervenções de segurança limitadas a manter a linha operacional do ponto de vista da segurança”.
À data, diz o mesmo relatório, em toda a linha havia “largos troços com afrouxamentos gravosos”. O troço entre o Tua e Brunheda era considerado “bastante perigoso”, devido ao acidentado do terreno”, e era referida a “indispensável substituição de 65 quilómetros de carris”.
Entre 1989 e 1992, a CP havia gasto 270 mil contos apenas em conservação corrente. No entanto, o mau estado da via impunha uma rápida medida.
O relatório da CP propunha então três cenários: manter as condições de circulação, reduzindo ao mínimo os trabalhos a executar, mas garantindo as condições de segurança; executar os trabalhos necessários à reabilitação; ou construir uma nova via que, em termos de viagem, pudesse competir com o IP4.
Todas as soluções envolviam grandes investimentos numa linha que já não respondia, eficazmente, às necessidades da população. Para pôr em prática a reabilitação da via eram necessários cerca de 400 mil contos. Para construir uma nova via que pudesse “competir com o IP4”, o investimento rondava mais de 15 milhões de contos.
Caso a medida fosse avançada, entre o Tua e Mirandela optava-se pela renovação integral da via, com custos na ordem dos dois milhões e meio de contos. Entre Mirandela e Bragança, construir-se-ia uma nova via que permitiria então velocidades comerciais na ordem dos 90/100 quilómetros. A viagem passava de quatro horas para duas, mas os custos eram “elevadíssimos”.
Adivinhava-se o encerramento. Surgiram, então, na sociedade alguns grupos reivindicativos que levariam o Presidente da República da altura, Mário Soares, a assumir publicamente a discordância do encerramento da linha.
Numa carta enviada, em 1992, a Luís Mina, que estava já à frente da Câmara Municipal de Bragança, Mário Soares afirmava que, “dado o valor cultural e turístico que a linha poderia vir a representar, não deveria ser encarada de um ponto de vista meramente economicista”. No entanto, o Presidente da República era também da opinião que “se o ministério que tutela a CP concorda com a decisão, fá-lo com as competências próprias e assumindo as responsabilidades que lhe cabem”.
A decisão estava já tomada quando o povo quis reivindicar, conforme conta o ferroviário. “Quando as pessoas se aperceberam do valor que o comboio podia ter para a cidade, já era tarde demais. A maior parte das estações já tinham encerrado e a situação, do ponto de vista económico e da segurança, era já insustentável”.
O comboio deu o lugar aos autocarros. Estes faziam, a cargo da CP, os mesmos troços, com os bilhetes ao mesmo preço, e no mesmo horário, assegurando, assim, o transporte das populações. Três anos mais tarde, o autarca brigantino, Luís Mina, negoceia com a CP a cedência dos terrenos para prolongamento da Avenida Sá Carneiro, até ao nó do IP4, e para a construção da central de camionagem, no local onde está actualmente.
Invocando o impacto da decisão da CP nas populações, devido ao “sentimentalismo e tradições que o comboio encerra”, o autarca invoca que o património seja conservado pelas juntas de freguesia, com a salvaguarda de não se poder demolir ou vender.
O material retirado manteve-se na secção museológica da CP que, desde há uns anos, se encontra “temporariamente encerrada”, aguardando um espaço condigno para exibir as antigas locomotivas a vapor, bem como a carruagem, com estofos de veludo vermelho, onde o rei D. Carlos viajou.
O sentimento de perda, para as gentes nordestinas, ainda hoje se faz sentir, levando a divagações, “se tivéssemos comboio, hoje poderíamos até ter uma ligação a Espanha”. Faltou, para o ferroviário, “um outro, como foi Abílio Beça, que lutasse para que o comboio não tivesse saído. Quem sabe se a situação não teria evoluído?”, questiona.
A linha entre o Tua e Mirandela continua activa, mas com prejuízos na ordem dos milhões de euros para a autarquia local. Já as estações, algumas, como a de Salsas, foram recuperadas, outras permaneceram abandonadas à espera de um comboio que, provavelmente, não volta a apitar.
 
