Caldeirão da Bolsa

O Estado actual da Bolsa & A Realidade da Bolsa

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por tiopatinhas » 4/5/2006 16:30

Gostei imenso do artigo :clap: .
Muitos parabéns :clap: e, pode continuar que está no caminho certo.
Por vezes nós, pequenos investidores, esuqecemos determinadas máximas que é necessário ter presente e... é bom lembrarem-nos.´
Um abraço de Parabéns :wink:
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por Patrícia M. » 4/5/2006 15:39

Gostei. Felizmente que regressaste sem aquela visão apocalíptica do Verão de 2004 quando dizias que as Bolsas todas estavam à beira do precipício!

Jinhos
Tixa
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por MarcoAntonio » 4/5/2006 15:19

Excelente «regresso», profitaker.
:wink:
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por nikopol » 4/5/2006 15:12

... Ganhar dinheiro na bolsa, não é nada fácil ...


Eu diria mais: é extremamente dificil chegar ao ponto de ser fácil.

Artigo de alto calibre. Espero mais intervenções.

Bons negócios.
Nikopol
 
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...

por Negocios Mendes » 4/5/2006 14:55

Boas tardes,

já tinha lido o artigo de manha e ia adicionar alguns comentários, mas entretanto o Caldeirao "foi abaixo" e nao pude escrever nada.

Excelente artigo de facto. Reflecte muito bem o estado de espirito dos investidores, possiveis reaccoes, "feelings", etc... quando investem em accoes.
Mas isto é uma discussao que dava pano para mangas.
Por exemplo, deveriamos considerar uma pessoa como um enorme mundo onde todas as variáveis sao possiveis, levando a que essa mesma pessoa actue de uma forma ou outra. Passo a explicar: nao consigo forcar pessoas a que este ou aquele é o melhor metodo de investimento. Eles ate podem ouvir mas a decisao depende do risco e personalidade de cada um.
Nem vou alongar muito porque nao vale a pena... mas é apenas um tópico que dava para uma tese de doutoramento.


Cumprimentos,
Alex Tomás
"Rico nao é aquele que muito tem, mas sim aquele que menos necessita". Nao sei quem foi o autor... mas gostei e por isso está aqui.
 
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por Açor3 » 4/5/2006 14:50

Muito bom mesmo,felicidades e bons negócios. :wink: :wink: Um abraço do meio do Atlântico.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
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por Ulisses Pereira » 4/5/2006 14:47

Muito bem escrito.

Um abraço e parabéns,
Ulisses
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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por The Mechanic » 4/5/2006 14:14

:clap: :clap: :clap:

Muito bom artigo Profitket !

Digno de ir para a página principal do Caldeirão .

Excelente análise , a ler não só por quem é novato nestas andanças ...


Um abraço ,

The Mechanic
" Os que hesitam , são atropelados pela retaguarda" - Stendhal
"É óptimo não se exercer qualquer profissão, pois um homem livre não deve viver para servir outro "
- Aristoteles

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por qazwsx » 4/5/2006 14:07

muito bom artigo, espero que muita gente o leia porque vale a pena :clap:

Bons negócios
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O Estado actual da Bolsa & A Realidade da Bolsa

por Profitaker » 4/5/2006 3:43

A bolsa não é o El Dorado, nem a "àrvore das patacas" que por vezes, as pessoas pensam dela. Existe também elevado risco de perda na bolsa. A bolsa está sujeita a ciclos de longo-prazo de alta e de baixa continuada dos preços que se alternam entre si. Neste momento, assistimos efectivamente ao desenrolar de um ciclo de alta na nossa (e nas outras) bolsas que já dura pelo menos desde 2003 e que já a fez valorizar perto de 100% apartir dos mínimos desse ano. Só neste ano de 2006, a bolsa já valorizou perto de 25%, e é natural que isso estimule o interesse dos investidores na medida em que esses ganhos estão muito acima daqueles que são proporcionados pelos depósitos a prazo. Estes são os factos do domínio comum.

