Bolsa: um jogo?
Que topico tão interessante!
Ora bem, um investidor é aquele que depois de muito ponderar/estudar faz um investimento a medio/longo prazo, coloca um stop-loss e encerra o PC... depois á noite vai olhando e actualizando o stop ou fecha o trade se achar que chegou a altura.
Todos os outros que acompanham o mercado no PC, principalmente os Daytrader, são jogadores. Não porque actuam por palpites mas porque gostam da adrenalina.
Eu sou um jogador e não actuo por palpites mas sim pela analise tecnica.
Ora bem, um investidor é aquele que depois de muito ponderar/estudar faz um investimento a medio/longo prazo, coloca um stop-loss e encerra o PC... depois á noite vai olhando e actualizando o stop ou fecha o trade se achar que chegou a altura.
Todos os outros que acompanham o mercado no PC, principalmente os Daytrader, são jogadores. Não porque actuam por palpites mas porque gostam da adrenalina.
Eu sou um jogador e não actuo por palpites mas sim pela analise tecnica.
LOL
Ó Bond, parece-me que tens os conceitos todos trocados, Onde devias dizer "jogar" falas em investir...
E onde falas em investidor mal informado, é onde devias fazer valer o conceito de investimento, com um retorno anual, associado à produtividade e gestão de uma empresa.
Penso que o teu maior handicap nesta questão é o preconceito com a palavra Jogo. Associas-lhe automaticamente uma componente lúdica quanda existem jogos nada engraçados. Estava a lembrar-me da Roleta Russa, que é um jogo de probabilidades e não tem piada nenhuma! Também posso lembrar-me do xadrez (muitas vezes até associado à bolsa pela caracteristiva de antecipação dos movimentos do adversário) que é um jogo 3D de Simulação de Guerra com cerca de 3 mil anos.
Ó Bond, parece-me que tens os conceitos todos trocados, Onde devias dizer "jogar" falas em investir...
E onde falas em investidor mal informado, é onde devias fazer valer o conceito de investimento, com um retorno anual, associado à produtividade e gestão de uma empresa.
Penso que o teu maior handicap nesta questão é o preconceito com a palavra Jogo. Associas-lhe automaticamente uma componente lúdica quanda existem jogos nada engraçados. Estava a lembrar-me da Roleta Russa, que é um jogo de probabilidades e não tem piada nenhuma! Também posso lembrar-me do xadrez (muitas vezes até associado à bolsa pela caracteristiva de antecipação dos movimentos do adversário) que é um jogo 3D de Simulação de Guerra com cerca de 3 mil anos.
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- Registado: 2/10/2005 12:32
E o que diferencia um anjo-macho de um anjo-fêmea?
Andar a discutir isto é tão útil como discutir o sexo dos anjos...
JAS
Não menospreze o papel que o comportamento de um investidor/jogador tem no mercado.
Entre outras razões, é devido a esse comportamento, nem sempre racional, que se torna difícil prever a evolução futura de um mercado ou de um activo.
Arrisco dizer que preferia compreender o comportamento bolsista que dominar em profundidade a AT.
Dwer, na minha opinião, o que distingue um investidor de um esculador não é o tempo. O investidor compra e esquece, só querendo receber os dividendos. O especulador é toda e qualquer pessoa que compra e quer vender mais caro, quer seja daqui a 1 minuto quer ser daqui a 20 anos...
Jack
Concordo consigo quando diz que a diferença entre um investidor e um especulador não é o tempo do investimento.
Não posso é concordar com a sua noção de investidor/especulador.
Quem investe em bolsa tem sempre a perspectiva de vender mais caro. Provavelmente a expectativa quanto ao momento em que essa venda vai ocorrer é que difere.
Um investidor que só pensa nos dividendos é um investidor, pelo menos, mal informado. Se for este o objectivo, na maioria dos casos há produtos financeiros menos arriscados e com rendibilidades superiores.
Eu sou um especulador.
Cuidado Jack.
Quando se trata de valores mobiliários, é preciso ter muito cuidado ao utilizar a palavra "especulação", não vá estar a confessar um crime "em directo" e cuja punição nem é nada meiga...
Um abraço
“Nenhum vencedor acredita no acaso"
Friedrich Wilhelm Nietzsche
1844-1900
Friedrich Wilhelm Nietzsche
1844-1900
Para mim investir (financeiramente falando), são todas as aplicações que se fazem (em bolsa ou não) com o intuito de criar riqueza (durem um dia ou 100 anos).
Jogar, na minha opinião, implica outros objectivos que não a criação de riqueza (acima de tudo diversão).
Não quero com isto dizer que investir não possa ser divertido (porque claramente o é) mas claramente não é o objectivo principal e por isso acho que é aí que acontece a diferênciação entre jogar e investir.
Quando aplico capital na bolsa (e apesar de me dar um certo gozo - como me dão os outros investimentos que faço - ) faço-o para realizar mais-valias e por esta razão INVISTO.
Depende portanto da forma de encarar de cada um e não digo que não haverá por aí muita gente a "jogar à bol(s)a"...
Eu invisto... (opiniões...
)
Cumprimentos
JCS
Jogar, na minha opinião, implica outros objectivos que não a criação de riqueza (acima de tudo diversão).
Não quero com isto dizer que investir não possa ser divertido (porque claramente o é) mas claramente não é o objectivo principal e por isso acho que é aí que acontece a diferênciação entre jogar e investir.
Quando aplico capital na bolsa (e apesar de me dar um certo gozo - como me dão os outros investimentos que faço - ) faço-o para realizar mais-valias e por esta razão INVISTO.
Depende portanto da forma de encarar de cada um e não digo que não haverá por aí muita gente a "jogar à bol(s)a"...
Eu invisto... (opiniões...
Cumprimentos
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
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"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
Re
Braganext Escreveu:Para já tenho que estar nitidamente nos 20% que não perdem em Bolsa. Agora pergunto? Que precisa de acontecer para naturalmente eu passar para a tal maioria (80%) que perdem em Bolsa?
Precisa apenas de passar "tempo"...
Já vi muita gente passar anos a ganhar na Bolsa e depois derreter tudo quando ocorre um crash ou quando se mantêm longos pelo Bear market fora.
Dwer Escreveu:Não sei se estou a perceber bem a questão.
O que é que diferencia um jogador de um investidor?
O perfil de risco? O conhecimento das empresas? O facto de se usar AF ou AT?
E o que diferencia um anjo-macho de um anjo-fêmea?
Andar a discutir isto é tão útil como discutir o sexo dos anjos...
fiódor Escreveu:Além disso, um dos produtos mais comentados, logo supostamente mais usados pelos frequentadores deste fórum, são os warrants, e isso significa especulação pura.
Para escreveres esta barbaridade, não deves fazer a mínima ideia do que são warrants...
Suponhamos que queres investir na PTC e que ela está 8,30.
Irás comprar, por exemplo, 1000 acções a 8,31 (para que não te chamem especulador...) e investes 8.310 euros mais comissões.
Outro investidor, sem esses preconceitos, poderá comprar 2000 TW's, com paridade 2:1, strike 7,75, que estão cotados a 0,33-0,35.
Irá investir apenas 2000 x 0,35 = 700 euros mais comissões.
Ou seja menos de 10% do que o primeiro investe.
Um e outro ganham ou perdem exactamente o mesmo com subidas ou descidas...
Um não será "especulador" mas deve ser um investidor mal informado...
O que é muito pior.
Além disso, quando a AT indica quedas, o primeiro só pode ficar de fora (lucro zero) e o segundo pode comprar puts e ter lucro...
JAS
Na Bolsa como no Poker há que ter uma boa mão...
GAB Escreveu:É a moderna lâmpada de Aladim que, esfregada, pode fazer a felicidade de um bom moço como a de um bando de escroques. De alguém, sem ter que trabalhar, ganhar um bom dinheiro.
Quem diz isto, nunca tentou fazer dinheiro na Bolsa.
Estou plenamente convencido que jogar na Bolsa, ou seja, ser um especulador de sucesso concistente, é o trabalho mais árduo do mundo. Mas, felizmente, extremamente gratificante.
Se fosse fácil, não acham que toda a gente vivia disto?
É preciso ser-se muito bom em muitas coisas. E algumas coisas nem está ao alcance da pessoa para mudar. É por isso que se diz que cada um nasce para o que nasce.
Se numa determinada actividade é primordial ter concentração, noutra poder analítico, noutra sangue frio, etc etc. Para a bolsa é necessário o somatório de cada uma das coisas que é necessária nessas actividades e ainda mais...