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por mcarvalho » 18/4/2006 20:46

 
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Também quero ir.....

por mcarvalho » 7/4/2006 9:32

Empresas estão a fugir para Espanha

07/04/2006 09:02

Por causa da crise económica, do aumento dos impostos, particularmente do IVA e do preço dos combustíveis, muitas empresas espanholas, que nos últimos 15 anos se instalaram do lado de cá da fronteira, estão a ponderar o regresso a Espanha, noticia o «Correio da Manhã».

Segundo fonte da Confederação de Empresários da Galiza, "se este estado de coisas se mantiver, há umas oito dezenas de empresas que, nos próximos dois anos, devem sair de Portugal e voltar a instalar-se em Espanha". A mesma fonte acrescenta ainda que "há pelo menos umas 30, só na Galiza, que tencionavam instalar-se em parques industriais do Norte de Portugal e que já recuaram na sua decisão".

Apesar do baixo preço dos terrenos para indústria (cá custa 20 euros o metro quadrado e em Espanha chega aos 80) e de a mão-de-obra ser bastante mais barata, os recentes aumentos das taxas e impostos (a taxa máxima de IVA em Espanha é de 16 por cento) e o preço alto das energias estão a arrefecer o ritmo investidor dos espanhóis em Portugal.

No que toca aos combustíveis rodoviários, gasolina e gasóleo, que em Espanha custam menos 21 e 8 cêntimos respectivamente, o problema é contornável, já que, estando a maioria das empresas em parques junto à fronteira, há sempre a possibilidade de abastecerem em Espanha.

O problema são as outras energias, como gás e electricidade, que no nosso país são, em média, 20 por cento mais caras que em Espanha.

Até há um ano, era constante a deslocalização de empresas de Espanha para Portugal. Exemplos disso são a Gestamp, Antolín, Dalphi Metal, Dayco e Rodman, que passaram da Galiza para o Minho. Mas agora a situação inverteu-se e as autoridades galegas estão também a contribuir para o estancamento da fuga de empresas e, nesse sentido, avançaram para a construção de um grande parque industrial, a par da plataforma logística de apoio ao Porto de Vigo, com mais de 430 hectares, em Salvaterra, do outro lado do rio Minho.
 
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por mcarvalho » 7/4/2006 0:31

A linha do Tua actualmente conta com 54 km entre Tua e Mirandela. De Mirandela a Bragança já a linha morreu, em princípios da década de 90. Eram mais 79 km.
Esta linha contava com cinco circulações diárias em cada sentido no Horário de Verão de 1999. No ano seguinte, Verão de 2000, estas foram reduzidas para quatro. Durante o horário de Inverno de 2000, quase no horário de Verão de 2001, suprimiu-se uma outra circulação. Desde 21 de Outubro de 2001 que a linha do Tua passou a ser gerida pela empresa do Metro de Mirandela. Logo se mudaram os horários sem avisar ninguém, e suprimiu-se mais outra ligação. Os passageiros ficaram em terra e não voltam. Tenta-se que não sirva ninguém, o último comboio para Mirandela partia então às 11 da manhã... Em fins de Novembro de 2001, dá-se a estocada quase final: Há agora uma e apenas uma circulação em cada sentido. Horários: inacreditáveis. Um comboio parte do Tua às 11 da manhã e outro parte de Mirandela ao fim da tarde, lá para as 18...
Findou também o serviço das quase centenárias carruagens Napolitanas e das robustas Alsthom 9020. Veio o material do Metro de Mirandela. Com baixa capacidade, o que obriga o passageiro a viajar de pé (como no troço da Linha do Douro entre Régua e Pocinho) e não tem casa de banho. E a viagem ainda demora uma hora e meia.
Vale tudo para fazer com que realmente não haja passageiros.

