Caldeirão da Bolsa

O MIT em portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

comentário.....

por jotabil » 19/1/2006 14:54

como atitudes nobres e egoístas.....queria dizer ...nobres e altruistas
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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por Camisa Roxa » 19/1/2006 14:50

Incognitus, falas

1. em certificações que não servem os interesses de ninguém. claro que só certifica quem quer, mas uma certificação de qualidade numa empresa não é 1 mero processo burocrático, pelo contrário, implica formalizar todos os processos de workflow de modo a racionalizar procedimentos e o próprio negócio da empresa. No final acabas por ter menos custos, um processo optimizado e mais garantias de qualidade do teu produto.

Além disso não é o Estado que exige certificações, muitos clientes e fornecedores particularmente internacionais é que actualmente só trabalham com empresas certificadas

2. isso do fazer sem medir sem pensar é tipico do empresário português. Também és daqueles que acha que por exemplo o ambiente lixa muitos licenciamentos e que se devia acabar com isso e avançar de qq forma? Temos de chegar a um ponto em que temos de constatar que só o desenvolvimento sustentado poderá ser compatível com o nosso modo de vida a longo prazo. Por isso o planeamento e ordenamento do território na sua componente de ambiente e outras devem sempre ser assegurados

3. é óbvio que todos são contra a burocracia e o Estado caminha inevitavelmente para lá nomeadamente através da informatização dos serviços. Veja-se o que hoje já se pode fazer no site das Finanças e que há 2 ou 3 anos implicava visitas de horas às repartições. Por outro lado já há muitas Câmaras Municipais em processos de implementação de certificações de boas práticas, onde são informatizados todos os processos de workflow existindo assim 1 controlo total sobre a distribuição de tarefas pelas pessoas, sobre o estado das mesmas e sobre o tempo de execução das mesmas... É a informatização que vai mudar os hábitos do Estado, os próprios funcionários resistentes à mudança não têm outra hipótese senão integrar estas novas regras de funcionamento; irá existir um controlo sobre os funcionários "a mais" que poderão ir directamente para o exército dos supra numerários; diminuirá a necessidade de tantos funcionários pelo que o Estado irá emagrecer inevitavelmente...
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por Incognitus » 19/1/2006 14:49

O q lhe posso dizer é q a plataforma vai proporcionar ao invés, quais são realmente os problemas reais, principais e prioritários!!!


Pois, um dos problemas está em que os problemas são óbvios, e corre-se o risco que a plataforma identifique outros que não os óbvios, e os óbvios continuam sem solução.

Já começou uma empresa? Se sim, sabe quais são os problemas. São os que indiquei.

Note outra coisa, TODAS as burocracias começam com uma boa ideia bem intencionada. O que este tipo propõe NÃO é diferente. É uma boa ideia bem intencionada.

Quanto ao ter uma opinião rapidamente, bastou-me ler o documento de 10 páginas que definia as ideias base. É bastante óbvio.

Quanto às opiniões de empresas e microempresas, é mais uma forma errada de pensar. À partida, estão num site que colheu as opiniões favoráveis, e em qualquer iniciativa existem opiniões favoráveis.
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comentário

