Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[Pata-Hari]

Elias, os meus "achos" estavam condicionados à mutação da doença para algo de transmissivel como as gripes normais. Algo que aparentemente não é tão impossível quanto isso. São hipoteses aterradoras mas que para já são hipotéticas.

[Elias]

Da minha parte e tal como o xanax, acho que será dramático. Com um virus com uma taxa de mortalidade de 50% (se se mantiver) e contágio tão fácil quanto uma gripe, acho que as escolas fecham, os serviços publicos fecham, os supermercados fecham.... e que será um total panico.

Pata, sublinho o verbo que utilizaste: acho. Com efeito, quase tudo o que se tem lido e ouvido sobre a gripe das aves tem muito a ver com o que cada um acha e pouco a ver com a realidade. Quase toda a gente opina sobre o assunto e poucos se informam sobre o problema.

E a realidade é esta:
- não há casos registados de gripe das aves em Portugal
- no resto da Europa os poucos casos que houve de aves afectadas envolveram principalmente cisnes-mudos, uma espécie sobretudo residente (embora com indivíduos migradores) e que habita principalmente os lagos, amiúde perto das pessoas, sendo por isso uma ave muitas vezes considerada semi-doméstica
- na Turquia, onde houve casos de morte de seres humanos, veio a apurar-se que as pessoas que morreram tinham guardado as galinhas dentro de casa, havendo por isso um risco elevadíssimo de contágio
- no resto do mundo o número de mortes ascende a algumas centenas, o que, não sendo um facto positivo, está muitíssimo longe de uma situação de pandemia.

Deixo aqui um texto informativo extraído do site da SPEA (www.spea.pt).


Informações sobre a gripe das aves
O tema da gripe das aves e da possível influência das aves selvagens numa eventual pandemia
de gripe tem suscitado muito interesse por parte da comunicação social e da opinião pública,
sobretudo desde o início da migração outonal de 2005. Confrontando-se com nova vaga de
interesse com a passagem de aves migradoras na Primavera de 2006, a SPEA disponibiliza esta
informação como um esforço por divulgar de forma actual e séria estes assuntos, no âmbito das
suas competências, e este texto serve para informar os sócios e o público em geral sobre este
tema.
A informação dada pela SPEA diz respeito à distribuição das aves nas respectivas rotas
migratórias e a informações sobre os surtos recentemente ocorridos, mas não tanto quanto às
probabilidades de essas aves servirem de transportador dos vírus ou assuntos relacionados com
medidas sobre explorações avícolas, questões essas que terão mais a ver com as respectivas
entidades de veterinária e de saúde (ver www.gripedasaves.pt).
Estas são informações com os dados conhecidos à data de 15 de Fevereiro de 2006, que poderão
alterar-se novamente com a rápida evolução das notícias sobre este tema. A situação
desenvolve-se rapidamente de dia para dia e a nossa posição sobre a doença e as medidas de
controlo propostas continuarão a ser desenvolvidas à medida que surjam novos dados:
1. Os acontecimentos indicam que a transmissão da doença se deve essencialmente ao
transporte e comércio de aves domésticas, como parece ter sido o caso dos surtos na
Turquia e na Nigéria. Contudo, não é de desprezar o papel que as aves migradoras podem
ter na transmissão da doença entre países ou regiões.
2. Não existe qualquer registo confirmado de transmissão da doença entre aves selvagens
infectadas e o ser humano; existe até hoje suspeita de um caso na Turquia. O H5N1 não é,
actualmente, contagioso entre humanos e os casos verificados de seres humanos infectados
foram associados a um estreito contacto com aves domésticas infectadas. O risco de seres
humanos contraírem a doença através de uma ave selvagem é remota, a não ser que tenha
existido contacto com aves infectadas ou os seus excrementos.
3. Os casos de gripe aviária encontrados em Grécia, Itália, Eslovénia, Bulgária, Áustria e
Alemanha, foram confirmados como casos de aves contaminadas pela estirpe H5N1. Estas
aves mortas infectadas na Europa são selvagens; são cisnes, provavelmente todos da espécie
Cygnus olor, que ocorrem naqueles países vindas das zonas do Mar Negro. Estas aves não
existem em Portugal no estado selvagem, salvo raríssimas excepções.
4. Nos casos anteriores de H5N1, as aves selvagens normalmente morrem poucos dias depois
de ficarem infectadas. A aparição de aves selvagens mortas na Itália ou Grécia indica que
foram infectados mesmo antes de sair na sua viagem para Norte. Muito provavelmente
estas aves foram infectadas através de aves domésticas ou os seus excrementos (p. ex. existe
na Europa de leste a prática de usar dejectos de aves domésticas como fertilizantes nos
campos agrícolas, onde poderão ocorrer aves selvagens migratórias).
5. No que respeita aos casos de gripe aviária constatados na Nigéria, as aves infectadas foram
aves de capoeira ou domésticas, e não aves selvagens como acontece na Europa. Este surto
do vírus deve estar relacionado com o facto de o governo nigeriano não fechar as portas ao
comércio de aves infectadas e prova os riscos que o transporte não controlado de aves
domésticas representa para a propagação do vírus.
6. Portugal encontra-se no caminho das rotas migratórias Europeias. Diversas aves aquáticas
passam aqui o Inverno antes de regressar ao norte da Europa e Rússia para nidificar no
Verão. Paralelamente, outras espécies de aves que migraram no Outono passado para a
África subsariana começam agora a regressar às suas áreas de nidificação. A principal rota
migratória que nos diz respeito tem origem nas costas ocidentais de África e utilizará o sul
da Península Ibérica como área principal de passagem em direcção às suas zonas de cria na
Europa. Portugal é um país de passagem e cria de algumas destas aves, mas os riscos para a
saúde humana são reduzidos - a estirpe H5N1 do vírus continua a passar de ave a ave, e
muito dificilmente de ave a pessoa, e não existem ainda registos de aves selvagens
contaminadas nesta rota desde os países de origem até Portugal.
7. Apesar de neste momento o risco ser reduzido não é de desprezar a possibilidade de virem
a ocorrer casos de aves contaminadas em Portugal. Por isso a SPEA considera essencial
manter os esquemas de vigilância e de rastreio de contaminação realizados pelas entidades
nacionais (ver www.gripedasaves.pt) e as medidas de bio-segurança na Europa, evitando o
contacto de aves selvagens com as aves domésticas.
8. O transporte de aves domésticas acontece 365 dias ao ano, ao contrário dos movimentos
migratórios das aves selvagens, que se realizam apenas 2 vezes por ano, e esta é a fonte
mais provável dos surtos que têm acontecido em todo o mundo.