Mas também existem os factos que escapam ao pequeno investidor, ou então, que estes têm tendência a esquecer ou a menosprezar, pois encontram-se de tal forma ofuscados pela promessa de avultados benefícios que menosprezam os riscos envolvidos (na gíria dizemos que estão a ser únicamente movidos pela "greed"). Um desses factos é o de que as subidas na bolsa não duram para sempre. Todos os ciclos têm o seu início, o seu meio e o seu fim, e neste momento, na melhor das hipóteses estamos talvez no meio de um desses ciclos de alta, e na pior das hipóteses, já estariamos perto da sua maturação, mas o que já não estamos de certeza, é no início desse ciclo de subida. Qual a implicação imediata disto? Simplesmente que, o pequeno investidor, (que geralmente tem um horizonte de médio a longo prazo de investimento e) que apenas agora inicia a sua aplicação na bolsa, está em geral, a partir em considerável desvantagem em relação aos investidores que já entraram no início desse ciclo de alta e que já se encontram agora a ganhar substancialmente. Portanto, quando este ciclo de alta chegar ao fim e se inverter, serão estes investidores tardios, os primeiros a sofrer com as quedas, pois têm poucos ou nenhuns lucros acumulados até ao momento para tolerar uma prolongada descida dos preços. Os investidores pioneiros, pelo seu turno, como já possuem lucros confortáveis após as recentes subidas, podem agora tolerar algum tipo de queda nos preços, enquanto esperam por uma confirmação acerca da natureza dessas quedas, isto é, têm mais facilidade em optar por assistir temporáriamente ao sacrificio de uma parte dos seus lucros obtidos até ao momento, enquanto esperam para obter a confirmação se estas quedas se tratam de uma mera correcção temporária (um normalíssimo sub-ciclo de descida de curto-prazo [alguns dias de quedas] inserido dentro do ciclo de alta de longo prazo) ou se estas quedas se tratam realmente do prenúncio de uma inversão completa do ciclo de longo-prazo de subida dos últimos anos. Esta confirmação pode por vezes demorar algumas semanas até se tornar perfeitamente aparente. E nessa altura, se o pior se confirmar, podem então decidir com relativa tranquilidade, encerrar as suas posições ainda com um lucro substancial. Os investidores tardios por seu turno, já não possuem este espaço de manobra, e quando os preços começam a cair logo após a sua estreia de entrada no mercado, usualmente entram em pânico e tomam finalmente consciência de todos aqueles avisos de que a bolsa realmente também pode cair e sofrer períodos de queda igualmente longos. No início das quedas contudo, é normal assistir nestes investidores destreinados, os efeitos de descrença, optando por ignorarem e desmentirem para eles próprios o que está a acontecer, pois ninguém gosta de vender a perder, e então, "casam-se" com essas posições perdedoras, esperando, fazendo fé numa retoma das subidas. Nesta altura do ciclo descendente, já estarão psicológicamente vencidos, ou então, meramente a confiar na sorte. Este é o padrão típico do que acontece com os pequenos investidores na bolsa, particularmente os que se estreiam nela, e é um padrão repetitivo que se observou em muitos ciclos da história das bolsas.

