Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[valves]

... sim é um dia bastante triste e vai trazer prejuizos á economia nacional. acho que num contexto em que perdemos no comercio de bens indiferenciados com chineses Indianos é uma trajédia se não nos deixarem proteger as nossas marcas ...

Abraço

[TheTraveler]

Bruxelas ameaça o vinho do Porto

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Data: Fev 25, 2004 - 10:33 AM
Portugal perde exclusividade no uso de expressões como “ruby” e “vintage”. Decisão comunitária é uma “tragédia” para o Douro, alertam os produtores

Portugal perdeu, ontem, a última batalha na defesa da exclusividade nacional das denominações vintage, ruby e tawny para efeitos de rotulagem do vinho do Porto. O que significa que vinhos produzidos em outros países, nomeadamente na África do Sul, Austrália e Estados Unidos, vão poder passar a usar as mesmas designações.

A medida, tornada ontem incontornável, suscitou de imediato uma grande apreensão no Douro. Adegas e produtores temem que a vulgarização das designações ponham em causa não apenas o nome do vinho do Porto, mas também o negócio e, por essa via, o futuro da região (ver texto na página 3)

A última tentativa para evitar os efeitos de tal medida na comercialização de vinho do Porto foi feita ontem junto do comissário europeu responsável pela política agrícola. Mas Franz Fischler manifestou total indisponibilidade para revogar a decisão comunitária que põe fim à exclusividade portugues a.

" A queda desta protecção da União Europeia é, de facto, uma perda muito grande para o vinho do Porto, porque o Port é uma designação internacional com uma notoriedade muito grande, mas também o são o tawny, o ruby e sobretudo o vintage", defende Isabel Marrana, presidente da Associação de Produtores de Vinho do Porto. "Preocupa-nos que outras produções possam usar estes termos. A nossa utilização mantém-se, mas não fica protegida de forma exclusiva", refere a responsável, citada pela TSF.

A questão voltou a ser levantada ontem no Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia. Fischler foi ali instado pelos países produtores de vinho a abrir mão do novo regulamento comunitário sobre a rotulagem dos vinhos de qualidade, cuja versão revista fora adoptada na véspera pela Comissão Europeia.

Consumidor confuso

"Estas menções foram tornadas conhecidas pelo mérito do nosso Porto ou vinho da Madeira, e é uma questão que pode criar uma grande confusão nos consumidores", frisou o ministro português, Sevinate Pinto, à entrada para a reunião. O comissário Fischler respondeu pela negativa, alegando a escassa margem de manobra que a Europa tem na Organização Mundial do Comércio (OMC), a qual, por compromissos internacionais assumidos, impedem que continue a reservar a utilização daquelas denominações tradicionais aos produtores comunitários.

Fischler referia-se ao acordo da OMC que regula a aplicação das normas mínimas de protecção da propriedade intelectual no comércio. Este acordo autoriza os países terceiros a usar certas denominações tradicionais europeias, desde que também respeitem as condições exigidas aos produtores europeus.

A adopção definitiva do regulamento revisto segunda-feira surge na sequência de um parecer do Comité de Gestão do Vinho da União Europeia, em cuja reunião de 10 de Fevereiro a proposta da Comissão de acabar com o exclusivo europeu foi aprovada, apesar de rejeitada por seis países - Portugal, França Itália, Espanha, Grécia e Luxemburgo. As regras que regem o funcionamento deste comité especializado dão à Comissão a última palavra na matéria.

Protestos

A medida motivou os protestos das principais organizações agrícolas europeias, COPA e COGECA, que denunciam a concorrência acrescida que os produtores europeus vão ter de enfrentar no seu próprio terreno, bem como a confusão que irá gerar-se entre os consumidores.

Embora inflexível, Fis-chler procurou tranquilizar os contestatários, assegurando que não utilizará as denominações tradicionais quem quer. "A natureza das condições que os países terceiros devem cumprir para utilizar as denominações tradicionais e a vigilância exercida pela Comissão e pelos Estados-Membros aquando da apreciação dos pedidos (de autorização de rotulagem) deles constituem uma garantia contra todos os abusos", declarou o comissário.

*com Paulo Ferreira

A discussão sobre as regras de etiquetagem já tem alguns anos. Mas só ontem ficou definitivamente assente que não há volta a dar à liberalização das denominações. Entre as autorizadas no âmbito das novas regras estão a tawny e a ruby, ligadas à cor do vinho, a vintage, utilizada para colheitas excepcionais ou com mais de 20 anos, e a late bottled (engarrafamento tardio), ligadas ao vinho do Porto, bem como a denominação escuro, fino, frasqueira, reserva velha e solera do vinho Madeira.

Em causa estão ainda denominações como vinho regional, vinho generoso (que abrange os vinhos do Porto, da Madeira, moscatel de Setúbal e Carcavelos) e vinho doce natural.

Os contestários alegavam que com o novo regulamento os termos tradicionais não "estarão suficientemente protegidos contra o uso inapropriado dos produtores de países terceiros". Não tiveram êxito.


Fonte:Jornal de Notícias

Simplesmente ridículo
E o nós continuamos quietinhos no nosso cantinho
Nomes como Champagne, Cognac, Jerez etc, sempre foram protegidos, o nosso Porto sempre foi deixado ao desleixo, "registar? Pra quê? Vamos mas é beber vinho"
As nossas autoridades podiam ter dado uma forcinha nisto se quisessem, mas é melhor agradar a UE porque o nosso défice até vai alto...