Sobre as rotas migratórias
9. As aves migradoras invernantes, especialmente aves aquáticas, que ocorrem em Portugal e
que são possíveis portadores do vírus da gripe aviária, viajam predominantemente a partir
de África e do Sul da Europa em direcção ao Norte, principalmente Sibéria e Rússia.
10. As aves migradoras fazem as suas viagens através de três vias migratórias principais: (i)
uma mais oriental, orientada para o estreito do Bósforo, onde foram detectados os casos de
gripe aviária da Turquia, da Roménia e da Grécia; (ii) uma via central, utilizada por aves
que seguem por Itália para daí transporem o Mediterrâneo desde o Norte de África; e (iii)
uma via ocidental, que passa pela Península Ibérica até ao Norte da Europa, utilizada pelas
as aves que invernam em Portugal e na África ocidental.
11. Na via migratória oriental foram já registados casos de gripe aviária na Grécia, na Turquia e
na Roménia que são do domínio público. Não se sabe ao certo qual a origem desses casos. O
facto de terem ocorrido próximo de zonas de concentração de aves aquáticas torna provável
que possam estar relacionados com aves selvagens. Frisamos que este modo de contágio
não está de forma alguma comprovado, mas não se pode ignorar a possibilidade de ter
acontecido.
12. As duas restantes vias migratórias apresentam, desde meados de Fevereiro de 2006, registo
de ocorrência de vírus da gripe aviária em Itália, Áustria e Alemanha. Em princípio, o facto
de os registos serem pouco numerosas e relativos a uma só espécie traz alguma
tranquilidade.
13. Tanto quanto se sabe, as aves que são infectadas pelo vírus e que contraem a doença
acabam por morrer rapidamente, o que obviamente limita bastante a sua capacidade
migratória. Quer isto dizer que uma ave infectada em África tem probabilidades reduzidas
de chegar até ao nosso país, mas por outro lado as aves podem ser saudáveis e serem
portadoras do vírus.
14. Existem algumas espécies aquáticas migradoras que efectuam migrações fora destas vias
principais acima descritas, por exemplo o zarro (Aythya ferina) e o arrabio (Anas acuta). Para
além destas, outras espécies movimentam-se em toda a região mediterrânica, podendo
viajar das regiões mais orientais para o nosso país. Exemplos destas aves são o flamingo
(Phoenicopterus ruber), o pernilongo (Himantopus himantopus) ou o colhereiro (Platalea
leucorodia). Acresce que existe a possibilidade de existirem movimentos de aves em
consequência de condições climatéricas particulares, como vagas de frio e tempestades.
15. Em resumo, consideramos que a probabilidade de ocorrência de aves migradoras infectadas
em Portugal é neste momento relativamente reduzida, mas não impossível. A
probabilidade de ocorrência nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira é
praticamente nula, pois receberão números perfeitamente residuais de aves migradoras.