Dwer, na minha opinião, o que distingue um investidor de um esculador não é o tempo. O investidor compra e esquece, só querendo receber os dividendos. O especulador é toda e qualquer pessoa que compra e quer vender mais caro, quer seja daqui a 1 minuto quer ser daqui a 20 anos...
Definição de especular:
-ver, olhar atentamente, vigiar;
-observar;
-inquirir;
-estudar;
-meditar sobre qualquer matéria e fazer dela estudo teórico;
-meter-se em negócios com a mira de lucros;
Abraço
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- Registado: 2/10/2005 12:32
cá pra mim, e dentro do nosso pequeno mundo (deixem lá o Buffet e o Soros fora disto) o investidor é um especulador/jogador a quem o negocios deram pró torto.
Daí talvez o porquê do JAS dizer que 80% por cento dos investidores perderem na Bolsa. O nosso país ainda está cheio de investidores na EDP, por exemplo. Estão todos a consumir electricidade sofregamente para empurrarem a cotação para cima dos 3 euros (finalmente!).
Eu proprio ainda sou investidor, com uma participação qualificada na Sonae.Com, adquirida a 10 euros, mas não estou nada preocupado, pois quando a comprei a esse preço na OPV foi com a perfeita percepção de que estava a fazer um investimento estratégico para uma vida. Aliás, ainda que elas tivessem subido 500% logo a seguir, estilo PTM,(o que eu esperava aliás que acontecesse) eu não as teria vendido, porque o meu objectivo era participar financeiramente na construção de uma grande multinacional de telecomunicações made in Portugal, e deixar a posição estratégica nesta empresa aos meus filhos, por herança. Eu sei que um dia o tempo se encarregará de me dar razão...se houver tempo. Eu sou um investidor, não um badameco de um jogador! Não estou nada preocupado com a desvalorização teorica do meu investimento! O dinheiro nem me fazia falta! Isto é estratégia de investimento, seus jogadorzecos!
Daí talvez o porquê do JAS dizer que 80% por cento dos investidores perderem na Bolsa. O nosso país ainda está cheio de investidores na EDP, por exemplo. Estão todos a consumir electricidade sofregamente para empurrarem a cotação para cima dos 3 euros (finalmente!).
Eu proprio ainda sou investidor, com uma participação qualificada na Sonae.Com, adquirida a 10 euros, mas não estou nada preocupado, pois quando a comprei a esse preço na OPV foi com a perfeita percepção de que estava a fazer um investimento estratégico para uma vida. Aliás, ainda que elas tivessem subido 500% logo a seguir, estilo PTM,(o que eu esperava aliás que acontecesse) eu não as teria vendido, porque o meu objectivo era participar financeiramente na construção de uma grande multinacional de telecomunicações made in Portugal, e deixar a posição estratégica nesta empresa aos meus filhos, por herança. Eu sei que um dia o tempo se encarregará de me dar razão...se houver tempo. Eu sou um investidor, não um badameco de um jogador! Não estou nada preocupado com a desvalorização teorica do meu investimento! O dinheiro nem me fazia falta! Isto é estratégia de investimento, seus jogadorzecos!
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- Registado: 9/12/2002 13:40
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o assunto vai extenso, mas o tema é interessante.
quanto a mim a actuação em bolsa é diversa, e para a maioria de nós é especulação e jogo.
um pequeno investidor não passa dum especulador/jogador que vai usando as ferramentas que estão ao seu alcance.
os investidores são aqueles que arriscaram o seu capital na criação das empresas em que nós jogamos
quanto mais "velho" se é nisto, mais se usa o chamado "feeling" seja para entrar quando outros estão na dúvida, seja para antecipar saídas.
o "feeling" é algo que não se ensina, só o tempo e o "calo" o proporcionam.
quanto a mim a actuação em bolsa é diversa, e para a maioria de nós é especulação e jogo.
um pequeno investidor não passa dum especulador/jogador que vai usando as ferramentas que estão ao seu alcance.
os investidores são aqueles que arriscaram o seu capital na criação das empresas em que nós jogamos
quanto mais "velho" se é nisto, mais se usa o chamado "feeling" seja para entrar quando outros estão na dúvida, seja para antecipar saídas.
o "feeling" é algo que não se ensina, só o tempo e o "calo" o proporcionam.
Comprar na baixa, vender na alta. Uma regra simples. Então, por que tanta gente perde dinheiro na Bolsa?
O que significa para você a notícia de que a NYSE, a Bolsa de Valores de Nova York, caiu 10% afetando todos os mercados de bolsa do mundo, inclusive a Bolsa de Valores de São Paulo, que encerra o pregão com baixa de 7% ?
Na sua família existe a história daquele tio rico que fez fortuna comprando e vendendo ações e também de outro que está na miséria por ter aplicado seu suado dinheiro em ações e assim você chega à conclusão de que este mercado é somente para os sortudos, e que o salão da Bovespa dever ser mais parecido com um cassino de Las Vegas ? Será?
Vamos tentar entender. Por que uma empresa resolve se transformar em uma Sociedade por Ações de capital aberto? Há muitos motivos, entre eles:
1- O mercado de capitais é uma fonte de recursos financeiros para promover a expansão da empresa. Outra maneira seria contrair dívidas e enfrentar as exigências dos credores.
2- Os credores da empresa passam a ver com bons olhos uma empresa que resolveu abrir seu capital, devido entre outros fatores a um melhor gerenciamento contábil, auditoria em seus balanços e profissionalização de sua administração.
Há duas fases neste processo de abertura de capital. A primeira ocorre no mercado primário. É lá que a empresa vende suas ações aos investidores, obtendo recursos para expandir seus negócios. Os investidores, ao comprarem a ações, tornam-se sócios da empresa e têm a expectativa de que os lucros gerados pelo investimento ocasionarão a valorização dos papéis comprados. A segunda fase ocorre no mercado secundário, ou, propriamente dito, o mercado de bolsa. É lá que os acionistas vendem suas ações para outros investidores. No Brasil, a mais conhecida é a Bolsa de Valores de São Paulo, ou Bovespa. Uma Bolsa de Valores nada mais é do que um clube fechado de corretores que adquiriram, com a compra do título de associado, o direito de atuarem no mercado de compra e venda de ações, representando seus clientes, os investidores. No mercado secundário não ocorre a entrada de novos recursos financeiros para a empresa. Entretanto, caso a empresa necessite fazer nova tomada de capital, terá maior poder de negociação caso suas ações sejam rentáveis no mercado de bolsa, ou secundário. Daí o porquê de o mercado secundário ter tanto valor para as empresas que possuem ações negociáveis na Bolsa de Valores. Então, quando um investidor compra ações de uma empresa na Bolsa de Valores, ele torna-se sócio, tanto no lucro como no prejuízo. Cada ação é lastreada em prédios, equipamentos e muito capital humano. Bem diferente de um cassino ou uma jogatina, não é verdade? Além da valorização dos papéis que se reflete em ganhos quando de sua venda, um segundo motivo para investir em ações chama-se dividendos, que é um percentual do lucro líquido da empresa distribuído aos acionistas. A Lei das SA determina que no mínimo 25% deste lucro seja distribuído aos acionistas sob a forma de dividendos. Por que um investimento em ações é considerado de longo prazo? Entre outros motivos devido a sua alta volatilidade, que se reduz substancialmente quando se considera períodos maiores de tempo. Esta volatilidade está ligada ao fato de este mercado sofrer influências dos mais diversos tipos, desde políticas, passando pelo cenário econômico nacional e internacional, perspectivas de crescimento econômico, taxa de juros e inflação, até boatos de quebra de empresas. Três são as figuras presentes no mercado de ações: o investidor, o especulador e o manipulador. O investidor é aquele com visão de longo prazo, que diversifica sua carteira para diminuir o risco a ela inerente e dá valor ao recebimento de dividendos. O especulador, embora mal falado, é de fundamental importância por fornecer liquidez ao mercado nos momentos de dificuldades. Possui como característica atuar no curto prazo e não diversificar. Aposta para ganhar ou perder. O manipulador, sim, é a figura destrutiva do mercado. Possuidor de grande poder, muitas vezes de informações privilegiadas sobre empresas, consegue conduzir os preços dos papéis na direção que deseja, causando enormes prejuízos aos investidores. Deve ser duramente combatido. Enfim, amigo internauta, eu diria que muita gente perde dinheiro na Bolsa de Valores por um ou mais dos motivos abaixo:
1) entrar e sair muito rápido do mercado, o que, na maioria das vezes, ocasiona a compra na alta e a venda na baixa.
