Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[Incognitus]

Incrivelmente, a maioria dos países europeus estão a diminuir o peso da despesa pública no seu PIB, ao passo que Portugal a está a aumentar rapidamente.

Além disso, existe sempre a questão qualitativa. Muitas são as pessoas que dizem que (pelo menos no norte) na Europa se tem estados pesados MAS FUNCIONAM.

Aqui em Portugal, temos saúde pública, educação pública, mas a maioria das pessoas estão a ir a médicos privados e muitos a colocar os filhos em escolas privads porque o público não presta.

Já para não falar da justiça, que não tem alternativa, e no entanto a única coisa que se pode dizer dos tribunais é que estão mortos (coisa visível até nos números, ainda o outro dia no Jornal de Negócios vinham uns gráficos com processos entrados, pendentes e saídos de uma série de tribunais, e a maior curiosidade era olhar para os "saídos" e notar que estavam praticamente a aproximar-se de zero, como se os tribunais em questão estivessem simplesmente a deixar de trabalhar).

[Pata-Hari]

Tens razão e eu não nego isso. O que estou a sublinhar é que é um problema que existe na maior parte dos sistemas europeus e para o qual não se encontrou uma solução adequada (ou não se teve a coragem de resolver o problema criando medidas mais equitativas). O que eu sublinhei é que há muito por onde melhorar a rentabilidade e a produtividade desta porcaria de empresa que é este sector público que teoricamente "nos serve" e do qual somos todos clientes e simultaneamente investidores. Também disse que bastaria atacar o problema onde as soluções são muito mais óbvias e simples para termos uma melhoria MUITO significativa no estado da nação.

[Incognitus]

Pata Hari,

O problema das reformas, o problema do déficit público, e em parte o problema da produtividade são tudo facetas do MESMO problema: Um estado grande demais, com pessoas demasiado bem pagas face ao país.

Onde é que o problema da produtividade entra nesse filme? Bem, a produtividade é um pouco como a rendibilidade de uma empresa, depende do mix de produtos e respectivas margens. Se metade das tuas vendas forem feitas num produto sem margem, mesmo que as restantes sejam feitas com uma margem de 100% a margem da empresa já só será de 50%.

O Estado contribui de duas formas para rebentar com a produtividade:

1) Por um lado, muitas das suas funções não são produtivas. Administrações locais, justiça, segurança, etc, são funções que permitem a produtividade de outras, mas nada produzem por si próprias. Isto rebenta com o mix (e depois, o estado ainda apoia actividades pouco produtivas no sector privado, como a agricultura ou arte que o público rejeita. Ainda piorando mais as coisas).

2) Por outro lado, cada Euro que o Estado consome tem que lhe ser providenciado por actividades produtivas do sector privado. Ora, cada Euro que o sector privado gasta com o estado, não gasta a investir ou a remunerar os seus factores produtivos, logo torna-se também ele menos produtivo (isto já para não falar do tempo que o sector privado perde a interagir com o sector público).

[Pata-Hari]

Francamente parece-me que o problema das reformas é muito importante mas é uma questão que excede as nossas fronteiras e que é um problema global das economias com pirâmides populacionais como as que temos na Europa. Se descobrirmos a solução para a sustentabilidade poderíamos vender a solução depois de a patentear.

Se calhar seria melhor tentarmos resolver as questões de deficit público, da produtividade, do crescimento em prioridade (entre outros) que são problemas específicos ao país e resolúveis com alguma vontade e inteligência.... nem peço que sejamos já acima da média, só peço que deixemos de ser medíocres .

[valves]

Bom esta mama das reformas há de acabar ou a bem ou a mal quem se reforme agora com reformas elevadas como Professores medicos ou militares as reformas serão impiadosamente cortadas daqui a uma geração quanto o sistema falir portanto para essas centenas de milhares de pessoas que agora se reformem aproveitem bem porque não vai durar para sempre. Acabou o mito da intocabilidade das reformas também elas terão um fim. As pessoas estão a aproveitar -se é evidente que a situação é insustentavel e mais tarde ou mais cedo estas reformas terão que ser cortadas e reduzidas a valores sustentaveis e isto para chegar para todos.

Cumpts

Vasco

[Incognitus]

Se isso por um lado mitiga o problema, por outro aquelas reformas são indicativas do que uma parte substancial daquelas classes ganha no topo da carreira, o que simplesmente é um exagero para o sector público.

No sector privado, cada um paga o que quer, mas o sector público somos todos a sustenta-lo, daí que não faça sentido praticarem-se aqueles ordenados sustentados por um país onde o rendimento médio é brutalmente inferior.

[Pata-Hari]

Pelo que percebi, ao longo do tempo, as reformas não são acutalizadas. Nesse caso o impacto inicial tende a diminuir com a passagem do tempo e a não indexação das reformas aos aumentos "normais" de salários/descontos.

[Incognitus]

Se for difícil compreender porque é que isto dos professores se reformarem com 500 contos é uma piada, basta verem que somando a totalidade dos descontos para a segurança social de um trabalhador "médio", 34%, seriam necessários 7.3 trabalhadores "médios" apenas para pagar a reforma de UM professor (e praticamente todos chegam ao topo da carreira!).