Ps comprava-se um bilhete para a Brunheda e dávam-nos um para o Cartaxo.. Depois a estatística refere que não passageiros na linha do Tua mas, muitos para o Cartaxo

abraço
mcarvalho
 
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Amigo Kostta

por mcarvalho » 4/4/2006 23:24

mas, é isso que está a acontecer...
Cimentaram as estradas... para permitir a centralização nas grandes cidades e sobretudo no litoral... veja-se por exemplo... CTT, Hospitais, EDP, Delegações regionais, empresas, combóis e etc e..., depois as pessoas..
Quando a linha do Tua foi contruída , no sec XIX,
demorava-se no combóio a vapor e com toda a comodidade , 8 horas do Porto a Bragança...
As ultimas viagens demoravam 10 a 12 horas trantano as pessoas como animais.. Uma das ultimas pessoas a fazer a vigem foi o Dr Mário Soares ... em campanha eleitoral.. que prometeu que aquela linha nunca fecharia mas, passado muito pouco tempo fechou o troço Mirandela Bragança...
Os combóios além das pessoas que, viajavam com toda a comodidade transportavam mercadorias , como vinho, azeite e os mimos da região
e os materiais , mercearias, sal e outros do litoral.
Muitas das estações da linha do Tua eram de 1ªClasse.
Vou ter de sair
um abraço
mcarvalho
 
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por mcarvalho » 4/4/2006 23:02

linha do Tua é outra ligação ferroviária que o Ministério das Obras Púbicas pretende encerrar até 2010. É o único caminho-de-ferro existente no distrito de Bragança. Se encerrar, Trás-os-Montes desaparece do mapa das ligações ferroviárias nacionais. A circulação é actualmente assegurada por quatro composições do metro de superfície, que viajam entre o Tua e a cidade de Mirandela.

Para o autarca local esta é mais uma frente de batalha com o Governo, porque vê assim ultrapassado o desejo de constituir uma sociedade que explorasse essa linha. Uma empresa reclamada por José Silvano há mais de oito anos, da qual fariam parte as cinco câmaras municipais, cujos concelhos são atravessados pela via férrea, a CP e a Refer.

O presidente da câmara de Mirandela considera estranho o anúncio do Governo já que "tem outras formas de viabilizar a linha sem ser com o encerramento". O autarca recorda que há sete anos as câmaras e a CP apresentaram à administração central uma solução que "só tinha 300 mil euros de custos por ano, mas não aceitou".

A decisão anunciada pelo ministro das Obras Públicas pode pôr também em causa a continuidade do próprio metro de superfície de Mirandela. Sem o troço até ao Tua, a circulação far-se-á apenas em quatro quilómetros, entre a cidade e a freguesia de Carvalhais.

O fim da linha do Tua parece estar associada à vontade de, em 2010, o Governo iniciar a construção de uma barragem na foz do rio. A albufeira vai provocar a submersão de parte do caminho-de-ferro.

O presidente da câmara de Mirandela, José Silvano, acredita que este problema vai motivar uma frente comum entre vários municípios para a realização de um conjunto de protestos. Se o cenário se confirmar "a população tem de ir para a rua dizer que não conta nada para o Governo" caso contrário, a região "fica condenada a ficar sem qualquer ligação ferroviária entre o interior e o litoral".
 
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por kostta » 3/4/2006 23:34

rentabilidade?????? nem tudo pode ser só dinheiro
nao seeria mais facil destruir o interior do pais (por exemplo cimentando todo o solo) obrigando toda a população a viver no litoral?
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linha do Tua

por mcarvalho » 3/4/2006 22:33

 
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só espero é que

por mcarvalho » 3/4/2006 15:15

os vários ministérios estudem a sua própria rentabilidade, a rentabilidade da Assembleia da Républica e dos seus deputados, a rentabilidade dos vários orgãos de soberania e interesses do Estado..CP, TAP Etc e quando fecharem a linha do Tua
os fechem também ... Talvez Fechem primeiro a sua quinta ou seja o nosso país..

um abraço
mcarvalho
 
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está a estudar a rentabilidade das linhas.

por mcarvalho » 3/4/2006 15:10

ACTUALIZAÇÃO (30-03-06)

O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações já se pronunciou sobre esta situação, e negou a intenção de encerrar as linhas ferroviárias. Em comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério diz que a decisão ainda não está tomada e que no momento a CP está a estudar a rentabilidade das linhas.
 