Outro factor recorrente e que faz parte da natureza dos ciclos de subida e descida de longo prazo dos mercados financeiros e que muitas vezes escapa à consciência dos investidores inexperientes, é que os pequenos investidores geralmente entram no ciclo de subidas da bolsa, já nas suas fases tardias, e é natural que isso aconteça, pois é nesse momento que os media e os agentes financeiros fazem um maior eco e publicidade acerca dos ganhos mirabolantes que os investidores pioneiros estão a obter diáriamente na bolsa. Isto vai criar nas massas, um efeito contagiante que mistura o entusiasmo com a ganância intrínseca da natureza humana, efeito esse que se vai alimentar de si próprio durante algum tempo, se ainda por cima, isto estiver associado a uma escassez de alternativas de investimento devido às baixas taxas de juro vigentes, então serão poucos os que não se deixarão seduzir pelas promessas da bolsa. As subidas criam um entusiasmo, e o entusiasmo atrai cada vez mais pequenos investidores que trazem novo capital ao mercado e que voltam a alimentar essas mesmas subidas, o que por sua vez cria novo entusiasmo, e nova publicidade para a bolsa, É um efeito de "bola de neve", que vai acelerando o próprio ritmo das subidas. O ciclo de alta prossegue apesar de os preços das acções estarem demasiado altos relativamente ao valor intrínseco das empresas, pois todas as equações económicas que servem para fazer essa ponderada avaliação são desprezadas nesta altura - as pessoas, leigas, compram simplesmente porque toda a gente está a comprar e porque as cotações não páram de subir, sem se questionarem muito acerca disso - mas os ciclo eventualmente chega ao fim quando se começa a esgotar o fluxo de dinheiro fesco a entrar no mercado, por outras palavas, quando começa a esgotar o número de novos pequenos investidores a entrar no mercado, talvez porque todos já lá estejam! E é quando já não resta mais ninguém para alimentar esta subida do mercado, que este finalmente sucumbe. As quedas acontecem quando há mais ofertas de venda do que ofertas de compra. Os investidores pioneiros, por seu turno, aproveitam estas grandes subidas das cotações para se desfazerem dos seus títulos, vendendo-os aos investidores tardios a um preço elevado, e recolhendo chorudos lucros, enquanto os investidores tardios ficam entregues a uma situação muito desconfortável e perigosa, apesar de só se aperceberem disso tarde demais, quando o seu sentimento de euforia der lugar à preocupação, depois ao medo e finalmente ao desespero e ao pânico resultante de ver as cotações descerem todos os dias. É nestas alturas de pânico das massas, que os grandes e sábios investidores estarão activos, voltando a comprar os títulos do grande público assustado, a um preço muito mais baixo. Este é o real mecanismo, a verdade por detrás da ilusão de aparente facilidade de ganhar no "El Dorado" da Bolsa.

E em que ponto estamos agora no ciclo de subida das bolsas?

