Caldeirão da Bolsa

Roubalheira nos Fundos de Investimento ?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por kostta » 17/4/2006 19:15

incognitus, em que é que a educação é má?
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 19:13

O serviço de saúde e educação que hoje existe, já agora, é tudo menos aceitável.

Se assim não fosse, sendo estes serviços próximo de gratuitos para o utente, JAMAIS terias tantas pessoas a optar pela educação ou saúde privadas.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por Incognitus » 17/4/2006 19:12

Sim seria uma ideia interessante se o valor a distribuir por cidadão fosse suficientemente elevado de forma a permitir ao cidadão poder optar pelos privados que melhor serviço prestassem em cada uma das áreas.


Não, o dinheiro a distribuir deveria ser o suficiente para aceder a um serviço MÉDIO, que, num sistema deste tipo, seria garantidamente melhor do que o serviço médio presentemente prestado pelo Estado (aliás, nem seria difícil, tendo em conta o que se vê na educação e saúde).

Um serviço excelente deveria implicar mais gastos por parte do cidadão. Para que existisse entre os concorrentes a prestar esse serviço a vontade de ascender a um serviço "excelente".

Obviamente, um serviço "excelente" seria sempre um alvo móvel, portanto o serviço médio tenderia a ser cada vez melhor (bem como o serviço excelente). Como uma parte substancial do dinheiro injectado no sistema seria fixo (contribuição do Estado para as famílias), o acesso a esses serviços cada vez melhores tenderia a não implicar um aumento de custo.

No fundo, algo igual a tantas outras coisas onde existe concorrência, como os serviços de telecomunicações, o fabrico de automóveis e por aí em diante.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por valves » 17/4/2006 18:59

Uma forma de o Estado melhorar, seria o Estado gerir apenas o dinheiro dos impostos e não o provimento dos serviços, por exemplo com cheque cultura, cheque ensino, seguro de saúde, seguro de emprego e por aí em diante


Sim seria uma ideia interessante se o valor a distribuir por cidadão fosse suficientemente elevado de forma a permitir ao cidadão poder optar pelos privados que melhor serviço prestassem em cada uma das áreas. se não só tornaria a situação pior face á que se vive hoje onde mesmo assim todas as pessoas têm acesso a um serviço de saúde e de educação que embora não seja excelente é aceitavel ...
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2861
Registado: 17/4/2004 15:36

por Incognitus » 17/4/2006 18:32

Parece, porque estamos. É um ciclo vicioso.

A única forma de o quebrar é diminuir a dimensão do Estado, o que diminui os impostos, relança a economia (depois de uma primeira fase má em que aumenta o desemprego), o que leva à criação de mais postos de trabalho, mais contribuintes, logo menor necessidade de cobrar impostos elevados.

A Irlanda entrou nesse ciclo virtuoso. A Espanha em parte também. Neste momento a Espanha tem um orçamento equilibrado E impostos mais baixos.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por kostta » 17/4/2006 18:17

parece que estamos perante uma pescadinha de rabo na boca
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 18:04

Exacto, o "Simplex" faz todo o sentido.

Só é pena que o Governo esteja a atacar apenas metade do problema (a complicação), e não o problema todo (número de pessoas excessivo no Estado, levando a custo excessivo do Estado e a impostos elevadíssimos).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por kostta » 17/4/2006 17:58

simplex a caminho
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 17:47

O número incrível de empresas que apresenta prejuízos por ano também tem a ver com uma coisa muito mais simples: até agora é incrivelmente complicado fechar uma empresa, além de acarretar custos.

Mais vale deixa-la andar.

(isto supostamente vai ser alterado)

Logo, as estatísticas nesse caso estão fortemente deturpadas. Também sou sócio de uma empresa nessa situação (do "deixa andar" com prejuízos). Jamais me passaria pela cabeça tanto tratar da papelada para fechar a coisa, como pagar a papelada (incluindo escritura, etc).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por kostta » 17/4/2006 17:15

se com este sistema é incrivel o nº de empresas que apresenta prejuizo ano após ano, imagine com esse.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 17:13

Não necessariamente. "Ser reinvestido" na área em questão em que os activos são as pessoas (como se vê pela fatia que levam), não constroí nenhuma reserva para o futuro, apenas aumenta a dimensão e sustentabilidade do negócio.

Em todo o caso, para o risco envolvido, a distribuição é francamente desfavorável. O Estado não devia ver um tostão de impostos de uma empresa antes dos trabalhadores e accionistas/empreendedores, porque só estes produzem riqueza.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por kostta » 17/4/2006 17:07

ok, era o que eu pensava.
Esse dinheiro esté a ser investido. é uma opção inteiramente válida
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 17:02

Sobra relativamente pouco, a empresa já dá lucro (< 0.2 milhões/ano) mas é necessário investir na expansão, o que consome o lucro todo.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por kostta » 17/4/2006 17:00

o dinheiro que sobra depois de todos os pagamentos terem sido feitos, servem para quê? Sobra dinheiro ou não?
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 16:53

A empresa "hit the ground running" com 14 trabalhadores logo de início, pelo que 2 anos é algum tempo.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por Incognitus » 17/4/2006 16:52

Kosta, eu tenho AMBAS as posições no mercado de trabalho (e não trabalho para a empresa na qual sou sócio).

E garanto-te, a tua visão da realidade está fortemente distorcida.

