Caldeirão da Bolsa

Greve dos Professores

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por arocha » 22/11/2005 12:56

Incognitus...com o devido respeito de quem te "conhece" (pelo nick)do já longínquo www.pedrocaldeira.com, tens qualquer "pulga" contra os professores...ai tens ...tens. De todas as classes só falas neles...permanentemente...não serás um candidato à privatização das escolas? E das outras corporações que gravitam, também, em torno do orçamento (se calhar também tu)e ganham sem ocuparem o seu lugar, ou melhor passando por ele.
Em que país vives, ou melhor em que mundo (planeta)? Não conheço nenhum país onde as tuas ideias, que manifestas nestes posts respeitantes a professores, sejam aplicadas.
Continuação de bons negócios de bolsa e dá-nos é uns palpites para ganharmos uns "cobres", porque disso estou convicto que és um MESTRE.
Um abraço
 
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por Incognitus » 22/11/2005 12:35

Eu não digo "baixa-se o ordenado", eu digo "privatize-se", e o mercado logo encontrará o ordenado justo.

Eu desconfio, porém, que o ordenado justo para um país que ganha uns 700 euros em média, não será aquele que hoje vigora principalmente em final de carreira.

E a diferença, é simplesmente um roubo, feito por essa classe aos contribuintes, com a ajuda do Estado.

Sim, porque o dinheiro que o Estado paga a uns, cobra a outros. É um mero intermediário, que urge eliminar.
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professores

por barcavelha » 22/11/2005 12:30

Incognitus Escreveu:barcavelha, o problema está em que temos 230 deputados, e 150000 professores, compreendes
?

Se tivessemos 75000 deputados, aí já seria um problema diferente
.

Ou seja, é bastante menos problemático que os deputados ganhem o dobro, do que os professores ganhem aquilo
.

Afinal o problema já não é a competência e profissionalismo dos professores afinal é o número deles que é muito elevado(quem os contratou é que devia saber isso, quem promoveu cursos via ensino tb devia saber isso), agora pelo facto de serem muitos, baixa-se o ordenado, por esse ponto vista um Astronauta em Portugal deveria ganhar 1 milhão eur dia..... vamos ser sérios e coerentes nas nossas opiniões!!!!!
 
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por Kafka » 22/11/2005 12:19

Em relação à mudança de escola, a questão central é o motivo pelo qual tentam mudar e não a mudança em si. Eu tenho muitos colegas professores, casais, em que o marido está a leccionar a mais de 200 Km da esposa. E o filho está no meio, em casa dos avós ou então com um deles. Sendo assim, não é de estranhar que tentem mudar de escola. Tentem! Porque conseguir é outra história!
O mais incompreensível no Universo é o facto de ele ser compreensível.

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por Incognitus » 22/11/2005 12:15

barcavelha, o problema está em que temos 230 deputados, e 150000 professores, compreendes?

Se tivessemos 75000 deputados, aí já seria um problema diferente.

Ou seja, é bastante menos problemático que os deputados ganhem o dobro, do que os professores ganhem aquilo.

E a questão nem está sem ser muito, e sim em ser mais do que o mercado pagaria em média.

Eu não acho que 1 Euro o litro de leite seja muito. Mas, se o posso comprar a 0.55 acho efectivamente que 1 Euro é muito ...

Não temos que ter uma entidade - o Estado - a encarecer-nos o ensino e a baixar-lhe a qualidade, compreende?
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por Kafka » 22/11/2005 12:12

Meu caro Incognitus


Evidentemente, refiro-me a vencimentos e não a pensões de reforma.
Provavelmente eu estou a falar de salários líquidos e o amigo em vencimentos brutos. A um professor (como à maior parte dos funcionários públicos) o salário bruto pouco interessa, pois os valores da retenção na fonte estão bem calibrados e não há possibilidades de recuperar o IRS.
Se ainda lhe restam dúvidas vá a: http://www.spn.pt/DynaData/SM_Doc/Mid_1 ... s_2005.pdf