2) não analisar as empresas, apostando naquelas que estão na moda, ou em empresas sem um histórico de performance.
3) não ter visão de longo prazo, querendo obter lucros rápidos.
4) não diversificar, ou aplicar em empresas de um mesmo setor.
O que significa para você a notícia de que a NYSE, a Bolsa de Valores de Nova York, caiu 10% afetando todos os mercados de bolsa do mundo, inclusive a Bolsa de Valores de São Paulo, que encerra o pregão com baixa de 7% ?
Na sua família existe a história daquele tio rico que fez fortuna comprando e vendendo ações e também de outro que está na miséria por ter aplicado seu suado dinheiro em ações e assim você chega à conclusão de que este mercado é somente para os sortudos, e que o salão da Bovespa dever ser mais parecido com um cassino de Las Vegas ? Será?
Vamos tentar entender. Por que uma empresa resolve se transformar em uma Sociedade por Ações de capital aberto? Há muitos motivos, entre eles:
1- O mercado de capitais é uma fonte de recursos financeiros para promover a expansão da empresa. Outra maneira seria contrair dívidas e enfrentar as exigências dos credores.
2- Os credores da empresa passam a ver com bons olhos uma empresa que resolveu abrir seu capital, devido entre outros fatores a um melhor gerenciamento contábil, auditoria em seus balanços e profissionalização de sua administração.
Há duas fases neste processo de abertura de capital. A primeira ocorre no mercado primário. É lá que a empresa vende suas ações aos investidores, obtendo recursos para expandir seus negócios. Os investidores, ao comprarem a ações, tornam-se sócios da empresa e têm a expectativa de que os lucros gerados pelo investimento ocasionarão a valorização dos papéis comprados. A segunda fase ocorre no mercado secundário, ou, propriamente dito, o mercado de bolsa. É lá que os acionistas vendem suas ações para outros investidores. No Brasil, a mais conhecida é a Bolsa de Valores de São Paulo, ou Bovespa. Uma Bolsa de Valores nada mais é do que um clube fechado de corretores que adquiriram, com a compra do título de associado, o direito de atuarem no mercado de compra e venda de ações, representando seus clientes, os investidores. No mercado secundário não ocorre a entrada de novos recursos financeiros para a empresa. Entretanto, caso a empresa necessite fazer nova tomada de capital, terá maior poder de negociação caso suas ações sejam rentáveis no mercado de bolsa, ou secundário. Daí o porquê de o mercado secundário ter tanto valor para as empresas que possuem ações negociáveis na Bolsa de Valores. Então, quando um investidor compra ações de uma empresa na Bolsa de Valores, ele torna-se sócio, tanto no lucro como no prejuízo. Cada ação é lastreada em prédios, equipamentos e muito capital humano. Bem diferente de um cassino ou uma jogatina, não é verdade? Além da valorização dos papéis que se reflete em ganhos quando de sua venda, um segundo motivo para investir em ações chama-se dividendos, que é um percentual do lucro líquido da empresa distribuído aos acionistas. A Lei das SA determina que no mínimo 25% deste lucro seja distribuído aos acionistas sob a forma de dividendos. Por que um investimento em ações é considerado de longo prazo? Entre outros motivos devido a sua alta volatilidade, que se reduz substancialmente quando se considera períodos maiores de tempo. Esta volatilidade está ligada ao fato de este mercado sofrer influências dos mais diversos tipos, desde políticas, passando pelo cenário econômico nacional e internacional, perspectivas de crescimento econômico, taxa de juros e inflação, até boatos de quebra de empresas. Três são as figuras presentes no mercado de ações: o investidor, o especulador e o manipulador. O investidor é aquele com visão de longo prazo, que diversifica sua carteira para diminuir o risco a ela inerente e dá valor ao recebimento de dividendos. O especulador, embora mal falado, é de fundamental importância por fornecer liquidez ao mercado nos momentos de dificuldades. Possui como característica atuar no curto prazo e não diversificar. Aposta para ganhar ou perder. O manipulador, sim, é a figura destrutiva do mercado. Possuidor de grande poder, muitas vezes de informações privilegiadas sobre empresas, consegue conduzir os preços dos papéis na direção que deseja, causando enormes prejuízos aos investidores. Deve ser duramente combatido. Enfim, amigo internauta, eu diria que muita gente perde dinheiro na Bolsa de Valores por um ou mais dos motivos abaixo:
1) entrar e sair muito rápido do mercado, o que, na maioria das vezes, ocasiona a compra na alta e a venda na baixa.
2) não analisar as empresas, apostando naquelas que estão na moda, ou em empresas sem um histórico de performance.
3) não ter visão de longo prazo, querendo obter lucros rápidos.
4) não diversificar, ou aplicar em empresas de um mesmo setor.
Toolbar de bolsa com chat, download:
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Na minha opinião a Bolsa é um investimento e dentro deste há os investimentos com maior ou menor risco, dependendo da Empresa em que investimos o nosso Capital, quer seja, por exemplo, pela especulação que paira sobre ela, a perpectiva de concretização de negócios que possam vir a subir a cotação, o histórico de resultados, etc, mas sempre há um conhecimento ou uma base a partir da qual podemos chegar a uma decisão sobre onde aplicar o nosso capital, coisa que já não acontece em jogos tipo Totoloto, Euromilhões, Bingo, etc, já que nestes casos dependemos só e apenas da sorte com que estamos nesse dia.
A Bolsa por vezes pode parecer um jogo, devido á emoção das subidas e das quedas, os movimentos repentinos, os vencedores e os vencidos, no entanto acho que não se deve encarar desta forma porque arrisca-se seriamente a sair dela como um dos derrotados.
A Bolsa por vezes pode parecer um jogo, devido á emoção das subidas e das quedas, os movimentos repentinos, os vencedores e os vencidos, no entanto acho que não se deve encarar desta forma porque arrisca-se seriamente a sair dela como um dos derrotados.
Toolbar de bolsa com chat, download:
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La estrategia ganadora de un especulador no profesional :
http://libanesweb.com/ganano.htm
Apresentação Power point:
file:///C:/Documents%20and%20Settings/GAB/Local%20Settings/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/RQKNJPW1/EXPOMONEY2%5B1%5D.ppt#361,16,Slide 16
Caminho agressivo ( recomenda-se leitura):
http://www.acaoereacao.net/arquivo2.html
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Apresentação Power point:
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Caminho agressivo ( recomenda-se leitura):
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Diário de um Especulador
29/5/99 - Psicologia do Mercado
São justamente durante os períodos de baixa que e mais fácil reconhecer
alguns dos mecanismos que regem as decisões dos agentes e investidores do
mercado accionista.
Como dizem os chineses, são nos momentos de crise que adquirimos mais
conhecimento e experiência que devemos aproveitar para construir um futuro
mais seguro.
O mercado accionista mostra que não compramos ou vendemos simplesmente
participações em empresas mas sim que negociamos as expectativas que os
investidores e agentes têm de retorno ou risco nas suas respectivas
carteiras.
São também, nestes momentos de baixa de preços das acções, que alguns passam
a ser árduos defensores dos investimentos de longo prazo.
É inegável que para os grandes investidores, que possuem fluxos contínuos de
capital e estão sempre com disponibilidade para novas compras - Boas ou
Mas - , este é o momento de aproveitar os baixos preços para aumentar as
suas posições. No entanto um falso entendimento do termo " Investimento de
Longo Prazo " pode levar aos pequenos e médios investidores a acreditar que,
segurando as suas posições compradas, poderão garantir lucros no futuro. Na
verdade a hipótese de alavancagem (crescimento rápido) do capital depende
fundamentalmente do timing (momento) das compras e das vendas. Decorrente do
fato de não possuírem fluxos contínuos ( ...Alheios ) de capitais para
investimentos e também por estarem a margem das fontes de informação, os
pequenos investidores ficam aparentemente condenados ao prejuízo ou aos
pequenos ganhos. As alternativas que restam aos pequenos são os fundos de
acções e administração de capital indirecta .
A eterna luta entre a ganância e o medo norteiam as atitudes dos
investidores. A diversidade dos tipos de investidores e seus respectivos
pesos num determinado mercado são elementos que determinam os movimentos dos
preços dos papeis. Outro elemento de fundo psicológico é a memória dos
preços que costumam criar barreiras temporárias para os movimentos de queda
e posteriormente de alta e são conhecidas com níveis de suporte ou
resistência de preços. Estes e outros elementos formam as bases do
desenvolvimento das análises de mercado e do posicionamento " estratégico "
que cada um deve cultivar e adoptar , para melhor explorar o " Mix " do seu
capital .