Mas, tendo-te dado aqueles dados, achas que está bem distribuído? Achas que muita gente vai investir se aquela distribuição se mantiver? Nota que a empresa está a ter um óptimo sucesso e até se está a valorizar (não é uma cotada), mas repara na distribuição da criação de riqueza ... achas justo?
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por kostta » 17/4/2006 16:45

:lol: nao sabia qual a tua posição no mercado de trabalho. Claro que assim entendo todo o teu discurso. :lol: :lol: :lol:

2 anos numa empresa é pouco tempo. se dissesses 10/20 anos diria que esta mal dividido. Assim, ainda é muito cedo para o dizer.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 14:44

Se eu estou disposto a "perder os meus direitos"?

Bem, pela minha resposta é óbvio o que acho: eu NÃO tenho direitos, ou eu os produzo (ou sou empregador), ou aceito os que existirem no mercado.

Não posso forçar um terceiro a pagar-me a mim algo que ele ache exagerado.

Quanto aos trabalhadores chineses, eles estão a melhorar a sua posição, tal como os da Europa de Leste, onde rapidamente ganharão mais do que em Portugal.

As realidades que tu vês parecem-me algo estáticas, talvez penses que o dinheiro das empresas ou do Estado aparecem do nada, que montar uma empresa é tarefa de crianças e que sempre dá lucros brutais ou algo do género. Que quem tem, tem que dar. Que quem tem, não lho custou ganhar.

Eu tenho relativamente pouco, mas sou sócio de uma empresa. Quase dois anos após ter começado, já entregou 1.5 milhões aos trabalhadores, e para aí uns 0.6 milhões ao Estado. Ainda não entregou nada aos accionistas. Parece-te bem dividido?
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por kostta » 17/4/2006 14:38

so fiz uma pergunta com resposta "sim" ou "não".
pelas tuas palavras entendo que os trabalhadores chineses estão no bom caminho e que deveremos seguir esse caminho para sermos competetivos. estou certo?
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 14:25

estas disposto a perder os teus direitos a favor dos trabalhadores chineses?


Que direitos? Por acaso alguém tem o direito de obrigar terceira pessoa a entregar-lhe dinheiro em troca de trabalho não económico?

Julgas que restarão "direitos" se os empregadores falirem, se não os deixarem reestruturar-se até serem competitivos?

Que direitos, kostta?

Pensa um pouco. ALGUÉM tem que pagar os "direitos". Quem o fará?

"Direitos" é coisa que não existe. Só tens "direitos" se conseguires ser competitivo. Se não fores, os teus "direitos" pouco mais são que uma forma de justificar a destruição da actividade económica, primeiro de umas quantas empresas, depois do país inteiro.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por kostta » 17/4/2006 14:17

estas disposto a perder os teus direitos a favor dos trabalhadores chineses?
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 14:13

Os trabalhadores são trabalhadores por opção. Aceitam menor risco, menos trabalho, menos stress e maior certeza, por menor remuneração.

Nada impede um trabalhador de uma têxtil de lançar a sua própria têxtil, apenas isso é incrivelmente difícil e implica brutais sacrifícios que a maior parte não está disposta a aceitar. Mas historicamente, a maior parte das empresas de sucesso são começadas por trabalhadores da própria área.

Quanto aos chineses roubarem trabalho a portugueses, é de facto "a vida". Os Portugueses não merecem mais que os chineses. Aliás, provavelmente é exactamente ao contrário, os Chineses merecem mais.

Porque é que um português terá que receber 300 contos para empurrar papéis quando um chinês os empurra por 30? A prazo, isso não será sustentável.

Como existem muito mais chineses que portugueses, é provável que o ponto de equilíbrio seja mais próximo do padrão de remuneração dos chineses (mas bastante mais elevado do que actualmente).

Os portugueses, se não encontrarem actividades nas quais consigam superar os chineses, azar. Não têm nenhum "God Given Right" para viver melhor que os chineses, têm?
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por kostta » 17/4/2006 14:05

entao, os trabalhadores nao se podem queixar, pois estão lá para ser gerada riqueza.

mas tb com a entrada dos chineses em tantos sectores, como ficarão os trabalhadores portugueses? no desempregro, não? é a vida..
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 389
Registado: 17/1/2006 23:16
Localização: AMARANTE

por Incognitus » 17/4/2006 13:55

Lembra-te de duas coisas:
1) Só se pode redistribuir riqueza, se a riqueza primeiro for criada.
2) Só cria riqueza quem nisso vir vantagem (quem possa ficar com uma boa parte da riqueza produzida).

Podes pensar que um sapateiro cria muita riqueza, porém uma fábrica de sapatos criará, por trabalhador empregue, muito mais. Só organizará a fábrica de sapatos e investirá nos equipamentos e rendes de venda, quem tiver uma razoável probabilidade de ficar com uma boa parte do lucro assim gerado.

O Estado? O Estado é um mal necessário, a minimizar.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por Incognitus » 17/4/2006 13:52

Não, kosta, não é discutir o sexo dos anjos.

É a realidade. Quando existe concorrência, só existem 2 formas de se ganhar no mercado. Ou se faz melhor, ou se faz igual mais barato.

Quando não existe concorrência, qualquer porcaria a qualquer custo serve. O nosso estado presente mostra bem o significado de "qualquer porcaria a qualquer custo".

Quanto ao "explorar a mão de obra", ninguém explora mais a mão de obra do que um país totalmente socialista.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Burbano, Carrancho_, Google [Bot], iniciado1, Investbem, Lisboa_Casino, m-m, malakas, mjcsreis, MR32, nunorpsilva, O Magriço, OCTAMA, SerCyc, Simplório, VALHALLA, vaskom1973, Zecadiabo e 1018 visitantes