Caldeirão da Bolsa

Ser Investidor Profissional

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por XP » 16/11/2005 18:18

Eu não sou trader profissional e estou a anos luz disso acontecer!!
A ideia de trader profissional é muito aliciante.Algo parecido com o Rambo, que consegue se alimentar do nada,defender-se de tudo e escapar de todos!!Em suma alguém auto-suficiente que não depende de niguem directamente.

Falando na realidade,naquela em que a maior parte de nós vivemos,pode-se ser investidor profissional numa vertente mais global, que ultrapassa o conceito de trader profissional.Podemos utilizar o conceito de empreendedor.
Isto porque, acredito mais no sucesso de um empreendedor do que num trader profissional.

Quem é que teve mais sucesso,Bill Gates ou o Warren Buffett ?
 
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por costarios » 16/11/2005 18:10

Cem, mensagem recebida, percebida e já respondida.

Thanks! :wink:
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Respostas

por Cem » 16/11/2005 18:07

Para o amigo Costa Rios:
Já enviei a MP mencionada.
Abraço.

Para o amigo Maples:
Não uso nenhuma plataforma específica visto que não sou day trader.
Limito-me a pegar no telefone todas as manhãs antes dos mercados abrirem e dar as ordens telefónicas para várias corretoras onde possuo contas abertas. Exceptuo a plataforma da LJCarregosa onde é a única onde dou ordens directas em alguns activos na modalidade de "position trading".
Abraço.

Cem
 
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por costarios » 16/11/2005 17:33

Pipoca, 100 milhões de dólares não transforma ninguém num dos homens mais ricos do mundo, mas 40 ou 50 mil milhões de dólares sim!

A diferença entre os 100 milhões de dólares e os 40 ou 50 ou 60 mil milhões que ele detêm neste momento é o que faz de Warren Buffett o que ele é agora.

O facto dele ter conseguido transformar uma fortuna de 100 milhões de dólares numa fortuna de 40 mil milhões reside únicamente na perícia que ele demonstrou em gerir inigualavelmente bem um património de modo a auferir rendimentos anualizados de 23% ao longo das últimas décadas. Sinceramente, não vejo nada forçado nisto, Pipoca.
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por artista_ » 16/11/2005 17:32

Um dia também espero dedicar-me a isto mais a sério mas é preciso fazer as coisas com cuidado e disciplinadamente, caso contrário talvez tenha mais sorte no casino... :lol:
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por fiódor » 16/11/2005 17:30

Também é preciso ter em conta outras formas de ver estas estatisticas.

Há quanto tempo começaram a ser feitas?
Haverá registos fidedignos do passado, e mesmo da actualidade, que permitam dizer que essa marca nunca foi ultrapassada?

E ainda outro aspecto, o Buffet com a sua forma de investir torna as suas rentabilidades acessiveis ao público, tem as empresas em que é grande investidor a falar por si, mas muitos especuladores, até a maior parte, não divulga os seus resultados e outros até já ganharam tanto, se calhar com rentabilidades de 3 digitos, que não esperam 30 anos para ver se batem a marca.
Especulador é uma profissão de desgaste rápido e aguentar 30 anos não deve ser fácil e nem sempre a ambição desmedida é parte integrante dos especuladores.

Cumps

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Para o "Cem"

por Mapfler » 16/11/2005 17:29

Cem, quando referes que já testás-tes vários sistemas de trading, qual a plantaforma utilizada nesses testes? aconselhas alguma plantaforma?
Um abraço.
 
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por Pipoca » 16/11/2005 17:27

costarios Escreveu:
Warren Buffett é o senhor que melhor se saiu na bolsa, entretanto, ele conseguiu "apenas uns medíocres" 23% de rendibilidade média anualizada ao longo das últimas 2 décadas e meia.

Mas este valor "medíocre" (digo medíocre face aos valores que mencionaste, tais como 30%-40% ao longo de 30 anos ou mesmo de 100% ou mais ao longo de 10 anos) foi capaz de alçá-lo à segunda posição no ranking dos homens mais ricos do mundo.


Apenas um pequeno aparte:

- a fortuna dele está avaliada em 40b de USD segundo últimos dados da Forbes (o que faz dele efectivamente o segundo homem mais rico do mundo)

- para se conseguir este valor em 30 anos, com uma taxa de rentabilidade de 23% ao ano, será necessário começar com uma base inicial de 100 milhões de USD.


