Caldeirão da Bolsa

Investimento alternativo - SELOS

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Incognitus » 6/10/2005 16:37

scpnuno, duvido que o rumo que o tema está a levar atraia investidores.

presa, não compreendeste o problema. Não estamos a falar de quem quiser vender ter que dar um desconto para o catálogo. Estamos a falar de todos os catálogos já possuirem preços 10X ABAIXO dos que a Fórum apresenta no seu catálogo! (e a isto, ainda teríamos que acrescentar esse "desconto para o catálogo"!).
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por scpnuno » 6/10/2005 16:33

Nesta altura do tópico uma duvida se me coloca - e como já aqui foi referido que todas as duvidas são legitimas, cá vai:

Quem está a receber pela tremenda campanha publicitária á Afinsa e á Forum?

È que uma discussão destas num forum de bolsa, frequentado por pessoas com capital disponivel para investir (a prova diso é que estão na bolsa) - é do melhor que se pode imaginar em termos de marketing.

Os meus parabens ao autor (se existe) da campanha (se existe) porque melhor era impossivél. De forma nenhuma teria conseguido que tantos potenciais investidores se interessassem pelos produtos, mais valias, constituição das empresas, riscos associados, etc. E sem sequer ter muito trabalho, o pessoal vai pondo as perguntas e dando respostas... :twisted: :twisted:

Abraços e Bons Negocios, sejam eles em selos, moedas, acções, warrants ou pirolitos - o que a gente quer é ganhar
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por Presa36 » 6/10/2005 16:30

A avaliação dos selos pela Afinsa serve (penso que para todos os filatelistas) como guia de compras e vendas, mas é sempre descontado uma dada percentagem que pode ir até 50% do valor do catálogo.

Naturalmente que um particular que quizer vender tem que fazer desconto sobre o catálogo. Para comprar, depende do comprador e vendedor. Como em tudo, é uma questão de procura e oferta. MAs os selos e blocos, assim como envelopes mais raros, valorizam bem mais que os selos mais comuns.

Anualmente é editado um novo catálogo da Afinsa para portugal e outros para pelo menos 30 países.

Acho que é a própria Afinsa que, tal como a nossa INCM, edita os selos de alguns paízes.

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por Incognitus » 6/10/2005 16:29

Já agora, é a própria CNMV espanhola a fazer uma advertência de que este tipo de negócios não está a ser regulado...
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por Incognitus » 6/10/2005 16:15

Pipoca, só à noite (se me lembrar de o levar para casa!)
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por Incognitus » 6/10/2005 16:14

McMuffin,

Porque é que os selos atribuídos pela Fórum Filatélico parecem ter um valor 10X menor no mercado real, segundo todas as tabelas, e segundo opinião quase unânime dos filatelistas sérios?
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por Pipoca » 6/10/2005 16:14

Incognitus,

será que podias colocar o artigo do FT?



Obrigado
 
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por Incognitus » 6/10/2005 16:10

Sim, no caso da Afinsa a sobrevalorização dos selos parece ser consideravelmente menor (os filatelistas dizem o mesmo), daí que neste momento a minha investigação se esteja a focar mais na Fórum (já que é mais óbvia, embora pessoalmente acredite que estão ambas a fazer a mesma coisa).

Duas perguntas, quam começou primeiro com o esquema de investimento? Quem paga as taxas mais elevadas?

As respostas a essas perguntas pode explicar as disparidades Afinsa-Fórum.
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Esperteza saloia...

por Pantone » 6/10/2005 16:10

Lamento só agora ter chegado à leitura do que se tem dito sobre este tema, mas mais vale tarde do que nunca.

Começo por constatar o interesse demonstrado pela quantidade de posts em apenas dois dias...

1º - O Tuga Esperto
Não sei porque pensamos sempre que somos mais espertos que os outros... neste caso, os espanhóis. Chamo a atenção para o facto de este "negócio" existir em Espanha há mais de 25 anos. Pareceu-me ver que Espanha estava no lote dos países evoluídos, com instituições de controlo que funcionam (melhor que as da tugolândia, digo eu...), nomeadamente as financeiras e as comerciais, e onde as ilegalidades são punidas com cadeia! Não me lembro de ver nenhuma das empresas citadas em processos de ilegalidades ou que metessem a justiça (ao contrário de alguns bancos e/ou empresas de corretagem, por exemplo). Acho portanto no mínimo de muito mau tom estarem alguns a falar de fraude com base num artigo de um jornal... A credibilidade fica com quem a pratica, não com quem a diz.

