Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[mcarvalho]

Nem me vou dar ao incómodo de ler tudo o que escreveu
porque já percebi que nasceu fruto de uma atitude , simplesmente biológica e casual e não fruto de uma atitude consciente, moral, religiosa ou outra coisa qualquer que queira chamar.. Para si nascer ou urinar é a mesma coisa.

[Jim Beam]

Jim Beam, aumentar o abono de família é simples.

Mas obviamente depois também é necessário aumentar o IRS, ou o IVA, ou o ISP, ou o IA, ou o Selo, ou o IMI, ou a Taxa Social ùnica, ou o Selo do Carro.

Para pagar o aumento do abono de família.

A coisa é tal e qual como disse no segundo post: é igual penalizar ou incentivar, alguém tem que pagar, só pode é ser diferente quem paga.

O modo mais justo é o que a Pata constatou em Singapura: dentro do possível, cada um paga o seu.

Incognitus,
Olha bem para este tópico todo e vê lá se não tenho razão no que disse anteriormente: está tudo a discutir se é correcto ter mais ou menos filhos e esse tipo de questões existenciais e ninguém discute a verdadeira realidade dos factos. O governo vai aumentar o IRS. O mesmo governo que prometeu não aumentar os impostos, e que mal tomou posse aumentou logo o IVA e o imposto sobre o petróleo e vem agora aumentar o IRS.
Esta é uma forma inteligente de trabalhar (por parte do governo). Isto faz-me lembrar a forma como lidou com as actualizações salariais o governo anterior, ao dar apenas um aumento de um por cento aos trabalhadores que auferiam menos de mil euros. No meio da confusão de ser uma medida justa ou não ninguém se queixou de levar aumentos abaixo da inflação....
Enfim, o povo deixa-se enganar facilmente e os governos aproveitam...

[Dwer]

Nota importante: ter filhos não é uma opção racional; é um imperativo biológico, que a cultura e a religião apenas reflectem (e, muitas vezes, agravam).

Essa agora. Então os dois que tenho são produto da biologia e não da minha vontade. Sugiro uma revisão a essa teoria.

Enveredar por uma estratégia de promoção da natalidade quando se sabe (há muito, muito tempo) que a maior parte dos problemas do planeta estão directamente relacionados com o excesso de população humana é suicídio.

O problemas da Europa, dentro de pouco tempo vão ser provocados pela baixa natalidade. E também gostava de ver uma demonstração dessa tese, afirmada desde os tempos de Malthus, que o grande problema é sobrepopulação. Segundo Malthus a espécie humana já estava extinta há muitos anos.

Olhem para as estatísticas e reparem bem quais são os países com populações “jovens” e qual o respectivo grau de desenvolvimento.

China? Indía? As próximas potências globais? Aconselhava, também aqui, algum comedimento.

[Mrs Bird]

Se o Governo está realmente preocupado em arranjar mais contribuintes, sugiro uma medida bastante simples: legalizem todos os imigrantes.

Abram as portas da cidadania à mão-de-obra que já se encontra a trabalhar (embora ilegalmente) em Portugal.

Não será necessário esperar vinte anos, nem gastar dinheiro em fraldas ou investir na qualificação dos futuros doutores desempregados. Estes trabalhadores são ready-to-use; os verdadeiros contribuintes plug’n play.

[Mrs Bird]

Quando anunciou as medidas demagógicas para a promoção dos contribuintes do futuro, o Governo devia ter igualmente anunciado quais as probabilidades de arranjar emprego que esses “futuros pagadores das nossas reformas” terão quando atingirem a idade adulta. Não serão mais uns milhares a engrossar as filas nos centros de emprego? Não serão mais uns milhares a serem suportados por aqueles que irão continuar a contribuir até atingirem a provecta idade de 70, 75… 80 anos?