Ou seja, talvez seja um pouco "forçado" dizer que foram estes 23% que o trasformaram no segundo homem mais rico do mundo...
 
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Resposta

por Cem » 16/11/2005 17:26

Amigo Costa Rios:
Para evitar mal-entendidos públicos vou-lhe mandar uma mensagem pessoal a detalhar um pouco essa dúvida que colocou.
Abraço,
Cem
 
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por costarios » 16/11/2005 17:20

Ulisses, eu percebi o ponto do Cem, por isso fiz uma referência aos dois parágrafos e não apenas do primeiro.

A questão tem mais a ver com o primeiro parágrafo, que acredito esteja a fazer uma referência um tanto enganosa pois dá a ideia de que, apesar de ser raro, não é impossível a um investidor profissional atingir "rendibilidades médias anualizadas" superiores a 40% ao longo de 30 anos.

De facto, esta marca nunca foi batida num espaço de tempo assim tão longo.
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por Ulisses Pereira » 16/11/2005 17:11

Costarios, mas olha como conclui...

Assumindo riscos desmedidos, recorrendo à utilização de quase todo o saldo de uma conta de derivados, é até possível obter rentabilidades de 3 dígitos de 3 em 3 ou 4 em 4 anos, arriscando-se nessa eventualidade a sofrer igualmente erosões abruptas e repentinas de capital que poderão acabar de forma desastrosa em falência completa.


Um abraço,
Ulisses
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por costarios » 16/11/2005 17:07

Com o passar dos anos cada vez se vai enraizando mais a ideia de que quantos mais anos passarem mais difícil se torna obter uma rentabilidade anualizada média superior a 40%, valor que se julga nunca ter sido ultrapassado por qualquer especulador ou investidor profissional actuando em mais de 30 anos nestas lides.
É possível e até natural obter nestes casos em cada 8 a 10 anos uma rentabilidade de 3 dígitos superior a 100%, mas a média de todos os anos é a que conta para a estatística final. Assumindo riscos desmedidos, recorrendo à utilização de quase todo o saldo de uma conta de derivados, é até possível obter rentabilidades de 3 dígitos de 3 em 3 ou 4 em 4 anos, arriscando-se nessa eventualidade a sofrer igualmente erosões abruptas e repentinas de capital que poderão acabar de forma desastrosa em falência completa.


Cem, estás mesmo certo do que escreveste?

Warren Buffett é o senhor que melhor se saiu na bolsa, entretanto, ele conseguiu "apenas uns medíocres" 23% de rendibilidade média anualizada ao longo das últimas 2 décadas e meia.

Mas este valor "medíocre" (digo medíocre face aos valores que mencionaste, tais como 30%-40% ao longo de 30 anos ou mesmo de 100% ou mais ao longo de 10 anos) foi capaz de alçá-lo à segunda posição no ranking dos homens mais ricos do mundo.
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Possível contribuição para a questão colocada

por Cem » 16/11/2005 17:00

Pessoalmente não sou especulador profissional.
Mas gostava de o ser um dia!
Aqui há uns anos atrás deixei um post que referia este tema.
Provavelmente já estará desactualizado, visto ter sido escrito há quase 5 anos atrás.
Deixo-o no entanto ficar aqui novamente repetido, pode ser que lhe seja útil para uma reflexão de algumas questões em jogo.

"
Reflexões desgarradas


Muitos anos neste hobby/paixão têm-me feito reflectir ao longo do tempo através da experiência adquirida em trading, na pesquisa, testes e desenvolvimento de inúmeros sistemas de negociação com as regras mais diversas e inimagináveis, em leituras incontáveis de livros e revistas sobre Análise Técnica e Psicologia dos mercados.
Mitos, maus hábitos de regras usadas em geral pelo público para comprar e vender, verdades e mentiras do trading, efeitos emocionais dos melhores e piores anos de actividade, aqui ficam algumas dessas conclusões pessoais e pensamentos que tenho vindo a extrair.