por jotabil » 19/1/2006 14:40

Caros

Gosto das alegações apresentadas pelos caros.....o tema é muito exigente....comentar a afirmação de uma eminência...perante a intenção de um homem a quem, maioritariamente, demos confiança de governo....exige um bom espirito julgador.
De facto....também me parece que um "plano tecnológio" no qual sejam admitidos pressupostos fundados nas tecnologias actualmente emergentes, tem necessáriamente de ser contra a corrente quase potestativa do liberalismo situacionista.
E talvez seja isso o nó do imbróglio....que motivou o afastamento do tal Senhor Tavares...esse chavões contidos na expressão...critérios isentos, válidos, credíveis e transparentes com vista à Procura de Excelência .....eu já os ouvi em quaquer lado alguma vez...A isenção a transparência...a excelência... são utopias que como tal são epifanias afastadas da realidade da vida onde mourejamos...para obtermos a excelência num lado provocamos a desolação e a tristeza no outro lado...temos a excelência na Europa ...e o caos em África....onde lutamos pelos mercados primários...vidé Costa do Marfim...para não referir o resto de toda uma África...vítima da excelência de Harvard, do Benelux e quejandos.
O que se deve exigir é um progresso orgânico....cooperante....solidariamente complementar....onde não sejam criados sofismas para mascarar egoísmos sociais entendidos como atitudes nobres e egoístas...como aconteceu na revolução francesa....com essa da liberdade, igualdade e fraternidade.....para iludir a intenção de querer disciplinar o rei que com a sua imprevisibilidade, estava a estragar os negócios da burguesia nascente....talvez o senhor Tavares quisesse impor o MIT....para fazer insinuar numa eventual dinâmica nascente no plano tecnológico constituído, os miasmas vetustos e anquilosados de um liberalismo ínvio mascarados pela transparência, isenção e excelência que para tal invocou.
De tudo devemos desconfiar...neste caos de ideias para onde nos remeteram as seitas do poder.
cumps
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por Cardoso » 19/1/2006 14:32

Isto parece estar a desviar-se do tema...

Só três questões:

1 - Onde estão os outros centros do MIT fora dos EUA?

2 - Em que moldes funcionam? Só com uma instituição?

3 - Houve benefícios para os países que os receberam?

Depois de responder a estas questões podemos responder à que interessa (na minha opinião):

Esta oportunidade deve ser perdida porque alguém quer favorecer uma instituição?

O resto... se o curriculum dos intervenientes é bom ou mau não me interessa... o que me interessa é se isto será ou não bom para o País.

Cumprimentos,
 
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por Jonas Savimbe » 19/1/2006 14:31

Incognitus Escreveu:Basicamente, o tipo é perigoso ao desviar a atenção dos problemas reais...

O q lhe posso dizer é q a plataforma vai proporcionar ao invés, quais são realmente os problemas reais, principais e prioritários!!!
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por Jonas Savimbe » 19/1/2006 14:28

Incognitus, não acredito q tenhas conseguido digerir tanta informação e opinar em tão pouco tempo :shock:

"é certo e garantido que os melhores competidores medirão, sem que lhes seja pedido. " - podem é estar a medir sem qq base cientifica!!!

O Incognitus, q se diz operacional e focado no empreendorismo, leia a parte das "OPINIÕES SOBRE A PLATAFORMA PARA A INOVAÇÃO, EXPORTAÇÃO E COMPETITIVIDADE RECEBIDAS POR E-MAIL:" nomeadamente:
- A opinião de algumas associações empresariais, industriais e sectoriais
- O que pensam as Micro e PMEs
- O que pensam os Grupos Empresariais
- O que pensam as Empresas de Consultoria
- O que pensam os Professores Universitários
- O que pensam os Centros de Investigação
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por Incognitus » 19/1/2006 14:26

Basicamente, o tipo é perigoso ao desviar a atenção dos problemas reais, para mais um esquema burocratizante que rapidamente se transformaria em mais uma condição sem a qual não se poderia interagir com o Estado.
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por Incognitus » 19/1/2006 14:22

Parecem uns adeptos do "é preciso medir para fazer melhor". Quando, para fazer melhor, é preciso é fazer. SE medir for importante para fazer melhor, é certo e garantido que os melhores competidores medirão, sem que lhes seja pedido.

É absurdo pensar-se de outra forma, e é perigoso se esse pensamento se institucionaliza até ao ponto em que obrigam a medir mesmo que não seja necessário (o que está na génese de muitas burocracias, certificações, etc, que a coisa desde logo parece advogar).
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por Incognitus » 19/1/2006 14:16

Jonas, aquilo é uma coisa horrorosa que só cria mais burocracias ainda, mais inquéritos, mais certificações e por aí em diante. As economias competitivas não foram fundadas no princípio de impor uma sistematização do benchmarking etc-e-tal, e a nossa certamente que também não o será. O site reforçou a minha ideia de que é feito não por empreendedores, mas por economistas.