É de recordar que estas subidas, medidas pelo índice principal da nossa bolsa, o PSI-20, lograram recuperar metade das perdas resultantes depois do longo ciclo de descidas provocado pelo colapso das acções da chamada "nova economia". Isto é, as quedas que se registaram desde o ano 2000 quando o índice PSI-20 estava nos 15.000 pontos até ao valor mínimo de 5.000 pontos atingido em meados de 2002, foram entretanto minoradas com a recente recuperação do índice de volta ao actual nível dos 10.000 pontos (isto é, cerca de 100% de valorização). Para responder à questão sobre quais as prespectivas da continuação destas subidas, é importante recordar que, o que tem alimentado estas subidas têm sido factores excepcionais como a fraca alternativa que são as baixas remunerações dos depósitos a prazo, e mais recentemente, a onda de fusões e aquisições entre as maiores empresas portuguesas, que no entanto, poderá já estar perto de esgotada tendo em conta que os principais sectores da nossa bolsa (telecomunicações, banca, energia e estradas) já foram de facto, ou pelo menos especulativamente, beneficiadas nas suas cotações, por esse efeito de OPA ou especulação de uma OPA. Assim sendo, esse efeito não é garantido de se voltar a repetir, ou se se repetir, poderá apenas afectar títulos de menos peso no índice. Se somarmos a isto, o preocupante impacto da subida das matérias-primas (e não me refiro apenas ao petróleo) nos lucros das empresas e da perda de poder de compra, e também do pernicioso efeito de um novo ciclo de subida nas taxas de juro do Banco Central Europeu que parece estar a germinar, ou pior ainda, o elevado nível de endividamento do consumidor médio português, que lhe diminui muito o nível de poupanças disponíveis para investir na bolsa, então, podemos ver que esta subida não está realmente garantida de poder continuar por muito mais tempo, ao nível dos seus fundamentais. Quer isto dizer que acabaram as subidas? Não necessáriamente. Os índices estão todos ainda muito próximos dos seus níveis máximos anuais, e apesar das pequenas quedas recentes existe ainda muito entusiasmo no ar por causa das OPAs. Contudo, começam a surgir cada vez mais artigos nos media chamando a atenção para os ganhos proporcionados pela bolsa, e apesar de sempre existir frenesim nas parangonas quando estamos a atingir o final de um ciclo de alta, o principal barómetro é o próprio mercado... neste momento o mercado ainda está muito próximo dos máximos anuais. Quando o mercado começar a ter dificuldades em conquistar novos máximos anuais consecutivos como temos vindo a ser habituados, então nessa altura teremos uma confirmação mais eloquente de que a actual tendência de subida está em perigo. Caricatamente, no momento em que escrevo, o nosso índice PSI-20 já se encontra 5% abaixo do valor máximo anual, conquistado em meados de Abril. Não é anormal acontecerem correcções de curto-prazo com este tipo de envergadura ao longo de uma tendência de longo-prazo de subida, pelo contrário, elas até são necessárias para criar fôlego para subidas ainda maiores, portanto isto é ainda insuficiente para declarar morta a tendência de subida, Mas será a hipotética persistência desta situação de apatia e dificuldade em ultrapassar os anteriores recordes históricos que vai finalmente denunciar e confirmar se a tendência dos últimos anos de subida está realmente em perigo ou não. E para sabermos isso, será preciso esperar para ver. Só posso dizer que neste momento, os preços das acções já não estão propriamente baixos para quem tenciona inaugurar agora os seus investimentos. E a máxima fundamental da bolsa diz que "devemos comprar na baixa e vender na alta". Por isso, cada um que deve olhar para o gráfico da bolsa dos últimos 12 meses e retirar as suas próprias conclusões sobre o actual nível do mercado antes de investir neste momento. Muitas vezes, fazem-se melhores negócios esperando de fora do mercado, e esperando por uma boa correcção dos preços antes de entrar a comprar (e certificando-nos primeiro que essa correcção não colocou em perigo do ponto de vista técnico, a tendência de longo-prazo de subida do mercado).