Com o meu tempo de serviço estou no 5º escalão.
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RESPOSTA INCOGNITUS

por barcavelha » 22/11/2005 12:07

Pelos seus comentários, posso concluir que a sua opinião se baseia única e simplesmente nas reformas e ordenados dos professores no fim de carreira.
Como acabou de dizer 2500EUR íliquidos e como deve calcular todos os professores pagam impostos da totalidade do seu ordenado, coisa rara em Portugal no privado!!! Este ordenado que fala só é válido após cerca de 20 anos a leccionar, eu já lecciono à cerca de 12 anos e líquido nem metade aufiro. Acho estranho é que considere 2500 eur uma exorbitância para professores em fim carreira e em simultâneo temos deputados com 2 mandatos a auferir o dobro e com a respectiva reforma assegurada, temos profissionais da bola a auferir 2500 eur por dia e os seus clubes a não pagarem à segurança Social, e os jogadores só descontam por uma parte ínfima do seu ordenado, temos empresários que vivem na quinta da Marinha e que declaram o salário mínimo tendo os seus educandos comparticipação nos manuais escolares e apoio na compra senhas refeições, temos índividuos a receberem o rendimento mínimo, mas que possuem boas capacidades físicas para trabalhar.
Estas contribuições simé que fazem falta para assegurar a sobrevivência do actual sistema da Segurança Social.A crise na Europa está instalada veja-se em frança!! devido a que os estados cada vez apostam menos em politicas socias e mais em politicas bélicistas de onde saem grandes fatias de $$$ dos seus orçamnetos de Estado
É contra este Estado que promove o ócio que es estou contra, não me causa prurido nenhum que um bom funcionário público ganhe 2500eur bem pelo contrário,devia ser era logo em início carreira se o seu desempenho assim o justificar.Um caso paradigmático da GALP em que andou anos e anos a dar prejuízos com uma admistração incompetente e mal remunarada, apartir do momento que se escolheu pessoas competentes e a ganhar mais de 50 ooo eur mês a empresa inverteu tendência e è hoje uma das maiores empresas do país.
Portanto não sejamos demagógicos com os ordenados já que aí não reside o cerne da questão, ela está sim na competência de todos os intervenientes no processo Ensino-Aprendizagem.
 
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por Incognitus » 22/11/2005 11:53

(obviamente, parte da atractividade da profissão vem do lamentável estado da Economia e falta de alternativas, que por sua vez é prejudicado pela dimensão do Estado, ou seja, pelo excesso de professores, juízes, médicos, funcionários judiciais e muito mais esbajamento ainda)
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por Incognitus » 22/11/2005 11:51

Kafka, a mudança massiva de escolas só pode significar que primeiro tentam entrar para qualquer escola, e depois logo pensam em mudar.

Ou seja, é um sinal da atractividade da profissão.

Quanto aos valores, eles estão na www.cga.pt, e dificilmente são mentira. São os valores com os quais virtualmente todos os professores se reformam.
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Sobre os salários

por Kafka » 22/11/2005 11:45

Eu não sei, sinceramente, que valores de salários são esses. Eu sou professor do quadro de escola do ensino secundário há onze anos e o meu vencimento é de 1200 euros. Os meus colegas em final de carreira recebem cerca de 1800 euros e os colegas contratados (que são imensos, como se sabe) recebem por volta de 1000 euros e não sobem de escalão!
Acresce a isto que não há qualquer ajuda de custo para quem se encontra deslocado.
O facto de haver 70000 professores a tentar mudar de escola (dos quais apenas 14000 conseguem) prova que muito poucos estão bem colocados!
Ninguém muda de escola porque quer mas porque tem necessidade! Quem está numa escola mais que um ano pode começar a pensar em escolhar turmas, níveis e horários, começa a conhecer os colegas e os alunos com todas as vantagens a isso inerentes! Por isso, mudar de escola é sempre muito má ideia!
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por Incognitus » 22/11/2005 11:35

barcavelha, não é só o Pedrinho a querer pagar MENOS aos professores. É o Pedrinho, e os milhões de contribuintes deste país, que querem pagar menos, porque MENOS é justo.

Ou seja, num mercado em funcionamento normal, nem todos os professores se reformariam com mais de 2500 Euros/Mês em Portugal, isso é óbvio.

