Médicos ganham 100 euros por hora... Vai lá vai...
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Re: 100 euros...
ChicoAtento Escreveu:... Mais, são responsabilizados como em nenhuma outra profissão...
Ó Chico, vê-se logo que não andas muito atento.
responsabilizados? deves estqar a gozar....
Fazes ideia da incompetência de alguns médicos nos hospitais? Nunca são responsabilizados!
Se soubesses metade do que sei do que se passa nos Hospitais...
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nada na manga, tudo na mão.
nada na manga, tudo na mão.
100 euros...
100 Euros/hora mas, note-se, apenas algumas horas por semana e infelizmente só para alguns (são a excepção e não a regra).
É muito? avancem, tirem o curso ! o problema é que dá uma trabalheira... no mínimo 11 anitos (alguns dos quais no estrangeiro com os inconvenientes inerentes..)a prestar provas anuais e finais. Mais, são responsabilizados como em nenhuma outra profissão...
Descontem-se os custos com instalações, equipamentos e sua manutenção, pessoal, IRS e verão que desses 100 euros a maior fatia fica para o Estado (IRSs, IVAs, IRCs)! curioso, não !? no final é o Estado o principal ganhador... será por isso (e não só..) que as coisas são o que são ?
É muito? avancem, tirem o curso ! o problema é que dá uma trabalheira... no mínimo 11 anitos (alguns dos quais no estrangeiro com os inconvenientes inerentes..)a prestar provas anuais e finais. Mais, são responsabilizados como em nenhuma outra profissão...
Descontem-se os custos com instalações, equipamentos e sua manutenção, pessoal, IRS e verão que desses 100 euros a maior fatia fica para o Estado (IRSs, IVAs, IRCs)! curioso, não !? no final é o Estado o principal ganhador... será por isso (e não só..) que as coisas são o que são ?
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Até acho que 100 Euros por hora é barato....
Se não vejamos:
Vou a uma consulta de pediatria (claro que não sou eu o consultado) e pago 60€. Por acaso o médico é Médico (com M grande) e demora o tempo que for preciso e está sempre disponivel por telefone.
Contudo se ele fizer 4 consultas por hora (existem muitos casos assim) ganha 240 Euros por hora... e 60 Euros pelos vistos é barato...
Dito isto, eu acho que mais uma vez em Pt, pensa-se a prazos curtos.
Para resolver um problema em 70/80 criou-se um problema em 90/00. Um médico para ser capaz demora 10 anos no minimo a se formar logo é com este prazo que se têm de contar quando se aumenta ou diminuem os Numerus Clausus. Depois deve-se contar com as questões demográficas, e melhorar a gestão hospitalar permitindo ao doentes escolher qual hospital preferem (em casos urgentes e não só). Publicar tempos de resposta dos hospitais, condenar médicos em casos de má prática e não se preocuparem com os 100 Euros.
O engraçado é um sindicato se preocupar com 100 Euros, mas não se preocupar com mortes inexplicáveis..
Enfim...
Ainda há pouco tempo estive num hospital e esperei quase 3 horas por o resultado duma análise a urina. A questão é que sei que a mesma demora 5-10 minutos e a maquina diz logo tudo. Fizeram o exame em 10 minutos e os outros 200 foram á espera que o médico responsável assinasse o papel.
Isto é que está mal...
Se não vejamos:
Vou a uma consulta de pediatria (claro que não sou eu o consultado) e pago 60€. Por acaso o médico é Médico (com M grande) e demora o tempo que for preciso e está sempre disponivel por telefone.
Contudo se ele fizer 4 consultas por hora (existem muitos casos assim) ganha 240 Euros por hora... e 60 Euros pelos vistos é barato...
Dito isto, eu acho que mais uma vez em Pt, pensa-se a prazos curtos.
Para resolver um problema em 70/80 criou-se um problema em 90/00. Um médico para ser capaz demora 10 anos no minimo a se formar logo é com este prazo que se têm de contar quando se aumenta ou diminuem os Numerus Clausus. Depois deve-se contar com as questões demográficas, e melhorar a gestão hospitalar permitindo ao doentes escolher qual hospital preferem (em casos urgentes e não só). Publicar tempos de resposta dos hospitais, condenar médicos em casos de má prática e não se preocuparem com os 100 Euros.