Ou estaremos já em território de milagres? Pomo-nos a fazer criancinhas e miraculosamente tudo fica bem: acabam-se os problemas de desemprego, acaba-se o défice orçamental, acaba-se a crónica falta de competitividade das nossas empresas…

Não pretendo aqui contestar o direito à reprodução de cada um, mas é-me realmente difícil aceitar a utilização deste argumento como panaceia e desculpa para a fraca capacidade de gestão que os nossos governantes têm demonstrado.

É claro que o Governo não tem razões para se preocupar: depois deste maravilhoso apelo à irracionalidade, poderão descansar durante algum tempo sem terem de responder a qualquer contestação… Afinal, não vêm aí o Mundial? Alguém quererá discutir Economia Política quando pode ficar colado à televisão, a torcer pela selecção Tuga, e voltar a colocar bandeirinhas nas janelas da casa e do carro?

[Mrs Bird]

Nota importante: ter filhos não é uma opção racional; é um imperativo biológico, que a cultura e a religião apenas reflectem (e, muitas vezes, agravam).

Considerar a reprodução como obrigação social ou religiosa não passa de uma tentativa de racionalizar um processo cuja lógica se situa numa área que evitamos abordar:
a reprodução desenvolveu-se para promover a eternidade dos genes e apenas isso.

Enveredar por uma estratégia de promoção da natalidade quando se sabe (há muito, muito tempo) que a maior parte dos problemas do planeta estão directamente relacionados com o excesso de população humana é suicídio.

Olhem para as estatísticas e reparem bem quais são os países com populações “jovens” e qual o respectivo grau de desenvolvimento.

A razão maior das proles numerosas do passado residia nas altas taxas de mortalidade infantil: como acontece com qualquer outra espécie, os seres humanos tinham muitos filhos porque sabiam que poucos conseguiriam sobreviver e chegar à idade reprodutiva.

Anunciar medidas de beneficiação/penalização fiscal dos contribuintes com base na respectiva prole é pura demagogia.

Leituras aconselhadas: “O Gene Egoísta” de Richard Dawkins; “O Fim do Petróleo – O Grande Desafio do Século XXI” de James Howard Kunstler.

[rnbc]

Por uma questão de coerência contabilistica devia ser aumentado o abono de familia para valores decentes e depois aumentavam-se os impostos também.

Senão andamos a fazer contabilidade criativa, o que depois leva a imensos problemas na correcta contabilização das despesas e receitas.

Aliás, um dos factores que levou ao descalabro actual das contas públicas foi esse mesmo.

[Mrs Bird]

estimularmos os casais a terem filhos, preferencialmente sem ser a troco de dinheiro mas, por ser essa a obrigação e preocupação de qualquer ser vivo

Perdão??? Ter filhos deve ser obrigação e preocupação de qualquer…? Ainda bem que a expressão usada foi “ser vivo” e não “ser humano”.

No que respeita aos alegados imperativos morais e sociais da paternidade/maternidade, propalados por tanta gente, apenas aceito a moral daqueles que, podendo ter filhos, decidem adoptar crianças, independentemente das suas idades ou raças. Esses, sim, podem afirmar que decidiram ser pais por estarem preocupados com o futuro da sociedade. Esses, sim, serão os tais “seres vivos” melhores.

Todos os restantes fazem as suas criancinhas porque os genes assim o ordenam.

Compreendo que seja difícil aceitar esta verdade. É mais fácil achar que temos filhos porque é nossa obrigação social, moral… porque é assim que faz toda a gente.

Bem, na verdade, nem toda a gente faz assim, mas, a esses, parece que será o Governo a aplicar um correctivo.

[Incognitus]

Jim Beam, aumentar o abono de família é simples.

Mas obviamente depois também é necessário aumentar o IRS, ou o IVA, ou o ISP, ou o IA, ou o Selo, ou o IMI, ou a Taxa Social ùnica, ou o Selo do Carro.

Para pagar o aumento do abono de família.