E não aborda o que são os problemas óbvios que limitam a competitividade do país:

necessidade de liberalismo, a desburocratização, a baixa de impostos e despesas do Estado, o funcionamento da Justiça e o funcionamento da Educação
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por Jonas Savimbe » 19/1/2006 14:07

Camisa Roxa, acho q tocaste exactamente no ponto 8-)

Incognitus, proponho que antes de escrever + qq coisa em relação ao tema, que veja este link:
http://prof.fe.unl.pt/~lflages/index.ht ... mes.html&1

É pq se já o tivesse acedido, compreenderia q tudo aquilo q o incognitus e outros têm falado poderá vir a ser colmatado através desta plataforma tecnológica, a mesma q foi excelentemente dirigida até à pouco p
José Tavares e q, unicamente p lobbies politicos e n por questões como incapacidade técnica ou temporal, o inviabilizaram de prosseguir.

E coloco o link acima para q tb deixem de falar, como é mt hábito dos portugueses, de assuntos q são dominados superficialmente e q mt vezes são transmitidos com deturpações (por ignorancia ou a pedido) através dos media.
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por Camisa Roxa » 19/1/2006 13:51

jotabil, sinceramente não consigo perceber rigorosamente nenhuma relação do projecto do MIT com medidas ultraliberais, respeito pelas gentes e modos de vida, dificuldades das populações, etc. :shock:

vais me desculpar mas isso parece a tal cassette a tocar quer se pergunte se se devem nacionalizar empresas, quer se pergunte quanto são 3 vezes 3, quer se pergunte que horas são...
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por Incognitus » 19/1/2006 13:49

Mas Jonas, a existência de um "Plano Tecnológico" ou "Plataforma Tecnológica" é, em si, contraditória para quem defende o liberalismo, a desburocratização, a baixa de impostos e despesas do Estado, o funcionamento da Justiça e o funcionamento da Educação... que são os problemas reais que impedem Portugal de ser competitivo.

Ir com calma ou fazer estudos eu por acaso acho totalmente inútil. Cada um dos problemas acima necessita de pouca calma e poucos estudos, precisa é de acção.

Se bem que essa acção dificilmente acontecerá num ambiente democrático.
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por Jonas Savimbe » 19/1/2006 13:41

Jotabil,
O que está inerente ao plano tecnológico q o josé tavares liderou até à pouco é mt + q "impor procedimentos eficazmente liberais ao nosso ambiente nacional pretensamente atrasado e incompetente." Como é apresentado no site Criar Valor a" Plataforma Tecnológica assentará em critérios isentos, válidos, credíveis e transparentes com vista à Procura de Excelência a todos os níveis e Criação de Valor a nível nacional." Esta visão colide com os lobbies instalados, q promovem o compadrio e em que o expoente máximo é e continuará a ser, o ambiente politico.

O que me parece é q o seu texto revela aquilo que ainda está inerente na mentalidade de muitos portugueses, uma dualidade de percepções:
Por um lado tudo está mal, o pais está de rastos, é preciso urgentemente sair do pântano onde nos encontramos; mas por outro, se surgem pessoas a dar um murro na mesa, a por os lobbies em causa, a tentar de forma enérgica sair do fosso onde nos situamos, n pode ser! ,essas pessoas não podem questionar nada, são teoricas, o que é importante é ir c calma, temos uma história de dificuldades, há q fazer mts estudos (+ uns do mesmo)e ter esperança q o acaso resolva os nossos problemas....
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por Incognitus » 19/1/2006 13:38

epa, se isto não tivesse existido desde sempre ainda estaríamos na idade da pedra

peço desculpa, mas é este desprezo pela produção científica que leva portugal a estar onde está e que levam os EUA a estarem anos de luz à frente da europa


Penso que há um equívoco, eu TAMBÉM sou fortemente a favor da produção científica.

