Caldeirão da Bolsa

Combate à fraude - Automóveis na mira do Fisco

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Passo a explicar.....

por pedras11 » 20/8/2005 21:47

Já foi mais que verificado que a fuga ao fisco é feita principalmente por trabalhadores por conta própria e pequenas ou médias empresas( em mercado paralelo).

Então se vai exigir mais impostos a médicos, contabilistas, mecanicos, comerciantes, etc.etc., estes uma vez acomodados aos lucros irão concerteza fazer refletir o pagamento dos impostos no consumidor, logo a inflação subirá. Aliás já se nota isso quando vai ao mecanico ou médico e pede factura.


As empresas que operam em mercado paralelo( com trabalhadores ilegais, mas a ganhar, portanto que consomem), irão quase todas "fechar", ou reduzir o número de trabalhadores, logo aumentará o desemprego REAL, não o que nos dizem.

Quanto ao dinheiro mal gasto: quem gasta mal 100, faz o mesmo com 200.

PS: Não quero com isto dizer que sou a favor da fuga ao fisco. Apenas dei a minha ideia do que poderá acontecer, não referindo qual será mais prejudicial á economia. Isso já são contas que não estão no meu alcance.

O desenvolvimento de Portugal passa por investimentos na educação(o que poderá levar anos). Nunca vi um país analfabeto, com uma economia em forte crescimento.
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...

por andraderui » 20/8/2005 21:29

Amigo AC

já somos dois.

1 abraço
andrade
 
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Caro forense.....

por AC » 20/8/2005 21:08

Pedras, será que podes explicar melhor as 3 consdequências do combate fiscal, é que eu fiquei com a mesma ideia do Andrade, ou seja o combate fiscal para ti não é bem vindo !!!!! :(

ESTOU 100% de acordo com o combate fiscal iniciado por este governo......
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Re: ....

por pedras11 » 20/8/2005 17:41

andrade Escreveu:logo, pode-se concluir que, quanto maior for a fuga aos impostos melhor????????

1 abraço
andrade


Eu não escrevi isso.

Nem sequer se pode concluir isso das minhas ideias.

Apenas penso que o dinheiro não "estica".
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....

por andraderui » 20/8/2005 17:29

logo, pode-se concluir que, quanto maior for a fuga aos impostos melhor????????

1 abraço
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por pedras11 » 20/8/2005 17:19

O combate á fuga aos impostos em Portugal terá em minha opinião três consequências:

:arrow: Aumento da inflação.

:arrow: Aumento do desemprego.

:arrow: Aumento do dinheiro mal gasto pelo Governo. :mrgreen:
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por arnie » 20/8/2005 16:38

ok

o antigo presidente, parto do principio, que pediu ao estado para que uma nova frota fosse comprada. Neste caso coube ao estado dar o seu aval para a compra.

Sendo assim, temos 2 governos de partidos diferentes que nos pediram sacrificios, que se culpam mutuamente pelo estado das coisas e que fizeram e fazem os mesmos erros.

É o pensamento tipico do portuga. Podem n ter onde cair mortos pois o defice é enorme mas a aparencia exterior é a que conta e como tal, à que ter bons carros de luxo e bons hoteis para fazer as reuniões mensais dos ministros. Sim, tipicamente portuga. Carros de luxo, ferias no algarve e estrangeiro, roupas de marca, tudo pago a credito.

É a educação que temos e que damos aos nossos descendente. Ganham 100 cts, gastem 95 pois os restantes 5 chegam para qualquer imprevisto que apareça. Se 100 n chega, não faz mal, recorram a um cartão de credito ou a um credito pessoal.

Investir a longo prazo e pensar no dia de amanhã? É proibido. Ter o cash ali parado num banco, num qualquer produto que n dá mais que ou 10% ou 20% ao ano é uma perda de tempo. Aproveitem-no enquanto estão vivos pois quando morrerem, os que cá ficam é que o vão gozar

:-$ :-$ :-$ :-$ :-$ :-$ :-$
Bons negocios,
arnie
 
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por pvk » 20/8/2005 16:00

A história é verdadeira. A decisão de comprar foi feita pelo anterior presidente antes de morrer. O valor do carro dele não sei se está certo mas é um BMW serie 7. Os carros foram negociados pela central de compras do estado, penso que terão custado, abaixo do preço de mercado.

pvk
 
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por arnie » 20/8/2005 15:24

Gostei de saber que o nosso governo vê a compra de carros de luxo como uma prova de riqueza exterior.

Apenas faço uma pergunta.
Será que tb vão investigar a compra da frota de carros para os juizes do tribunal constitucional?