Cabe a cada um escolher as suas ferramentas e aprofundar os conhecimentos
sobre o tema.
Qualquer indevido , independentemente da ordem de grandeza dos capitais com
que especula , tem que ter claramente presente que a função dos " Mídia " ,
bem ou mal , e informar que uma Sociedade Gestora de Fundos , tem por
função antes de mais remunerar os seus accionistas e que TODO o mercado financeiro no seu conjunto é uma GRANDE INDUSTRIA MULTIDISCIPLINAR , da qual muita gente
depende e nela tem os seus interesses instalados ... QUE NAO SAO NECESSARIAMENTE COINCIDENTES COM O SEU ... ...
" O SEU OBJECTIVO ... " NA SUA POSICAO " , É SÓ UM ... « Ganhar dinheiro
consistentemente » ". Se na sequência disso " ELES " ganham também ... Ok
... se nao " Ai é que já não pode ser nada " .
" O QUE É UM ESPECULADOR E O QUE NAO DEVE SER UM INVESTIDOR "
- Um grande amigo disse-me uma vês uma frase elucidativa sobre este facto
... " Não interessa o que você trabalha ... , interessa o que você ganha " .
Pessoalmente reforço o conceito com a seguinte ideia " Na Bolsa não
interessa com que dinheiro entra , interessa com que dinheiro sai ... " ...
« O que é que quer isto dizer ? » .
- Especular no sentido correcto e objectivo do termo é não só um dever como
uma obrigação de todo o individo inteligente e arguto . Para especular você
não necessita de ser o Warren Buffett nem o Soros . Se o seu vizinho tem
muito dinheiro , um bom carro , uma boa casa ... " e até compra acções "
..., nada mais natural ... , proveito o dele .
AGORA , não pense que por isso , automaticamente ele é um bom especulador
dos mercado financeiros ... no máximo ele poderá ser " um bom especulador "
da sua actividade .
Na Bolsa ... e principalmente na Bolsa , não é a quantidade de meios que é
determinante mas , a eficácia e a eficiência com que se empregam ... o resto
vem por acréscimo .
O especulador " Pacientemente Misturado na Multidão " agradece-lhe os erros
e a gula . Da graças por a sua conta poder comprar o ultimo modelo da BMW ,
por poder restaurar a vivenda , por poder educar os filhos nos melhores
colégios ...
No próximo Bull de Mercado , ele lá estará , ... " Figura sem Rosto " pronto
a devorar a próxima horda de carneiros .
A única coisa que ouvira do especulador é ...
« O Meu Profundo Obrigado » .
-----------------------------------------------------
" Quem não sabe , acredita ... ? "
21/6/98
Começa a ser notória a falta de rigor objectiva e desconforto de alguns "Comentadores , Day-trader " , relativamente a conjuntura Macro-Financeira dos mercados de capitais a nível global.
É felizmente notória e também visível , a forma como alguma informação económica tradicional já compreendeu a conjuntura e procura esclarecer sem alarme e com rigor o difícil" Momentum " dos mercados .
O investidor registara a posteriori e como é habitual , quem no momento oportuno estava mais preocupado com receitas de exploração ou com informação credível e pragmática .
Vem no entanto o presente artigo de opinião focar um outro aspecto que julgo de importante utilidade reflectiva e ainda de maior utilidade patrimonial ; o investimento a " longo prazo " sob a forma de acções, e a forma como tem sido entusiasticamente exposto com frequência de forma elucidativamente dogmática e quase herética .
Desiluda-se o leitor , se pensa que o vou refutar. Longe de min querer ser colocado na fogueira da felizmente extinta , inquisição .
Vou no entanto dar-lhe algum " peso e medida " , porque confundir princípios estruturais de investimento oportunos , enquadrados no correcto ciclo de mercado , com passividade inactiva , perante condicionalismos e desenvolvimentos prováveis de alto risco patrimonial , serão por certo oportunos para alguns , mas muito pouco oportunos para a maioria.
Para todos os entusiastas do " Longo Prazo , Cego " que neste momento estarão a afiar as facas , com as enumeras , exaustivas e até recentes comprovações estatísticas de que a observação do investimento passivo de longo prazo é a " melhor formula de investimento do mundo " ... desde já lhes digo o seguinte :
1º A única coisa que está provada é o que aconteceu nos últimos 70 anos . o que " acontecerá " nos próximos 70 , ninguém o sabe ... muito menos a estatística por razões sobejamente conhecidas.
2º Não existe um único investimento alternativo mensurável a que tal principio possa ser aplicado e se existe , faça o favor de demonstrar.
3º A maior parte dos testes realizados reproduzem a realidade de um mercado . Duvido da amplitude geral desse principio de forma extrapolada . E nem adiante que seleccionem as datas que mais lhes convém para demonstrar o contrario porque a realidade é diferente e até nem me impressiono com facilidades estatísticas analíticas não lineares ou lineares.
4º As médias que servem para aferir o conceito são evolutivas . Quer isto dizer que é necessário " ter lata " para esquecer que a composição ponderada de um índice evolui em função do peso de determinadas empresas que nascem , crescem , decrescem e até morrem .
Se nos anos 50 o que era bom para a GM era bom para o Mercado , actualmente o que é bom para a Microsoft ...
5º Por último , ... mas afinal , que raio de perspectiva de investimento é esta em que com o património financeiro em devastação ou risco, se fica impávido e sorridente .
É realmente caso , para efectivamente perguntar ... mas afinal , está a rir do que ?
6º "Aqui ao lado ..." , em Hong Kong , Tóquio ou na Coreia , por certo a teoria terá neste momento muita saída ...
Mas talvez nem valha a pena ir tão longe , bastando para tanto dar somente uma espreitade-la nos Fundos A , B , e C comercializados localmente e em que nos quais , os subscritores devem estar alem de radiantes , extremamente entusiasmados com a referida postura de Longo Prazo.
----------------------------------------------------
A Grande Viagem
1/5/98
Sai do barco num pequeno ancoradouro de uma ilha quase deserta.A direita só praia e Sol e as minhas malas
cheias de "recortes" e recordações.
Ao longe ainda vejo fumegante aquele imponente barco apinhado de gente que se acotovela pelas salas e pelo convés.
Em 1992 quando a viagem começou ,éramos uns poucos ; visionários e audases.Nessa altura toda a gente tinha medo do grande barco e quem nele entrava era olhado com suspeição.
A tripulação também era mais experiente e cortes.
Com o tempo e o afluxo de clientela ,foi sendo substituida por marujos.A maior parte vinda suponho , de barquinhos de recreio.
Foram no entanto monumentais as farras e as festas iniciais de 1993 e 1994 .Em 1995 fizemos uma paragem.
O barco depois de algumas reparações ,seguiu viagem . Em 1996 lá arrancamos de novo.
A tripulação nesta altura aumentou ,sem perder a qualidade.O publico mais informado ,começou a afluir.
A viagem tornou-se ainda mais interessante.Sucediam-se as festas e o convívio era desportivo e saudavel.O mar era calmo e o tempo ameno.
Já em 1997 o ambiente mudou de súbito e radicalmente . Apareceram muitas promoções a bordo.Tambem se começou a incentivar massissamente o público para aderir a viagem .Em 1997 a velha tripulação também já tinha sido toda substituída . Do requinte dos salões foram tirados todos os objectos que não permitissem a entrada de mais e mais gente.Por esta altura todos tinham já perdido o medo de marinhar.
Por entre conversas eram também audíveis e visíveis ,grupos de pessoas que se acotovelavam para ver e ouvir proeminentes senhores "vestidos" de marinheiros .
As senhoras ,suspiravam e os cavalheiros acenavam concordantes com a cabeça.
Certo dia em finais de 1997 fomos contra uma escarpa. Houve certo alvoroço , mas tudo não passou de um susto . Alguns cheliques ,pequenos desmaios aqui e ali alguém a procura de bóias ,mas nada que rapidamente não tenha sido resolvido com palestras e comunicados de esclarecimento em que se dava conta de uma pequena falha técnica.
Mais tarde vim a saber que o comandante nesse dia estava com uma grande bebedeira e que tinha deixado ao leme um grumete .
