Caldeirão da Bolsa

Presidente força Sócrates a travar Iberdrola na EDP

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 6/1/2006 16:21

Comunicado da Direcção do Diário Económico

A direcção do Diário Económico



A Direcção do Diário Económico foi hoje surpreendida por um comunicado do Palácio de Belém dizendo que as declarações apontadas ao Presidente da República são falsas. Não são. Foram ditas, ontem, expressamente, ao director do Diário Económico. É esta a verdade. Mas o comunicado do Presidente da República é de tal forma grave e surpreendente que exige uma explicação de como tudo se passou. Para que os portugueses conheçam a verdade.



Às 11horas o director do Diário Económico pediu uma declaração ao Presidente da República. Naquele momento, a porta-voz do Presidente disse que não havia declarações a fazer.
O Director do Diário Económico insistiu na necessidade do Presidente da República clarificar o seu papel num assunto de grande importância nacional (a reestruturação da EDP), assunto que de resto veio a público na edição do Diário Económico da passada terça-feira.
A mesma porta-voz do Palácio de Belém disse que ia voltar a falar com o Presidente da República e, havendo declarações, voltaria a ligar.
E de facto ligou, perto das 21 horas, na sequência dos contactos desenvolvidos ao longo do dia pelo Diário Económico.
Nesse segundo telefonema, a porta-voz do Presidente da República disse, em nome de Jorge Sampaio, a frase hoje citada no Diário Económico.
Disse assim em nome do Presidente: “Há uma fundamental preocupação de interesse nacional no desenho da política energética portuguesa. Esse desenho é fundamental para o país. Nesse sentido, agi em conformidade com os poderes do Presidente para defender justamente esse interesse nacional, agora e no médio e longo prazo”.
Perante a importância da declaração, e pelo facto de estar a falar com a porta-voz do Presidente da República, o director do Diário Económico perguntou, por duas vezes, se a frase era mesmo para ser citada.
A porta-voz do Presidente da República disse que sim, e inclusivamente modificou algumas palavras da declaração inicial.
É essa versão final que hoje se cita do Diário Económico.
O Diário Económico lamenta profundamente eventuais problemas de comunicação entre Jorge Sampaio e a seu porta-voz.
O Diário Económico mantém tudo o que hoje escreve na sua edição, reforçando o compromisso com a verdade que sublinha, diariamente, aos seus leitores.
 
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Presidente força Sócrates a travar Iberdrola na EDP

por marafado » 6/1/2006 16:20

EDP E O Interesse Nacional > 2006-01-06 06:30

Presidente força Sócrates a travar Iberdrola na EDP

DE



Sampaio ao Diário Económico: “Agi em conformidade com os poderes do presidente para defender o interesse nacional no médio e longo prazo”.

Quatro dias após a intervenção do Presidente da República, a Iberdrola, que os privados e o Governo queriam nos órgãos sociais da EDP, abdicou de entrar no novo Conselho Superior da eléctrica nacional.

(Para obter mais informação, consulte a edição em papel do Diário Económico)






Comentários

lIngua_afiada
Este país nunca mais vai em frente, então não é preferivel ter uma empresa estrangeira e competente do que ter neste caso um gestor que enquando esteve na galp fez um contrato com o major valentão por cerca de um milão de contos,mas não investiu na segurança das instalações em matosinhos, lembram-se do incidente lá?qualquer dia tudo o que é dependente do ministerio da economia, passa a ser uma sucurssal do banco espirito santo!cambada de gatunos!

jorge goncalves
A ser verdade que quer os accionistas privados quer o Governo, queriam a IBERDROLA no conselho Superior da eléctrica Nacional, assistimos a um facto muito relevante e merecedor de detalhadas explicações, face ao reiterar de muitas entidades e pessoas de que certas empresas e áreas deverão ter centro de decisão nacional e além disso alargarem para expansão internacional, pois se trata de uma empresa relevante portuguesa numa área de interesse nacional como é a Energia e configura abertura para outras situações em outras empresas e áreas importantes contraditórias com os discursos que em momentos de pompa assistimos. Por outro lado dá razão a um certo tipo de envolvimento que um Presidente deve e pode ter na defesa do que ele considere de interesse nacional , defendido pelo candidato CAVACO e surpreendentemente rebatido pelo Sr. Soares que no meu ponto de vista parou no tempo e está a demorar a percebê-lo.

Antonio Andrade (antonio.manuel.andrade@sapo.pt)
A CMVM comportou-se nesta história como uma entidade não independente e não exigente. O DE não concorda?

Anti-BES
Carissimo Manuel "BES" Pinho, O seu bonus este ano será fenomenal, garante que o BES continua na PT permite que entre na EDP. Só não entra na família porque não abriu a CGD,... bem mas ainda tem mais 2,5 anos de mandato....

Neftis
"...não é preferivel ter uma empresa estrangeira e competente..." Desde quando é que as empresas estrangeiras só por serem estrangeiras são competentes?? Com as espanholas isso não é verdade de todo, nomeadamente as energéticas. A grande vantagem dos espanhóis em relação aos portugueses é a dimensão do seu mercado interno (cinco vezes maior), e beneficiarem de um enquadramento político e fiscal muito mais estável e favorável do que os portugueses. Além disso, o mercado energético espanhol é super protegido pelo Estado espanhol. O que o governo português devia fazer era criar um enquadramento no país para que a iniciativa privada pudesse criar riqueza e competir com os estrangeiros. Mas o que vemos é que se a aumenta a carga fiscal e politiza-se a economia, o contrário do que se devia fazer. Depois, os derrotistas do costume defendem que o melhor é vender a estrangeiros porque os portugueses não têm capacidade. Assim não vamos lá.

Henique Apolinario
Manuel Pinho (Ministro do Grupo Epirito Santo no Governo)...já perdeu toda a vergonha... actua explicitamente para ajudar os intereses do grupo BES. A estrátegia é lançar notícias "bombásticas" escondendo a real intenção do que o BES quer.... primeiro exemplo.... o ministro do BES anuncia a instalaçao de uma nova refinária em Sines enquanto autoriza a venda da Galp ao Grupo Américo Amorim (financiado pelo Grupo Espirito Santos e pelo presidente de Angola)... enquanto todos olham para o noticia do grande investimento a realizar (investimento que já não existe) a Galp é vendida..... segundo exemplo ... com o objectivo de colocar outro peao do Espirito Santo, o António Mexia na EDP,,,,lançam para os journais que o governo consequiu que a Iberdola nao se representasse no Conselho Superior da EDP...... quando o Manuel Pinho foi nomeado como ministro achei que, pronto o Grupo BES tinha direito a ter pelo menos um ministro no governo.... a minha desiluzaso occorre porque para todo isto aconter teve que ter o acordo do primeiro ministro.... dai a conclusão clara de que o primeiro ministro também ser mais um instrumento do BES..... todos trabalhamos para o BES , só que alguns sabem e a maioria não o sabe....
 
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