Sujiro mais humildade e partir do princípio que não estamos a descobrir o que os nossos vizinho nunca viram, sendo mais comedidos nos argumentos, por favor.

2º - O(s) artigo(s) dos jornais e a regulação
Haverá artigos positivos e artigos negativos, mais ou menos verídicos, mais ou menos comprados, com maior ou menor veracidade, enfim para todos os gostos. Quanto a este específicamente da FT não conheço a veracidade (ou não) dos números avançados, mas se contar a verdade, e pelo que percebo do assunto, penso que apenas deverá contar alguma da verdade, mas se houver quem saiba mais do que eu, adiante!
Quanto à regulação, penso haver legislação própria no país vizinho sobre este negócio, mas não estou muito por dentro. Penso mesmo que as empresas visadas reclamam maior controlo, mas mais uma vez estou a falar sem a certeza dos factos. Quem souber ou quiser pesquisar, que nos esclareça!

3. O Negócio
Sem querer ser exaustivo acho que se devem esclarecer alguns pontos, que ficam confusos no blá-blá, e que originam muitas confusões:
a) Não são empresas financeiras, logo não dão juros!
b) Por este motivo não se pode falar em taxas (garantidas ou não)!
c) O que estas empresas garantem é a recompra dos valores que vendem, passado o período contratado (Se ainda existirem, as empresas, obviamente);
d) A garantia é dada em contrato (ou certificado com valor legal)!

Não falem em "taxas garantidas", por favor, que se começa imediatamente a fazer a comparação com a Banca. Penso ser esta a principal razão porque as citadas empresas não as publicitam.

4. Grandes Fortunas
Isto não é um negócio para grandes fortunas pela simples razão que tem associada uma compra e uma venda de bens que não são ilimitados. Ao contrário do que o Senhor do FT escreve e do que Incognitus subscreve existe um bem tangível e de valor por detrás da transacção. Como estes bens não são ilimitados é impossível satisfazer um pedido por exemplo de um bilão de € de um dia para o outro. Imaginando que se conseguiriam comprar esses valores (inflaccionados concerteza por uma ordem dessa grandeza que iria rebentar com todos os leilões existentes neste continente). E quando a empresa os recomprasse quanto tempo demoraria até se desfazer deles?!

4.A não-intermediação
É exactamente este último ponto que não permite a intermediação para o que se chama de "as taxas". Este Investimento tem particularidade e rigidezes próprias, como por exemplo, a mais-valia só se dar quando existe a "venda" física dos bens. Não há intermediação que resista!

Espero que estes apontamentos tenham ajudado a esclarecer algumas (poucas e quiçá não as mais importantes) dúvidas. Quanto a algumas das outras, legítimas ou não, poderei não a melhor pessoa para as responder, por falta de conhecimentos e falta de tempo e paciência para os conseguir, mas no que souber, estarei à disposição.

Peço encarecidamente é que a discussão, a haver, seja feita numa base construtiva.
 
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por Presa36 » 6/10/2005 16:06

Tenho todo o interesse que não impluda, senão perco a minha aplicação (pequena e de pouca duração).

No entanto, sei quais os perigos que corro.

Tambem conheço bem a valorização anual dos selos.

Compro selos a 50% do catálogo da Afinsa, mas qualquer colecionador pode comprar a pelo menos 40%.

Se contar sempre com este desconto, estou bem servido.

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por Incognitus » 6/10/2005 15:59

Espanta-me, no entanto, que alguém posto perante a possibilidade de estar a olhar para uma das maiores fraudes da história, só se lembre de dizer "e dura, duuraa, duuuuraaa".

Não estás a ver a dimensão da coisa? Ou não vês interesse mesmo vendo a dimensão?
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por Incognitus » 6/10/2005 15:58

Presa, parece-me que vai durar ainda muito mais, a menos que alguém consiga explicar todas as inconsistências do esquema, que de dia para dia se agravam.

Tenho quase a certeza que a implosão destes esquemas vai fazer história.

Isto de os selos na Fórum estarem avaliados 10X acima do mercado e de os coleccionadores conhecedores o saberem é espantoso.
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por Presa36 » 6/10/2005 15:54

... e dura, druaaa, duraaaaaa, dduuuuuraaaaaaa....


