Caldeirão da Bolsa

TGV e a vantagem de Cavaco

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Embora ...

por James Douglas Morrison » 7/12/2005 16:35

... não goste de falar de politica ... porque os politicos, não merecem que o faça, no contexto sócio-económico, que este Grande País, atravessa, apetece-me (se calhar, para desanuviar) referir que ... É UMA AUTÊNTICA VERGONHA, APELAR AO APERTO DO CINTO A CERCA DE 5/6 MILHÕES DE PORTUGUESES (entre contributivos e ex-contributivos "ditos de reformados") E CONTINUAR COM OBRAS MEGALÓMANAS!!!!!!!
Se os fundos comunitários, são um precioso auxilio para este tipo de excentricidades, julgo (na minha muito modesta opinião) que, determinados fundos comunitários, controlados e bem direccionados, permitiriam um arranque económico e social, deste Grande País, que foi feito, por Grandes Heróis!!!!!!

Quanto a todo o resto, estou completamente alheado desta e ... doutras administrações!!!!!!!!!

Sou contribuinte (completamente pagante) e mais, nã merecem de mim, a não ser ... UM TREMENDO DESPREZO!!!!

Viva Portugal! Viva este Grande Povo, que não tem culpa desta merdice de individuos que, por falta de outros horizontes técnico-profissionais, optaram por esta profissão, que se chama de politica!

Trabalho e ... sempre trabalhei!!!! Não acredito em falsos Mecenas!!!!

Estes politicos ... ou que o valham, nã trabalham, nem nunca trabalharam!!!!!!

Se efectivamente, aparecem de cabelos brancos, ao fim de poucos anos, acredito que tal, advém das múltiplas responsabilidades que têm, no âmbito dos cargos que assumiram ... DE LIVRE VONTADE!!!!

Não tenho pena deles, embora devesse tê-la (porque "pena") é ago que não se deve ter, nem receber!!!!!!

Responsabilizam-se, exclusivamente, pelos seus interesses pessoais ou colectivos, que não passam, minimamente, pelos interesses nacionais, mas sim ... PESSOAIS!!!!!! Exclusivamente!!!!!!

Desabafei.

Uma Boa-tarde e viva Portugal!!!!!!
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TGV e a vantagem de Cavaco

por wuzzu » 7/12/2005 15:04

A noticia que vem no publico sobre o TGV e' o tipo de noticia que vem dando ao Cavaco uma margem folgada logo na primeira volta. Esta e' a minha opiniao.

E a razao e' a seguinte: todos os portugueses ambicionam ter quem governe de confianca. E a verdade e' que a maioria absoluta que o Socrates teve simbolizou isso mesmo, e nao tanto um voto de confianca no Socrates. Alias, para mal dos adversarios do Cavaco, o Socrates so lhe tem dificultado a vida, ao falar de tempos dificeis e austeridade, e depois ao aparecerem sucessivas noticias em que o governo nao da o exemplo. Primeiro foram historias da cgd, carros, secretarias e regalias, etc etc, e agora TGV's e OTA.
Independentemente de serem decisoes acertadas ou nao, os portugueses teem dificuldade em acreditar
no seu governo e tudo isto proporciona ao Cavaco um caminho livre ate Belem. E' que, pensa o portugues, ao menos um vigia o outro...

E' assim que penso eu, e penso que e' assim que pensa o portugues. Que pensam voces?


wuzzu











Investimento avaliado em mais de 7000 milhões de euros
Custos de construção do TGV não são recuperáveis
07.12.2005 - 07h37 Carlos Cipriano, Carlos Rosado de Carvalho, :Paulo Ferreira (PÚBLICO)



O investimento nas infra-estruturas ferroviárias de alta velocidade não é recuperável, concluem os estudos na posse do Governo que deverão ser divulgados terça-feira, 13 de Dezembro, na cerimónia pública de apresentação da nova versão do projecto de alta velocidade português que será presidida pelo primeiro-ministro, José Sócrates.