Se se reformam e ganham esse dinheiro, acima do que o mercado lhes pagaria, são os contribuintes que PAGAM A DIFERENÇA.
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por A330-300 » 22/11/2005 11:30

Incognitus....

Realmente tinha uma ideia um pouco erada da realidade , mas tb nãao acho que 500 cts seja assim tão bom...

Não acho que 500 cts seja um bom salário.Acho que está acima da média nacional,mas daí a ser bom....acho que 500 cts é o começo de um bom salário.

Não acho que os professores ganhem bem , acho é que as outras pessoas (ou a média nacional) ganha muuuuito mal.

Vejo pessoas formadas (engenheiros,arquitetos) a viver com 250cts...casados e com filhos... Não acho normal...

Tenho a certeza que assim como na minha profissão tambem os professore são mais bem pagos aqui ao lado em Espanha e tem um custo de vida bem inferior.

Resumindo,o problema não é os professores ganharem 500 cts , o problema é as outras pessoas nas outras profissões não ganharem também.
 
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por barcavelha » 22/11/2005 11:20

[quote="Incognitus"]
barcavelha, sobre a "exploração", tenho a certeza que o Pedrinho não aponta uma arma a ninguém para irem trabalhar para ele, aliás, ele diz no seu texto que "convida" e mais ainda, que uma penalização é "não voltar a convidar".
Há um pormenor que lhe escapa!!! É que quanto menor o ordenado de professor e piores condições de trabalho ele tiver , mais fácilmente o Pedrinho consegue aliciar os professores a serem seus colaboradores com ordenados inferiores!!!!portanto o Pedrinho está num dos lados da barricada e com interesses próprios o resto é especulação!!!!
"Verdade de La Palice"...
 
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por Incognitus » 22/11/2005 11:19

1) Só tem que viver a duzentos kms dos emprego, quem não aceita mudar-se para próximo do emprego. Nota ainda que os professores muitas vezes concorrem ou entram para quadros de escolas brutalmente longe da sua residência por aí ser mais fácil entrar, sendo que não têm intenção de se mudarem para essas localidades e pedem deslocamentos todos os anos. As outras profissões, quando aceitam trabalho em Castelo Branco e moram em Lisboa, mudam-se para Castelo Branco.

2) No início, é possível que ganhem os 150 contos. Mas no final de carreira ganham (e reformam-se com) mais de 500. E presentemente virtualmente todos atingem o topo da carreira e virtualmente todos se reformam com esses valores. E estamos a falar de professores do ensino básico e secundário. Consulta a lista em www.cga.pt e o teu queixo cairá ... como é que um país como Portugal pode sustentar professores tão caros?
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por A330-300 » 22/11/2005 10:55

Talvez..mas é o que ouço.Outro dia na TV quando do reposicionameno dos professores haviam uns a queixarem-se que ganhavam 150 cts e tinham que viver a quilômetros de casa...
 
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por Incognitus » 22/11/2005 10:41

A-320, penso que tens uma ideia errada do salário médio deste país. Bem como do salário em final de carreira dos Professores (no início são mal pagos, embora já na média ou acima da média nacional)...
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por A330-300 » 22/11/2005 10:29

Para mim neste país só é professor quem gosta muito,mas muito mesmo e é muito teimoso e quem não tem opção de vida.

Com as atuais condições que eles tem eu jamais daria aulas.mudava de profissão.

A greve é mais do que justificada.

Queria acrescentar que não sou professor nem ninguem na minha família ou amigos.

Só tenho pena deles.

Ganhar 150 contose ter que viver fora de casa?
até os homens das obras vivem melhor.
Pra já ganham à partis de 200 cts.E se forem mestres -de-obra chegam até aos 500.

A situação dos professores é um reflexo do país.
 
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por Incognitus » 22/11/2005 9:38

O Pedrinho, que viu os dois lados da barricada, compreende.

Se todos pensassem como o Pedrinho, o país avançava.