O trading é um negócio de paciência e necessita de tempo para vermos os resultados a subir. Desengane-se todo aquele que julga que bastam 2 ou 3 apostas em cheio e oops fica-se rico de um dia para o outro. O trading requer muito estudo e perda de tempo diário, normalmente estudando à noite a estratégia para o dia seguinte, e nada tem a ver com feelings, dicas ou seguimento das recomendações de Bancos, Corretoras, revistas, jornais económicos, gurus, etc. Só servem para confundir pois com tantas opiniões diversas e com estilos de transacção que têm a ver com escalas de timing de intervenção muito diferentes, o candidato a especulador menos conhecedor destes meandros acaba no fundo por cometer os erros que todos cometemos quando começamos a transaccionar, o maior dos quais é agarrarem-se demasiado tempo a acções em queda contínua, na secreta esperança de que os preços já estão tão baixos que o fundo deve andar por aqui… ou então a saltar permanentemente de uma acção para outra em mercados bear a corrigir meses a fio, sem saber que o melhor é ter paciência e ficar de fora até um bom indicador técnico revelar que a tendência de longo prazo vai reverter para ascendente ou usar apenas uma quantidade muito limitada de capital em situações pontuais.

Profissão: especulador ou trader profissional!
Um sonho que pode ser uma realidade? Não e sim.
Se alguém tem uma profissão estável e ganha razoavelmente bem para quê mudar e assumir riscos desconhecidos? E se tudo corre mal ao contrário do que o candidato à nova profissão gostaria de pensar?
Qualquer trader, profissional ou não, acredito firmemente que exerce esta actividade não só com o objectivo de ganhar dinheiro mas essencialmente porque tudo isto tem muito de lúdico, de jogo, desafio, estratégia, eu sei lá, põe permanentemente à prova a capacidade emocional de cada um.
Se a vontade, o gosto pelo risco e a auto-confiança alicerçada pela experiência se sobrepõem a tudo o mais, nesse caso só é possível começar uma carreira de trader por conta própria, não estou a falar em gerir o dinheiro de terceiros, vivendo bem exclusivamente desta actividade, desde que se cumpram 3 princípios básicos:
1) Manter um sistema de trading disciplinado e de resultados com rentabilidades comprovadas ao longo de vários anos de trading nos mercados reais e de back-testing de sucesso de muitos anos passados em inúmeros cenários repetidos de mercados andando de lado, mistos, com tendências suaves e fortes, volatilidades diferenciadas, de preferência com resultados médios anualizados superiores a 30% ao ano.
2) Passar a utilizar cada vez mais os verdadeiros mercados dos profissionais, os derivados, futuros e opções, à medida que a confiança no sistema de trading se vai instalando com o passar do tempo, usando na prática uma gestão de carteira de activos do tipo “hedge-fund”.
3) Ao largar a profissão inicial ou alternativa deverá ser atingida uma plataforma de estabilidade financeira equivalente a um mínimo de 25 ou 30 salários anuais, por forma a pelo menos manter o modo de vida a que estava habituado na anterior profissão sem passar por situações de stress.

Com o passar dos anos cada vez se vai enraizando mais a ideia de que quantos mais anos passarem mais difícil se torna obter uma rentabilidade anualizada média superior a 40%, valor que se julga nunca ter sido ultrapassado por qualquer especulador ou investidor profissional actuando em mais de 30 anos nestas lides.
É possível e até natural obter nestes casos em cada 8 a 10 anos uma rentabilidade de 3 dígitos superior a 100%, mas a média de todos os anos é a que conta para a estatística final. Assumindo riscos desmedidos, recorrendo à utilização de quase todo o saldo de uma conta de derivados, é até possível obter rentabilidades de 3 dígitos de 3 em 3 ou 4 em 4 anos, arriscando-se nessa eventualidade a sofrer igualmente erosões abruptas e repentinas de capital que poderão acabar de forma desastrosa em falência completa.