Prevenção de focos de contágio
16. Mesmo no caso de ocorrerem registos de infecção na via migratória ocidental é de excluir
qualquer abate de efectivos populacionais de aves selvagens migradoras, que serão inúteis
para o controlo da doença e extremamente difíceis de pôr em prática. Esta posição é
partilhada pela Organização Mundial de Saúde, pela FAO das Nações Unidas e pela
Organização Mundial para o Bem-estar Animal, conforme se pode consultar em
www.birdlife.net. Assim, o abate de aves aquáticas não é de maneira nenhuma uma solução
para ‘controlar’ a doença, antes pelo contrário – promove a dispersão das aves por um
grande número de locais, o que traria consequências negativas no caso do eventual
aparecimento do vírus em Portugal.
17. As técnicas de controlo mais eficientes envolvem uma comprovada segurança biológica,
primeiramente da indústria aviária, de modo a reduzir o contacto entre animais domésticos
e aves selvagens ou com fontes de água infectadas. Estas medidas necessitam ser
complementadas com abates completos e rápidos das aves domésticas infectadas. Devem
ser consideradas medidas adicionais que podem incluir um controlo mais apertado dos
mercados de aves bem como o transporte de aves domésticas. Tais medidas devem ser
introduzidas a nível mundial. Os países onde actualmente não se verifica nenhum caso de
doença deveriam equacionar banir as importações de aves domésticas e de aves selvagens
provenientes de áreas afectadas. Impedir o acesso público a locais infectados é igualmente
uma medida sensata.
18. Para além do impacto da doença na economia e no modo de vida das populações e dos
potenciais riscos para a saúde, existem igualmente potenciais implicações a nível da
conservação das aves. Por exemplo, estima-se que entre 5% e 10% da população mundial de
ganso-de-cabeça-listada Anser indicus desapareceu devidos aos acontecimentos na China.
19. É nossa posição que se deve desde já ter extremo cuidado no manuseamento de aves
selvagens, especialmente as que forem encontradas mortas ou doentes. Isto aplica-se a
caçadores ou a investigadores que trabalhem em contacto directo com aves como medida
preventiva.