Já agora, eu não concordo com a necessidade de exclusividade dos professores, apenas com o facto de que se privatizassemos a totalidade do sistema, a falta de exclusividade não seria problema pois se afectasse o rendimento do professor afectaria a sua carreira e remuneração, ou mesmo levaria ao seu despedimento.

barcavelha, sobre a "exploração", tenho a certeza que o Pedrinho não aponta uma arma a ninguém para irem trabalhar para ele, aliás, ele diz no seu texto que "convida" e mais ainda, que uma penalização é "não voltar a convidar". Parece-me que é uma exploração quando a penalização é não explorar?
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Re: professores

por barcavelha » 22/11/2005 2:42

Barcavelha, numa secundária em Chaves (antes de sair do público e me lançar como privado) tinha colegas que passavam mais tempo a consultar a bolsa do que propriamente a leccionar, não estavam concentrados no seu desempenho de funções, e muitas vezes eram aulas seguidas com fichas para entreter os alunos, e assim ficavam com mais tempo para olharem para o monitor e as cotações
.

Eu esse tipo de pessoas não os considero colegas, já que não merecem esse epiteto de professores.

SÓ lamento o facto de ter uma opinião favorável para a exclusividade dos professores, ou seja um contrato individual de trabalho com as inerentes obrigações e regalias, mas em simultâneo admitir como seus colaboradores professores com o concomitante prejuizo das suas actividades lectivas. Só me resta excluir a hipótese de que este seu recrutamneto não têm implícito o recurso a mão de obra barata, por outros termos exploração!!!! eu acredito que não seja o caso!!!
 
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Re: professores

por Pedrinho » 22/11/2005 2:25

barcavelha Escreveu:
Colocada: 18/11/2005 21:56 Assunto: Greve dos Professores




Bolas que este País está uma %$#"#$%
Quem está mal que se ....
Então querem mais? Eu como Pai e contribuinte não posso admitir que andem a brincar com os meus filhos e com o meu $$$$

Foi contra este tipo de comentários demagógicos que me levou a insurgir e a repudiar veementemente. Esta generalização que alegam inputar à classe de professores como sendo uma classe de absentistas, iliterados, prevaricadores com excesso de regalias e com défices de obrigações eu não admito e irei sempre manifestar o meu total desagrado.
Concordo que terá que haver critérios objectivos de avaliação do desempenho, mas primeiro terão que ser estudados e depois implementados e não o inverso, ou seja congela-se a progressão na carreira, divulga-se para a opinião pública informações deturpadas, falaciosas, com o intuito de manipular e colocar essa mesma opinião pública contra os professores, e depois quando a margem negocial da classe estiver fragilizada aí sim vamos negociar. A esse tipo de pessoas eu costumo chamar de agiotas!!!!
Na minha profissão como em todas as outras existem péssimos profissionais. Tivemos incompetentes os informáticos que não conseguiram elaborar a lista graduada de professores no ano transacto, o caso dos Engº civis que projectaram o viaduto que há bem pouco tempo ruiu no sul de Espanha(devem ter sido do tipo de Engº que só trabalham quando lhes apetece parafraseando um dos intervenientse neste fórum), de traders como o Nick leeson´s que quase arruinou Barings Bank, de políticos demagógicos que vieram divulgar para a opinião pública números de absentismo inadequados, tendo o próprio divulgador” O secretário de Estado da Educação, Walter Lemos deixado o cargo por acumulação de faltas injustificadas.”, de juízes que elaboram veredictos e que depois são completamente alterados por outros juízes de estâncias superiores.
Concluindo a incompetência é algo de transversal nas sociedades actuais, e não única e exclusivamente pertença da classe a que orgulhosamente pertenço e que pretendo dignificar. Há medidas que podem e devem ser implementadas nas escolas, que passam pela atribuição dos horários não pelo critério de idade mas sim pelas qualidades intrínsecas dos docentes, e posso orgulhar-me de com a ajuda mitigada do conselho executivo da escola onde lecciono ter conseguido implementar esse critério na atribuição dos horário no inicio do ano lectivo, já que havia disciplinas no meu grupo que sistematicamente obtinham classificações negativas nos exames de aferição no 12º ano. Concordo com avaliação mas de imediato, sem congelamentos de progressões e que haja diferenciação positiva aquando da atribuição dos horários e das remunerações para os professores com melhores índices de aproveitamento e que o nivelamento seja pela positiva e não pelo inverso, porque não sou nem nunca serei apologista da mediocridade nem do facilitismo.
Agora será que a culpa reside só nos professores???? Será que os Encarregados de educação estão imbuídos desse mesmo espírito, ou teremos que chegar ao ponto tal como vinha hoje relatado no JN que na Inglaterra os encarregados de educação de alunos violentos serão severamente punidos com coimas, e que em casos extremos o uso da força poderá ser exercida por parte dos docentes para evitar situações de violência e agressões por parte dos alunos com a total passividade e impunidade por parte dos órgãos de gestão das escolas. A situação é complexa e só peço que não caiam em discursos demagógicos e Maniqueístas.