O engraçado é um sindicato se preocupar com 100 Euros, mas não se preocupar com mortes inexplicáveis..
Enfim...
Ainda há pouco tempo estive num hospital e esperei quase 3 horas por o resultado duma análise a urina. A questão é que sei que a mesma demora 5-10 minutos e a maquina diz logo tudo. Fizeram o exame em 10 minutos e os outros 200 foram á espera que o médico responsável assinasse o papel.
Isto é que está mal...
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Eu trabalho num serviço de urgência de um hospital do Norte. Desde há cerca de 2 anos que 95% dos médicos que acumulavam funções em horário extraordinário neste serviço (todos portugueses) foram substituidos por médicos Espanhóis. Conclui-se que estes profissionais estão a ganhar menos de metade do que ganhavam os outros (e mesmo assim estão a ser melhor renumerados que em Espanha) e de uma forma geral são muito competentes e responsáveis.
Sem duvida que o atendimento e a qualidade do serviço aumentou consideravelmente.
Sem duvida que o atendimento e a qualidade do serviço aumentou consideravelmente.
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Clínico
Estando eu de acordo com muitos dos seus argumentos, existe pelo menos um que me faz espécie e mantenho reservas em relação a outros...
MAs vamos ao que interessa. Refere que quando se escolhe uma profissão essa escolha é feita por gosto. Concordo, mas nem sempre, por vezes temos que chegar a compromissos de vária espécie, por exemplo julgo que 90% das pessoas que trabalham na recolha dos resíduos sólidos urbanos o façam por compromisso e não por gosto.
Em relação aos médicos/as o que tenho constactado é ke muitos não escolhem a profissão por gosto mas sim, na voz do povo, por ser uma profissão "garantida" e com "futuro", e por mim muitos fazem-no simplesmente pelo $$$ que podem vir a ganhar.
Até porque, quanto a mim, muitos dos nossos médicos não são diferentes dos outros licenciados, só ganham gosto à profissão e ao curso depois de lá estarem, isto é, muitas das vezes não sabemos se é realmente aquilo que queremos.
No caso dos médicos esta situação é ainda mais gritante pois a maioria das pessoas que entra nos cursos de medicina consegue-o fazer porque são "marrões" e não porque têm vocação.
A vocação só se conseguiria aferir com um ano Zero na medicina ou com alguns testes psicótécnicos realizados pela faculdade como condição de ingresso o que não existe!!!
Portanto, hoje, só vai para medecina quem é muto bom em matemática, fisica, quimica, portugês, história, filosofia, etc... pois para manter uma média de 18, qualquer coisa, além de se ter vocação é necessário ser muito marrão e estar disposto e "empinar" coisas para as quais não tem a menor vocação, só para manter a média.
a mim o que me aflige é que muitos dos médicos que temos qunado entraram ou entram para a faculdade nunca dissecaram sequer uma r~, pois o ensino secundário não lhes dá essa possibilidade.
Como podemos defender então que tosdos os médicos que entram actualmente o fazem por gosto?!
E quantos realmente que têm gosto pela profissão e vocação têm hoje de se deslocar para espanha e répública checa a fim de perseguirem o seu sonho, só porque eram menos bons a português, o que lhes baixou a média!!! Será ke não deveriam ter uma hipótese para entrar num curos de medicina?
Quanto ao dinheiro que auferem, realmente, as coisas já não são bem como antigamente, que quando uma pessoa queria ser bem atendida e com alguma dignidade tinha de pagar 20 e 30 cts no sector privado, por uma consulta de 20 minutos. Ainda bem que existem os seguros de saúde. Realmente os médicos ficaram a perder e hoje "perdem" muito dinheiro devido aos seguros. Mas a situação que tinhamos anteriormente era igualmente escandalosa para o cliente pois, esses 20 ou 30 contos que uma pessoa dispendia numa consulta médica privada (muitas vezes sem os ter) eram escandalosos, ainda mais quando eram practicados por médicos que também trabalhavam no sector público e que "desviavam" os seus utentes para os seus consultórios privados, situassão que, ainda hoje se mantém como práctica corrente por parte de muitos médicos, apesar de tb ter melhorado.