Estas conclusões, aliadas à grave crise orçamental que o país atravessa, obrigaram o Executivo a reequacionar o projecto acordado entre Portugal e Espanha na Cimeira da Figueira da Foz de Novembro de 2003, que previa quatro ligações entre os dois países, com um custo total de 12.600 milhões de euros.

Na próxima terça-feira, o primeiro-ministro deverá confirmar a decisão política de avançar apenas com as ligações Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid, que serão construídas em simultâneo, com início em 2008 e conclusão em 2013. O modelo de financiamento será semelhante ao adoptado no comboio da Ponte 25 de Abril: o Estado suporta os custos com as infra-estruturas e os futuros concessionários - um para cada linha, a escolher por concurso público - arcarão com os custos de exploração e a aquisição do material circulante (provavelmente em leasing).

O investimento previsto nas infra-estruturas (linha férrea, estações, etc.) ronda os 7200 milhões de euros - 5000 milhões na ligação ao Porto e 2200 milhões no troço português da ligação a Madrid -, dos quais 30 a 40 por cento serão financiados por fundos comunitários e o restante será suportado pelo Estado português de forma faseada.

Segundo o PÚBLICO apurou, numa primeira fase o investimento público será feito através da Rave, a empresa constituída pelo Governo de António Guterres para o projecto de alta velocidade, que para o efeito recorrerá a empréstimos nos mercados internacionais, com destaque para o Banco Europeu de Investimento, com financiamentos a taxas de juro preferenciais e elevados períodos de carência.

Como sucede neste tipo de projectos, durante o período de construção os custos do investimento não entrarão no Orçamento do Estado, explicam fontes governamentais. Isso só acontecerá na fase de exploração, sendo imputada anualmente uma verba ao OE que será definida entre os ministérios das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e das Finanças, acrescentam as fontes sem adiantarem pormenores.

A questão orçamental

As consequências do investimento em infra-estruturas nas contas públicas é o principal argumento utilizado pelos críticos da alta velocidade e do novo aeroporto, que dão o exemplo das auto-estradas sem custos para o utilizador. Numa fase inicial as chamadas Scut também não sobrecarregaram os cofres públicos, mas a factura acabou por chegar colocando em causa o cumprimento dos compromissos assumidos por Portugal quando aderiu à moeda única. O Governo garante que não será esse o caso da Ota, que vai ser construído, financiado e explorado por privados, sendo o investimento público residual.

Um modelo que, concluem os próprios estudos do Governo, não é replicável no TGV. O problema é que o investimento neste tipo de infra-estruturas não é recuperável. O conceito de sustentabilidade dos projectos de alta velocidade não entra em conta com os custos de construção da infra-estrutura, garante o Governo, que dá como exemplo o que se passou em todos os países que investiram nestes projectos. Para o Executivo de José Sócrates, ainda assim, o investimento justifica-se porque Portugal não poderia ficar de fora das ligações de alta velocidade europeias, sob pena de se tornar ainda mais periférico.

Além do mais, os estudos de viabilidade económico-financeira encomendados pelo Governo concluíram que a exploração da linha Lisboa-Porto será rentável, pois a diferença entre receitas e despesas correntes, incluindo a taxa de uso, uma espécie de portagem ferroviária, será positiva. Já na linha Lisboa-Madrid, a empresa que ficar com a exploração só será obrigada a pagar uma parte da taxa de uso, pois a procura não deverá gerar receitas suficientes.

E se estas previsões não se concretizarem? Segundo o Governo, é aqui que reside a grande diferença entre o TGV e o comboio da ponte. De facto, o acordo com a Fertagus prevê patamares mínimos de procura, abaixo dos quais o Estado português é obrigado a indemnizar a empresa. No caso da alta velocidade os privados assumirão riscos, o que quer dizer que se as previsões de procura não se concretizarem terão prejuízos.
 
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