Recomendações para observadores de aves
A SPEA tem sido questionada sobre os riscos de transmissão da doença para profissionais ou
amadores, observadores de aves, caçadores ou público em geral. Acresce que a SPEA organiza
diversas iniciativas que envolvem trabalho voluntário, nomeadamente os Censos de Aves
Comuns (CAC), o projecto Novo Atlas das Aves Nidificantes em Portugal e as Contagens de
Aves no Natal e Ano Novo (CANAN), pelo que é nosso dever informar os nossos voluntários
sobre este tema.
O conhecimento actual permite-nos dizer que o risco de contágio de aves selvagens para o
homem é extremamente reduzido, provavelmente mais reduzido do que o risco de ‘importar’ a
doença através de aves domésticas importadas, legal ou ilegalmente. Este grau de risco é
baseado na informação acima descrita sobre as rotas migratórias para a Península Ibérica. Para
além disso é importante notar que não existem registos de transmissão do vírus de aves
selvagens para o homem, sendo os casos conhecidos causados pela proximidade do homem
com aves domesticadas.
No entanto, a situação e o cálculo de risco deve ser constantemente reavaliado e considerado.
Para isso contribuem os rastreios que têm sido conduzidos pela Direcção-Geral de Veterinária e
pelo Instituto da Conservação da Natureza através de amostras de aves aquáticas nas principais
zonas húmidas portuguesas. Para complementar esta informação será extremamente útil que os
observadores de aves estejam alertados para o problema e comuniquem rapidamente às
autoridades casos de grandes mortalidades de aves selvagens nos seus habitats. As aves
aquáticas são as espécies mais sujeitas e vulneráveis a este tipo de infecção. Note-se que é
relativamente normal encontrarem-se aves mortas no campo, logo deve-se usar o bom-senso,
comunicando apenas os casos de mortalidade mais fora do vulgar.
O vírus pode ser transmitido através de secreções nasais e excrementos, logo não se deve nunca
mexer em aves encontradas mortas ou agonizantes. No caso de anilhadores credenciados de
aves, estes devem seguir as recomendações transmitidas pela central portuguesa de anilhagem
de aves (CEMPA).
Frisamos que a probabilidade de o vírus H5N1 ocorrer em aves selvagens em Portugal é neste
momento extremamente reduzida. Continuamos obviamente a acompanhar todos os factos
sobre este tema e actualizaremos esta informação no caso de surgir qualquer aumento do risco.
Informação adicional sobre a gripe das aves
O vírus H5N1 encontra-se em franca expansão, a partir do sudeste asiático em 2003, chegando
neste final de Inverno à Europa e África, depois dos episódios do último Outono na China,
Cazaquistão, Mongólia, várias regiões da Rússia e dos países em redor do Mar Negro. Ainda
não está completamente claro o modo como a doença se tem vindo a espalhar.
Existem numerosas estirpes (pelo menos 144) do vírus da gripe, muitos dos quais presentes em
aves selvagens a níveis muito baixos, mas podem ocorrer mais frequentemente em aves
aquáticas. A maioria destes vírus presentes as populações de aves selvagens são benignos.
As estirpes altamente patogénicas deste vírus podem causar elevados índices de mortalidade
nas aves domésticas mas são muito raros em aves selvagens. O H5N1 é altamente patogénico
mas nunca foi detectado em aves selvagens antes dos acontecimentos no SE Asiático, Rússia e
nos países circundantes ao Mar Negro no final de 2005. É possível que tenha tido origem em
aves domésticas através da mutação de sub-tipos pouco patogénicos e, consequentemente, foi
transmitido das aves domésticas para as aves selvagens.
A transmissão é promovida pelas aves domésticas devido à densidade de aves e o consequente
contacto com fezes e outras secreções através das quais o vírus pode ser transmitido. As práticas
agrícolas do SE asiático onde as aves domésticas se misturam muitas vezes com aves selvagens,
especialmente com patos e gansos, o que terá facilitado a transmissão para as aves aquáticas
migradoras e conduzido ao aparecimento de várias aves mortas.
Não existe qualquer prova de que os seres humanos infectados pelo H5N1 o tenham adquirido
através de aves selvagens. Estas infecções ocorreram em indivíduos que contactaram muito de
perto com aves domésticas. O risco de perigo para a saúde vindo das aves selvagens é
extremamente baixo e pode ser minimizado evitando o contacto com aves doentes ou mortas.
Contudo, existe a possibilidade de o vírus se desenvolver numa estirpe que possa ser
transmissível de ser humano para ser humano. Se este cenário se verificar, o mais provável é
que aconteça no sudoeste asiático, de onde se poderia espalhar rapidamente para o resto do
mundo em forma de pandemia de gripe.

[nunofaustino]

Pata, nao conheco nenhuma maneira de estimar esse valor... no entanto, como deves perceber, qto maior for o numero de animais afectados (aves, gatos, ...), e acima de tudo de humanos afectados, mais provavel sera que ocorra uma mutacao que facilite a transmissao de humanos para humanos.

Para quem esta interessado em dar uma olhadela aos planos para combater a disseminacao da gripe, pode dar uma olhadela ao plano ingles (http://www.dh.gov.uk/assetRoot/04/12/17/44/04121744.pdf).

E interessante pois tem algumas conclusoes que sao contra o senso comum (por exemplo, este:
Closing schools and other educational facilities would have a limited effect on the epidemic. There would be a major reduction in the numbers of students affected, and this would be important if children or young adults turned out to be ‘at risk’ groups. On the other hand, there would be little reduction in the number of cases in the rest of the population).

Um abraco
Nuno

[Xanax]

Já levantada tão cedo, ai esses patinhos dão que fazer não é ???? Um beijinho para os três.
Voltando ao tema da nossa conversa Nuno, á dois meses, o Bush fez aprovar ai nos States uma Lei única e exclusivamente a pensar no h5n1, olha se calhar foi a única atitude de mérito preventiva em toda a sua governação, essas recomendações eram bem explicitas, recolher obrigatório, de facto se não queres uma mortandade a única forma de impedires a dessiminação é com uma lei marcial de recolher obrigatório. Em relação á situação que dizes não entender esta apatia dos Estados em revelar a verdadeira situação sanitária dos seus paises, não te esqueças, que á outros motivos que infelizmente falam mais alto,nomeadamente os económicos, disseram-me que na alemanha houve um atraso de vários dias na comunicação dos casos + recentes (isto em aves imagina se fossem humanos)porque entretanto se andou a discutir o impacto da situação no evento do Mundial. Espanha também já formou um grupo/Comissão prluridisciplinar para estudar o impacto da siuuação no sector económico e turistico. E nós o que achas que andamos a fazer ?????