Em 1998 a situação tornou-se insustentavel.Existiam filas de gente para tudo. Os divertimentos cada vez também eram menos. Era necessário criar mais e mais espasso.Por todo o lado , toda a gente opinava sobre o barco.Devia andar mais depressa,devia andar mais devagar ,devia parar ali,devia parar aqui .
Recordei com nostalgia os convivas e companheiros de viagem de outros tempos , particularmente três proeminentes financeiros aposentados.
Um andava sempre a dizer que quando se tem um ganho inesperado ,deve-se parar para pensar,interiorizar a nova condição e depois prosseguir.
O outro que só lhe interessavam os lucros intermédios dos mercados ."Os grandes Ganhos " tinha por hábito deixa-los para os outros .
O último falava com frequência na Teoria da Útilidade.
-Se tiveres de arriscar cem escudos para ganhar mil contos , arriscas.Se tiveres de arriscar quinhentos contos para ganhar mil contos ,já deves pensar duas vezes.
Foi por esta altura que decidi contar os salva vidas a bordo . Fiquei espantado porque também tinham sido suprimidos para aumentar o espaço.
Tendo sabido por intermédio de um velho e veterano maquinista que não dormia sem um colete ao lado ; desta "pequena paragem "nesta ilha, para meter "mais combustível" foi então que decidi sair.
Ao longe ainda vejo o barco a afastar-se com enorme algazarra , muitos risos e burburinho. A musica é farta e os novos viajantes acotovelam-se pelo convés e pelas salas.
Na calma da pequena ilha olho para um dos jornais do dia anterior.Em letras garrafais estava escrito - " NESTE BARCO ESTA-SE MUITO BEM " - .
Lembrei-me do " nosso " Camilo de Oliveira :
- ESTA-SE ,ESTA-SE ... Esssssssta-se .

29/5/99 - Psicologia do Mercado
São justamente durante os períodos de baixa que e mais fácil reconhecer
alguns dos mecanismos que regem as decisões dos agentes e investidores do
mercado accionista.
Como dizem os chineses, são nos momentos de crise que adquirimos mais
conhecimento e experiência que devemos aproveitar para construir um futuro
mais seguro.
O mercado accionista mostra que não compramos ou vendemos simplesmente
participações em empresas mas sim que negociamos as expectativas que os
investidores e agentes têm de retorno ou risco nas suas respectivas
carteiras.
São também, nestes momentos de baixa de preços das acções, que alguns passam
a ser árduos defensores dos investimentos de longo prazo.
É inegável que para os grandes investidores, que possuem fluxos contínuos de
capital e estão sempre com disponibilidade para novas compras - Boas ou
Mas - , este é o momento de aproveitar os baixos preços para aumentar as
suas posições. No entanto um falso entendimento do termo " Investimento de
Longo Prazo " pode levar aos pequenos e médios investidores a acreditar que,
segurando as suas posições compradas, poderão garantir lucros no futuro. Na
verdade a hipótese de alavancagem (crescimento rápido) do capital depende
fundamentalmente do timing (momento) das compras e das vendas. Decorrente do
fato de não possuírem fluxos contínuos ( ...Alheios ) de capitais para
investimentos e também por estarem a margem das fontes de informação, os
pequenos investidores ficam aparentemente condenados ao prejuízo ou aos
pequenos ganhos. As alternativas que restam aos pequenos são os fundos de
acções e administração de capital indirecta .
A eterna luta entre a ganância e o medo norteiam as atitudes dos
investidores. A diversidade dos tipos de investidores e seus respectivos
pesos num determinado mercado são elementos que determinam os movimentos dos
preços dos papeis. Outro elemento de fundo psicológico é a memória dos
preços que costumam criar barreiras temporárias para os movimentos de queda
e posteriormente de alta e são conhecidas com níveis de suporte ou
resistência de preços. Estes e outros elementos formam as bases do
desenvolvimento das análises de mercado e do posicionamento " estratégico "
que cada um deve cultivar e adoptar , para melhor explorar o " Mix " do seu
capital .
Cabe a cada um escolher as suas ferramentas e aprofundar os conhecimentos
sobre o tema.
Qualquer indevido , independentemente da ordem de grandeza dos capitais com
que especula , tem que ter claramente presente que a função dos " Mídia " ,
bem ou mal , e informar que uma Sociedade Gestora de Fundos , tem por
função antes de mais remunerar os seus accionistas e que TODO o mercado financeiro no seu conjunto é uma GRANDE INDUSTRIA MULTIDISCIPLINAR , da qual muita gente
depende e nela tem os seus interesses instalados ... QUE NAO SAO NECESSARIAMENTE COINCIDENTES COM O SEU ... ...
" O SEU OBJECTIVO ... " NA SUA POSICAO " , É SÓ UM ... « Ganhar dinheiro
consistentemente » ". Se na sequência disso " ELES " ganham também ... Ok
... se nao " Ai é que já não pode ser nada " .
" O QUE É UM ESPECULADOR E O QUE NAO DEVE SER UM INVESTIDOR "
- Um grande amigo disse-me uma vês uma frase elucidativa sobre este facto
... " Não interessa o que você trabalha ... , interessa o que você ganha " .
Pessoalmente reforço o conceito com a seguinte ideia " Na Bolsa não
interessa com que dinheiro entra , interessa com que dinheiro sai ... " ...
« O que é que quer isto dizer ? » .
- Especular no sentido correcto e objectivo do termo é não só um dever como
uma obrigação de todo o individo inteligente e arguto . Para especular você
não necessita de ser o Warren Buffett nem o Soros . Se o seu vizinho tem
muito dinheiro , um bom carro , uma boa casa ... " e até compra acções "
..., nada mais natural ... , proveito o dele .
AGORA , não pense que por isso , automaticamente ele é um bom especulador
dos mercado financeiros ... no máximo ele poderá ser " um bom especulador "
da sua actividade .
Na Bolsa ... e principalmente na Bolsa , não é a quantidade de meios que é
determinante mas , a eficácia e a eficiência com que se empregam ... o resto
vem por acréscimo .
O especulador " Pacientemente Misturado na Multidão " agradece-lhe os erros
e a gula . Da graças por a sua conta poder comprar o ultimo modelo da BMW ,
por poder restaurar a vivenda , por poder educar os filhos nos melhores
colégios ...
No próximo Bull de Mercado , ele lá estará , ... " Figura sem Rosto " pronto
a devorar a próxima horda de carneiros .
A única coisa que ouvira do especulador é ...
« O Meu Profundo Obrigado » .
-----------------------------------------------------
" Quem não sabe , acredita ... ? "
21/6/98
Começa a ser notória a falta de rigor objectiva e desconforto de alguns "Comentadores , Day-trader " , relativamente a conjuntura Macro-Financeira dos mercados de capitais a nível global.
É felizmente notória e também visível , a forma como alguma informação económica tradicional já compreendeu a conjuntura e procura esclarecer sem alarme e com rigor o difícil" Momentum " dos mercados .
O investidor registara a posteriori e como é habitual , quem no momento oportuno estava mais preocupado com receitas de exploração ou com informação credível e pragmática .
Vem no entanto o presente artigo de opinião focar um outro aspecto que julgo de importante utilidade reflectiva e ainda de maior utilidade patrimonial ; o investimento a " longo prazo " sob a forma de acções, e a forma como tem sido entusiasticamente exposto com frequência de forma elucidativamente dogmática e quase herética .
Desiluda-se o leitor , se pensa que o vou refutar. Longe de min querer ser colocado na fogueira da felizmente extinta , inquisição .
Vou no entanto dar-lhe algum " peso e medida " , porque confundir princípios estruturais de investimento oportunos , enquadrados no correcto ciclo de mercado , com passividade inactiva , perante condicionalismos e desenvolvimentos prováveis de alto risco patrimonial , serão por certo oportunos para alguns , mas muito pouco oportunos para a maioria.
Para todos os entusiastas do " Longo Prazo , Cego " que neste momento estarão a afiar as facas , com as enumeras , exaustivas e até recentes comprovações estatísticas de que a observação do investimento passivo de longo prazo é a " melhor formula de investimento do mundo " ... desde já lhes digo o seguinte :
1º A única coisa que está provada é o que aconteceu nos últimos 70 anos . o que " acontecerá " nos próximos 70 , ninguém o sabe ... muito menos a estatística por razões sobejamente conhecidas.
2º Não existe um único investimento alternativo mensurável a que tal principio possa ser aplicado e se existe , faça o favor de demonstrar.
3º A maior parte dos testes realizados reproduzem a realidade de um mercado . Duvido da amplitude geral desse principio de forma extrapolada . E nem adiante que seleccionem as datas que mais lhes convém para demonstrar o contrario porque a realidade é diferente e até nem me impressiono com facilidades estatísticas analíticas não lineares ou lineares.