Porém, a produção científica é geralmente feita com o objectivo de prever algo, e nesse aspecto torna-se operacionalizável.

Ora, as ciências sociais, nas quais se insere a economia, são muito fracas neste campo (note-se que é a minha área também). Logo, a produção científica "em massa" neste campo é (até ao momento) relativamente menos valiosa.

Se alguém pensa de forma contrária, ponho por exemplo um problema. Os desequilíbrios da economia americana vão gerar uma crise. Isso é relativamente pacífico.

Agora, essa crise vai resultar ou em inflação, ou em deflação.

ALGUÉM sabe em que é que vai resultar? É que a forma de aproveitar e proteger em cada um dos cenários é oposta.

Compreendem? O conhecimento económico (bem como em outras ciências sociais) prevê pouco, é pouco operacionalizável, e por isso em muitas situações é pouco útil para a sociedade (embora, diga-se, um mínimo seja necessário).

Quanto a isto ...

"We estimate the impact of foreign aid on corruption using geographical and cultural distance to the donor countries as instrumental variables to assess causality. Aid decreases corruption. Our results are statistically and economically significant and robust to different controls."
Este é um exemplo de um estudo que cria valor para a sociedade em vários aspectos.


Bem, isto é um exemplo de uma postura macro a que a economia leva, em vez de debater os problemas práticos subjacentes. Se as ajudas aumentam ou diminuem a currupção é menos importante do que tentar obter formas de as ajudas não serem necessárias. Por exemplo, eliminando a PAC.

Que valor é que essa conclusão cria? De que dar ajuda faz sentido?

Mas não faz, linearmente. Implica retirar recursos de actividades mais produtivas (via impostos, no dador), para os entregar a actividades menos produtivas (consumo, nos recipientes).

Se quer que algo faça sentido, tem é que retirar a entrega de recursos a actividades pouco produtivas no dados (como a agricultura, via PAC), de forma a que essas actividades tendam a desenvolver-se nos países recipientes de ajuda (por serem mais economicamente viáveis lá)!

A ajuda, neste contexto, deveria sempre ser uma medida temporária até que os recipientes estivessem em condições de não necessitar dela (pode parecer a mesma filosofia hoje empregue mas NÃO é, porque para a ajuda ser temporária, tem que ser criadas as condições para os recipientes terem actividade própria, o que passaria por eliminar a PAC).
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comentário.....

por jotabil » 19/1/2006 13:20

O Senhor Tavares poderá ter..e tem de certeza o seu valor.....estudou ...e estudar é um acto árduo cansativo e útil para o próprio e para o país e para a humanidade.
O que desconfio é que ele se está a refugiar na distancia intelectual que criou, não para ver mais adiante...mas para impor procedimentos eficazmente liberais ao nosso ambiente nacional pretensamente atrasado e incompetente.
E nada disso acontece....acho que temos uma sabedoria mais curtida do que uma vivência em harvard...toda a nossa sociedade é ainda atravessada por cheiros intensos e duros das estevas difíceis de esquecer...e que nos dão a percepção de que os bens são duros de obter e que não é com um passe de mágica reengenharia dos procedimentos e dos sistemas ....que as pedras começarão a regurgitar diamantes....oh eras!!!!....as coisas têm de ser lúcidas ...bem pensadas....respeitando a natureza das gentes e dos meios ....a sua capacidade normal de evolução, o seus cosmos.....a suas hierofanias.....em resumo a sua humanidade espiritual.....num caminho sempre tido e sentido como incerto ...neste ofício esperançado de ter de viver diria Camus.
A esperança deste modo nunca morre.....dado que sabemos que não existem milagres ao virar da esquina.....e é essa lucidez que me pareceu que foi desrespeitada por tal senhor...quando o povo legitima um representante da sua vontade não pode admitir facilmente tamanho desbocar da sua confiança....ou não será assim?!!!.
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por Jonas Savimbe » 19/1/2006 13:13