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por Incognitus » 6/10/2005 15:12

AINDA não compreendeste ...

Tu deste um preço que correspondeu a uma valorização, essa valorização retiraste-a de um qualquer lista com os preços, existem uma série dessas listas de preços.

E depois, existe a da Fórum Filatélico. Que é 10X superior a todas as outras para as MESMAS SÉRIES, compreendes agora?

Se não compreendes, segue esta discussão num fórum filatélico espanhol sobre o tema Europa (segue a totalidade pois só parte é sobre isto):

http://www.agoradefilatelia.net/viewtop ... sc&start=0
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Re

por JAS » 6/10/2005 15:08

Incognitus Escreveu:JAS, as séries que a Fórum "vende" são essencialmente Tema Europa até 1992, o valor está muuuuitooo longe do valor facial, está 10X ou mais acima do valor do mercado.

Eu não conheço o Forum Filatélico, conheço melhor a Afinsa.

Continuas a confundir as coisas.
Um selo de 1992, já saíu certamente de circulação, pelo que entrou no mercado filatélico.
A partir dai o seu valor facial deixa de interessar e passa a funcionar a sua raridade.
Podes ter selos de valor facial mais baixo cotados bem acima de outros de maior valor facial.

Por acaso um dos exemplos que dei logo no princípio referia-se a selos da série Europa de 1974.
JAS Escreveu:Saltou-me à vista a comemorativa da "Europa 74" por ter sido a primeira no pós 25 de Abril. Era constituída por 3 selos, sendo o trivial para correio normal de 1$00 e os outros de 4$00 e 6$00.
1974 = 1$00, 4$00 e 6$00
1992 = 60$00, 860$00 e 1.000$00
2003 = 0,65€, 16,85€ e 21,00€ ou seja 130$-3.370$-4.200$
Tiveram valorizações entre 130 e 842X.


Tu afirmas que um selo de uma série Europa de 1992 está 10X acima do mercado e muito longe do valor facial...
Isso é tão asneira como afirmares que uma moeda de ouro do tempo de D.João VI, de valor facial 5.000 Réis deveria ainda valer 5 escudos...
(dou-te o exemplo da moeda porque de "ouro" ainda percebes alguma coisa...)


Finalmente também te quero explicar que uma das razões para a credibilidade da Afinsa, nos seus primórdios, foi exactamente de garantir a todos os seus clientes (e aqui estamos a falar mesmo do mercado filatélico) que lhe recomprava (qualquer selo que vendesse) pelo mesmo preço.
Coisa que nenhuma casa especializada fazia e existiam diferenciais da ordem dos -30%.

Daí algumas dores de cotovelo de outros profissionais do ramo e uma explicação do "porquê" de uma empresa que nem sequer existia em Portugal se ter tornado rapidamente leader do mercado filatélico.
O investimento em filatelia foi o passo seguinte.

Agora temos os bancos com dor de cotovelo por existir alguém que remunera melhor o capital.
E temos tipos que gostam sempre de duvidar...

Diverte-te que eu já não tenho paciência para mais e encerro a discussão.

Um abraço,
JAS
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por Incognitus » 6/10/2005 14:36

Como podes tu saber se determinado selo está a ser vendido por 10X o seu preço real se só podemos determinar isso vendo o próprio selo?


Ah, JAS, isso poderia ser verdade para 1 caso, mas nunca para 200 000 casos, e ainda por cima por tabela.

Quanto ao assunto estar terminado. Pelo contrário, está apenas a COMEÇAR. Penso que isto vai ser extremamente interessante para uma task force que se encarrega precisamente destas coisas.
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por Incognitus » 6/10/2005 14:34

JAS, as séries que a Fórum "vende" são essencialmente Tema Europa até 1992, o valor está muuuuitooo longe do valor facial, está 10X ou mais acima do valor do mercado.

Quanto à rendiblidade, tornou-se irrelevante, pois já não falamos de 7%, e sim de mais de 1000%. (A rendibilidade tem que ser calculada sobre o valor real até ao valor garantido).