É que é uma historia linda. Trocam Peugeot's 406 por BMW's, cujo preço medio de cada um ronda os 6.000 contos salvo erro mas o carro do juiz presidente custou 25 mil contos

Aparentemente, temos um tribunal constitucional extremamente bem de vida :pray:

um abraço
arnie

PS: Apenas quero dizer que li isto algures e como tal não sei até que ponto a historia é totalmente verdadeira.
Verdade seja dita, apesar de os media hoje em dia nos abrirem os olhos para situações impensaveis, têm uma outra face onde a exploração gratuita e fabricação de noticias imperam.
Bons negocios,
arnie
 
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A análise ......

por AC » 20/8/2005 10:42

que o governo quer fazer através da verificação do património automóvel que cada cidadão tem é de LOUVAR, em Portugal está mais que constatado por todos que desconta-se o ordenado minimo para o estado e tem em seu poder veiculos topos de gama, afinal isto só pode ter uma explicação, fuga ao fisco !!! É assim mesmo, toca a verificar todos os registos automóvel versus declarações do IRS.

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
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por Flying Turtle » 20/8/2005 10:09

Há já muitos anos que em diversos países europeus existem sólidos (consistentes, persistentes, transparentes, universal e rigorosamente aplicados) sistemas de taxação por via indiciária, os quais por certo contribuíram para aquilo a que hoje chamamos "consciência social" dos respectivos povos, onde fugir fraudulentamente ao fisco (não confundir com busca da melhor eficácia fiscal) apenas é admissível para uma pequeníssima e não representativa minoria de cidadãos.

Há mais de 15 anos dizia-me um amigo Dinamarquês que o sistema fiscal do seu País verificava todos os anos as suas variações patrimoniais, às quais adicionava um valor fixo de "custo de vida per capita", comparando a soma com a sua declaração de rendimentos. O IRS era calculado sobre o maior dos valores (rendimentos ou gastos) e, caso os gastos tivessem sido maiores do que os rendimentos, ele teria muitas explicações a dar sobre a origem (e a não declaração) dos rendimentos que os financiaram.

Claro que isso não evita tudo, mas certamente melhora muito o sistema. A nossa Administração Pública tem todos os dados nas suas mãos, só não sabe trabalhar com eles e é extremamente preguiçosa (excepto para gastar o nosso dinheiro). E isto sem entrar na esfera dos direitos de privacidade dos cidadãos.

Um abraço
FT
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por alexandre7ias » 20/8/2005 4:19

:wink: Estes tipos são uns palhaços, ter um bom carro, não quer dizer nada. Posso ter o melhor carro e não fugir aos impostos, pode ser uma opção de vida. Ex: Em vez de comprar uma boa casa, posso alugar e optar por ter um bom carro. O que falta em Portugal não é
"O Governo soma e segue os esforços de combate à fraude e à evasão fiscais. Desde Julho, a propriedade de veículos está debaixo do olho do Fisco. Através das novas tecnologias o cruzamento de dados para detectar património é cada vez maior.
mas sim uma boa imprensa cor de rosa que procure saber quanto gastam os politicos, o que fazem, quanto mamam, quanto recebem, o que comem, onde dormem, com quem, isso sim faz falta a Portugal.
Através das novas tecnologias, fiquei a saber que o gabinete do primeiro ministro gasta qualquer coisa como 25 mil € em telemovel, imaginem os restantes.
Jogo todas as semanas no Euro milhões, e se um dia tiver a sorte de me sair, a primeira coisa que faço (nem vai ser preciso) é passar para o nosso vizinho, mas alem disso invisto 50% numa revista ou jornal, que diga a verdade, que não dê descanso a esses politicos,que se fazem de moralistas, de gente boa, de poupadinhos, etc.
Deus queira que nunca me saia.... :wink:
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por Pata-Hari » 19/8/2005 22:18

Orçamento proíbe Estado de comprar automóveis e edifícios
19.08.2005 - 17h58 Lusa, PUBLICO.PT



O Governo anunciou hoje a proibição da compra de automóveis e de edifícios por parte do Estado, numa das medidas de contenção preparatórias do Orçamento do Estado (OE) para 2006.

A Direcção-Geral do Orçamento - organismo pertencente ao Ministério das Finanças - divulgou hoje numa circular as instruções para a preparação do OE 2006 que contemplam, nomeadamente, a proibição de compra de automóveis e edifícios por parte da administração central, que é integrada pelo designado subsector Estado e pelos serviços e fundos autónomos.

O director-geral da Direcção-Geral do Orçamento, Luís Morais Sarmento, afirma, em circular hoje divulgada na página da instituição na Internet, que "a preparação do OE para 2006 é uma tarefa difícil, exigindo a todos os serviços da administração central grande rigor e eficiência na utilização dos recursos públicos".