Com isto não kero ofender a classe médica e, como referi compreendo muita da sua argumentação, estando mesmo de acordo com vários aspectos da sua argumentação!
Um Abraço,
NS
MAs vamos ao que interessa. Refere que quando se escolhe uma profissão essa escolha é feita por gosto. Concordo, mas nem sempre, por vezes temos que chegar a compromissos de vária espécie, por exemplo julgo que 90% das pessoas que trabalham na recolha dos resíduos sólidos urbanos o façam por compromisso e não por gosto.
Em relação aos médicos/as o que tenho constactado é ke muitos não escolhem a profissão por gosto mas sim, na voz do povo, por ser uma profissão "garantida" e com "futuro", e por mim muitos fazem-no simplesmente pelo $$$ que podem vir a ganhar.
Até porque, quanto a mim, muitos dos nossos médicos não são diferentes dos outros licenciados, só ganham gosto à profissão e ao curso depois de lá estarem, isto é, muitas das vezes não sabemos se é realmente aquilo que queremos.
No caso dos médicos esta situação é ainda mais gritante pois a maioria das pessoas que entra nos cursos de medicina consegue-o fazer porque são "marrões" e não porque têm vocação.
A vocação só se conseguiria aferir com um ano Zero na medicina ou com alguns testes psicótécnicos realizados pela faculdade como condição de ingresso o que não existe!!!
Portanto, hoje, só vai para medecina quem é muto bom em matemática, fisica, quimica, portugês, história, filosofia, etc... pois para manter uma média de 18, qualquer coisa, além de se ter vocação é necessário ser muito marrão e estar disposto e "empinar" coisas para as quais não tem a menor vocação, só para manter a média.
a mim o que me aflige é que muitos dos médicos que temos qunado entraram ou entram para a faculdade nunca dissecaram sequer uma r~, pois o ensino secundário não lhes dá essa possibilidade.
Como podemos defender então que tosdos os médicos que entram actualmente o fazem por gosto?!
E quantos realmente que têm gosto pela profissão e vocação têm hoje de se deslocar para espanha e répública checa a fim de perseguirem o seu sonho, só porque eram menos bons a português, o que lhes baixou a média!!! Será ke não deveriam ter uma hipótese para entrar num curos de medicina?
Quanto ao dinheiro que auferem, realmente, as coisas já não são bem como antigamente, que quando uma pessoa queria ser bem atendida e com alguma dignidade tinha de pagar 20 e 30 cts no sector privado, por uma consulta de 20 minutos. Ainda bem que existem os seguros de saúde. Realmente os médicos ficaram a perder e hoje "perdem" muito dinheiro devido aos seguros. Mas a situação que tinhamos anteriormente era igualmente escandalosa para o cliente pois, esses 20 ou 30 contos que uma pessoa dispendia numa consulta médica privada (muitas vezes sem os ter) eram escandalosos, ainda mais quando eram practicados por médicos que também trabalhavam no sector público e que "desviavam" os seus utentes para os seus consultórios privados, situassão que, ainda hoje se mantém como práctica corrente por parte de muitos médicos, apesar de tb ter melhorado.
Com isto não kero ofender a classe médica e, como referi compreendo muita da sua argumentação, estando mesmo de acordo com vários aspectos da sua argumentação!
Um Abraço,
NS
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- Registado: 19/1/2006 13:39
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lá se vai 100 euros em meia hora de dentista esta semana tou a contar com isso para á maria, nestes consultorios é que eu digo vai lá vai....as vezes é 2 minutos pega a receita e dá cá 50 euritos que até te passas, e dauqui a uma semana vem cá outra vez, para tratar-mos o dentito.....isto é roubo puro...
á determinadas lobys neste pais que roubam os clientes de forma descarada, nao encontro outra palavra para o dizer, e o que mais dói é que não sabemos a antecipadamente se o que lá vamos gastar corresponde á qualidade do serviço prestado.
se algum politico com influencia le-se isto deixava a minha sugestão: classificarem os centros medicos de enfermagem etc...mesmo os do estado conforme estão por exemplo classificados os hoteis de 1 a 5estrelas , pq em qq vão de escada num qq prédio se monta um consultorio e nao temos nenhuma noçao do que vamos encontrar e a factura ai ou num local de melhor qualidade por vezes nada difere.
pelo menos se fossemoss a um consultorio de 5 estrelas assumiamos os preços se qq relutancia e noutros casos até doi pela factura e pela falta de qualidade.
