Caldeirão da Bolsa

Fiquei desempregado

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Incognitus » 10/1/2006 0:54

Aliás, até se compreende. Parece que um número elevado de pessoas julga que o dinheiro do Estado nasce nas árvores, e portanto colher mais algum seja porque esquema for não tem nada de negativo, e muito menos de criticável.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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por Incognitus » 10/1/2006 0:50

LR; em relação à minha última opinião, há alturas em que mais vale estar calado?

Elouqueceste ou não consegues ver a realidade?

O josema tirou um mestrado não para fazer uso do conhecimento que tal mestrado poderia dar, mas sim para que segundo uma regra parva ele conseguisse atingir o topo da carreira e reformar-se com mais algum dinheiro mensal saído do herário público (dos impostos que todos nós pagamos).

E tu achas ISSO bem?

É a piada total.
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por valves » 9/1/2006 23:15

josema, tirar um mestrado para conseguir o escalão máximo na reforma no ensino, por muito difícil que tenha sido, é uma afronta a quem lhe terá que pagar essa reforma máxima.


:lol: :lol: :lol:
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por valves » 9/1/2006 23:13

Valves, não existe tal tecto. Pode ser mais difícil, mas a qualificação média dos empreendedores em Portugal é igual à da população em geral, e 3 das quatro pessoas mais ricas do mundo não terminaram a universidade
.


mas não é de empreendedores que estamos a falar é de empregabilidade :wink: posso te dar o exemplo de pessoas que com a 4 ª classe gerem negocios de milhões mas aí estamos a falar de empreendedores não de empregabilidade
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por Pata-Hari » 9/1/2006 22:13

Eu concordo com o fproença. Acho que ser trader é engraçado mas, ou é como emprego remunerado, ou convém ter uma base de rendimento para que possamos fazer trading com a calma e a ponderação que a actividade exige. Ter a cabeça no cepo e ser obrigado a ter X de rentabilidade para comer é algo que não desejo a ninguém (a não ser a quem já tem um património financeiro muito avultado e pelo menos na casa dos 7 números)..

E também acho que o comentário dele é muito apropriado. As habilitações são muito importantes quando estamos à procura de emprego. São o modo mais imediatista de se medir a qualidade potencial de quem se candidata a um emprego. No entanto, o mercado está desesperado por gente responsável, de confiança e com vontade de trabalhar. Se calhar um curso profissionalizante para aperfeiçoar o que sabes fazer e lançares-te no mercado oferecendo algo que não exista ainda (e tudo o que seja verdadeiramente “serviço” é algo que praticamente não existe em Portugal) é capaz de não ser má ideia. Já agora, o que é que sabes fazer, qual a tua área profissional? pode ser que alguém tenha alguma boa ideia que possas usar.

A outra coisa é que me parece que numa fase em que tens condições mais precárias que deves, ou melhor, o que eu faria, seria arranjar uma aplicação sem risco para a minha carteira para que pelo menos essa esteja livre de sobressaltos. Uma ideia seria o bpionline com a conta à ordem remunerada a 2.5% (acho que isto é o valor bruto mas não tenho verificado ultimamente) e depois um fundo de muito baixo risco para uma percentagem menor do património (bpi global, por exemplo. Nota que estou a falar no bpi global porque conheço o fundo mas estou certa que quase todos bancos têm aplicações semelhantes).
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por fproenca » 9/1/2006 21:59

Não é nada fácil estar num emprego, criar amizades, rotinas, expectativeas e de um momento para o outro vir tudo isso fustrado.

O emprego condiciona muito o local da compra da casa, na escolha da escola/infantário, na realidade condiciona toda a vida de um agregado familiar que se habitua a um nível de vida compativel com os rendimentos, infelizmente há milhares de pessoas nessa situação.

Na minha opinião ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, não deveria haver tanta importância nas habilitações, hoje em dia até para atender telefonemas exigem formação académica o que é um um exagero !

Devido á falta de profissionais nos tempos de hoje um carpinteiro, picheleiro, electricista com poucas habilitações na maioria das vezes ganha mais do que boa parte dos "Doutores", eu que o diga, pois sou eu que apuro os impostos de alguns deles :mrgreen: a meu ver, não pode nem deve haver um desiquilibrio tão grande na nossa sociedade, quer na idade como nas habilitações e salários.

Acho que viver somente da bolsa é uma profissão de demasiado risco, pricipalmente para quem tem familia constituida e depende de rendiemntos fixos para a sustentar, uma das alternativas é a que o LR referiu em pedir a totalidade do subsidio e criar um negócio próprio.