A coisa é tal e qual como disse no segundo post: é igual penalizar ou incentivar, alguém tem que pagar, só pode é ser diferente quem paga.

O modo mais justo é o que a Pata constatou em Singapura: dentro do possível, cada um paga o seu.

[Braganext]

o meu ponto de vista a medida é correcta, ao contrário de muitas outras deste governo. Aliás esta medida, embora aparece com o argumento de poder aumentar a natalidade ela só vem é tentar corrigir a falta de apoio que todos os governos anteriores deram ao pais. Agora falta verificar em concreto esta e outras prometidas. Como é exemplo a avaliação e valorização dos funcionários públicos.

[Jim Beam]

Na minha opinião o que o governo quer mesmo é aumentar os impostos, pois a esmagadora maioria dos casais (ou não casados) tem 2 ou menos filhos. Este tipo de medidas é inteligente, pois dissimula o verdadeiro objectivo e redirecciona as polémicas noutras direccões...
Obviamente que quem tem filhos deveria ser apoiado. E quem tem mais filhos devia ser mais apoiado. Mas pensem lá bem... porque mexer no IRS para ajudar esses pais ??? Não seria muito mais simples aumentar o abono de família ??? Não é para isso que ele serve ???
E com isto tudo vão aumentar o IRS e o povinho nem vai dar por ela...

[vitoria]

isto nao tem jeito nenhum. Não tenho condições para ter filhos e o estado ainda me quer penalizar mais por isso.

Espero que brevemente alguem deite uma bomba no parlamento. Estou farta deste governo que não faz nada de jeito.

[mcarvalho]

a colega é " uma santa mulher "

retribuo a beijoca

e, se já te admirava passei a venerar-te
felicidades para ti e teus e, continua...

mcarvalho

[scpnuno]

Tenho tres filhos... graças a Deus , a mim e à minha
santa mulher

Caro colega - a parte da "santa mulher" acabou de lhe garantir uma beijoca minha a da Pata na 1ª oportunidade. Para mal dos nossos pecados, voçês só reconheçem que somos "santas mulheres" quando os filhos estão formados..mas mais vale tarde que nunca.

Quanto ao resto, sabe do que estou a falar.. eu tenho uma escadinha deles, que vai desde um na universidade a um que ainda vai para a escola primária. Há 20 anos que não como um bife, sem ter que cortar outro em bocadinhos para alguém..

Abraços

[mcarvalho]

e, por ter os filhos... fui gozado...se , não tinha televisão, se não dava um nó na ponta, para que serviam os anti concepcionais... eu tinha televisão, mas o prazer dos outros não me divertia... ia mais cedo para a cama em vez de ficar a ver o 17

e, ter tres filhos significa, para quem não faz ideia, muitos sacrificios em todos os aspectos..

um abraço
mcarvalho

[mcarvalho]

Tenho tres filhos... graças a Deus , a mim e à minha
santa mulher... nunca fui beneficiado em termos monetários, a não ser no abono de família que não chegava para as fraldas, dois estão formados e atrapalhados pois o que vão arranjando é precário e
eu vou-os ajudando naquilo que posso pois, não sou dos de abandonar a família e o outro continua a estudar.. fui sempre empregado por conta de outrém e sempre me foi descontado o que era de lei... tenho a consciencia tranquila...
um abraço
mcarvalho

[scpnuno]