á determinadas lobys neste pais que roubam os clientes de forma descarada, nao encontro outra palavra para o dizer, e o que mais dói é que não sabemos a antecipadamente se o que lá vamos gastar corresponde á qualidade do serviço prestado.
se algum politico com influencia le-se isto deixava a minha sugestão: classificarem os centros medicos de enfermagem etc...mesmo os do estado conforme estão por exemplo classificados os hoteis de 1 a 5estrelas , pq em qq vão de escada num qq prédio se monta um consultorio e nao temos nenhuma noçao do que vamos encontrar e a factura ai ou num local de melhor qualidade por vezes nada difere.
pelo menos se fossemoss a um consultorio de 5 estrelas assumiamos os preços se qq relutancia e noutros casos até doi pela factura e pela falta de qualidade.
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
medicos
Caro Camisa Roxa. A enorme quantidade de consultórios que vê não são de medicina privada. São de medicina convencionada. Até o paradigma da medicina privada que é a CUF, tem convenções com a caixa de previdencia, ministerio da justiça, medis etc. Um consultório já não é para o privado porque a tendencia é ele desaparecer.
Ninguem escolhe uma profissão porque vai ganhar muito ou pouco ou vai par o desemprego. Escolhe porque gosta!porque tem jeito. porque quer passar a vida a fazer o que lhe dá prazer. É por isso que há advogados a mais, arquitectos a mais, engenheiros a mais.
O mercado FUNCIONA e é por isso que se oferece 100 euros por hora para alguns médicos.
O que tem que haver é uma regulação do mercado. Aí começa a limitação de assesso á unversidade e a procura da redução do desemprego nos licenciados. Veja bem: Há 110 mil casas por vender, algumas só serão absorvidas pelo mercado numa década. Acha bem? Que fazer? Construam-se mais casas e mais e mais?
Não! regule-se a oferta e o mercado equilibra-se. Quer o mercado a funcionar? aqui tem: 110 mil casas á venda!
"Abram as portas ás unversidades e formem mais médicos". Sim senhor! Há condições de o fazer? Não! Falta alguem que diga: há necessidade de x médicos no país portanto vamos ver como vamos formá-los. Ninguem o faz! Estão preocupados é que os hospitais dêm lucro (as famosas empresas privadas do estado ou EPEs) e se espera que os moderníssimos hospitais que estão a ser construidos, como do BES ao pé do Colombo ou da Multicare ou da CUF sejam instituições de beneficência, engane-se! São para dar MUITO lucro. Como? Baixando MUITISSIMO o preço para os médicos e actos médicos! baixando muitissimo o preço dos internamentos. Quem lucra? O bandido do médico é que não é!
Mais: se começar HOJE a formar mais médicos, terá que esperar 15 anos até eles entrarem no mercado com um mínimo de capacidade e experiencia.
Volto a dizer-lhe. O problema é muitissimo complexo e o tempo aureo do médico milionário já acabou! ou eu não tinha que esperar uns meses para reforçar a minha carteira com sonae...
O problema da saude vai ter que se modificar e para mim, vai ter que passar por abrir faculdades de medicina privada. Mas aí o aluno vai ter que pagar bem...ups! lá vai começar outra discussão...
Abraço
Clinico
Ninguem escolhe uma profissão porque vai ganhar muito ou pouco ou vai par o desemprego. Escolhe porque gosta!porque tem jeito. porque quer passar a vida a fazer o que lhe dá prazer. É por isso que há advogados a mais, arquitectos a mais, engenheiros a mais.
O mercado FUNCIONA e é por isso que se oferece 100 euros por hora para alguns médicos.
O que tem que haver é uma regulação do mercado. Aí começa a limitação de assesso á unversidade e a procura da redução do desemprego nos licenciados. Veja bem: Há 110 mil casas por vender, algumas só serão absorvidas pelo mercado numa década. Acha bem? Que fazer? Construam-se mais casas e mais e mais?
Não! regule-se a oferta e o mercado equilibra-se. Quer o mercado a funcionar? aqui tem: 110 mil casas á venda!