É nas alturas de crise que se cria os melhores negócios, pois, as Empresas nascem sem vicios, com uma gestão mais cuidada e ... " Deus escreve direito por linhas tortas" ... quem sabe não tenha sido uma oportunidade para fazer aquilo que sonhastes noutras alturas ? Decide o melhor, mas pondera muito viver somente da bolsa, por muito bom que seja o metodo de investimento eu acho que só quem tem muito dinheiro consegue uma rentabilidade suficiente para viver e ao mesmo tempo uma carteira de pouco risco.

Abraço e boa sorte
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Desemprego

por lr » 9/1/2006 21:01

Em relação à ultima opinião do Incognitus, acho que há alturas em que mais vale estar calado.

Para o XP, não sei se tem direito a fundo de desemprego, mas se for esse o caso, pode arranjar uma actividade e pedir o fundo de desemprego todo de uma vez para arrancar com o negócio. Só lhe estou a sugerir isto porque há muita gente que não sabe desta possibilidade.

Boa sorte

LR
A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original – Albert Einstein
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por Incognitus » 9/1/2006 11:02

já quanto ao nivel de qualificações ele só é preocupante porque lhe vai impor um tecto de funções apartir do qual será dificil aceder - no entanto mais cedo ou mais tarde terá de novo trabalho


Valves, não existe tal tecto. Pode ser mais difícil, mas a qualificação média dos empreendedores em Portugal é igual à da população em geral, e 3 das quatro pessoas mais ricas do mundo não terminaram a universidade.

josema, tirar um mestrado para conseguir o escalão máximo na reforma no ensino, por muito difícil que tenha sido, é uma afronta a quem lhe terá que pagar essa reforma máxima.
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por XP » 8/1/2006 23:42

Obrigado a todos, pelas sugestões ou comentários.

No curto/médio prazo não há grandes problemas, o pior é no longo prazo.Arranjar trabalho não será dificil,o problema é arranjar algo com mais autonomia e responsabilidade,onde falha apena investir o meu tempo e empenho.
No que diz respeito à planificação da carreira pessoal, já tinha ponderado dedicar-me de uma forma mais intensiva aos estudos durante um período de 1 a 2 anos.Um género de período sabático.

No que diz respeito ao money management decidi congelar alguns investimentos que tinha previsto para este ano,mantendo a minha liquidez.

Obrigado
 
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por arnie » 8/1/2006 23:33

se não consegue arranjar emprego, crie o seu próprio emprego.


Esta frase diz tudo

O mercado de emprego está mau, para os privados leia-se, pois para o sector publico despedimentos é coisa que raramente se vê ou se viu :-$

Para quem tem pouco estudos acredito que é pior, no futuro eu proprio poderei vir a sofrer desse mesmo problema, no entanto, estás aqui no caldeirão, como tal, és investidor bolsista, como tal, tens ai uma oportunidade de emprego, viveres dos mercados.

Li este fim de semana um artigo brilhante sobre a profissão de trader e como a grande maioria das pessoas não a considera como uma profissão como outra qualquer.
Para se ser, dentista, professor, arquitecto, advogado, pedreiro, ladrilhador, etc... precisas de estudos e de anos de practica para poderes aperfeiçoar as tecnicas necessárias para poderes assim exercer a tua profissão da melhor maneira possivel.

Porque razão, para se ser trader, raramente, mas muito raramente, são adoptadas as "regras" descritas anteriormente?

A resposta a esta pergunta pode ser respondida devido a que qualquer pessoa entra nos mercados. Apenas é necessário 2 coisas, dinheiro e conta numa corretora, nada mais. Enquanto para se ser dentista, temos que ir 5 anos para uma universidade e depois, não sei, mas deverá ter que fazer estagios em clinicas até que possa exercer "livremente".

Há que encarar a profissão de trader como sendo uma profissão como outra qualquer, que requer estudos e practica.

Se ficaste desempregado encara a situação como uma oportunidade. Se gostares dos mercados, então vê a situação como a oportunidade ideal para exerceres uma nova profissão.

Um abraço
arnie
Bons negocios,
arnie
 
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por pvg80713 » 8/1/2006 22:59

xp............. boa sorte.
Nisto tudo, acredito que deve voltar a estudar. Mal não lhe vai fazer...
e, sei que é uma frase feita, mas : se não consegue arranjar emprego, crie o seu próprio emprego.
um abraço
 
