CGD: brincar com o dinheiro dos contribuintes
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CGD: brincar com o dinheiro dos contribuintes
Publicação: 02-08-2005 21:42
CGD: brincar com o dinheiro dos contribuintes
A Caixa não tem descanso. Três presidentes em apenas um ano; intervenções sucessivas dos governos, como se o maior banco do país fosse a quinta do titular das Finanças; alvo de instabilidade (já estrutural...), consoante os humores dos governantes; tacho ideal para ex-ministros com difícil colocação no mercado. Assim vai a CGD.
Luís Ferreira Lopes
Editor de Economia SIC
Como os mercados estão adormecidos com o calor de Verão e, como os anglo-saxónicos dizem, esta é uma estação "tola", esta semana Teixeira dos Santos decidiu surpreender os "tolos" (que não estão a banhos) com o seu primeiro acto de gestão: afastar o social-democrata Vítor Martins da liderança da Caixa Geral de Depósitos e colocar ali alguém da sua confiança política.
Depois de uma intervenção cautelosa ou até insonsa no Parlamento, no debate das GOP, o novo ministro das Finanças trocou de presidente no banco estatal com o pretexto de que a imagem da instituição estava fragilizada há alguns meses.
Até pode ter razão: depois do que se passou com a dupla António de Sousa - Mira Amaral, a demissão recusada de Vítor Martins quando Bagão Félix mexeu no fundo de pensões dos trabalhadores da CGD e o voto de confiança de Campos e Cunha ao presidente que vinha desde o agitado Verão passado e que colocou o lugar à disposição com a mudança de governo; perante tudo isto, a imagem da administração da Caixa não era a melhor, de facto, mas era de esperar que a prioridade de Teixeira dos Santos não fosse logo dispor as peças no seu xadrez, ou seja, distribuir "jobs for the boys".
Já não bastava o desplante do anterior governo ter colocado Celeste Cardona na administração da CGD, agora o governo socialista arranja um lugar para Armando Vara. É verdade que já havia o precedente de Fernando Gomes, mas isso não desculpa o regabofe porque este é o mesmo governo que aperta o cinto aos portugueses e tem a coragem de tomar medidas duras, necessárias e impopulares.
P.S. - O PM foi de férias, depois de certamente ter autorizado que o Estado pague uma choruda indemnização ao anterior presidente da CGD. É sempre interessante saber como é gerido o dinheiro dos nossos impostos.
CGD: brincar com o dinheiro dos contribuintes
A Caixa não tem descanso. Três presidentes em apenas um ano; intervenções sucessivas dos governos, como se o maior banco do país fosse a quinta do titular das Finanças; alvo de instabilidade (já estrutural...), consoante os humores dos governantes; tacho ideal para ex-ministros com difícil colocação no mercado. Assim vai a CGD.
Luís Ferreira Lopes
Editor de Economia SIC
Como os mercados estão adormecidos com o calor de Verão e, como os anglo-saxónicos dizem, esta é uma estação "tola", esta semana Teixeira dos Santos decidiu surpreender os "tolos" (que não estão a banhos) com o seu primeiro acto de gestão: afastar o social-democrata Vítor Martins da liderança da Caixa Geral de Depósitos e colocar ali alguém da sua confiança política.
Depois de uma intervenção cautelosa ou até insonsa no Parlamento, no debate das GOP, o novo ministro das Finanças trocou de presidente no banco estatal com o pretexto de que a imagem da instituição estava fragilizada há alguns meses.
Até pode ter razão: depois do que se passou com a dupla António de Sousa - Mira Amaral, a demissão recusada de Vítor Martins quando Bagão Félix mexeu no fundo de pensões dos trabalhadores da CGD e o voto de confiança de Campos e Cunha ao presidente que vinha desde o agitado Verão passado e que colocou o lugar à disposição com a mudança de governo; perante tudo isto, a imagem da administração da Caixa não era a melhor, de facto, mas era de esperar que a prioridade de Teixeira dos Santos não fosse logo dispor as peças no seu xadrez, ou seja, distribuir "jobs for the boys".
Já não bastava o desplante do anterior governo ter colocado Celeste Cardona na administração da CGD, agora o governo socialista arranja um lugar para Armando Vara. É verdade que já havia o precedente de Fernando Gomes, mas isso não desculpa o regabofe porque este é o mesmo governo que aperta o cinto aos portugueses e tem a coragem de tomar medidas duras, necessárias e impopulares.
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As decisões fáceis podem fazer-nos parecer bons,mas tomar decisões difíceis e assumi-las faz-nos melhores.
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