Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[Recolector]

Ora aqui está um bom exemplo de espírito positivo.
Olhar as coisas pelo lado positivo.

Isto em contraponto com o espírito negativo, que leva a uma mera constatação, distanciada, do que está mal, sem que se dÊ um passo no sentido de colaborar para o bem comum ...

Hoje em dia, o problema de Portugal não é essêncialmente financeiro ou económico, mas sim político. O sistema político português, está numa fase de transição. Só quando se avançar mais um patamar na caminhada em direcção à estabilidade política será possível um novo salto no desenvolvimento de Portugal.

Um longo caminho foi entretanto percorrido, tendo o periodo de Cavaco Silva sido muito importante para a estabilização do regime, com a primeira maioria absoluta (no sentido de legislatura cumprida na totalidade), com a interiorização pelo país e pela classe política, que as legislaturas são para cumprir até ao fim (um exemplo desta consciêncialização geral, foi o facto de ter caido em desuso, nessa altura, as pinturas murais a reclamar a queda do governo). Básicamente o que é necessário para o futuro é que os principais partidos aceitem um ainda maior retardamento do ciclo político (2 ou mais legislaturas), pois a definição de objectivos concensuais para o país, levará inevitávelmente a que o partido que inicie essa nova era irá ficar no poder pelo menos 8 anos, pois irá tirar partido do progresso resultante desse novo concenso.

Evidentemente que também é extremamente importante separar o estado de interesses sectoriais que contrariam o bem comum, o que nos leva à tal corrupção ...

[Pata-Hari]

Artigo publicado por responsável do Banco Mundial
Daniel Kaufmann:

Diminuição da corrupção colocaria Portugal a par da Finlândia


29.08.2005 - 23h02 PUBLICO.PT
Daniel Kaufmann, responsável do Banco Mundial, considera que a diminuição da corrupção em Portugal poderia colocar o país ao nível da Finlândia em termos de desenvolvimento.

Daniel Kaufmann, director dos Programas Globais do Instituto do Banco Mundial, defende esta questão num artigo publicado hoje na revista trimestral do Fundo Monetário Internacional, "Finance and Development", divulgada no sítio oficial da organização na Internet.

Kaufmann afirma que o "controlo da corrupção" poderia, por exemplo, colocar em termos de desenvolvimento a Guiné Equatorial ao nível do Uganda, o Uganda a par da Lituânia, a Lituânia no patamar de Portugal e Portugal ao nível da Finlândia.

O texto, intitulado "Dez mitos sobre governação e corrupção", aborda várias questões, nomeadamente o impacto da governação no desenvolvimento.

"A pesquisa mostra que em geral os países podem extrair um muito grande 'dividendo de desenvolvimento' da melhoria da governação", escreve Daniel Kaufmann.

O mesmo responsável considera também que um país com uma governação forte pode triplicar o rendimento "per capita" da população a longo prazo, assim como reduzir a mortalidade infantil e a iliteracia.