Agora aqui vos deixo uma conclusão bem polémica que até a mim me custou a aceitar: todos os testes feitos a milhares de sistemas de trading de sucesso, os que resultam na sua aplicação em permanentes rácios positivos de lucros/perdas acumulados ou rentabilidades superiores ao sistema “buy and hold” dos optimistas investidores de longo prazo, chegaram todos à mesma conclusão, a de que os lucros acumulados usando sistemas do tipo reversivo ou “sempre no mercado, longo ou curto” são sempre superiores aos mesmos sistemas associados a ordens com stop!
Sabendo-se que uma das 4 regras fundamentais do trading é cortar cedo os prejuízos, significa isto que é uma estupidez usar stop-losses, que provocam uma erosão média anual de 5 a 15% nos resultados do sistema sem stops? Não, para os que não aspiram à excelência ou optimização probabilística neste negócio o seu uso é aconselhável para manter um perfil emocional mais seguro para fazer face a que um determinado negócio ruinoso possa provocar um dano irreversível no seu capital, evitando assim que o trader sofra uma depressão com que não consiga lidar emocionalmente; além do mais o seu uso genérico é aconselhado tanto mais que ninguém pode garantir que o sistema de trading que alguém usa, se é que usa mesmo, está suficientemente estudado e testado para servir no longo prazo. Com o passar do tempo, com o ganho de confiança intrínseco à aplicação de regras mecânicas e disciplinadas dum sistema de sucesso, as ordens de stop-loss vão-se transformando cada vez mais em sistemas de money management em que as quantidades a transacionar são percentualmente maiores ou menores consoante o perfil de comportamento do mercado.

Há verdades indesmentíveis no trading de mercados de activos financeiros por muito que custem à compreensão do nosso ego mental e racional. Uma delas é que é preferível comprar novos máximos e vender novos mínimos. Outra, para os traders de 3 a 8 sessões ou short-term trading, é preferível comprar, pouco antes do mercado fechar, quando o mercado fecha próximo do seu máximo diário e vender da mesma forma quando fecha próximo do seu mínimo diário. Os testes realizados, especialmente nos índices bolsistas, comprovam que estas estratégias resultam se usadas sistematicamente anos a fio.

Os sistemas de trading de melhores resultados são os do tipo tendencial, isto não é segredo, é a realidade, mas nada é infalível, quando os mercados não registam tendências claras e perceptíveis é quando vemos esses sistemas a perder dinheiro.
Seguir a tendência principal estável de médio/longo prazo é a única forma de ganhar a esmagadora maioria do capital nos mercados, só que infelizmente poucas vezes isso sucede, menos de 20% do tempo os mercados se comportam com uma tendência clara, por isso os traders têm de ser dotados de uma paciência a toda a prova e de estar mentalizados para perder, pouco (está aqui neste detalhe um dos segredos da diferença entre os principiantes e os profissionais) mas quase todos perdem, uns mais que os outros, durante a maior parte dos 80% de mercado indefinido.
Ao contrário da maioria do público, que gosta de vender cedo quando garante um pequeno lucro, os sistemas de trading vencedores usados por grande parte dos profissionais especuladores, aceleram os lucros da carteira quando estão parados, mantendo a posição no canal da tendência em que o mercado transacciona, actuando apenas no cumprimento de regras muito estritas e que em média indicam que só ganham entre 30 a 40% dos negócios totais! E mais? Normalmente o período que essa transacção vencedora dura corresponde a uma duração de 5 a 20 vezes a média do tempo de duração das restantes 60 a 70% das transacções perdedoras que têm de ser fechadas ou revertidas.

Interessante?! Digam de vossa justiça o que pensam sobre o trading em mercados, gostava de ouvir opiniões e experiências pessoais diversas.
"

Espero ter ajudado ao debate.
Cem
 
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por fiódor » 16/11/2005 16:51

Boas

Concordo plenamente com o Vmerk.
Para viver da bolsa tens de ter um rendimento que dê para as despesas e um pouco mais do que isso. Por rendimento fixo entenda-se rendimento sem risco algum, não é o rendimento fixo que pensas que vais ter a negociar.
Isto de viver da bolsa tem muito que se lhe diga, a bolsa dá-te os rendimentos mas passado pouco tempo podes estar a devolve-lo á bolsa.

E outro aspecto importante, seja em "part-time" ou a nivel profissional, não encares isto como um divertimento porque isso é meio caminho andado para perder dinheiro e até podes descobrir que te dá "pica" perderes dinheiro, já não eras o primeiro...

O melhor é sempre testar durante uns tempos as capacidades que se tem e depois sim, tomar uma decisão na qual o maior peso será sempre a pressão a que se vai estar sujeito negociando diariamente e a pressão de ganhar.

Isto é só uma opinião.

Cumps

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por costarios » 16/11/2005 16:45

Pois é, vmerck, este é um ponto muito importante mas que muita gente acaba por ignorar ou "deixar passar". Trata-se da pressão de estar a investir um dinheiro cuja rendibilidade será utilizada para poderes pagar as contas de água, luz, a casa própria, a escola dos filhos, etc.