E se o meu conhecimento não chega, deixo-te a opinião de um filatelista que ... ahh ... aponta precisamente para ser necessário aplicar conhecimento financeiro neste caso:

"CUANDO LA INVERSION FILATÉLICA ES UN ENGAÑO
www.filateliadigital.es
Autor: José María Sempere
Fecha: abril de 2004


En reuniones de coleccionistas filatélicos y de comerciantes dedicados profesionalmente al mundo del coleccionismo de los sellos todos hemos oído comentar, en diferentes ocasiones, que la actividad de buena parte de las empresas dedicadas a la inversión filatélica es una estafa.

Eso, dicho así es falso. Pero los razonamientos utilizados, si bien no justifican la utilización de ese calificativo, tienen unos fundamentos y ofrecen una argumentación, en verdad, relevante para concluir con una evaluación negativa de ese tipo de inversión.

Todos los que estamos dentro del mundo de la filatelia somos conscientes que el hecho de adquirir una pieza para nuestra colección supone algo más que un gasto; se trata en buena parte de una inversión, ya que siempre tendrá un valor que puede recuperarse como resultado de su venta en el momento en el que efectuemos su liquidación. Pero ahora no nos estamos refiriendo a la acción de invertir construyendo una colección, sino de hacerlo en unos productos que venden determinadas empresas con el respaldo de la teórica revalorización del sello o sellos que entregan o guardan en depósito como contraprestación a la cantidad invertida.

Por lo general cuando el filatelista (aficionado o profesional) ve la clase de sellos que las empresas de inversión filatélica adjudican a sus clientes y el precio al que lo hacen, suelen calificarlo como una “auténtica estafa”. Este apelativo, si se quiere, podrá ser válido como expresión coloquial; pero no es cierto mientras una sentencia judicial no nos diga lo contrario.
Dice el diccionario que estafa es sinónimo de timo y el de la Real Academia de la lengua española define estafa como “el delito consistente en provocar un perjuicio patrimonial a alguien mediante engaño y con ánimo de lucro”. Resulta evidente que estas empresas, por su naturaleza mercantil, operan con afán de lucro (como cualquier comerciante). Veremos, también, que en su operativa actúan con engaño; pero, hasta el momento, no se ha ocasionado ningún perjuicio patrimonial al cliente inversor, excepto en la empresas de este particular tipo de negocio que han quebrado o cesado en su actividad sin poder cumplir con sus compromisos.

El engaño se produce por dos falsedades principalmente:

1. No es real el valor que esas empresas dan a los sellos cuando los adjudican y
2. No es cierta la rentabilidad que atribuyen a los sellos.

Respecto a la primera, el sistema de evaluación o determinación del precio está intervenido directa o indirectamente por ellos mismos. En ningún caso se trata de precios de mercado libre, no son valoraciones objetivas. Es por esa razón por la que el agente vendedor de estas empresas le argumenta al cliente: “si Vd. va a una filatelia esos sellos los podrá adquirir más baratos, pero debe comprender que ellos le venden el sello y se desentienden de Vd., mientras que nosotros le damos otro tipo de servicios y le garantizamos la recompra con un beneficio asegurado…”. Lo que no le dicen al cliente es que ese “más barato” puede suponer hasta un 80 y un 90 por ciento de descuento.

En cuanto a la segunda falsedad, es consecuencia de la primera: Si la rentabilidad se calcula a partir de unos precios que no son reales, los datos obtenidos tampoco serán reales.

Estas empresas operan con una estructura, en cierto sentido, piramidal. Mientras se genere el suficiente volumen de nueva inversión como para responder a las obligaciones de recompra de los contratos que vencen, no existe ningún problema. El que se trabaje con precios irreales, muy superiores a los de mercado, es irrelevante..

Los males se precipitan cuando eso no es así; cuando no sigue adelante la evolución creciente del flujo de dinero fruto de nuevos contratos. En ese momento ya no se puede dar salida del material correspondiente a los contratos entregándoselos a los nuevos a un precio superior. La única alternativa sería su venta en el mercado filatélico; pero eso es imposible porque, como hemos dicho, los precios en él son escandalosamente más bajos. Ese es el momento en el que se produce la crisis final ya que existe la obligación contractual de recomprarlos con su correspondiente plusvalía. Es por esa razón por lo que no conozco ni una sola empresa de este tipo que haya cesado en su actividad cumpliendo todos los compromisos contraídos. Mientras viven, van tirando hacia delante, pero si tuvieran que cesar en un momento determinado son absolutamente incapaces de cumplir con los compromisos adquiridos.

