Caldeirão da Bolsa

Europa nas nuvens

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Europa nas nuvens

por ACM-SUIÇA » 19/1/2006 19:35

Boa tarde e saudações de Genebra

O crescimento da Zona Euro está cada vez mais prometedor, está-se a prever que até 2007 a Europa possa estar a crescer pelo menos 2%, porque desde o Outono passado que o ritmo de crescimento tem estado a aumentar. Existe no entanto um dado preocupante no meio desta euforia toda, é que a população Europeia está cada vez mais envelhecida o que em termos práticas poderá no futuro colocar o crescimento da Europa em risco.

O Banco Central Europeu disse que qualquer sinal que derem em relação a futuros aumentos das taxas de juro só será válido desde que não existam mudanças de vulto na economia Europeia. Os bancos centrais pela parte que os toca não têm o mínimo interesse em andar a surpreender os mercados, e portanto qualquer mudança tem que ser vista como sendo tomada de consciência, e baseada unicamente em informações e resultados á medida que estes são disponibilizados. O BCE não pode de modo algum assentar em pedra quando e em quanto é que aumenta ou diminui as taxas de juro, porque se o fizesse estaria a colocar em sério risco a sua capacidade de flexibilidade em mudar as políticas consoante as mudanças dos mercados mundiais e domésticos.

Esta necessidade de reagir rapidamente nem sempre dá espaço de manobra aos mercados de reagirem de acordo com as mudanças. Sendo assim as decisões a curto prazo de alterar as taxas não são possíveis de adivinhar, mas em geral os mercados têm conseguido prever com um grau de certeza muito elevado as mudanças a curto prazo.

De 120 decisões para alterar as taxas só 8 é que não foram previstas em tempo útil, o que demonstra bem a capacidade de análise do mercados.

A Alemanha tem planeado reformas maciças e aumentos do IVA em conjunto com uma redução significativa ás deduções de impostos num esforço para curvar o seu déficit público e reformar a economia. O déficit Alemão foi de 3.5% para o ano de 2005 e deverá ultrapassar a barreira dos 3% imposto pelo plano europeu de convergência este ano.

Os Estados Unidos importou quantidades recordes de produtos petrolíferos em 2005 para recuperar do que deverá ser o maior declínio de produção de crude na América desde 1949. Em 2005 a produção total de crude dos Estados Unidos caiu 6.6% enquanto que a importação de produtos refinados aumentou 13.9% para um recorde de 3.48 milhões de barris por dia.

O dólar mudou pouco contra o Euro na medida em que os dados do desemprego foram melhores que o antecipado. O nível de desemprego semanal caiu inesperadamente para o seu valor mais baixo em praticamente seis anos. A construção de habitação nova é que foi menor que o esperado tendo voltado ao valor mais baixo desde Março de 2005. A prova de que o mercado da habitação estará a abrandar vai dar relento á Reserva Federal Americana para acalmar os aumentos das taxas de juros.

O Banco do Japão irá avaliar esta semana se a economia está a recuperar com mais força que o previsto, os mercados estão de orelha guiada a ver se o banco central muda a sua filosofia em relação ás taxas de juro. Existe especulação de que poderá ser abandonada a política ultra-facilitada já em Abril. Existem dados que mostram que o crescimento excederá os 2.2% até Março e que se manterá a 1.8% a partir de Abril. A política de taxas fora introduzida em 2001 quando um deslize dos preços ao consumidor ameaçou abalar a economia e o sistema bancário. No entanto a economia Japonesa está agora a sair de um período de deflação se sete anos, e existem argumentos de que as políticas deveriam ser alteradas, para umas mais convencionais no modo como são aplicadas as mudanças nas taxas de juro.

Tecnicamente o EUR/USD tinha um aspecto indeciso mas manteve-se acima do suporte de 1.2050. Não se confirmou o movimento acima dos 1.2180 que teria dado força á crença que poderia bater nos 1.2450/1.2550. Tem resistência chave a 1.2189 com resistência forte a 1.2279. Suporte chave a 1.2010 com resistência de curto prazo a 1.2057 que foi quebrada tendo feito um mínimo de 1.2062 hoje. Fechou a sessão a cotar-se a 1.2116 a descer 0.06%.

O USD/JPY tinha um suporte chave a 113.97 com suporte a curto prazo de 114.72. A tendência está para o fortalecimento do dólar a muito curto prazo, a próxima resistência é de 116.08, o alvo esta semana continua a ser de 116 ou acima. Abriu a sessão a cotar-se 115.27. Fez um mínimo de 114.91 hoje. Fechou a sessão a cotar-se a 115.01 a descer 0.26%.

A GBP/USD Estava com resistência chave a 1.7889 de longo termo, com suporte chave a 1.7538 que foi quebrada tendo feito um mínimo de 1.7526 hoje. Abriu a sessão a cotar-se a 1.7669. Tinha suporte inicial a 1.7607 que foi logo quebrado. Fechou a sessão a transaccionar-se a 1.7615 a descer 0.01%.

O USD/CHF a sua resistência chave hoje era de 1.2885 que terá sido ultrapassada tendo feito um máximo de 1.2888, abriu a sessão a cotar-se 1.2804, tinha suporte inicial a 1.2735 com suporte forte a 1.2675, tinha resistência inicial muito fraca o que poderia indicar uma subida. Hoje fez um mínimo de 1.2802. Fechou a sessão a cotar-se a 1.2815 a subir 0.07%.

Esperamos que conseguiram seguir os nossos gráficos em tempo real na nossa página da net e através das nossas plataformas de negociação para assim terem conseguido uma ideia clara dos movimentos das várias moedas mundiais. Esperamos que tenham conseguido bons negócios e que tenham conseguido alcançar os objectivos traçados.

Só resta desejar que tenham um resto de um bom dia porque amanhã é um dia novo cheio de novidades.

Até amanhã.

ADVANCED CURRENCY MARKETS S.A.
Genebra (SUIÇA)
 
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