"Abram as portas ás unversidades e formem mais médicos". Sim senhor! Há condições de o fazer? Não! Falta alguem que diga: há necessidade de x médicos no país portanto vamos ver como vamos formá-los. Ninguem o faz! Estão preocupados é que os hospitais dêm lucro (as famosas empresas privadas do estado ou EPEs) e se espera que os moderníssimos hospitais que estão a ser construidos, como do BES ao pé do Colombo ou da Multicare ou da CUF sejam instituições de beneficência, engane-se! São para dar MUITO lucro. Como? Baixando MUITISSIMO o preço para os médicos e actos médicos! baixando muitissimo o preço dos internamentos. Quem lucra? O bandido do médico é que não é!
Mais: se começar HOJE a formar mais médicos, terá que esperar 15 anos até eles entrarem no mercado com um mínimo de capacidade e experiencia.
Volto a dizer-lhe. O problema é muitissimo complexo e o tempo aureo do médico milionário já acabou! ou eu não tinha que esperar uns meses para reforçar a minha carteira com sonae...
O problema da saude vai ter que se modificar e para mim, vai ter que passar por abrir faculdades de medicina privada. Mas aí o aluno vai ter que pagar bem...ups! lá vai começar outra discussão...
Abraço
Clinico
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Re: médicos
Clinico Escreveu:A clinica privada desapareceu
a clinica privada desapareceu???? onde??? vejo consultórios por todo o lado!
Clinico Escreveu:Há advogados a mais. Que fazem? aceitam qualquer emprego que podem para sobreviver. Conheço vários exemplos.
então se há advogados, economistas e engenheiros a mais porque é que não pode haver médicos a mais?
deixem o mercado funcionar! muito do pessoal q vai para as profissões da moda começa a ir directo para desemprego... quando as pessoas tomarem consciência que vão tirar 1 curso para ficarem no desemprego talvez comecem a escolher outros cursos com mais futuro
senão ficam no desemprego e depois NÃO RECLAMEM!
e vão ver que o pessoal depois distribui se por outros cursos obtendo 1 equiibrio entre oferta e procura
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... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
médicos
Desculpem-me caros amigos, mas falem com conhecimento de causa! Se hoje a medicina é baseada na evidencia tambem o deveriam ser estes argumentos.
1) Nos anos 70, havia um enorme excesso de médicos que se formavam anualmente. Só no meu curso e ano formaram-se 1600!! Ainda me lembro das turmas de 25 que viamos 1 doente de manha! Coitado do desgraçado! 25 a ausculta-lo!é obvio que nenhum aprendeu a fazer um exame da próstata! Que aconteceu a esses médicos?
Muitos e malformados (como eu) espalharam-se pelo pais inteiro, obrigados pelo então Serviço Médico á Periferia do pós 25 de Abril.
2)As Faculdades não tinham capacidade de formar tanta gente na altura e apareceram os números clausus, como no resto das faculdades da Europa e porque a relação médico/população está mais ou menos calculada. Por exemplo na Otorrino, deveria ser 1 ´médico para cada 30000 habitantes! É assim? não! só somos 500 otorrinos no país. Porquê? Porque ninguem escolhe esta especialidade, preferindo outras. Urulogistas? há, que eu saiba, cerca de 300 no país!
3) Os médicos não são empregados de fábricas. São individuos cuja formação demora no mínimo 15 anos e que tem uma enorme responsabilidade por lidarem com a a saúde. Não são sacerdotes! Que lhes sucedeu? O Estado paga-lhes muito mal e exige muito. Horas infindáveis de urgencia, fins de semana, feriados, férias. A clinica privada desapareceu, sendo dominada por grandes grupos económicos e não pelos médicos que se deixaram escravizar: a Medis, multicare e advancecare, SAMS e CGD pagam 30 a 35 euros por consulta. Se lhe tirarmos os 30% que o clínico deixa na instituição onde trabalha, tirem mais 40% de imposto, quando ficou da consulta para o médico?? 14,7 euros!!! e que dizem de nós? que somos uns ladrões e vigaristas e vendidos! O engenheiro faz uma consulta a este preço? e o advogado? e o gestor? e o canalizador? É no entanto confrangedor ver grandes empresários fazerem consultas médicas a individuos de renome puxando o seu cartão de seguro de saúde a 30 euros!