Ante la posibilidad de fracaso solo cabe una alternativa: la huída hacia delante en una espiral de incremento de precios que justifiquen una determinada rentabilidad que ha de ser mayor que la del mercado financiero, ya que sólo así tienen la posibilidad de captar el suficiente volumen de nuevos clientes.

La realidad es que la inversión a través de este tipo de empresas tiene muy poco de filatélica y, aunque bajo la forma de una venta de sellos, la realidad se asemeja más a una inversión de carácter financiero. Como para ejercer sin cortapisas su actividad pretenden huir de los controles a los que deberían sujetarse si se las calificara de empresas financieras, detestan que se las califique como tales, no obstante, ese es su verdadero trasfondo. De hecho sus clientes, aunque el contrato diga que es una operación de compra venta, lo que creen, cuando lo suscriben, es que están haciendo una auténtica inversión financiera con la garantía de unos bienes reales: los sellos.

Por ahora solamente se trata de un engaño. Para bien de todos que no pase de ahí."
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Re

por JAS » 6/10/2005 14:29

Já te expliquei que o tipo que escreveu o artigo do FT parece perceber pouco de selos...
Mas tu agora acreditas em tudo o que os jornalistas escrevem?

Quanto ao preço dos selos, estou farto de te dizer que nas séries novas o preço é o valor facial.
Não pode ser mais nem menos pois é esse o preço que compras nos correios enquanto se mantiverem em circulação.

Relativamente ao preços dos selos antigos, e a uma transcrição de um que até dizia que "não percebia nada de filatelia", o mesmo selo pode ter várias cotações em função do seu estado.
Temos selos "novos", temos selos "usados" e dentro de cada uma desssas modalidades ainda temos inúmeras variantes converme a sua conservação, carimbos, etc, etc.
Os selos não são como as acções, vários exemplares do mesmo selo podem ter valores muito diferentes.
Nos mais antigos há tonalidades diferentes, há papéis diferentes, há denteados diferentes, há até erros tipográficos.

Por outro lado o preço de um selo nem sempre é o mesmo nos diversos catálogos existentes.
No nosso país existem 4 ou 5 catálogos e ainda temos muitos mais a nível mundial.
Em geral os selos aparecem sempre mais valorizados no país de origem pois é aí que está a maioria dos compradores.

Os selos antigos não devem ser encarados como um investimento mas sim como uma colecção.
Mas se o forem isso não está ao alcance de qualquer um pois aí há que "saber comprar e saber vender" e para isso torna-se necessário ter conhecimentos sobre filatelia e não apenas sobre os mercados.
Isso seria entrar numa discussão especializada que não interessa para o caso.

O que está em discussão, e esse é o negócio focado neste post, é se é possível ou não garantir uma rentabilidade de 7%/ano em séries novas.
Eu demonstrei-te que é.

Tu andas a lançar argumentos para o ar baseado em coisinhas que vais lendo por aí e que, na maior parte das vezes, nem sequer podes entender porque, como já te disse, não percebes nada de selos...
Como podes tu saber se determinado selo está a ser vendido por 10X o seu preço real se só podemos determinar isso vendo o próprio selo?
Podes-me garantir que a série em causa não tem, por exemplo, um erro tipográfico ou qualquer outro pormenor que a torne rara?
Se o tiver até pode valer 1000X mais...

Acusaste essas empresas de serem uma "fraude gigantesca" mas continuas sem conseguir explicar porquê.
Continuas a dizer "Se" o que vem no FT estiver certo mas eu já rebati esses argumentos.

E se não consegues explicar onde está a fraude nem porque essas empresas não devem manter o rating "A" não vale a pena continuar esta discussão pois já está a saturar toda a gente, eu incluído.

Um abraço,
JAS
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por Incognitus » 6/10/2005 13:50

parece-me que não é legítimo andar a colocar dúvidas sobre a credibilidade das empresas quando elas têm um rating "A".


Desde que existam dados e argumentos, o rating até podia ser "AAA". Os ratings mudam.

Eu acho que isto já vai muito para lá de colocar dúvidas sobre a credibilidade. O Artigo do FT a menos que rebatido nos seus pontos essenciais, lança a quase certeza de que se tratam de Fraudes.