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por josema » 8/1/2006 20:18

XP, se o que vou escrever te pode servir ou não, depende do modo como encaras a vida e a desejas viver. Mais ou menos com a tua idade, percebi que tinha de tirar um curso superior ou então passaria a vida com um baixo salário e sempre no risco de ficar desempregado. Estudei,fiz exame de aptidão (como então se chamava) e entrei na Univ. do Porto. Escolhi Filosofia porque gostava e era um curso que me permitia trabalhar, estudar (passei muitas noites ao longo de cinco anos sem ir à cama) e propor-me a exame na altura própria. Foi muito duro. Já casado e com duas filhas pequenas, como custava, meu Deus, levantar de noite para lhes mudar as fraldas. (Ainda não havia a Dodot, eram de pano e as crianças choravam sempre que as mulhavam e o xixi arrefecia.)
A cada ano que passava, ganhava mais respeito por mim próprio e consciência de que era capaz. Ao fim de 5 anos, concluí a licenciatura com média 16.
Deixei a empresa onde trabalhava e fui para o ensino a ganha menos mil escudos e tive de ir para uma pequena vila do centro do país durante um ano.
Com 57 anos percebi que me iria reformar sem alcançar o escalão máximo, porque não tinha tempo de serviço suficiente. Mas havia uma alternativa: fazer o mestrado. De acordo com a lei, o grau de mestre permite progredir na carreira 4 anos. Voltei à escola. Agora, embora continuando a viver em Gaia, fui para a Univ. do Minho onde havia o mestrado que eu queria: Filosofia da Educação. Nesta altura já eu tinha 4 filhos, dois ainda a estudar. Foi mais duro ainda: não só o nível de exigência era elevado, mas era terrivelmente cansativo continuar a dar aulas e ter 16 horas de aulas na Univ. em dois dias /semana.
Durante o 1º ano de mestrado, os trabalhos de investigação que tive de apresentar ultrapassaram as 300 páginas. E não se podia fazer copy/ past, porque tinhamos que defender, oralmente, o que havíamos escrito.
Passei mais 3 anos a elaborar a minha tese. Não sei qual foi maior: se o sofrimento, se a alegria de ter conseguido. Depois de ter sido avaliado por um júri exterior à própria Universidade do Minho e ter-me sido atribuída a nota máxima, eu era uma pessoa feliz.
Reformei-me há dois anos. Na loja do cidadão, fui informado que durante 10 anos não teria qualquer aumento. Então pensei: daqui a 10 anos quanto vale a minha reforma? Não podia, mais uma vez, cruzar os braços: fui fazer o Curso de AT com o Marco António. Já andava na bolsa mas não percebia nada disto. O curso abriu-me perspectivas. Tenho estudado imenso e continuo a estudar para não deitar tudo a perder. Em boa hora entrei no mundo da bolsa, pois sei agora que, com ou sem reforma, suba ou desça o mercado, eu, enquanto tiver saúde, sei ganhar mais do que o suficiente para manter o nível de vida a que a minha famíçia está habituada.
Tanto paleio para dizer o quê? Para partilhar contigo a fórmula de êxito que eu conheço e que, tenho a certeza, resulta sempre, ainda que o caminho para lá chegar possa variar de pessoa para pessoa: TRABALHO e RESPEITO por nós próprios.
Um abraço e votos de que encontres o teu caminho.
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por César » 8/1/2006 19:17

Fica apenas a ideia: porque não tenta enviar o seu curriculum vitae para uma empresa de segurança?
Abraço e boa sorte! :wink:
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benfica - estou sim? quem fala?
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por Resina » 8/1/2006 19:03

Xp talvez seria uma boa oportunidade enquanto não tem emprego, melhorar as suas qualificações profissionais! O 12o ano seria optimo, mas é apenas uma opinião! Mesmo estando a trabalhar seria optimo! Abraços e desejo-lhe muito boa sorte!
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por valves » 8/1/2006 18:56

Tenho quase 30 anos e não tenho qualificações(nem sequer tenho o 12º)


em relação á idade não é preocupante dá-me ideia de que há medida que formos todos envelhecendo em conjunto e que o mercado laboral ficar cada vez mais flexivel aplicar-se á cada vez mais a ideia de que velhos são os trapos ... já quanto ao nivel de qualificações ele só é preocupante porque lhe vai impor um tecto de funções apartir do qual será dificil aceder - no entanto mais cedo ou mais tarde terá de novo trabalho :wink:

Abraço e boa sorte na procura de novo emprego

Vasco
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Fiquei desempregado

por XP » 8/1/2006 17:54

Desde este fin-de-semana fiquei desempregado.Neste momento tenho 34.99% do meu patrimonio em estado liquido.
Antes de ficar desempregado estava a pensar reduzir este valor para 23%.Investindo o resto em fundos.

Agora estou hesitante.
Tenho quase 30 anos e não tenho qualificações(nem sequer tenho o 12º).Não sei mesmo quanto tempo vai demorar a arranjar trabalho!A minha sorte é não ter responsabilidades financeiras.

O que voces fariam?Reduziam a liquidez numa situação destas?
 
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