P.S QQ ERRO ORTOGRÁFICO É DA MINHA INTEIRA RESPONSABILIDADE.


Volto a afirmar que "...cada um puxa à sua sardinha..."
Sejam honestos, como eu tentei ser, e olhem para muitos dos "nossos" colegas, não merecem ser professores isto claro como em muitas profissões, no entanto, na função pública a "coisa" não funciona assim, na privada (e como dizia e muito bem o Incognitus) ou se dá lucro ou vai procurar outra empresa ou profissão, é aquilo que faço como os meus funcionários. Contem lá quantos funcionários públicos vêm a serem despedidos, quando não cumprem os mínimos? Numa das minhas empresas tenho muitos funcionários públicos, principalmente professores, que deveriam estar a preparar aulas ou até nas escolas a leccionarem, no entanto não o fazem para virem ganhar uns $$$, depois é o que se vê, fazem as coisas em "cima do joelho" e isso não funciona. Tenho muitos desses professores que passam mais tempo comigo do que nas próprias escolas, uns porque metem artigos, outros porque fazem os horários na escola ou porque estão apenas a leccionarem meia dúzia de horas e as restantes (para completar o horário) de apoio à biblioteca ou às redes informáticas, mas na verdade não as cumprem na integra e sobram-lhes muitas horas para virem então "trabalhar para mim", e digo mais, muitos desses trabalham bem melhor "para mim" do que no ensino público, pois sou eu que os classifico e se não cumprem não os convido mais, será que no público é assim? Daí eu compreender o que o incógnitos tentou transmitir com o "privado" "ou és bom ou não trabalhas mais para mim".
Barcavelha, numa secundária em Chaves (antes de sair do público e me lançar como privado) tinha colegas que passavam mais tempo a consultar a bolsa do que propriamente a leccionar, não estavam concentrados no seu desempenho de funções, e muitas vezes eram aulas seguidas com fichas para entreter os alunos, e assim ficavam com mais tempo para olharem para o monitor e as cotações.
Quanto a classificarem os desempenho dos funcionários públicos, não vai dar resultado, se não conseguem nem fazer uma colocação de professores de jeito no inicio dos anos lectivos por exemplo, como querem fazer uma avaliação correcta? Quem a vai fazer? O primo, o amigo de caça? Enfim estou desacreditado nessa avaliação.
Só existe uma maneira, para melhorar um pouco essa situação e como estamos a falar dos professores neste caso eu sugiro: Não podem desempenhar mais nenhum tipo de profissão paralela à mesma, EXCLUSIVIDADE. Se querem ser escritores, pintores empresários ou praticam outro tipo de actividades, então têm de optar. Com os médicos por exemplo, deveria ser igual, ou trabalham no público ou então que fiquem apenas nas clínicas ou com os consultórios privados. "Chicos espertos" destes há muitos na função pública, e ninguém os denúncia ou os mandam para o olho da rua, principalmente quem chefia, e sabem porquê? Porque são esses na maior parte das vezes que têm o "rabo entalado". Será que são estes que vão depois avaliar o desempenho dos funcionários públicos? Quantos de vós conhecem casos destes por esses departamentos públicos? Quantos deles não serão vossos/nossos familiares?
Haja coragem e "Formatem" o sistema, principalmente os funcionários públicos que muitos deles apenas procuram o "tacho" (começando mal pela nossa classe política), que não produzem riqueza, apenas a consomem.
Termino completando algumas contas que li por aqui:
A minha irmã reformou-se em 2003 com 56 anos, nos últimos 15 anos descontou em média cerca de 31 contos/mês para a CGA. Tem uma reforma actual de 1770 euros mensais, em apenas meia dúzia de anos acabará por consumir aquilo que descontou como activa, agora pergunto: como pode o sistema não entrar em ruptura? Quem vai continuar a alimentar a reforma dela e de todas as outras no futuro? Serão os impostos dos contribuintes que estão no activo? Chegarão os descontos dos actuais funcionários públicos? Claro que não chegam, então onde vão buscar o dinheiro? Ou vão sob a forma de impostos aos privados ou então o sistema está falido, e para que isso não aconteça aconselho a: Se existem funcionários públicos a mais ( excedentes na ordem dos 270 mil), mandem-nos para o privado, despeçam-nos, façam o que quiserem, mas esses terão de criar urgentemente riqueza para o país, é preciso produzir, é preciso exportar e trazer URGENTEMENTE dinheiro para dentro deste pequeno País, chega de aumentar nos impostos, chega de pedir aos privados que é preciso produzir mais, quando na verdade do outro lado da balança depois existe o "público" com despesismo como aqueles que referi.
Boa noite e continuação de bons negócios.
 