Incognitus, não acredito q consiga dizer se os estudos elaborados pelo josé Tavasres são operacionalizáveis somente pelo título destes 8-)
Mts dos artigos publicados são em revistas da especialidade a nível mundial, que só são aceites após uma rigorosa filtragem; n é quem quer q os consegue publicar, é quem pode, pelo conteúdo inerente aos papers submetidos a avaliação.
Um exemplo de empreendadorismo é ele ser Co-founder of the Portuguese American Post-Graduate Society.

Outro exemplo: O paper “Does Foreign Aid Corrupt?” foi o 5º q teve + downloads do Economist letters em 2003. Pelo abstract pode já ter uma ideia do imenso contributo que pode ter a vários níveis:

"We estimate the impact of foreign aid on corruption using geographical and cultural distance to the donor countries as instrumental variables to assess causality. Aid decreases corruption. Our results are statistically and economically significant and robust to different controls."
Este é um exemplo de um estudo que cria valor para a sociedade em vários aspectos.

Um outro tema q aflora são as progressões na carreira profissional mecanicamente. Ora como pode perceber pelo cv, não são as progressões mecanicistas q o fizeram ser professor na Católica, em Harvard e na California :wink:
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por Camisa Roxa » 19/1/2006 13:05

Incognitus Escreveu:Outra coisa, a produção de conhecimento "pelo conhecimento" é algo próximo de inútil


epa, se isto não tivesse existido desde sempre ainda estaríamos na idade da pedra

peço desculpa, mas é este desprezo pela produção científica que leva portugal a estar onde está e que levam os EUA a estarem anos de luz à frente da europa

a produção de conhecimento pelo conhecimento leva sempre inevitavelmente à possibilidade de essas pessoas ou outras comercializarem esse conhecimento...

todo o modelo de desenvolvimento dos EUA é baseado na sua supremacia tecnológia e científica...
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por Pipoca » 19/1/2006 13:04

Incognitus,


Regra geral temos estado “em sintonia” com grande parte dos tópicos que aqui têm escrito, seja eles referentes a “bens tangíveis”, “salários de professores”, etc, etc…
Neste caso, isto não se verifica. Senão vejamos:


- Olhando para o CV deste senhor, é possível salientar vários estudos, que, apesar de não “servirem para criar empresas”, são bastante relevantes para o assunto em questão:
“Does Foreign Direct Investment Decrease Corruption”, “Does Foreign Aid Corrupt?”… só para citar alguns.



- Este “Sr Tavares” pode não ter grande capacidade empresarial (ou pelo menos se a têm ainda não demonstrou), mas apresenta um excelente CV académico.
Pelo contrário, o nosso PM, tal como uma grande parte dos nossos políticos, nem CV académico, nem empresarial.
(atenção que isto não é uma critica ao nosso PM, já que até ao momento, e dentro do possível considero estar a desempenhar um bom mandato)



- Esta interpolação ao PM teve pelos menos o condão de lançar este assunto para a praça pública, sendo assim mais difícil de agora tomar uma decisão favorável aos “lobbies” ministeriais….
 
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por Incognitus » 19/1/2006 12:58

Já agora, esta forma de ver poderia ser utilizada no nosso ensino.

Se tentar ensinar a um aluno (masculino) a forma de calcular o perímetro de um círculo, ele vai relevar pouco interesse (excepto em poucos casos).

Se o fizer num contexto em que ele está (fisicamente) a produzir um carro ou uma miniatura de um carro e para calcular a sua performance teórica ele necessita de calcular o perímetro de um pneu, a maioria dos estudantes masculinos vão ficar interessados.