4º As médias que servem para aferir o conceito são evolutivas . Quer isto dizer que é necessário " ter lata " para esquecer que a composição ponderada de um índice evolui em função do peso de determinadas empresas que nascem , crescem , decrescem e até morrem .
Se nos anos 50 o que era bom para a GM era bom para o Mercado , actualmente o que é bom para a Microsoft ...
5º Por último , ... mas afinal , que raio de perspectiva de investimento é esta em que com o património financeiro em devastação ou risco, se fica impávido e sorridente .
É realmente caso , para efectivamente perguntar ... mas afinal , está a rir do que ?
6º "Aqui ao lado ..." , em Hong Kong , Tóquio ou na Coreia , por certo a teoria terá neste momento muita saída ...
Mas talvez nem valha a pena ir tão longe , bastando para tanto dar somente uma espreitade-la nos Fundos A , B , e C comercializados localmente e em que nos quais , os subscritores devem estar alem de radiantes , extremamente entusiasmados com a referida postura de Longo Prazo.
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A Grande Viagem
1/5/98
Sai do barco num pequeno ancoradouro de uma ilha quase deserta.A direita só praia e Sol e as minhas malas
cheias de "recortes" e recordações.
Ao longe ainda vejo fumegante aquele imponente barco apinhado de gente que se acotovela pelas salas e pelo convés.
Em 1992 quando a viagem começou ,éramos uns poucos ; visionários e audases.Nessa altura toda a gente tinha medo do grande barco e quem nele entrava era olhado com suspeição.
A tripulação também era mais experiente e cortes.
Com o tempo e o afluxo de clientela ,foi sendo substituida por marujos.A maior parte vinda suponho , de barquinhos de recreio.
Foram no entanto monumentais as farras e as festas iniciais de 1993 e 1994 .Em 1995 fizemos uma paragem.
O barco depois de algumas reparações ,seguiu viagem . Em 1996 lá arrancamos de novo.
A tripulação nesta altura aumentou ,sem perder a qualidade.O publico mais informado ,começou a afluir.
A viagem tornou-se ainda mais interessante.Sucediam-se as festas e o convívio era desportivo e saudavel.O mar era calmo e o tempo ameno.
Já em 1997 o ambiente mudou de súbito e radicalmente . Apareceram muitas promoções a bordo.Tambem se começou a incentivar massissamente o público para aderir a viagem .Em 1997 a velha tripulação também já tinha sido toda substituída . Do requinte dos salões foram tirados todos os objectos que não permitissem a entrada de mais e mais gente.Por esta altura todos tinham já perdido o medo de marinhar.
Por entre conversas eram também audíveis e visíveis ,grupos de pessoas que se acotovelavam para ver e ouvir proeminentes senhores "vestidos" de marinheiros .
As senhoras ,suspiravam e os cavalheiros acenavam concordantes com a cabeça.
Certo dia em finais de 1997 fomos contra uma escarpa. Houve certo alvoroço , mas tudo não passou de um susto . Alguns cheliques ,pequenos desmaios aqui e ali alguém a procura de bóias ,mas nada que rapidamente não tenha sido resolvido com palestras e comunicados de esclarecimento em que se dava conta de uma pequena falha técnica.
Mais tarde vim a saber que o comandante nesse dia estava com uma grande bebedeira e que tinha deixado ao leme um grumete .
Em 1998 a situação tornou-se insustentavel.Existiam filas de gente para tudo. Os divertimentos cada vez também eram menos. Era necessário criar mais e mais espasso.Por todo o lado , toda a gente opinava sobre o barco.Devia andar mais depressa,devia andar mais devagar ,devia parar ali,devia parar aqui .
Recordei com nostalgia os convivas e companheiros de viagem de outros tempos , particularmente três proeminentes financeiros aposentados.
Um andava sempre a dizer que quando se tem um ganho inesperado ,deve-se parar para pensar,interiorizar a nova condição e depois prosseguir.
O outro que só lhe interessavam os lucros intermédios dos mercados ."Os grandes Ganhos " tinha por hábito deixa-los para os outros .
O último falava com frequência na Teoria da Útilidade.
-Se tiveres de arriscar cem escudos para ganhar mil contos , arriscas.Se tiveres de arriscar quinhentos contos para ganhar mil contos ,já deves pensar duas vezes.
Foi por esta altura que decidi contar os salva vidas a bordo . Fiquei espantado porque também tinham sido suprimidos para aumentar o espaço.
Tendo sabido por intermédio de um velho e veterano maquinista que não dormia sem um colete ao lado ; desta "pequena paragem "nesta ilha, para meter "mais combustível" foi então que decidi sair.
Ao longe ainda vejo o barco a afastar-se com enorme algazarra , muitos risos e burburinho. A musica é farta e os novos viajantes acotovelam-se pelo convés e pelas salas.
Na calma da pequena ilha olho para um dos jornais do dia anterior.Em letras garrafais estava escrito - " NESTE BARCO ESTA-SE MUITO BEM " - .
Lembrei-me do " nosso " Camilo de Oliveira :
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A bolsa de valores: o cidadão acionista
Ao transformar qualquer cidadão numa espécie de sócio, as empresas passaram a gozar da simpatia e do empenho deles, ampliando a sua base social de apoio. A imagem dos controladores delas também mudou. Os "barões ladrões" do século XIX, que não davam satisfações dos seus atos a ninguém, sendo muitos deles apontados como verdadeiros "inimigos públicos", foram substituídos devido à revolução gerencial por uma elite de executivos e empresários treinados em justificar-se perante as comissões de controle dos acionistas.
Muitas campanhas políticas ou da imprensa voltadas contra o poder das grandes empresas simplesmente cessaram porque os pequenos acionistas, que formam a larga maioria dos eleitores, protestaram temendo vir a perder dividendos. Além disso, a venda de ações ao grande público ajudou a distribuir a renda nos Estados Unidos, dando maior solidez ao regime democrático, estendendo as prática igualitárias da política e da justiça, aos ganhos econômicos.
O sucesso desse empreendimento, dessa socialização do capital por assim dizer, foi tamanho que fez com que os Estados Unidos fossem o único país industrializado do mundo a não ter um forte e significativo partido socialista que servisse como alternativa à continuidade do poder dos partidos pró-capitalistas, que já se estende por dois séculos.
Ao transformar qualquer cidadão numa espécie de sócio, as empresas passaram a gozar da simpatia e do empenho deles, ampliando a sua base social de apoio. A imagem dos controladores delas também mudou. Os "barões ladrões" do século XIX, que não davam satisfações dos seus atos a ninguém, sendo muitos deles apontados como verdadeiros "inimigos públicos", foram substituídos devido à revolução gerencial por uma elite de executivos e empresários treinados em justificar-se perante as comissões de controle dos acionistas.
Muitas campanhas políticas ou da imprensa voltadas contra o poder das grandes empresas simplesmente cessaram porque os pequenos acionistas, que formam a larga maioria dos eleitores, protestaram temendo vir a perder dividendos. Além disso, a venda de ações ao grande público ajudou a distribuir a renda nos Estados Unidos, dando maior solidez ao regime democrático, estendendo as prática igualitárias da política e da justiça, aos ganhos econômicos.
O sucesso desse empreendimento, dessa socialização do capital por assim dizer, foi tamanho que fez com que os Estados Unidos fossem o único país industrializado do mundo a não ter um forte e significativo partido socialista que servisse como alternativa à continuidade do poder dos partidos pró-capitalistas, que já se estende por dois séculos.
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Max Weber explica a bolsa
Max Weber procurou afastar o medo à bolsa
Foi para abrandar os temores e as suspeitas mais arraigadas que os alemães, seus conterrâneos, demonstraram frente ao comércio das ações e títulos - negócio em ascensão no II Reich (1871-1918), época em que a Alemanha Imperial rapidamente se industrializava - que fez com que Max Weber, o fundador da sociologia moderna, se decidisse a publicar uma síntese a respeito: Die Börsen, (A bolsa, 1896). O pequeno livro procurou mostrar a lógica e o funcionamento do mercado de ações e títulos para afastar os temores do povo e os receios dos setores mais esclarecidos.