[Pata-Hari]

Nuno, ou outra pessoa, qual a melhor estimativa para a probabilidade do virus mutar e passar a contaminar humanos directamente?

Da minha parte e tal como o xanax, acho que será dramático. Com um virus com uma taxa de mortalidade de 50% (se se mantiver) e contágio tão fácil quanto uma gripe, acho que as escolas fecham, os serviços publicos fecham, os supermercados fecham.... e que será um total panico.

[Iced]

Sinceramente também não estou preocupado enquanto a transmissão for apenas aves-homem e não homem-homem... De X em X anos aparece uma pandemia de gripe nos seres humanos por mudanças na estrutura genética do vírus. Apesar disso penso que as estruturas de prevenção estão bastante mais evoluídas hoje em dia e actuarão eficazmente. Este vírus em 2 anos matou 200 pessoas salvo erro... quase que aposto que vírus que circulam actualmente pelo nosso país mataram mais.

Cumprimentos

[nunofaustino]

Nao tem nada a ver com tratamento que eu conheca... alias, se houver uma pandemia provocada pela gripe das aves, duvido que os desenvolvimentos cientificos venham a tempo de evitar uma mega catastrofe humanitaria... mas dai a haver um recolhimento obrigatorio, em que apenas as entidades de saude e militares possam andar pelas ruas vai uma gd distancia... para alem de que duvido da eficacia dessa medida para controlar a pandemia.

Qto as aves que morreram em determinadas esploracoes agricolas, quase todos os anos acontece aquilo que aconteceu em sever do vouga... em maior ou menor escala, mas acontece. Mas normalmente apenas os ambientalistas ficam escandalizados... este ano ja nao foi assim. O "panico" causado por esta gripe das aves faz com que qquer passaro que apareca morto em Portugal seja analizado para ver se o H5N1 esta ou nao presente. Ate agora, nenhum dos 1100 passaros analizados deu um resultado positivo. Posso-te garantir que na regiao norte nao ha mesmo nenhum caso positivo (na regiao sul nao posso ter tanta certeza) e que qdo aparecer ele vai ser anunciado (nao ha motivo para nao ser...).

Finalmente, isto nao se trata de arrogancia Bushista nem nada que se pareca... eh a minha opiniao pessoal que daqui a 1 ano nao vamos estar sobre um recolher obrigatorio devido a gripe das aves... nao quero com isso dizer que nao concorde com a tua amiga qdo ela pensa que a gripe das aves representa uma ameaca muito seria para o futuro a curto/medio prazo. Pelo contrario.

Um abraco
Nuno

[Xanax]

Isso é o que se pode chamar arrogância Bushista ou é conhecimento de facto ?????
Em 1º lugar eu não afirmei que Portugal e a Espanha estariam coordenados nesta atitude, eu disse é que Portugal estaria a olhar para o lado com muita atenção e disso podes ter a certeza assim como a existencia de inúmeros casos suspeitos que teêm acontecido por esse País fora, nomeadamente a morte generalizada de efectivos em certas explorações avícolas e que o conselho dado pelas autoridades sanitárias é o mesmo daquele que tu viste na televisão, ensacar e enterrar. Em segundo lugar achas que é uma asneira assim tão grande a preocupação da minha amiga e tua colega .... hà dois meses a coisa estava confinada á Ásia e as perpectivas da actual desiminação a acontecer via as rotas migratórias levariam duas a três ciclos migratórios, actuamente está presente em três continentes sendo que um deles (África) é deveras incontrolável. Não estou a ver aonde estará tamanha asneira como quiseste subentender. Eu estou muito preocupado mas vejo que tu como biólogo estás super confiante, é por te encontrares nos States ou esse teu cepticismo deve-se a algum tratamento na manga.

[nunofaustino]

Xanax, sinceramente duvido que haja uma accao coordenada entre Portugal e Espanha para esconder os possiveis casos de H5N1. Para alem do ridiculo que eh esconder algo que nao tem gd vantagem em se esconder, correm o risco de serem apanhados com essa bomba nas maos e sairem bastante queimados.

Relativamente as aves que todos os dias sao enviadas para os laboratoriso para serem analizadas, este ano ja foram analizadas mais de 1100... apenas uma minoria (e mesmo assim ja sao muitas) sao referidas nos jornais e na comunicacao social.

Qto a aposta com a tua amiga biologa (eu tb sou biologo), faz a aposta com ela a vontade... e se conseguires que ela te de umas odds superiores a 1.5, entao aproveita que mesmo a 1.1 essa eh uma excelente aposta para fazer com ela .