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por Oeiras » 22/11/2005 2:10

Peço desculpa pela intervenção despropositada, mas acabei de assistir ao Prós & Contras e quando o debate estava interessante e bastante positivo foi interrompido por uma característica muito vulgar na nossa pobre televisão, NÃO TEMOS MAIS TEMPO, fiquei curioso por saber qual a motivo, simplesmente um filme se calhar desinteressante chamado "O devastador".
É para isto que ainda pago taxas de televisão
 
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Peço Desculpas

por devastador » 22/11/2005 1:15

As minhas contas estão erradas, as minhas desculpas. Não tinha nada que fazer 12000X8!!! Iremos ter sempre os 12000 contos como o depósito feito pelo estado.
Mas será que ele recebe no dia 20 de cada mês (como nas escolas do estado) e depois tenta manter o maior número de dias possível no banco? Do dia 20 até final do mês são 10 dias.
10 x 14 (nº de pagamentos)=140contos ( e mais os diazitos). Para quem poupa em tudo aquilo que pode...


Quantas às reformas já disse por diversas vezes que elas têm que ser reduzidas. Mas para qualquer trabalhador, seja funcionário público ou não.
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Cara Pata

por Thomas Hobbes » 22/11/2005 1:08

Estou boquiaberto com as barbaridades que aqui se escreveram sobre os professores e sobre a profissão.

Como em todo o lado temos bons e maus profissionais. Os professores não são excepção.

A minha mulher é professora, nunca se negou a atender um encarregado de educação, já fez visitas de estudo por mais de 3 dias e que teve de pagar tudo do próprio bolso antes de ser reembolsada pelo ministério. Tem reuniões de concelho de turma a horas impróprias para consumo, onde a maior parte de nós está a perder tempo no transito lisboa - suburbio.

poucos aqui falaram do cansaço que é aturar turmas de 20 ou mais adolescentes com a mania que sabem e que apesar de terem um nível de vida material bom têm ua educação pior que o do "pessoal das Barracas" tudo espremido parece que têm agua de santola na cabeça. Os encareegados de educação acham que os filhos são tdos inteligentes que merecem passar mesmo tend sempre negativas em todos os testes e mesmo que tenham faltado a maiora das aulas por estas serem "chatas". (by the way, já ninguem chumba por faltas. Ainda me lembro do terror que era receber um postal em casa quando dava-mos metade das faltas). O ministério apenas se preocupa em fazer da escola um depósito para os miudos, já que os pais para poderem parecer que trabalham imenso têm de estar a jogar solitário no escritório ate as 7 da noite (fica bem!!!) o que não dizem é que muitos só começam a trabalhar por volta das 10 da manhã depois de tomarem o pequeno almoço no bar frente à empresa.