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Parece mentira...

por mcarvalho » 3/4/2006 15:09

Parece mentira...


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OPINIÃO Publicado 3 Abril 2006 13:59
Sérgio Figueiredo
Parece mentira...
sf@mediafin.pt
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Há um país que, em matéria de contas públicas, se apresenta com duas maleitas crónicas: o défice e a mentira. Somos nós. Devemos e mentimos. Ou, melhor, todos os Governos deixam a República mais endividada, mas só um é mentiroso: o anterior. Os aldrabões estão sempre no Governo anterior.
Ao longo dos anos mais recentes, o cidadão até foi despertando para a crise orçamental. E para a inevitabilidade de alguém ter de lhe colocar um fim. Surgiram os sacrifícios. E uma certa dose de tolerância popular.

A troca de números e o jogo do «empurra» produziu um efeito perverso: não resolveu a crise e, o que é mais grave, descredibilizou as formas de a atacar.

O cidadão estava farto da conversa do défice e até agradece que ninguém toque do assunto. Está a pagar impostos a uma escala que nunca pagou. Uma inglória procura pela tal «vida além do défice» que, um dia, o doutor Sampaio lhes anunciou.

Também este Governo deliberadamente retirou as finanças públicas do debate nacional.

E, particularmente este ministro das Finanças, depois de um Orçamento tão elogiado, recusa associar à crise orçamental as medidas profiláticas que vai introduzindo na administração pública.

Foi assim no Simplex. Foi assim no PRACE. Tem sido assim em quase tudo. Desaparecem papéis e organismos, mas não há um único exercício de quantificação. Quanto se poupa? Quantas pessoas vão ficar sem trabalho? E quantos transferidos? Nada. Nada consta.

Portugal não inventou a guerra à burocracia. Mas este Governo acredita que está a declarar a única guerra que não irá fazer cair uma única vítima. Parece mentira... ou é uma guerra a fingir.

Mesmo sem querer, Teixeira dos Santos tropeça semestralmente no défice. A cada reporte dos excessos a Bruxelas, vê-se obrigado a actualizar o número. Agora, sem mentiras. O país ganhou transparência. Perdeu em realismo.

Sexta-feira foi anunciado um dos maiores défices da democracia. Seis por cento do PIB. Uma vitória! O ministro estava triunfante, porque cumprira o objectivo. Chega a ser patético, um país celebrar uma desgraça daquele tamanho.

Ninguém pede que um ministro se demita quando a despesa pública derrapa mil e quinhentos milhões de euros — mesmo que a derrapagem seja sua e aconteça em meses. Nem sequer um pedido de desculpas. Bastava inconformismo.

Mas não. Vejam bem, é um descontrolo do seu tempo. Não de outro Governo. Nem sequer do outro ministro deste mesmo Governo. E a mensagem quem passa é absolutamente inaceitável: «estamos satisfeitos».

Nós não. A crise orçamental é a mesma de sempre e ainda lá está. Tem raízes conhecidas e o ministro conhece pelo menos uma, pois avisou que está a acabar o dinheiro para os reformados.

Não se espera ver um ministro das Finanças anunciar na quarta-feira a extinção de 187 organismos públicos e, na sexta, fingir que está a controlar a despesa. Não está. E não é coerente.

Se corta estruturas, tem de saber quantas pessoas lá trabalham — e não sabe. E tem de deslocá-las para serviços onde falta de pessoal — que ele não sabe quais são. Os que sobram, tem de colocá-los num quadro de excedentes — que o seu secretário de Estado diz agora não ser prioritário.