4) Há alguma noção do risco que o médico corre hoje? alguem quer ser contaminado ou picado sem querer por uma agulha dum individuo com hepatite C ou sida? alguem quer ir tratar da gripe das aves? Tem alguma noção do que me espirram, tossem, cospem,vomitam ou sangram para cima cada vez que estou de banco, apesar de toda a proteção que usamos?
5) Que mal tem procurar melhores mercados na saúde? não é o que todos nós procuramos fazer em qualquer e toda a profissão? Não largaria o emprego se tivesse uma proposta profissional melhor? e se o fizer, torna-se um vigarista, um ladrão um vendido? quer um exemplo? não passou Figo do Barcelona para o Real Madrid? critica-o?? eu não!
Claro que há falta de médicos. Precisamos de formar médicos e como professor da faculdade estou inteiramente de acordo. Abram-se mais 10 facudades de medicina. Quem lhes ensina? O médico da aldeia? ou passamos a ter a categoria de professor médico itinerante?
Há advogados a mais. Que fazem? aceitam qualquer emprego que podem para sobreviver. Conheço vários exemplos.
O problema é mais profundo do que se pensa. O que eu não posso aceitar é que a ignorância mediaval junte os médicos na categoria dos aldrabões, vendidos e milionários. Aí vão ter que argumentar muito a sério comigo!
Abraço
Clinico
1) Nos anos 70, havia um enorme excesso de médicos que se formavam anualmente. Só no meu curso e ano formaram-se 1600!! Ainda me lembro das turmas de 25 que viamos 1 doente de manha! Coitado do desgraçado! 25 a ausculta-lo!é obvio que nenhum aprendeu a fazer um exame da próstata! Que aconteceu a esses médicos?
Muitos e malformados (como eu) espalharam-se pelo pais inteiro, obrigados pelo então Serviço Médico á Periferia do pós 25 de Abril.
2)As Faculdades não tinham capacidade de formar tanta gente na altura e apareceram os números clausus, como no resto das faculdades da Europa e porque a relação médico/população está mais ou menos calculada. Por exemplo na Otorrino, deveria ser 1 ´médico para cada 30000 habitantes! É assim? não! só somos 500 otorrinos no país. Porquê? Porque ninguem escolhe esta especialidade, preferindo outras. Urulogistas? há, que eu saiba, cerca de 300 no país!
3) Os médicos não são empregados de fábricas. São individuos cuja formação demora no mínimo 15 anos e que tem uma enorme responsabilidade por lidarem com a a saúde. Não são sacerdotes! Que lhes sucedeu? O Estado paga-lhes muito mal e exige muito. Horas infindáveis de urgencia, fins de semana, feriados, férias. A clinica privada desapareceu, sendo dominada por grandes grupos económicos e não pelos médicos que se deixaram escravizar: a Medis, multicare e advancecare, SAMS e CGD pagam 30 a 35 euros por consulta. Se lhe tirarmos os 30% que o clínico deixa na instituição onde trabalha, tirem mais 40% de imposto, quando ficou da consulta para o médico?? 14,7 euros!!! e que dizem de nós? que somos uns ladrões e vigaristas e vendidos! O engenheiro faz uma consulta a este preço? e o advogado? e o gestor? e o canalizador? É no entanto confrangedor ver grandes empresários fazerem consultas médicas a individuos de renome puxando o seu cartão de seguro de saúde a 30 euros!
4) Há alguma noção do risco que o médico corre hoje? alguem quer ser contaminado ou picado sem querer por uma agulha dum individuo com hepatite C ou sida? alguem quer ir tratar da gripe das aves? Tem alguma noção do que me espirram, tossem, cospem,vomitam ou sangram para cima cada vez que estou de banco, apesar de toda a proteção que usamos?
5) Que mal tem procurar melhores mercados na saúde? não é o que todos nós procuramos fazer em qualquer e toda a profissão? Não largaria o emprego se tivesse uma proposta profissional melhor? e se o fizer, torna-se um vigarista, um ladrão um vendido? quer um exemplo? não passou Figo do Barcelona para o Real Madrid? critica-o?? eu não!