Um abraco
Nuno

[Xanax]

sérias. Tenho uma amiga bióloga que aposta, fase ao grau de desiminação geográfico e espécimen do h5n1, o tempo de seis meses para o pessoal começar a ir aos hipers assambarcar comidinha para um recolher obrigatório de quarentena previsivel de 8 meses a 1 ano, em que só as autoridades de saude e as militares poderão livremente circular. A questão que se põe agora é quando é que o h5n1 atravessa a barreira da espécie, esta situação recente de terem identificado gatos portador sãos é deveras preocupante segundo ela, e diz que não se admira se a OMS elevar o nivel de alerta na sequência destas evidências. Deixa-me dizer-te também que a probalidade de existirem focus infeciosos em Portugal é altissima senão mesmo absoluta, of the record posso passar a informação ao fórum que existem á duas semanas a esta parte inúmeras focus de aves mortes sem que as autoridades o assumem, sabes estamos á espera que os nossos hermanos assumam primeiro os casos deles para imediatamente o fazermos, mas está descansada que desta semana não passamos.
Atenção: A minha opinião não é sustentada cientificamente nem detenho qualquer stock de tamiflu ou equivalente.

[Pata-Hari]

lol, aquele devia ser o virus do mercedes do embaixador ou do adido cultural da embaixada de espanha. Acho que detectei, no virus, um sotaque...

[devastador]

PATINHA HARI por favor, não passes outra vez pela rua do salitre!!! Cuidado com o vírus... O maldito ataca qualquer ave!!!!

[nunofaustino]

By MELISSA EDDY, Associated Press Writer

VIENNA, Austria - Three cats have tested positive for the deadly strain of bird flu in Austria's first reported case of the disease spreading to an animal other than a bird, state authorities said Monday.

The sick cats were among 170 living at an animal shelter where the disease was detected in chickens last month, authorities said.

The World Health Organization called bird flu a greater global challenge than any previous infectious disease, costing global agriculture more than $10 billion and affecting the livelihoods of 300 million farmers.

Poland reported its first outbreak of the disease, saying Monday that laboratory tests confirmed that two wild swans had died of the lethal strain.

Dr. Margaret Chan, who is spearheading WHO's efforts against bird flu, told disease experts meeting in Geneva to discuss bird flu preparations that the organization's top priority was to keep the deadly strain from mutating into a form easily passed between humans. That could trigger a global pandemic.

Since February, the virus has spread to birds in 17 new countries in Africa, Asia, Europe and the Middle East, she said.

"We truly feel that this present threat and any other threat like it is likely to stretch our global systems to the point of collapse," said Dr. Mike Ryan, WHO's director of epidemic and pandemic alert and response.

WHO spokeswoman Maria Cheng said experts hope to isolate outbreaks and establish agreements allowing international health authorities to respond quickly, testing viruses and putting in place measures to contain the disease.

In Austria, all the cats from the affected shelter have been moved to a location where they will remain under observation. The shelter has been closed, Health Minister Maria Rauch-Kallat told reporters in Vienna.

"We have decided to put all the cats in quarantine," Rauch-Kallat said. "Here they will be observed by veterinarians and experts in the coming days and weeks."

German authorities last month confirmed that a cat on the Baltic Sea island of Ruegen had succumbed to the deadly virus, which it is believed to have caught by eating an infected bird.

That would be consistent with a pattern of disease transmission seen in wild cats in Asia.

German officials have warned pet owners to keep their cats indoors and dogs on a leash in areas where the disease has been detected

Austria confirmed the nation's first case of H5N1 in a wild bird last month and has since detected several dozen cases in birds, including 29 in Styria.

According to WHO, several tigers and snow leopards in a zoo and several house cats were infected with H5N1 during outbreaks in Asia in 2003 and 2004.

Poland announced that the infected swans were found dead Thursday in Torun, about 120 miles northwest of Warsaw. Samples were being sent to Britain for further tests.

According to the latest WHO figures, the H5N1 strain has killed at least 95 people since 2003, mostly in Asia, and devastated poultry stocks. Scientists are concerned that the virus could mutate into a form easily spread between people, sparking a pandemic.

Meanwhile, a top animal health official with the Rome-based U.N. Food and Agriculture Organization said developed countries had responded slowly to bird flu, failing to control the disease in Asia and not doing enough to prepare poor countries, particularly in Africa, for its spread.

"In 2004 we said it will be an international crisis if we don't stop it in Asia, and this is exactly what is happening two years later," said Joseph Domenech, head of FAO's Animal Health Service.