Portanto, menos do que rebater esses pontos, já não repõe a dita credibilidade.
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por Incognitus » 6/10/2005 13:47

JAs, pelo contrário, a discussão da rendibilidade tornou-se irrelevante. Agora o ponto central é o que até os coleccionadores de selos parecem estar a notar: que os preços a que a Fórum valoriza os selos não têm nada a ver com a realidade, logo as responsabilidades extra-balanço valem pela sua totalidade,ao passo que o possível activo extra-balanço (selos) parece valer apenas 5-10% do que deveria. A situação líquida da empresa teria que compensar pelo resto e não compensa ...

É uma fraude. É uma Dona Branca. É insolvente e inviável. (Isto se os números da FT estiverem correctos).

Resumindo:

- Se os números da FT estiverem correctos, e se a Fórum realmente avalia os seus selos brutalmente acima do mercado (e por mercado entendem-se até as publicações especializadas fora da Fórum, que por sua vez tendem tb a sobrevalorizar!), então a Fórum (e provavelmente a Afinsa) são claramente Fraudes.
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Re

por JAS » 6/10/2005 13:41

Incognitus Escreveu:JAS, para que importa perceber alguma coisa de coleccionismo? Tal como eu já havia especulado anteriormente, o mercado filatélico no Reino Unido é de cerca de $50 milhões por ano, e os valores que falamos (para Espanha e Portugal) aparentemente são de $6000 milhões. O mercado filatélico real é por consequência, irrelevante. Os números são do FT.

Não sei se o valor de $50M para o Reino Unido estará certo pois é um grande mercado filatélico e onde se realizam importantes leilões.
Mas mesmo que seja de "apenas" $50M podes ver que lhe podes chamar tudo menos irrelevante...

Por outro lado também não sei a que se referem os $6000 milhões de Portugal e Espanha. Se contabilizam em Portugal e Espanha todos os negócios da Afinsa e do Forum Filatélico devem estar aí englobados negocios em muitos países pois as séries comercializadas são de todo o mundo incluindo o Reino Unido.

incognitus Escreveu:Quanto às responsabilidades extra-balanço, admito que os selos tb não apareçam do lado do activo.

Lá se foi o teu principal argumento...
Sendo assim apenas temos que tratar da questão dos 7%.

incognitus Escreveu:Porém, se as questões do valor real são verdadeiras, isso significa que apenas 5-10% das responsabilidades extra-balanço estão cobertas por activos extra-balanço, pelo que o resto continuaria a ter que estar coberto pela situação líquida das empresas, e obviamente isso não acontece.

O que tu tens que ver é se a situação líquida da empresa garante a cobertura dos 7%.
E isso engloba Capital+Reservas+Lucros Acumulados.

E nota que eu, percebendo de selos, continuo a dizer que esses 7% de rentabilidade anual têm 99% de probabilidades de serem ultrapassados pelo que até me parece um exagero considerarmos necessária tal cobertura.

(Eu, quando uma vez estive inclinado para investir na Afinsa, tinha tomado a opção de ficar com os selos por pensar que a rentabilidade seria bastante maior que os 7%.)


De qualquer forma acho graça a toda esta discussão...

Embora considere muitos legítimas todas as dúvidas que se colocam quando encontramos um "negócio mais rentavel do que outros" parece-me que não é legítimo andar a colocar dúvidas sobre a credibilidade das empresas quando elas têm um rating "A".


Eu apenas tentei demonstrar que a rentabilidade apregoada dos 7% para selos não é nada do outro mundo e que é bem real.
Vocês, Pata-Hari e Incognitus, tentaram dizer que era impossível e tentaram comparar o negócio com o esquema piramidal da D.Branca...

Mas a empresa têm um rating "A" e ainda não me explicaram porque isso está errado...

É que com um rating "A" eu acredito que ela está sã...
E se não acreditarmos num rating "A" devemos começar por tirar a massa de certos bancos que têm "A-" pois seguramente serão de menos confiança...

Um abraço,
JAS
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por Incognitus » 6/10/2005 13:35

Penso que esta pequena troca explica bem o que se passa ...

FCOMATA



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Publicado: Lun Ene 26, 2004 5:47 pm Asunto: Forum filatelico

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Soy coleccionista de sellos a traves de Forum Filatelico durante varios años y la verdad es que por falta de tiempo no se mucho de filatelia, por lo que me gustaria entrar en este mundo tan apasionante.