Se a escola não está bem, se a educação é uma treta, olhem para a sociedade que temos e para os valores que imperam.
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
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professores

por barcavelha » 22/11/2005 0:57

Colocada: 18/11/2005 21:56 Assunto: Greve dos Professores




Bolas que este País está uma %$#"#$%
Quem está mal que se ....
Então querem mais? Eu como Pai e contribuinte não posso admitir que andem a brincar com os meus filhos e com o meu $$$$

Foi contra este tipo de comentários demagógicos que me levou a insurgir e a repudiar veementemente. Esta generalização que alegam inputar à classe de professores como sendo uma classe de absentistas, iliterados, prevaricadores com excesso de regalias e com défices de obrigações eu não admito e irei sempre manifestar o meu total desagrado.
Concordo que terá que haver critérios objectivos de avaliação do desempenho, mas primeiro terão que ser estudados e depois implementados e não o inverso, ou seja congela-se a progressão na carreira, divulga-se para a opinião pública informações deturpadas, falaciosas, com o intuito de manipular e colocar essa mesma opinião pública contra os professores, e depois quando a margem negocial da classe estiver fragilizada aí sim vamos negociar. A esse tipo de pessoas eu costumo chamar de agiotas!!!!
Na minha profissão como em todas as outras existem péssimos profissionais. Tivemos incompetentes os informáticos que não conseguiram elaborar a lista graduada de professores no ano transacto, o caso dos Engº civis que projectaram o viaduto que há bem pouco tempo ruiu no sul de Espanha(devem ter sido do tipo de Engº que só trabalham quando lhes apetece parafraseando um dos intervenientse neste fórum), de traders como o Nick leeson´s que quase arruinou Barings Bank, de políticos demagógicos que vieram divulgar para a opinião pública números de absentismo inadequados, tendo o próprio divulgador” O secretário de Estado da Educação, Walter Lemos deixado o cargo por acumulação de faltas injustificadas.”, de juízes que elaboram veredictos e que depois são completamente alterados por outros juízes de estâncias superiores.
Concluindo a incompetência é algo de transversal nas sociedades actuais, e não única e exclusivamente pertença da classe a que orgulhosamente pertenço e que pretendo dignificar. Há medidas que podem e devem ser implementadas nas escolas, que passam pela atribuição dos horários não pelo critério de idade mas sim pelas qualidades intrínsecas dos docentes, e posso orgulhar-me de com a ajuda mitigada do conselho executivo da escola onde lecciono ter conseguido implementar esse critério na atribuição dos horário no inicio do ano lectivo, já que havia disciplinas no meu grupo que sistematicamente obtinham classificações negativas nos exames de aferição no 12º ano. Concordo com avaliação mas de imediato, sem congelamentos de progressões e que haja diferenciação positiva aquando da atribuição dos horários e das remunerações para os professores com melhores índices de aproveitamento e que o nivelamento seja pela positiva e não pelo inverso, porque não sou nem nunca serei apologista da mediocridade nem do facilitismo.
Agora será que a culpa reside só nos professores???? Será que os Encarregados de educação estão imbuídos desse mesmo espírito, ou teremos que chegar ao ponto tal como vinha hoje relatado no JN que na Inglaterra os encarregados de educação de alunos violentos serão severamente punidos com coimas, e que em casos extremos o uso da força poderá ser exercida por parte dos docentes para evitar situações de violência e agressões por parte dos alunos com a total passividade e impunidade por parte dos órgãos de gestão das escolas. A situação é complexa e só peço que não caiam em discursos demagógicos e Maniqueístas.

P.S QQ ERRO ORTOGRÁFICO É DA MINHA INTEIRA RESPONSABILIDADE.
 
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por Incognitus » 22/11/2005 0:36

A culpa da falência da segurança social, e do gasto excessivo do estado, é de duas classes:
1) De quem dirige o Estado (Políticos) e, infelizmente;
2) De quem trabalha para o Estado. Temos demasiados professores, demasiados juízes, demasiados médicos, demasiados funcionários judiciais, e pior ainda, ganham todos demasiado bem em final de carreira e reformam-se todos com essas reformas demasiado elevadas.

E por isso, o Estado gasta demasiado dinheiro, e a Segurança Social está falida.

Não é por mais nada. Se tiver dúvidas, faça contas à sua carreira contributiva, faça contas à sua reforma em topo de carreira, desconte tudo a uma taxa de juro razoável e vai ver o resultado.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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