Oito anos, seis ministros e quatro secretários de Estado depois, o país ainda não sabe quantos funcionários públicos existem. Haverá reformas e finanças que resistam a isto. Parece mentira... afinal é só impunidade.
_________________
• Um barco no porto está seguro, mas não é para ficar no porto que se constroem barcos!"
William Shedd
 
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mais um site

por mcarvalho » 3/4/2006 0:35

 
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mayan

por mcarvalho » 2/4/2006 23:57

Desculpa só agora responder mas, estive ausente

Este tópico só pretende alertar para uma realidade..
neste momento e neste país nada interessa.. nada tem valor,... não valem os principios, os fins não se sabe .. não há objectivos... defende-se o aborto e o controle da natalidade e lamenta-se a ausencia de nascimentos , estimula-se a malandrice e, depois lamenta-se a falta de produção e o desinteresse pelo trabalho, estimula-se uma vida social activa e lamenta-se a falta de responsabilidade familiar, estimula-se a defesa das minorias.. homossexuais, drogados, sidosos, negros, chineses, etc etc etc.. concordo mas, e as maiorias ...quem as defende.?..
Se vou de urgencia ao hospital ou um bébé mesmo que estejamos muito mal, basta chegar um garoto qualquer aos berros e a gritar que é" [u]tóxico-independente"[/u] para ir à frente , apesar de eu estar com uma pancreatite aguda e o bébé com uma pneumonia;
e,... comigo não podem ir acompanhantes , apesar da gravidade da situação mas, com o cigano que apanhou uma borracheira vai a família toda e com direito a estacionamento das carrinhas acabadas de vir da feira , com a ajuda do polícia , no lugar das ambulancias...
Caros amigos ,hoje não nos preocupamos com os outros, não ajudamos o desgraçado , não acreditamos em nada, no presente e no futuro fruto dum, passado recente para esquecer.até que quando precisamos..
Fomos um país onde todos criticavam o nada acontecer... tudo era certinho e tudo era bom e, de
um momento para o outro ..somos os piores em tudo!!!
Eramos o país do Deus Patria , Família e Futebol ao domingo e passámos a ser o país sem Deus, sem Patria e sem Famíla mas, felizmente mantemos o futebol.
O Que´e estrangeiro é que é bom...recordo-me do azeite de Espanha ...que maravilha!! (Feito de óleo queimado dos motores dos automóveis.. importámos toneladas e exportámos , de borla a porcaria do nosso que era puro...!! Puro , que porcaria .. ( como a miuda virgem aos 16 anos... já não presta .. se não serviu para os outros... também já não serve para mim...
Enfim... imnportámos tudo o que era fácil e mau para sermos piores que os estrangeiros que tanto invejavamos só que agora já nao somos orgulhosamente sós estamos humilhadamente sós..e,
, A linha do Tua vem no contexto... Destruí-la é uma afronta aos idealistas, visionários , heróis, enfim, Homens a sério que a contruiram...
Linha conhecida dos estrangeiros e pouco dos Portugueses e ... considerada a quinta linha mais bonita do Mundo ( pelos estrangeiros) .
" Mal vai o povo que não preserva a memória dos seus antepassados"

Evolução sim..mas, para melhorar..não para destruir

um abraço
mcarvalho
 
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:(

por TheMayan » 31/3/2006 11:53

Tb estou de acordo. De facto encerrarem a linha assim (mas já há alguns anos vem a fazer essa tentativa!)....
Se houvesse possibilidade de reconversão.. seria concerteza uma melhor opção.

Outra coisa... que a linha seja ecológica, no bom sentido do termo, não sei se será!
Na verdade, se bem me recordo, as maquinas são movidas a Diesel... Isto na chamada "linha estreita" (Tua-Mirandela) que é exactamente umas das que pretendem desactivar...
Cumprimentos,
TheMayan

"A Verdade é Brevissima o resto é explicação".

"Qualquer comentário que faça nunca poderá ser visto como uma recomendação para alienar ou adquirir um determinado título. Deverá ser visto como uma mera opinião pessoal."
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J Pinto

por mcarvalho » 31/3/2006 11:35

obrigado

um abraço
mcarvalho
 
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