É difícil de gerir, mas não é impossível. O ideal, como disseste, é ter capital suficiente para, uma vez investido, dê-te o suficiente para sobreviver sem se preocupar com os lucros obtidos na bolsa.

Mas existem pessoas que vivem exclusivamente da bolsa e o conseguem fazer muito bem. Mas são profissionais que levam MUITO (mas mesmo MUITO) a sério o money management (um assunto que a maioria dos "investidores/especuladores" simplesmente desconhece!).

É difícil, mas não é impossível. Mas uma coisa é certa: não é para qualquer um.
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Ser profissional

por vmerck » 16/11/2005 16:36

Para ser profissional tens de viver da bolsa.Para isso teras de ter um bom patrimonio que te permita obter redimentos fixos para tu viveres SEM necessitares do rendimento do mercado.Sem essa condição não tens hipoteses é demasiada pressão.
Tudo o que ganhares na bolsa fica ao teu gosto para o gastares como quiseres..ou aumentas o teu patrimonio ..ou gasta-lo em luxos...
 
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por costarios » 16/11/2005 16:28

Não sou um investidor profissional no sentido que dás à palavra, mas acredito que valha muito a pena, tanto do ponto de vista financeiro quanto pessoal.

Os lucros que obtenho na bolsa seriam suficientes para manter o meu actual estilo de vida e a tentação em largar tudo e dedicar-me somente ao trading é grande, mas por uma questão pessoal ainda não é a altura certa para o fazer.

Para além disso, uma série de outros pontos devem ser resolvidos. Por exemplo:

:arrow: Quanto dinheiro consideras como sendo o suficiente para iniciar um trabalho de trading profissional? 50 mil? 80 mil? 100 mil? 150 mil?

Se considerarmos uma rendibilidade média anual de 12% (bem acima da média do mercado) e se o teu estilo de vida actual requer uma entrada de recursos mensal de 1.500 €, então o dinheiro que investes tem que render "no mínimo" 1.500 € líquidos por mês "MAIS" um percentual que servirá para cobrir a inflação e outros factores depreciativos do teu dinheiro (para que o "poder de compra" do teu capital inicial não se reduza com o passar dos anos).

Portanto, no cenário exemplificado, a tua carteira inicial deveria ser de, no mínimo, 150 mil €. "Desde que" consigas garantir um retorno anualizado de 12% ao longo das próximas décadas (vai por mim, são poucos os que conseguem!!).

150 mil euros parece muito? Podes então tentar argumentar ao afirmar que 12% de rendibilidade anual é muito pouco e que és capaz de gerar receita suficiente para manter o teu estilo de vida com 50 mil €, por exemplo. Mas quero que percebas uma coisa: estamos a falar em termos de rendibilidade anualizada média ao longo de muitos e muitos e muitos anos, afinal, o trading passará a ser a sua principal ocupação e carreira pelas próximas décadas.

Tente imaginar o seguinte cenário: no primeiro ano consegues um lucro líquido de 20%, no segundo o teu lucro cai para 8% e no terceiro acabas com um prejuízo de -5%. Trata-se de um cenário muito real de acontecer a qualquer pessoa metido na bolsa. Se isto acontecer, como pensas em pagar as tuas contas? :?:

Portanto, para além do capital que irás usar para aplicar na bolsa, tens que considerar seriamente um capital de reserva que servirá para socorrer à ti e à tua família nos momentos de aperto.
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por Mapfler » 16/11/2005 15:54

Gostaria de saber a Vossa opinião acerca das vantagens ou não em ser investidor profissional.
Por aquilo que sei, em Portugal deverão haver poucos investidores profissionais.
Considero um inestidor profissional, aquela pessoa que vive exclusivamente de rendimentos provenientes de negócios realizados nos mercados financeiros, excluindo desse grupo de pessoas, é claro, as Instuições Banacárias e Instituições que têm como objectivo investimentos financeiros, apenas considerando as pessoas singulares.
Há por aqui alguém que faça parte daquele grupo de pessoas e que queira partilhar neste fórum a sua experiência de insvetidor, no que diz respeito ao seu aspecto económico?, isto é, se é uma profissão que valha a pena economicamente, ou apenas serve para nos divertir um pouco?, já pensaram bem nisto?
Gostaria de saber a opinião de alguém com alguma experiência nesse campo.
Um abraço
 
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