"We were asking for emergency funds and they never came. We are constantly late."

Um abraco
Nuno

[nunofaustino]

Obrigado pelo esclarecimento Elias...

So ha uma coisa com a qual eu nao concordo (mais ou menos)... O facto de, ate agora, so terem aparecido aves de capoeira contaminadas na Nigeria nao quer dizer que as aves migratorias n estejam afectadas... penso que querera dizer que estas sao menos controladas do que as de capoeira e por isso ainda n foram detectadas... caso contrario, como eh que se explica que hajam casos de H5N1 naquele pais?

Finalmente, acho que eh improvavel (menos de 1%) que nao ocorram casos de H5N1 em Portugal/Espanha. O importante eh pensar no que se vai fazer qdo isso acontecer,e dexar de ter esta histeria qdo aparecem umas aves mortas por causas naturais.

Um abraco
Nuno

[Elias]

Marco, ainda hoje li uma entrevista por parte de um responsavel da spea (sociedade portuguesa para o estudo das aves) que afirmava que a gripe das aves deveria chegar a Portugal em 2 semanas. O ponto de entrada mais provavel sera a ponta de sagres/fronteira espanhola, vindo por isso das rotas migratorias africanas.

Este é mais um caso de desinformação jornalística.

Eu por acaso conheço pessoalmente a pessoa da spea que deu essa entrevista e ele não disse que a gripe das aves deveria chegar a Portugal dentro de duas semanas. O que ele disse foi que a migração das aves deveria começar dentro de duas semanas. Toda a parte da chegada da gripe foi especulação / extrapolação da jornalista.

Em Setembro / Outubro também partem do norte da Europa e passam por cá. É esse contágio que se teme. Já as que vêm de África, a partir do fim do mês, espera-se que não estejam ainda contagiadas. Mas como já houve casos na Nigéria... enfim, vamos no que isto dá.

O que os jornalistas se "esquecem" de referir é que os casos detectados na Nigéria envolveram aves domésticas ou de capoeira e não aves selvagens migratórias. Não há qualquer razão para alarmismos. Além de que as aves migradoras que passam por Portugal não têm como ponto de origem a Nigéria.

Sim, novamente hoje nas notícias da noite no Canal 2 foi de novo adiantado esse como o período mais sensível: o próximo mês de Outubro.

Também aqui me parece que se andam a provocar alarmismos perfeitamente infundados. Não há motivo para pensar que o vírus chegará a Portugal por meio de aves migradoras (as espécies selvagens em que até agora foi detectado o vírus não ocorrem no nosso país).
Já no ano passado quando chegámos a Setembro/Outubro se falou muito da possibilidade de haver chegada de vírus transportado por aves migradoras e depois, como se viu, não chegou vírus nenhum.
Além disso, não sei quem referiu que o mês de Outubro é o mais sensível, mas essa afirmação é uma imprecisão grosseira. A migração das aves vindas do Norte da Europa em direcção a África inicia-se em Julho e só termina em Dezembro. Os meses em que a passagem é mais intensa são Agosto, Setembro e Outubro. Estar a limitar o periodo migratório ao mês de Outubro é estar a informar mal as pessoas.

Aproveito também para comentar o destaque perfeitamente absurdo que se tem dado às aves marinhas que apareceram mortas nas nossas praias. Há anos que aparecem aves mortas e aliás no início da década de 1990 era feito anualmente um levantamento pelo ICN para contagens das aves que apareciam mortas nas praias durante o Inverno - o total anual andava pelas centenas ou mesmo milhares de aves, já sem considerar todas aquelas que não eram detectadas. Aves mortas aos milhares sempre houve e sempre haverá e por isso seria bom que as pessoas não entrassem em alarmismos por causa de um cadáver de gaivota, por exemplo.

Elias

[Pata-Hari]

Gripe das aves
Sever do Vouga: amostras de frangos mortos atirados para ravina recolhidas hoje
05.03.2006 - 13h07 Lusa



Alguns dos cerca de 500 frangos mortos e atirados para uma ravina do Rio Vouga, em Cedrim, Sever do Vouga, foram recolhidos hoje de manhã para análise, confirmou à Lusa o presidente da Junta, Edgar Jorge.

"As brigadas de ambiente da GNR estiveram hoje de manhã no local e foram recolhidos os frangos que estavam mais próximo da estrada", esclareceu Edgar Jorge, reclamando "que sejam apanhados os autores deste atentado ambiental".