La pregunta del millon seria quien pone el precio? haceis refernecia a los precios del tema europa de 1956 de Luxemburgo unos 600 €, segun el catalogo michel del 2004 serian 900 € Luxemburgo y 80€ Holanda, ¿Como se pone este precio de catalogo?¿Alguien lo sabe?
Tambien he visto subastas en donde se ha otorgado Luxemburgo del 1956 por poco mas de 300 €. Todo ello en superlujo y excelentes condiciones de conservacion entiendo.
Por otra parte en el Catalogo de Forum los precios de Luxemburgo 1956 son de 6.699 € para el 2003. Como entendidos en la filatelia ¿pagariais eso por unos sellos?

Os agradezco mucho vuestra colaboracion puesto que el tema del precio me parece un asunto de especial importancia que a todos nos incumbe

gracias

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FENERI



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Ubicación: Murcia
Publicado: Mie Ene 28, 2004 1:06 pm Asunto:

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HOLA FCOMATA.

Te voy a contestar en lo que más seguro estoy.

EL FORUM FILATÉLICO, no vende sellos como si fuera una filatelia, ellos ofrecen una modalidad de inversión, nada de coleccionismo;
mediante un mini catálogo de unas hojitas te fijan unos precios que nada
tienen que ver con el mercado, SON SUS PRECIOS; después forman a
unas personas que se encargan de captar clientes a los que ofrecen esos
sellos diciendo que son en calidad especial y que eso es lo que valen, se
firma una especie de contrato como que adquieres los sellos, que vas
pagando en mensualidades o de golpe, te garantizan la recompra más lo
que según ellos se hayan revalorizado y así va pasando el tiempo, puedes
o no quedar depositario de los sellos, según quieras tenerlos o que los
tengan ellos. Si decides al término recuperar el dinero lo haces y con un
gran rendimiento, PERO, ¿que pasará el día que FORUM FILATÉLICO de en
quiebra o desaparezca?, te quedarias con unos sellos que al precio de mercado no se ajustarian lo más mínimo. Pongamos un ejemplo: Se
compra la serie de Luxemburgo del año 1956 que a precio de mercado
con pequeña variación está a unos 600 euros a compra fija y que no siempre se encuentran, ellos establecen que esa serie vale 6.600 euros, se
firma el contrato y pagas lo establecido por el Forum, como te garantizan
esos 6.600 euros más el rendimiento, tan tranquilos, pero..............se
vuelve a lo que dije anteriormente.

Hace unos años le fijaron al sello de Europa Andorra 1972 un precio
de 900.000 pesetas, cuando su precio de mercado está sobre las 13000
pesetas antiguas.

Las subastas se realizan con ejemplares cuantiosos o escasos, por
ello los precios oscilan, unas veces no llegan al valor del mercado y otras
lo pasan.

En este tema hay un catálogo especializado, ya te diré el nombre y ese
es el más acertado, pero no sé quien marca los precios, supongo que sea
según demanda u oferta.

Espero que te sirva un poquito todo lo expuesto.

Desde Murcia, un saludo.

"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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por Incognitus » 6/10/2005 13:26

Dá vontade de comprar massivamente séries no mercado para lhes vender, segundo o FT é fácil de comprar as séries Europa por uma fracção do valor que a Fórum lhes dá.

Porém, o problema é que eles só aplicam aqueles valores inflaccionados, a clientes do "esquema".

Ainda assim, parece fazer sentido montar uma operação cujo objectivo seja vender-lhes muitas séries daquilo aos valores inflaccionados. Seria necessário estudar muito bem o esquema, claro.
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por Incognitus » 6/10/2005 13:24

saxo, dentro do envelope estão com toda a segurança, selos.

O problema é que se os tentares vender no mercado real, valem apenas uma pequena fracção do que a Afinsa diz que valem (dos valores que usa no seu sistema, que cada vez mais se assemelha a um esquema em pirâmide comum, vulgo Ponzi ou Dona Branca).
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por saxo » 6/10/2005 13:20

Essa de ficar com os selos lembra-me de já ter ouvido dizer que a Afinsa, na altura do investimento, dá um envelope lacrado com os selos.

Ficam em tua posse como "garantia". No entanto, não podes abrir os envelope sobre pena de não te fazerem a recompra.

Assim, dentro do envelope podes ter até papeis brancos...
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