A bolsa de valores: ela não é uma filantropia
Demonizada simultaneamente pelos conservadores e pelos socialistas alemães, Weber disse que a bolsa de valores ligava-se indissoluvelmente à Era do Capital. Obviamente, assegurou ele, ela não visava nem o bem-estar social nem a filantropia. Não se tratava de uma instituição "ética", com a respeitabilidade de um banco, mas de uma simples e não muito honesta máquina arrecadadora de recursos sobrantes, de dinheiro poupado sem aplicação imediata, que via-se atraído para projetos de certo risco.
Em geral, voltados à transformação industrial, à concentração e à expansão econômicas, à abertura de minas e de portos, ao tempo em que financiava o avanço tecnológico. Para atrair aquelas poupanças inertes, ociosas, ela atiçava a paixão de muitos pelo jogo.
O que levava as pessoas a investirem na bolsa era justamente essa sua aparência de cassino, a emoção do perde-ganha do giro da roleta, com a compensação psicológica que a paixão pela jogatina de alguma forma ajudava a prosperidade geral, ao contrário do que ocorria ao entrar no cassino de Monte-Carlo ou nos salões de Baden-Baden. Alertando, porém, que, quanto mais os mercados se ampliavam, atraindo os especuladores-mariposa, maior ainda era sua "fragilidade ética".
A magia da bolsa de valores
A multidão atrás do ganho fácil (cartaz de 1929)
Se Max Weber constatou isso há mais de um século atrás, o que dizer das bolsas inteiramente globalizadas de agora? Elas despertam perpetuamente as fantasias associadas à riqueza. "Sim! O dinheiro fará seus prodígios", dizia o sempre delirante Sàccard, o grande especulador de L'argent, de Emile Zola. O que a sustenta é sua magia de vara de condão capaz de transfigurar um anônimo investidor, num lance só, num magnata, num pequeno deus endinheirado. É a moderna lâmpada de Aladim que, esfregada, pode fazer a felicidade de um bom moço como a de um bando de escroques. De alguém, sem ter que trabalhar, ganhar um bom dinheiro.
Instrumento da democratização econômica
Com a crescente estabilidade econômica do moderno capitalismo - a crise mais devastadora deu-se em 1929, época do Big Crash, e, contornado o último pânico, o de 1987 - , o negócio das ações tendeu à normalidade, ao fim da oscilação brusca do seu valor médio. Neste espaço de tempo, ao longo dos últimos 50 anos, as macrocorporações deitaram fundas raízes na sociedade norte-americana e, grande parte delas, senão todas, assumiram dimensões mundiais (Ford, GMC, Coca-Cola, General Eletric, Exxon, IBM, MicroSoft, Times-Warner, AT&T, etc..).
Devido ao acirramento da concorrência e para não serem hostilizadas pelos cidadãos comuns, elas abriram o seu capital, permitindo que suas ações ordinárias fossem adquiridas por qualquer norte-americano. Esta determinação sábia fez com que o controle sobre o capital das empresa se democratizasse, ao ponto da assembléia dos acionistas (onde comparecem grandes e pequenos portadores de ações) ser quem controla a política empresarial, a destituição ou nomeação dos diretores-executivos e até o afastamento dos antigos proprietários, se considerados relapsos, negligentes ou irresponsáveis.
Estima-se, hoje, que mais de 60% das famílias norte-americanas reservam parte substantiva das suas economias para a compra de ações. Os resultados disso foram extraordinários: os Estados Unidos constituíram o primeiro capitalismo popular da história moderna.
Max Weber procurou afastar o medo à bolsa
Foi para abrandar os temores e as suspeitas mais arraigadas que os alemães, seus conterrâneos, demonstraram frente ao comércio das ações e títulos - negócio em ascensão no II Reich (1871-1918), época em que a Alemanha Imperial rapidamente se industrializava - que fez com que Max Weber, o fundador da sociologia moderna, se decidisse a publicar uma síntese a respeito: Die Börsen, (A bolsa, 1896). O pequeno livro procurou mostrar a lógica e o funcionamento do mercado de ações e títulos para afastar os temores do povo e os receios dos setores mais esclarecidos.
A bolsa de valores: ela não é uma filantropia
Demonizada simultaneamente pelos conservadores e pelos socialistas alemães, Weber disse que a bolsa de valores ligava-se indissoluvelmente à Era do Capital. Obviamente, assegurou ele, ela não visava nem o bem-estar social nem a filantropia. Não se tratava de uma instituição "ética", com a respeitabilidade de um banco, mas de uma simples e não muito honesta máquina arrecadadora de recursos sobrantes, de dinheiro poupado sem aplicação imediata, que via-se atraído para projetos de certo risco.
Em geral, voltados à transformação industrial, à concentração e à expansão econômicas, à abertura de minas e de portos, ao tempo em que financiava o avanço tecnológico. Para atrair aquelas poupanças inertes, ociosas, ela atiçava a paixão de muitos pelo jogo.
O que levava as pessoas a investirem na bolsa era justamente essa sua aparência de cassino, a emoção do perde-ganha do giro da roleta, com a compensação psicológica que a paixão pela jogatina de alguma forma ajudava a prosperidade geral, ao contrário do que ocorria ao entrar no cassino de Monte-Carlo ou nos salões de Baden-Baden. Alertando, porém, que, quanto mais os mercados se ampliavam, atraindo os especuladores-mariposa, maior ainda era sua "fragilidade ética".
A magia da bolsa de valores
A multidão atrás do ganho fácil (cartaz de 1929)
Se Max Weber constatou isso há mais de um século atrás, o que dizer das bolsas inteiramente globalizadas de agora? Elas despertam perpetuamente as fantasias associadas à riqueza. "Sim! O dinheiro fará seus prodígios", dizia o sempre delirante Sàccard, o grande especulador de L'argent, de Emile Zola. O que a sustenta é sua magia de vara de condão capaz de transfigurar um anônimo investidor, num lance só, num magnata, num pequeno deus endinheirado. É a moderna lâmpada de Aladim que, esfregada, pode fazer a felicidade de um bom moço como a de um bando de escroques. De alguém, sem ter que trabalhar, ganhar um bom dinheiro.
Instrumento da democratização econômica
Com a crescente estabilidade econômica do moderno capitalismo - a crise mais devastadora deu-se em 1929, época do Big Crash, e, contornado o último pânico, o de 1987 - , o negócio das ações tendeu à normalidade, ao fim da oscilação brusca do seu valor médio. Neste espaço de tempo, ao longo dos últimos 50 anos, as macrocorporações deitaram fundas raízes na sociedade norte-americana e, grande parte delas, senão todas, assumiram dimensões mundiais (Ford, GMC, Coca-Cola, General Eletric, Exxon, IBM, MicroSoft, Times-Warner, AT&T, etc..).
Devido ao acirramento da concorrência e para não serem hostilizadas pelos cidadãos comuns, elas abriram o seu capital, permitindo que suas ações ordinárias fossem adquiridas por qualquer norte-americano. Esta determinação sábia fez com que o controle sobre o capital das empresa se democratizasse, ao ponto da assembléia dos acionistas (onde comparecem grandes e pequenos portadores de ações) ser quem controla a política empresarial, a destituição ou nomeação dos diretores-executivos e até o afastamento dos antigos proprietários, se considerados relapsos, negligentes ou irresponsáveis.
Estima-se, hoje, que mais de 60% das famílias norte-americanas reservam parte substantiva das suas economias para a compra de ações. Os resultados disso foram extraordinários: os Estados Unidos constituíram o primeiro capitalismo popular da história moderna.
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A bolsa de valores: o investidor e o especulador
Como qualquer outra atividade econômica e social, a bolsa de valores forjou os seus tipos humanos. Figuras, personagens que lhe são próprias, reconhecidas como tal. Entre elas, duas se destacam: a do investidor e a do especulador. Porém, todos concordam, foi sempre difícil traçar uma linha divisória entre ambas as atividades, visto que a todo o momento um invade a seara do outro.
De uma maneira simplificada pode-se dizer que o investidor tem um espírito empreendedor, ele quer ter uma rentabilidade estável para o seu dinheiro empregado, reagindo com desconfiança às aventuras financeiras. Assemelha-se a um capitão de navio que se compraz em levar as mercadorias de um porto ao outro, sabendo antecipadamente quais serão os seu proventos. Já o especulador (do latim speculare, vigiar, ficar atento) assemelha-se a um pirata, a um flibusteiro, sempre pronto a alterar a rota para poder ir saquear e pilhar uma cidade qualquer à beira-mar que ele percebe estar desprotegida.
