Caldeirão da Bolsa

A amante do incontinente português

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: hehehe

por nunes » 22/7/2005 19:09

Dwer Escreveu:Tb gostei do único comentário que lá está. 'Este senhor não podia usar fralda na caneta?'.


Também reparei. :mrgreen:
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 216
Registado: 9/4/2005 12:40

hehehe

por Dwer » 22/7/2005 19:07

obrigado, já acabei de ler. Tb gostei do único comentário que lá está. 'Este senhor não podia usar fralda na caneta?'.
É injusto mas tem piada.

Abraço,
Abraço,
Dwer

There is a difference between knowing the path and walking the path
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3414
Registado: 4/11/2002 23:16

por nunes » 22/7/2005 18:32

Dwer Escreveu:a história ficou por aqui?


http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=262466
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 216
Registado: 9/4/2005 12:40

mcarvalho

por Dwer » 22/7/2005 14:22

a história ficou por aqui? ou está a publicar em episódios?

Abraço,
Abraço,
Dwer

There is a difference between knowing the path and walking the path
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3414
Registado: 4/11/2002 23:16

A amante do incontinente português

por mcarvalho » 22/7/2005 14:05

in bpi
amante do incontinente português

22/07/2005 14:10

A amante do incontinente português
As ancas largas delimitavam um traseiro sem firmeza, descaído sobre pernas finas que as calças, escolhidas sem gosto, teimavam em realçar. O cabelo estava sempre sujo, jorrando óleo sobre nuances feitas à pressa por ajudantes de cabeleireira fãs da coscuvilhice e das telenovelas mexicanas. De feitio, o traste era uma coisinha sem sal, inculta e com vícios de bancária da velha guarda, que se afundava em vodka e nicotina para abafar as frustrações.

O beijo tornara-se, assim, um exercício de suster a respiração.

Farto desta vida de asmático, Paulo resolveu arranjar uma rapariga de competição, vinte anos mais nova do que ele (manteve, no entanto, a senhora, por esta lhe facilitar a vida do dia a dia). Só que a vida com o traste conjugal, tinha-lhe retirado todo e qualquer tipo de nível, transformando o seu charme no de um pedreiro lançador de piropos adaptados à fauna de escritório.

Seria, portanto, necessário puxar pela nota, para ter direito ao «amor» de Ana. Só que a nota não era muita e o amor queria-se abundante.

Ana, de 25 anos, era uma mulher corpulenta, com a massa muscular harmoniosamente desenvolvida pelo treino regular de body combat. O cabelo era meio louro e a cara, com traços angulares, era lindíssima. No primeiro dia que a vira, Ana vestia umas calças de ganga metidas por dentro de umas botas de salto alto em pele castanha clara, com uma camisola de lã verde alface; usava uma mala em pele de cobra e não se coibia de desvendar a tira superior do fio dental.

A beleza que Ana evidenciava, em oposição à comida requentada do seu trambolho de mulher, tornara Paulo num incontinente amoroso.

Começou por aliciar a sua princesa (que conhecera na 24 de Julho numa daquelas noites em que preferiu sair à noite a deitar-se ao pé da doninha) com uma conversa de que, chegado à idade em que se encontrava, lhe apetecia como nunca gozar os prazeres da vida. Disse-lhe que cada vez mais apreciava um bom carro, um bom relógio, uma boa caneta... Disse-lhe, ainda, que se sentia mais jovem do que quando tinha 30 anos e que a sua vida amorosa estava a levar uma volta... Depois, certificou-se que a senhora não estava comprometida e, após várias rodadas de JB e Baileys ofereceu-se para a levar a casa... Mas Ana tinha vindo no seu carro. Ficaria para outra ocasião.

Não deixaram, contudo, de trocar números de telefone.

Nessa noite Paulo dormiu mal.

Na manhã seguinte, já perto da hora de almoço, ligou a Ana e sentiu pela primeira vez a sua voz grave, mas doce. Combinaram jantar dali a dois dias.

Durante o jantar, as banalidades de uma vida materialista e os exageros de virtudes masculinas e femininas desfilaram à velocidade do som. No final da refeição havia ficado claro que o Viagra da senhora se chamaria jóias, malas, relógios e outros acessórios. O que o senhor não sabia é que essa categoria de bens apenas daria direito a relações parcamente íntimas.

Ana era ainda de «tenra» idade mas já tinha muitos quilómetros. Sabia como esfolar totalmente uma carteira de macho faminto.

A primeira prenda que recebeu foi uma mala Louis Vuitton, em tons de branco e creme, com o monograma multicolor.

Depois, seguiu-se um Rolex Oyster Perpetual Lady Datejust, em ouro de 18 quilates, com rubis assinalando o sítio das horas, no mostrador, e forrando todo o aro exterior.

No seu dia de anos, a rapariga recebeu uma simbólica Cartier Panthère, que combinava ouro e esmalte azul, mostrando as manchas de um leopardo na ponta da tampa e junto ao aparo.

Paulo ainda lhe ofereceu um casaco de peles, comprado numa altura em que um tipo lhe vendeu umas caixas deles (não verificadas na altura da compra) a preços imbatíveis (Paulo julgou que eram roubados, mas não se importou) - as caixas continham apenas dois casacos (o outro ele ofereceu à mulher) e tudo o resto estava forrado com revistas antigas!

Estas p...
 
Mensagens: 7051
Registado: 17/2/2004 1:38
Localização: PORTO


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Ano nimus, Bing [Bot], Burbano, cali010201, Google Adsense [Bot], Goya777, iniciado1, Lisboa_Casino, m-m, Minsk, MR32, novato, nunorpsilva, O Magriço, OffTheRecord, PAULOJOAO, PMP69, SerCyc, Simplório, trilhos2006, TTM62 e 928 visitantes