IMPRESA - Preço Alvo 6.10€ (comprar)
IMPRESA - Preço Alvo 6.10€ (comprar)
"Reiniciámos cobertura de Impresa, com preço alvo para o final de 2006 de €6.10 por acção e recomendação de compra. Revimos o preço alvo de Media Capital e de Cofina de €6.80 e €3.45 para €5.50 e €3.30, com recomendações de Venda e Manter, respectivamente.
A nossa perspectiva para o mercado publicitário em Portugal pressupõe uma estagnação em 2006 (+0.1%) e um ligeiro crescimento em 2007 (2.0%), correspondendo a um crescimento médio de 1% nestes dois anos. Para tal contribui a situação macro-económica do país, com os indicadores coincidentes e avançados do consumo a revelarem alguma fragilidade, relacionados com o aumento do desemprego, das taxas de juro e da carga fiscal. Pensamos que factores micro, como o aumento da concorrência em vários sectores de actividade não deverão compensar na totalidade o menor dinamismo subjacente do consumo e, por essa via, da publicidade.
Ainda assim, encontramos valor em Impresa, partindo com pressupostos de base de um aumento gradual da quota de publicidade no mercado de televisão em sinal aberto dos actuais 38.8% para um valor de equilíbrio de 42.5%, que compara com uma quota de minutos de publicidade de 40%. Assumimos ainda que a Impresa, através da SIC, irá fazer um esforço muito significativo em custos de programação (via produção nacional, promoção de estrelas), por forma a recuperar as audiências perdidas. Num cenário em que a SIC mantenha a sua quota actual, chegaríamos a uma valorização de €5.40 para o título.
Salientamos ainda a existência de alguns riscos relevantes para a acção: (i) evolução pior do que o esperado da situação macro; (ii) continuação da perda de audiências; (iii) crescimento excessivo dos custos de programação (grave se for recorrente e sem retorno); (iv) possibilidade de aparecimento de novos canais generalistas (via cabo ou televisão digital terrestre).
Relativamente a 2006, embora como cenário central estimemos um impacto de €0.8mn em EBITDA decorrentes do Mundial 2006, para tal se verificar estimamos que as receitas de publicidade por jogo tenham que subir muito consideravelmente face aos números atingidos no Euro 2004. Para o mercado como um todo, acreditamos que eventos desportivos deste calibre acabam por não ser especialmente positivos, na medida em que têm custos muito elevados que praticamente inviabilizam o retorno, sugando publicidade a outros períodos do ano e a programas alternativos (caso não existíssem esses mesmo eventos), em que a relação custo/benefício em termos de GRP (gross rating points) é mais favorável.
Em termos de Media Capital, a revisão em baixa está relacionada com (i) piores perspectivas para o sector publicitário; (ii) redução ligeira da quota de longo prazo da TV e (iii) piores perspectivas para as outras áreas de negócio. Apesar da nossa recomendação de venda, salientamos que as recentes alterações a nível da estrutura accionista aumentam a possibilidade de uma OPA a um preço claramente acima do valor fundamental do título."
2005/12/07 - 11:07
Fonte: Millennium bcpinvestimento
A nossa perspectiva para o mercado publicitário em Portugal pressupõe uma estagnação em 2006 (+0.1%) e um ligeiro crescimento em 2007 (2.0%), correspondendo a um crescimento médio de 1% nestes dois anos. Para tal contribui a situação macro-económica do país, com os indicadores coincidentes e avançados do consumo a revelarem alguma fragilidade, relacionados com o aumento do desemprego, das taxas de juro e da carga fiscal. Pensamos que factores micro, como o aumento da concorrência em vários sectores de actividade não deverão compensar na totalidade o menor dinamismo subjacente do consumo e, por essa via, da publicidade.
Ainda assim, encontramos valor em Impresa, partindo com pressupostos de base de um aumento gradual da quota de publicidade no mercado de televisão em sinal aberto dos actuais 38.8% para um valor de equilíbrio de 42.5%, que compara com uma quota de minutos de publicidade de 40%. Assumimos ainda que a Impresa, através da SIC, irá fazer um esforço muito significativo em custos de programação (via produção nacional, promoção de estrelas), por forma a recuperar as audiências perdidas. Num cenário em que a SIC mantenha a sua quota actual, chegaríamos a uma valorização de €5.40 para o título.
Salientamos ainda a existência de alguns riscos relevantes para a acção: (i) evolução pior do que o esperado da situação macro; (ii) continuação da perda de audiências; (iii) crescimento excessivo dos custos de programação (grave se for recorrente e sem retorno); (iv) possibilidade de aparecimento de novos canais generalistas (via cabo ou televisão digital terrestre).
Relativamente a 2006, embora como cenário central estimemos um impacto de €0.8mn em EBITDA decorrentes do Mundial 2006, para tal se verificar estimamos que as receitas de publicidade por jogo tenham que subir muito consideravelmente face aos números atingidos no Euro 2004. Para o mercado como um todo, acreditamos que eventos desportivos deste calibre acabam por não ser especialmente positivos, na medida em que têm custos muito elevados que praticamente inviabilizam o retorno, sugando publicidade a outros períodos do ano e a programas alternativos (caso não existíssem esses mesmo eventos), em que a relação custo/benefício em termos de GRP (gross rating points) é mais favorável.
Em termos de Media Capital, a revisão em baixa está relacionada com (i) piores perspectivas para o sector publicitário; (ii) redução ligeira da quota de longo prazo da TV e (iii) piores perspectivas para as outras áreas de negócio. Apesar da nossa recomendação de venda, salientamos que as recentes alterações a nível da estrutura accionista aumentam a possibilidade de uma OPA a um preço claramente acima do valor fundamental do título."
2005/12/07 - 11:07
Fonte: Millennium bcpinvestimento