Os grandes investidores bem como os pequenos e médios investidores profissionais ganham consistentemente com a bolsa, quer ela caia ou suba, pois utilizam instrumentos financeiros que também lhes permitem ganhar com as quedas. E eles ganham não só com as acções. Investem também noutros valores mobiliários como por exemplo, as mercadorias, e as matérias-primas como o petróleo e os metais preciosos. Para estes investidores atentos e dinâmicos munidos das mais modernas tecnologias de informação, existe sempre um qualquer mercado no mundo onde existe uma oportunidade de negócio, mesmo que a bolsa do seu país natal não esteja animada num determinado momento. O pequeno investidor, pelo contrário, é uma eterna vítima das tendências e das circunstâncias porque não sabe ou não pode tirar o melhor partido delas, e na sua maioria, perdem dinheiro na bolsa por desconhecerem a dinâmica intrínseca e mais essencial deste meio. Porque compram na altura errada, porque não vendem na altura certa. E porque se deixam descontrolar por emoções e sentimentos que, apesar de naturalmente humanos não são menos prejudiciais para a tomada de decisões sóbrias na bolsa, como por exemplo a ganância, a indecisão e o medo, e que na maioria das vezes, os fazem tomar as decisões erradas nos momentos errados. Existe também um certo oportunismo, deliberado ou acidental (isto deixo à vossa imaginação), por parte dos grandes investidores e dos media, que criam a publicidade necessária a atrair o "peixe miúdo" a comprar (as suas) acções quando estas estão elevadas, e posteriormente os assustam e precipitam a vendê-las ao desbarato quando sai qualquer notícia mais assustadora. Mas a culpa, em última análise, é dos próprios pequenos investidores que não se educaram suficientemente a si próprios antes de entrarem neste meio aparentemente fácil e lucrativo mas que na realidade é exigente e povoado de tubarões. O investidor novato beneficiaria muito em treinar as suas reacções no sentido de ganhar a coragem de comprar quando todos estão a vender e a vender quando a euforia demonstra que todos estão a comprar ou já compraram. Deve recusar-se a ser mais uma vítima do "rebanho", procurar criar uma supra-consciência, que o coloque acima dos factos e das notícias diárias, mas que as saiba integrar numa estratégia mais abrangente e consciente do panorama geral. Durante a vertigem ofuscante dos eventos de curto-prazo, o novato esquece-se que um evento de longo-prazo como é a inversão de uma longa tendência do mercado não acontece de imediato por causa de uma qualquer notícia avulsa. Isso são processos que demoram longo tempo, e portanto, quando o mercado reage exageradamente a uma notícia, há que nos distanciarmos emocionalmente e ter o sangue-frio para tirar partido disso, fazendo o contrário do que a maioria das pessoas está a fazer, mas só depois de os preços terem sido exageradamente "esticados" pelas massas. Convém saber também que para fazer isto, existem regras e procedimentos de segurança que requerem ser aprendidas e praticadas ao longo de anos, mas cuja mestria garantirá uma real e consistente fonte de rendimentos apartir da bolsa. Ganhar dinheiro na bolsa, não é nada fácil e nem sequer é para todos.

Se o leitor não tiver tempo para efectuar esse estudo e treino, optando por atalhar o problema colocando o seu capital em fundos de investimento, não creia que por isso, estará livre das contrariedades dos ciclos de baixa das bolsas, pois os fundos por melhores gestores que tenham, também têm as suas limitações de actuação e acabam por ser vítimas dos ciclos. Contudo, o melhor fundo, será sempre aquele que demonstra ter um historial de sucesso consistente tanto nos ciclos de subida como de descida das bolsas, e destes há poucos. O objectivo a alcançar numa aplicação em bolsa, pessoal ou através de fundos, não deve ser o de procurar ganhos rápidos e mirabolantes (uma vez que as estratégias arriscadas que permitem isso também levam a perdas pesadas em condições de mercado volátil), mas sim, e principalmente, devemos procurar a consistência nos ganhos. A consistência significa empregar constantemente uma estratégia cuidadosa para a selecção dos timings de compra e venda, acompanhada de uma análise do risco versus benefício do negócio bem como, da correcta gestão do dinheiro investido e posterior acompanhamento detalhado do negócio (trade). E isto não é fácil, exige estudo, exige esforço, exige análise (técnica e/ou fundamental) bem como outras características de personalidade que nem sempre estão presentes na fibra de toda a gente, como a paciência, a persistência, o auto-controle, e uma enorme vontade de sobreviver e vingar neste meio... Concluindo, ganhar dinheiro na bolsa ou em qualquer mercado financeiro de uma forma consistente (isto é, todos os meses e todos os anos) dá trabalho, e os que eventualmente o conseguiram até agora sem trabalho e estudo, é porque tiveram muita sorte em entrar relativamente no início de um ciclo de alta. Se se encontra nesta situação, agradeça a sua sorte, mas certifique-se que toma consciência da existência dos vários ciclos históricos de alta e baixa dos mercados e que vai sair do mercado a tempo, quando este iniciar o próximo e inevitável ciclo de descidas longas.

Muito mais haveria para dizer, pois este assunto é muito rico, e não é nada simples. Mas por agora, fico-me por aqui.

Bons investimentos.


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