Claro que há falta de médicos. Precisamos de formar médicos e como professor da faculdade estou inteiramente de acordo. Abram-se mais 10 facudades de medicina. Quem lhes ensina? O médico da aldeia? ou passamos a ter a categoria de professor médico itinerante?
Há advogados a mais. Que fazem? aceitam qualquer emprego que podem para sobreviver. Conheço vários exemplos.
O problema é mais profundo do que se pensa. O que eu não posso aceitar é que a ignorância mediaval junte os médicos na categoria dos aldrabões, vendidos e milionários. Aí vão ter que argumentar muito a sério comigo!
Abraço
Clinico
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- Registado: 1/6/2003 0:13
isto tudo porque a Ordem dos Médicos não deixa abrir mais cursos de medicina
abram aí ua carrada de cursos de medicina a exemplo do que se passa com TODOS os outros cursos a ver se os preços não baixam logo quando houver muito mais médicos por aí
hoje em dia economia, gestão, letras, engenharia, etc. são cursos que já há a pontapé, logo há muita oferta nestas áreas, pelo que a remuneração média é menor, mas medicina não, esses são uns privilegiados tipo as farmácias para controlar a oferta
enfim, que leis do mercado são estas em que a oferta é mantida artificialmente desproporcional à procura de modo a exponenciar os respectivos rendimentos?
abram aí ua carrada de cursos de medicina a exemplo do que se passa com TODOS os outros cursos a ver se os preços não baixam logo quando houver muito mais médicos por aí
hoje em dia economia, gestão, letras, engenharia, etc. são cursos que já há a pontapé, logo há muita oferta nestas áreas, pelo que a remuneração média é menor, mas medicina não, esses são uns privilegiados tipo as farmácias para controlar a oferta
enfim, que leis do mercado são estas em que a oferta é mantida artificialmente desproporcional à procura de modo a exponenciar os respectivos rendimentos?
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Médicos ganham 100 euros por hora... Vai lá vai...
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denuncia o caso de um clínico que ganha 100 euros por hora para manter aberta uma urgência hospitalar, ou seja, 2.400 euros por dia.
O jornal «Público» dava conta, esta sexta-feira, de verbas que estavam a ser pagas a médicos para manterem as urgências hospitalares abertas.
Segundo a rádio «TSF», o caso relatado por este diário referia-se ao pagamento a um médico de 50 euros por hora, mas à «TSF» Carlos Arroz falou de um valor mais elevado equivalente ao dobro.
«Há preços em Portugal já de 100 euros em hospitais públicos, os preços são as leis de mercado que estabelecem e algumas especialidades estão em défice», reconheceu.
Carlos Arroz explicou que este caso acontece com um anestesista algures num hospital do Alentejo, mas que prefere não particularizar.
Uma falta acentuada de médicos verifica-se também na especialidade de Obstetrícia e Pediatria.
Luís Graça, presidente do Colégio da Especialidade de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos, afirma que não conhece em concreto qualquer caso.
«Não tenho conhecimento, mas não me choca, porque a lei da oferta e da procura leva a uma inflação para estes preços, em termos de despesas gerais do hospital é irrelevante. De qualquer modo não podemos raciocinar assim, porque leva a uma distorção do mercado», adiantou.
Luís Graça diz que esta situação conduz a que médicos com a mesma qualificação tenham remunerações diferentes apesar do trabalho ser igual o que «não tem lógica».
O responsável salienta ainda que nos últimos doze anos os hospitais perderam 130 especialistas nesta área.
A Ordem dos Médicos lembra a falta de peritos em certas especialidades e sustenta ter avisado a tempo e horas o poder político para a necessária abertura de vagas que continuam congeladas.
Pelo Sindicato Independente dos Médicos, Carlos Arroz salienta a situação de médicos que andam por Portugal, em busca dos hospitais que melhor pagam as horas extraordinárias.
«Os médicos encontram-se na auto-estrada, saem de Cascais para as Caldas da Rainha, e vice-versa, ou seja, aquilo que não podem ganhar no hospital onde trabalham vão ganhar noutro. São as incongruências do mercado», disse.
«Esta correria por Portugal, à procura de benefícios financeiros legítimos, não me parece benéfica», acrescentou.