E por aí em diante. O conhecimento tem sistematicamente mais valor quando operacionalizado, e até os estudantes o percebem dessa forma, variando o seu interesse de acordo com a utilidade (relativamente imediata) que percebem do que lhes está a ser ensinado. São muito menos aqueles que vêem "à distância" que o que estão a aprender hoje lhes vai ser fundamental daí a 20 anos.

Isso deveria ser levado em conta.
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por Incognitus » 19/1/2006 12:46

Outra coisa, a produção de conhecimento "pelo conhecimento" é algo próximo de inútil, como são inúteis os mestrados e doutoramentos que são tirados unicamente com o objectivo de progredir na carreira profissional mecanicamente, ou de adicionar anos a uma carreira contributiva.

Inúteis para o país que os paga, entenda-se. Não para quem os tira e vê mecanicamente melhoradas as suas perspectivas económicas.
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por Incognitus » 19/1/2006 12:39

Jonas, outra coisa curiosa é que uma empresa aberta, mesmo a dar prejuízo, cria mais valor para a sociedade do que a não existência da empresa.

Isto porque uma empresa não é só lucro. Todos os trabalhadores, mais o Estado (ou seja, todos nós) obtêem valor de uma empresa mesmo ANTES de ela dar lucro.
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por Incognitus » 19/1/2006 12:36

Jonas, se ler a lista de estudos do professor em causa, rapidamente se apercebe que eles não são "operacionalizáveis", ou seja, não servem para criar empresas.

Nessa medida, ou é ele a cria-las, ou elas não aparecem.

Eu acho que o homem tem um curriculum excelente, mas que um curriculum somente académico sem estudos operacionalizáveis, ainda que excelente, é inferior em termos de valor para o país, a um tipo que começe duas mercearias ou uma fábrica de sapatos, ou que construa um prédio.
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por tava3 » 19/1/2006 12:33

Cá para mim esse senhor é um ressabiado, por já nao fazer parte do projecto. Nao gostei da maneira como ele interpolou o 1º Ministro que acho que nao o ofendeu depois ao lhe chamar funcionario publico, porque é o que ele é, e se nao gosta de ser assim chamado, com esse curriculo, pode ser muitas outras coisas, digo eu.
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MIT em Portugal

por Jonas Savimbe » 19/1/2006 12:23

Acho uma piada a estes srs Jotabil e Incógnitus...um e outro a achar por razões distintas, que o José Tavares n tem valor, q é mais um prof, um académico q para ai anda... O jotabil escreve bem mas n me engana :wink: O q é importante é fazer reverencia ao PM, n o por em causa, deixar estar tudo na mesma, sempre os mesmos lobbies a funcionar... Se aparece um José Tavares, é o deus nos acuda q está a por as instituições em causa!! Nas ideias estes srs contradizem-se como no caso das "... nossas universidades são manipuladas ...". Como pode reparar pelo cv, josé tavares já trabalhou para várias universidades e até por ai traz a sua experiencia para as nossas universidades, para que inovem e melhorem os seus processos tentando eliminar os tais lobbies!!
Os vossos argumentos são do género de q o q temos é q garantir q o homem ou tem cv a + e n serve pq os tugas n têm capacidade ou então é como diz o Incongnitus, o homem tem q ter um problema. ..Pq a única forma de por Portugal na frente é criar empresas e empregos. N é passar anos a investigar, divulgar esses estudos pela sociedade para q outros, ao criarem as tais empresas, tomem em consideração o resultado dessas mesmas investigações... Capacidade empresarial?! Então o José Tavares e a sua equipa consegue potenciar a entrada de investimentos importantissimos como é o caso do MIT e n tem capacidade empresarial? :shock: N parece q a unica forma de desenvolver o nosso país seja somente na criação de empresas, se estas forem obra e graça do espirito santo, aparecendo sem nexo, para estarem abertas e n acrescentarem valor...

Jonas
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