Pagar os filhos dos outros?
Vejamos, o casal A sem filhos e o casal B com 3 filhos. Para facilitar a coisa, os rendimentos são iguais de ambos casais. Têm o mesmo ordendado, os mesmos descontos, o mesmo tratamento, pagam água, luz, gaz, etc pelos mesmos escalões. Mas o casal B deixa um dos ordenados no ATL dos filhos (já nem falo em colégio, as crianças vão á escola publica). Mas para que os pais trabalhem, há que haver onde as crianças fiquem no tempo em que não há aulas. Há as actividades (que os pais não fazem para as proporcionar aos filhos) - piscina, informatica, um desporto. Há a roupa que milagrosamente deixa de servir cada 6 meses ..os sapatos ...o material escolar... a comida para 5 e não para 2 ..e tanta coisa mais. O estado dá, com jeitinho, 80 €, por mês para a ajuda. Os descontos fazem uma diferença minima, cerca de 5€ por descendente, logo o casal B desconta menos 45€ que o A e recebe 80€. O que prefaz 125€. Ter filhos, hoje em dia, é uma opção financeiramente dificil, e muito pouco compreendida. Será que finalmente alguém acordou? Porque alguém vai ter que pagar as reformas dos que agora optam por ter ou não filhos.
Esses 3 filhos irão, quando productivos, pagar a reforma dos que já não produzem, e que serão, por igual e com reformas iguais os 4 membros dos casais A e B.

Não, não vão pagar os filhos dos outros. Os filhos dos outros é que vão pagar aqueles que não têm filhos.

Abraços

[mcarvalho]

amiga Pata

concordo contigo

a resposta foi para o incógnitus que sugeriu que todos pagariamos ou seja era a mesma coisa penalizar
ou incentivar;

Eu sou apologista do incentivar... se estimularmos os casais a terem filhos, preferencialmente sem ser a troco de dinheiro mas, por ser essa a obrigação e preocupação de qualquer ser vivo, melhor....
Agora, quem tiver filhos continua a pagar os mesmos impostos e, quem não tiver paga mais????!!!! ..isto é mesmo teoria dos abortistas e dos mesmos que até aqui tudo fizeram para diminuir a natalidade e agora esses mesmos sentem-se entalados porque não têm quem continue a trabalhar por eles e para eles ...

bjs Pata
mcarvalho

[Pata-Hari]

Já agora, isto lembra-me algo que queria trazer como tema para o fórum desde as minhas ultimas férias. Estive em Singapura e voltei em absoluta admiração. Sabiam que o sistema deles de reforma funciona de modo semelhante ao nosso a nível de parte de rendimento descontado mensalmente (cerca de 20 e tal por cento pelo empregado e mais não sei quantos por cento pela entidade empregadora). A grande diferença é que esses montantes são alocados, a um fundo pessoa para cada um dos habitantes. Ou seja, os meus 30 e tal por cento mensais ficam investidos em meu nome para serem no futuro usados para me pagarem a minha reforma. Os fundos podem também ser usados para compra de habitação própria. Se a pessoa em causa abandonar o país, deixar de ser residente, o seu fundo pessoal é-lhe totalmente entregue. Ou seja, cada um trabalha para si próprio e não há nunca o problema de se pagarem a outros algo que nunca iremos usufruir (que é certamente o que acontecerá a quem desconta hoje).

Houve imensas coisas que me deixaram em profunda admiração por aquele pequeno e espantoso país.

[Pata-Hari]

mcarvalho, se calhar é o contrário. Se pensares que são esses filhos que te vão pagar a tua reforma (possivelmente por muito mais do que descontaste a vida inteira) e que foram criados por pais que investiram uma vida e a maior parte dos seus recursos financeiros neles... se calhar chegas à conclusão de que são esses pais e mães quem te estão a pagar a ti.

[mcarvalho]

Incognitos... vamos ter de pagar ... os filhos dos outros.. os TgVs dos outros,... os aeroportos para os outros.. as autoestradas para os outros...
um abraço
mcarvalho

[Incognitus]

mcarvalho, beneficiar casais com filhos é igual a penalizar casais sem filhos.

É que, sabes, como o dinheiro do Estado não nasce nas árvores e tem que vir de algum lado, essa conclusão é inevitável.

[mcarvalho]

Porque não ....beneficiar os casais com filhos???

E, que responsabilidade têm todos os que incitaram à não procriação???

um abraço e.. bom fim de semana a todos
mcarvalho