O investidor prioriza preservar o seu capital, o seu patrimônio; o especulador quer aumentá-lo ao máximo possível num só lance de audácia e suspicácia. Conspirando muitas vezes para que isso aconteça. William Holbrook Beard, um pintor norte-americano do século XIX, captou na sua tela intitulada The bulls and beards in the market (Touros e ursos no mercado, 1879) a existência selvagem desse conflito, do fato da bolsa de valores ser uma praça de guerra entre as potências animais titânicas que compõem o moderno mundo das finanças.
O seguro e o incerto
Jay Gould escapando dos arruinados no pânico de 1869
Também seus temperamentos diferem: o investidor inclina-se pela segurança do negócio, põe suas fichas no que parece-lhe ser o mais certo, o de retorno mais garantido, sem atrever-se aos sustos do inesperado, exatamente ao contrário do especulador, que, como a abelha zumbidora ao redor do fruto doce, zanzeia em torno do incerto, atraído pelo arriscado, pelo temerário. Tanto um como outro são as duas faces da mesma atividade.
Ocorre, entretanto, que nenhum especulador consegue afastar de si a imagem de ser um predador, alguém nocivo ao restante da sociedade, uma espécie de tubarão ou lobo ermitão perigoso, fama que no passado alcançou Jason Jay Gould, um especulador de Wall Street - o homem mais odiado dos Estados Unidos do século XIX (não é casual que o seu primeiro nome Jason, seja o mesmo de um hediondo personagem, assassino em série de filmes de terror).
Lugar que hoje é ocupado, ainda que de forma bem mais branda, pelo megaespeculador George Soros. Eles são pessoas capazes de levar à ruína milhares de investidores miúdos, ou de aviltar a moeda de um país inteiro, sem nenhum remorso, sem nem piscar os olhos. Além disso, avolumam-se sobre eles as evidências sobre o seu potencial corruptor, carregando malas de dinheiro para seduzir politicos, legisladores, juristas e policiais, suscetíveis de serem amaciados.
Como qualquer outra atividade econômica e social, a bolsa de valores forjou os seus tipos humanos. Figuras, personagens que lhe são próprias, reconhecidas como tal. Entre elas, duas se destacam: a do investidor e a do especulador. Porém, todos concordam, foi sempre difícil traçar uma linha divisória entre ambas as atividades, visto que a todo o momento um invade a seara do outro.
De uma maneira simplificada pode-se dizer que o investidor tem um espírito empreendedor, ele quer ter uma rentabilidade estável para o seu dinheiro empregado, reagindo com desconfiança às aventuras financeiras. Assemelha-se a um capitão de navio que se compraz em levar as mercadorias de um porto ao outro, sabendo antecipadamente quais serão os seu proventos. Já o especulador (do latim speculare, vigiar, ficar atento) assemelha-se a um pirata, a um flibusteiro, sempre pronto a alterar a rota para poder ir saquear e pilhar uma cidade qualquer à beira-mar que ele percebe estar desprotegida.
O investidor prioriza preservar o seu capital, o seu patrimônio; o especulador quer aumentá-lo ao máximo possível num só lance de audácia e suspicácia. Conspirando muitas vezes para que isso aconteça. William Holbrook Beard, um pintor norte-americano do século XIX, captou na sua tela intitulada The bulls and beards in the market (Touros e ursos no mercado, 1879) a existência selvagem desse conflito, do fato da bolsa de valores ser uma praça de guerra entre as potências animais titânicas que compõem o moderno mundo das finanças.
O seguro e o incerto
Jay Gould escapando dos arruinados no pânico de 1869
Também seus temperamentos diferem: o investidor inclina-se pela segurança do negócio, põe suas fichas no que parece-lhe ser o mais certo, o de retorno mais garantido, sem atrever-se aos sustos do inesperado, exatamente ao contrário do especulador, que, como a abelha zumbidora ao redor do fruto doce, zanzeia em torno do incerto, atraído pelo arriscado, pelo temerário. Tanto um como outro são as duas faces da mesma atividade.
Ocorre, entretanto, que nenhum especulador consegue afastar de si a imagem de ser um predador, alguém nocivo ao restante da sociedade, uma espécie de tubarão ou lobo ermitão perigoso, fama que no passado alcançou Jason Jay Gould, um especulador de Wall Street - o homem mais odiado dos Estados Unidos do século XIX (não é casual que o seu primeiro nome Jason, seja o mesmo de um hediondo personagem, assassino em série de filmes de terror).
Lugar que hoje é ocupado, ainda que de forma bem mais branda, pelo megaespeculador George Soros. Eles são pessoas capazes de levar à ruína milhares de investidores miúdos, ou de aviltar a moeda de um país inteiro, sem nenhum remorso, sem nem piscar os olhos. Além disso, avolumam-se sobre eles as evidências sobre o seu potencial corruptor, carregando malas de dinheiro para seduzir politicos, legisladores, juristas e policiais, suscetíveis de serem amaciados.
Toolbar de bolsa com chat, download:
http://gabinforme.ForumToolbar.com
BLOG com detalhes sobre toolbar:
http://gabinforme.blogspot.com/
Dwer Escreveu:charles Escreveu:Nada como ver o sentido literal da coisa,
-INVESTIR É
v. int., Econ.,
aplicar fundos destinados à obtenção de um determinado rendimento ou de um lucro;
Não é isto que todos tentam fazer na bolsa? Ou são todos especuladores ou todos investidores. Dá-me ideia que pela semântica não se vai lá.
Como em tudo ..... há os que choram e há os que vendem lenços!!!!
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
charles Escreveu:Nada como ver o sentido literal da coisa,
-INVESTIR É
v. int., Econ.,
aplicar fundos destinados à obtenção de um determinado rendimento ou de um lucro;
Não é isto que todos tentam fazer na bolsa? Ou são todos especuladores ou todos investidores. Dá-me ideia que pela semântica não se vai lá.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Nada como ver o sentido literal da coisa,
-INVESTIR É
v. int., Econ.,
aplicar fundos destinados à obtenção de um determinado rendimento ou de um lucro;
-JOGAR É
v. tr.,
tomar parte num jogo;
arriscar ao jogo;
-E JOGO É
s. m.,
divertimento;
exercício ou passatempo recreativo sujeito a certas regras ou combinações em que, por vezes, se arrisca dinheiro;
espectáculo desportivo;
as peças ou cartas de jogar que se distribuem a cada jogador;
bilhete de lotaria;
aposta;
tendo em conta o sigificado de cada uma das palavras,parece-me que o termo que encaixa correctamente é investir,tanto mais que nestas coisas +- existe uma certa lógica de mercado, ao contrário de muitos jogos em que a lógica é a da sorte ou azar, pura e simples.
No entanto provavelmente para alguns investidores após atingirem determinado patamar de obtençao de lucros ou rendimentos,provavelmente passam para a fase diria de insvestir jogando e fazem-no de uma forma mais confortável, obviamente falo no geral dos investidores, eu para já fico-me pelo investir.
cumpt cordiais.
-INVESTIR É
v. int., Econ.,
aplicar fundos destinados à obtenção de um determinado rendimento ou de um lucro;
-JOGAR É
v. tr.,
tomar parte num jogo;
arriscar ao jogo;
-E JOGO É
s. m.,
divertimento;
exercício ou passatempo recreativo sujeito a certas regras ou combinações em que, por vezes, se arrisca dinheiro;
espectáculo desportivo;
as peças ou cartas de jogar que se distribuem a cada jogador;
bilhete de lotaria;
aposta;
tendo em conta o sigificado de cada uma das palavras,parece-me que o termo que encaixa correctamente é investir,tanto mais que nestas coisas +- existe uma certa lógica de mercado, ao contrário de muitos jogos em que a lógica é a da sorte ou azar, pura e simples.
No entanto provavelmente para alguns investidores após atingirem determinado patamar de obtençao de lucros ou rendimentos,provavelmente passam para a fase diria de insvestir jogando e fazem-no de uma forma mais confortável, obviamente falo no geral dos investidores, eu para já fico-me pelo investir.
cumpt cordiais.
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Não sei se estou a perceber bem a questão.
O que é que diferencia um jogador de um investidor?
O perfil de risco? O conhecimento das empresas? O facto de se usar AF ou AT?
Isto são perguntas para os intervenientes que fazem distinção entre os especuladores e os investidores.
Para ver se eu percebo o que se está a discutir.
O que é que diferencia um jogador de um investidor?
O perfil de risco? O conhecimento das empresas? O facto de se usar AF ou AT?
Isto são perguntas para os intervenientes que fazem distinção entre os especuladores e os investidores.
Para ver se eu percebo o que se está a discutir.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
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