O presidente da Junta reconheceu, no entanto, a dificuldade em identificar os autores do despejo porque há dezenas de aviários em Sever do Vouga e no concelho vizinho de Oliveira de Frades.

Cerca de 500 frangos de aviário em adiantado estado de decomposição embrulhados em sacos de ração foram encontrados ontem numa escarpa do Rio Vouga, junto à Estrada Nacional 16, na freguesia de Cedrim, concelho de Sever do Vouga.

Os frangos putrefactos terão sido despejados de uma altura de 250 metros em relação ao leito do rio Vouga e ficaram espalhados numa ravina com uma inclinação de cerca de 80 por cento, o que dificulta a sua remoção.

Segundo Luís Carneiro, da empresa de desportos de aventura Turnauga, cujas embarcações percorrem o rio, "há o risco das chuvas fazerem descair os que estão mais em cima para o leito do rio e dos outros virem a ser arrastados pela corrente, já que o caudal tende a subir".

O veterinário municipal, Marcelo Santos, admitiu também que o maior perigo neste momento é o da contaminação da linha de água, que tem a jusante a captação do Carvoeiro, que abastece de água a rede pública dos concelhos de Aveiro, Águeda, Albergaria-a-Velha, Estarreja, Ílhavo e Murtosa, com uma população a rondar os 200 mil consumidores.

"É necessário o Ministério do Ambiente arranjar uma solução que minimize os efeitos para a saúde pública, porque nem a Junta nem a Câmara têm meios para conseguir remover os frangos em decomposição, dado que estão num local muito íngreme e acidentado", afirmou Edgar Jorge.

[MarcoAntonio]

Sim, novamente hoje nas notícias da noite no Canal 2 foi de novo adiantado esse como o período mais sensível: o próximo mês de Outubro.

[Alemao]

Alguém sabe quando vamos ter warrants H5N1?
Prevê-se maturidade para Outubro ou para daqui a 15 dias.
Eu cá aposto em calls...

[Dwer]

em setembro/ outubro as aves partem de portugal.

elas chegam a portugal a aprtir deste mÊs.

Em Setembro / Outubro também partem do norte da Europa e passam por cá. É esse contágio que se teme. Já as que vêm de África, a partir do fim do mês, espera-se que não estejam ainda contagiadas. Mas como já houve casos na Nigéria... enfim, vamos no que isto dá.

[kostta]

em setembro/ outubro as aves partem de portugal.

elas chegam a portugal a aprtir deste mÊs.

[josecarlosvalente]

Eu sou natural de Ovar!

Alguém daqui é de lá! Foram encontradas aves mortas e foram para analise?

Natural Ovar, nascido em Aveiro e desde os 5anos em Lisboa, sou um gajo viajado :p

Espero que as aves não tenham o H5N1

[JOSE DUARTE]

Notícia de última hora:
Pinto da Costa com gripe das aves , após o bailinho de Domingo.


Saudações Alentejanas

[nunofaustino]

Marco, ainda hoje li uma entrevista por parte de um responsavel da spea (sociedade portuguesa para o estudo das aves) que afirmava que a gripe das aves deveria chegar a Portugal em 2 semanas. O ponto de entrada mais provavel sera a ponta de sagres/fronteira espanhola, vindo por isso das rotas migratorias africanas.

No mesmo artigo diziam que este ano ja foram testadas mais de 1100 aves, e que ate agora nenhuma foi positiva...

Finalmente, uma sub-directora geral da saude (Graca Freitas) dizia que o mais importante era impedir o contacto entre aves selvagens e aves domesticas. Ate agora nao ha casos de transmissao entre aves selvagens e humanos. Isto pode dever-se ao menor contacto entre humanos e aves selvagens ou a diferencas na transmissao do virus de aves selvagens ou aves domesticas para humanos, dai a tentativa de evitar a transmissao de aves selvagens para aves domesticas

Um abraco
Nuno

P.S. a entrevista foi dada a revista Mundus (e eu nao consigo fazer copy paste de la).

[MarcoAntonio]

As previsões que têm sido dadas não têm sido para dias, Nuno, mas para alguns meses.

Segundo uma das últimas informações que ouvi, na TSF por um biólogo especialista, poderia ocorrer na proxima migração, lá para Outubro (terá de ser no regresso e chegarem cá vivos).

À partida, o que se ouvir antes disso, deverá ser falso alarme...

Mas, nada como tomar todas as providências e ir realizando os testes nos passaros que forem sendo encontrados mortos.

[nunofaustino]

mas eh inevitavel que a gripe das aves chegue nos proximos dias a portugal... estranho eh se nao se detectarem nenhuns casos...

Jocas
Nuno