AB e DB?
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AB e DB?
OPINIÃO Publicado 10 Fevereiro 2006
Camilo Lourenço
AB e DB?
camilolourenco@gmail.com
Num país de brandos costumes também nos negócios, o abanão de Belmiro à PT vai revolucionar mentalidades? Ou seja, nos negócios haverá um AB (antes de Belmiro) e DB (depois de Belmiro)? Era bom.
Seria sinal de maturidade do ambiente empresarial, com tudo o que lhe está associado: management competente, alianças accionistas sólidas, estratégias claras, maior eficiência. Mas não sei se será assim: o mercado de capitais, o catalisador destas revoluções, é estreito e poucas empresas de peso lá estão (não chega a 30% do PIB). E as que estão, algumas têm os estatutos tão blindados que é legítimo perguntar o que andam lá a fazer. Razão dois: estar na periferia do mundo traz vantagens, mas muitos inconvenientes.
É preciso o dobro (?) do tempo para mudar mentalidades (alguém está a ver uma súbita conversão de «patrões» em «empresários»?). Se não fosse assim, porque encontramos tantas semelhanças entre o retrato da sociedade portuguesa no final do século XX e o retrato pintado por Eça de Queirós e Ramalho Ortigão cem anos antes? Mas pode ser que este episódio deixe alguma semente: que os «patrões» portugueses percebam que, ou abrem o capital, ou as empresas fecham; que o Estado repense o que anda a fazer em algumas empresas (na EDP, por exemplo)... Pode ser.
http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=271509
Camilo Lourenço
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camilolourenco@gmail.com
Num país de brandos costumes também nos negócios, o abanão de Belmiro à PT vai revolucionar mentalidades? Ou seja, nos negócios haverá um AB (antes de Belmiro) e DB (depois de Belmiro)? Era bom.
Seria sinal de maturidade do ambiente empresarial, com tudo o que lhe está associado: management competente, alianças accionistas sólidas, estratégias claras, maior eficiência. Mas não sei se será assim: o mercado de capitais, o catalisador destas revoluções, é estreito e poucas empresas de peso lá estão (não chega a 30% do PIB). E as que estão, algumas têm os estatutos tão blindados que é legítimo perguntar o que andam lá a fazer. Razão dois: estar na periferia do mundo traz vantagens, mas muitos inconvenientes.
É preciso o dobro (?) do tempo para mudar mentalidades (alguém está a ver uma súbita conversão de «patrões» em «empresários»?). Se não fosse assim, porque encontramos tantas semelhanças entre o retrato da sociedade portuguesa no final do século XX e o retrato pintado por Eça de Queirós e Ramalho Ortigão cem anos antes? Mas pode ser que este episódio deixe alguma semente: que os «patrões» portugueses percebam que, ou abrem o capital, ou as empresas fecham; que o Estado repense o que anda a fazer em algumas empresas (na EDP, por exemplo)... Pode ser.
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