Carlos Arroz, do Sindicato Independente dos Médicos, reitera ainda que para poupar dinheiro é preciso fechar algumas urgências hospitalares e elogiou o caminho que está a ser seguido pelo actual ministro da Saúde.
Manuel Delgado, presidente da Associação de Administradores Hospitalares, sugere uma solução e uma particular atenção por parte do Ministério da Saúde para estes problemas. O ideal seria fixar um valor para as horas extraordinárias.
«Deve haver uma análise atenta por parte da tutela, tendo em conta a necessidade de uniformizar alguns valores de pagamento para evitar que isto se transforme numa espiral de quem dá mais», defendeu.
Manuel Delgado sublinha ainda a importância desta questão, tendo em conta o caso das urgências, onde a gestão das despesas é particularmente difícil, «porque temos que prever recursos humanos em número e diversidade de especialidades grande».
O gabinete do ministro da Saúde sustenta ter conhecimento geral dessas situações e que uma equipa do ministério da Saúde prepara neste momento o registo remuneratório no serviço de urgências hospitalares
O jornal «Público» dava conta, esta sexta-feira, de verbas que estavam a ser pagas a médicos para manterem as urgências hospitalares abertas.
Segundo a rádio «TSF», o caso relatado por este diário referia-se ao pagamento a um médico de 50 euros por hora, mas à «TSF» Carlos Arroz falou de um valor mais elevado equivalente ao dobro.
«Há preços em Portugal já de 100 euros em hospitais públicos, os preços são as leis de mercado que estabelecem e algumas especialidades estão em défice», reconheceu.
Carlos Arroz explicou que este caso acontece com um anestesista algures num hospital do Alentejo, mas que prefere não particularizar.
Uma falta acentuada de médicos verifica-se também na especialidade de Obstetrícia e Pediatria.
Luís Graça, presidente do Colégio da Especialidade de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos, afirma que não conhece em concreto qualquer caso.
«Não tenho conhecimento, mas não me choca, porque a lei da oferta e da procura leva a uma inflação para estes preços, em termos de despesas gerais do hospital é irrelevante. De qualquer modo não podemos raciocinar assim, porque leva a uma distorção do mercado», adiantou.
Luís Graça diz que esta situação conduz a que médicos com a mesma qualificação tenham remunerações diferentes apesar do trabalho ser igual o que «não tem lógica».
O responsável salienta ainda que nos últimos doze anos os hospitais perderam 130 especialistas nesta área.
A Ordem dos Médicos lembra a falta de peritos em certas especialidades e sustenta ter avisado a tempo e horas o poder político para a necessária abertura de vagas que continuam congeladas.
Pelo Sindicato Independente dos Médicos, Carlos Arroz salienta a situação de médicos que andam por Portugal, em busca dos hospitais que melhor pagam as horas extraordinárias.
«Os médicos encontram-se na auto-estrada, saem de Cascais para as Caldas da Rainha, e vice-versa, ou seja, aquilo que não podem ganhar no hospital onde trabalham vão ganhar noutro. São as incongruências do mercado», disse.
«Esta correria por Portugal, à procura de benefícios financeiros legítimos, não me parece benéfica», acrescentou.
Carlos Arroz, do Sindicato Independente dos Médicos, reitera ainda que para poupar dinheiro é preciso fechar algumas urgências hospitalares e elogiou o caminho que está a ser seguido pelo actual ministro da Saúde.
Manuel Delgado, presidente da Associação de Administradores Hospitalares, sugere uma solução e uma particular atenção por parte do Ministério da Saúde para estes problemas. O ideal seria fixar um valor para as horas extraordinárias.
«Deve haver uma análise atenta por parte da tutela, tendo em conta a necessidade de uniformizar alguns valores de pagamento para evitar que isto se transforme numa espiral de quem dá mais», defendeu.
Manuel Delgado sublinha ainda a importância desta questão, tendo em conta o caso das urgências, onde a gestão das despesas é particularmente difícil, «porque temos que prever recursos humanos em número e diversidade de especialidades grande».
O gabinete do ministro da Saúde sustenta ter conhecimento geral dessas situações e que uma equipa do ministério da Saúde prepara neste momento o registo remuneratório no serviço de urgências hospitalares
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
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