"O objectivo, estabelecido no Programa de Estabilidade e Crescimento, de atingir em 2006 um défice de 4,8 por cento do PIB [Produto Interno Bruto], é um imperativo nacional necessário para restabelecer a credibilidade das finanças públicas", acrescenta.

Com estas premissas particulariza um conjunto de instruções que, no caso da contenção da despesa, contempla a proibição, generalizada a toda a administração central, da inscrição de dotações orçamentais destinadas à "aquisição ou locação financeira, excepto se respeitarem a contratos celebrados anteriormente, de material de transporte".

É aberta uma excepção relativa à aquisição de ambulâncias e veículos destinados a assistência médica, às forças e serviços de segurança e afectos ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

A proibição é estendida à aquisição de edifícios, com excepção dos que se insiram na concretização de projectos de investimento público.

Da mesma forma, é interdita a realização de novos contratos de arrendamento de instalações, pelo que não poderão ser orçamentados no próximo ano encargos com locação que não correspondam a contratos celebrados anteriormente, adianta o mesmo responsável na circular.

As medidas de contenção da despesa aplicáveis a 2006 obrigam ainda os serviços e fundos autónomos a orçamentarem um valor global de despesa não superior ao do orçamento inicial para 2005, excluindo remunerações certas e permanentes, despesas relativas à Segurança Social, bem como as relacionadas directamente com a aplicação dos fundos comunitários.

in http://www.publico.clix.pt/shownews.asp ... idCanal=34
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por Pata-Hari » 19/8/2005 22:16

"Resultados extraordinários" no combate à fraude fiscal

Sócrates prevê recuperar mais 1,3 milhões de euros





O primeiro-ministro garante que o Governo vai conseguir este ano um verdadeiro recorde na recuperação de receitas fiscais. Sócrates anunciou hoje um aumento de três por cento na eficácia das cobranças e nas receitas da administração fiscal.







"Até ao final do ano prevemos arrecadar mil e trezentos milhões de euros", afirmou José Sócrates, durante uma visita à repartição de finanças de Cascais.

Considerando o combate à fraude e à evasão fiscal "fundamental por razões de justiça e equidade social", o primeiro-ministro congratulou-se com os resultados que têm vindo a ser alcançados neste âmbito e que permitiram o Estado recuperar desde o início do ano e até este mês 700 milhões de euros.

"Neste ano estamos a ter resultados extraordinários", disse, sublinhando que, caso o objectivo de recuperar mil e trezentos milhões de euros até ao final do ano seja alcançado, isso irá representar um "aumento de três por cento da receita".

Durante a visita que realizou hoje à tarde à repartição de finanças de Cascais, o primeiro-ministro anunciou também a extensão do projecto-piloto de "Gestão de Filas de Espera" que aí tem estado a ser desenvolvido. "É um projecto-piloto que tem resultado muito bem e, por isso, vai ser alargado às 70 maiores repartições de finanças do país", afirmou.

José Sócrates assinalou ainda o desenvolvimento verificado na área da administração fiscal nos últimos anos, considerando que "está na vanguarda da administração pública em relação às novas tecnologias".

"Só este ano foram entregues 11 milhões de declarações através da Internet. É um número muito significativo, que está acima da média da União Europeia", sublinhou.

Contudo, acrescentou José Sócrates, "é ainda necessário melhorar a eficiência na cobrança de impostos e tornar a relação com os contribuintes mais simples".

Com Lusa
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Combate à fraude - Automóveis na mira do Fisco

por Pata-Hari » 19/8/2005 22:13

Se isto acontecer mesmo e for para a frente vai ser lindo, neste país onde os sinais exteriores de riqueza abundam...

"O Governo soma e segue os esforços de combate à fraude e à evasão fiscais. Desde Julho, a propriedade de veículos está debaixo do olho do Fisco. Através das novas tecnologias o cruzamento de dados para detectar património é cada vez maior.

O Executivo admite que há uma grande sofisticação na fraude organizada e promete passar tudo a «pente fino». De resto, o Governo está contente com o trabalho da Administração Tributária e diz que até ao fim do ano será possível recuperar mil e trezentos milhões de euros de dívidas fiscais.

José Sócrates felicita e reconhece o trabalho das Finanças e do director-geral dos Impostos, cujo salário causou polémica quando foi nomeado, ainda no tempo de Manuela Ferreira Leite.

Que todos paguem os seus impostos é uma questão de justiça e o combate à economia paralela é fundamental para a sã concorrência entre empresas. Sócrates acrescenta ainda que só assim será possível os portugueses pagarem menos impostos.

Isto não é uma promessa para baixar os impostos, mas pelo menos Sócrates garante que também não os vai aumentar."

Fonte: http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=573373
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