[Incognitus]

Na realidade, é um problema maior para o país as reformas de enfermeiros, pessoal militar, e professores, do que as reformas dos políticos com 4000-8000 Euros. Isto porque existem mesmo muitos mais dos primeiros do que dos últimos.

As mesmas reformas e salários, se obtidos no sector privado, NÃO seriam escandalosas.

No sector público, são.

[Thomas Hobbes]

Gostaria de ver qualquer de vós com 60 anos a tenar leccionar uma aula a putos mal-educados do liceu...

Além do mais, se 2000 euros em Portugal (400 Cts) para quem descontou 30 anos ou mais é uma reforma altissima pelos vossos padrões, então os vossos salários devem ser miseráveis

a questão aqui das reformas é que temos professores que depois de descontarem 30-35 ou mais anos, aturarem um conjunto de coisas que nenhum de vos conseguiria suportar, são agora os culpados de a caixa de aposentações estar vazia...., já agora ninguem fala dos politicos que trabalharam 6 anos e se aposentaram com 8.000 Euros.... e que pedem aos privados e aos professores que trabalhem mais uns anitos!!!!!

Concluo, dizendo que nã sou professor, nem nunca fui, mas vi e assisti a cenas que se passam no nosso sistema de ensino que são absolutamente kafkianas!!! acho que muitos professores vã dizer que aos 65 anos estão mais xexes que qualquer um de nós!!!!

[AC]

como vês ninguém te apoia, pelos vistos todos aceitam com naturalidade professores com 60 anos, aliás pela qualidade dos posts aqui frisados, apetece-me dizer que mais vale professores com 60, do que o ensino dos 30.
Velhos são os trapos e pelos vistos todos os gostam de ter. A experiência da vida que os predofessores dos 60 ensinam, são dádivas da vida que muitos jovens aproveitam para se lembrar nos seus actos menos inglórios, ou seja reflectem antes de o fazer.

Se é algum professor novo, faça das palavras de todos nós o seu próprio ensino sobre o limite da Idade Humana. No meu úlitmo tópico, esqueci-me de lhe responder sobre o prof. Marçal grilo !! Aqui vai a resposta: Olhe, a minha resposta está na estátua que os alunos da faculdade do Porto fizeram a esse senhor que está exposta já á muito tempo na rua do campo Alegre, se calhar em vez de ter perdido tempo a ler esse livro, vinha até aqui apreciar a beleza da estátua.

Um abraço !!!!

[Calimerozinho]

...o Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim - Presidente do Governo Regional com 4124.07 Euros de reforma
O curioso é que há muitooos profs. e quase todos com mais de 2000 euros de reforma. Só é pena não dizerem a idade dos reformados A isto chamo eu reformas douradas
Agora já não apanho o comboio

PS Alguém somou tudo aquilo? Dá umas boas centenas de milhares de euros...

[Toninho,o pedreiro]

Cá continuo nas obras do Metro do Porto e já mandei uma grande marretada numa viga de ferro, que estes tópicos fazem-me muitos nervos, mas agora que engoli um Zoloft, vamos ver as coisas pelo lado positivo: primeiro...não interessa enervar muito que o sistema vai estourar como uma castanha ; segundo...eles têm razão, os putos querem gente nova, boazonas,idem com enfermeiras(os), polícias e todos os outros (ena tantos!) e 52 anos, convenhamos, é idade avançada...65 anos está bem para os pedreiros, o sector têxtil e metalúrgico e outros trabalhos ligeiros. Mas verdade, verdadinha se o sector que já está reformado e bem reformado, não colaborar solidariamente, abandonando essa metáfora dos direitos adquiridos, não há medidas que resolvam a situação e o sistema : Pum! ...mas para mim que não tenho direitos adquiridos e estou condenado a trabalhar, tudo bem.

[Incognitus]

Não se preocupem, que com tanta reforma de 400-500 contos, o Estado Português deve falir em breve. Francamente é surreal que os professores se reformem com tanto dinheiro, estamos a falar de uma classe muito numerosa.

[josema]

Surfer, não são as pessoas que se consideram velhas, é o SISTEMA que assim as define e as despeja. Eu, por ex., reformei-me aos 60 anos, não porque o quisesse mas porque pura e simplesmente a escola deixou de me atribuir um horário lectivo. Combata-se o sistema e respeitem-se as pessoas é o mínimo a que cada um de nós tem direito.
Quanto aos valores das reformas, claro que há casos onde o escândalo é visível. Eu e muitas outras pessoas que conheço fizeram uma licenciatura, estágio pedagógico específico para o grau do ensino onde leccionaram, mestrado na mesma área e ainda cursos apropriados para melhor lidarem com deficientes, filhos de emigrantes, etc. E tudo isto no SEU tempo e com o SEU dinheiro. Obtiveram classificações máximas em universidades públicas.
Tenho a mesma reforma de qualquer prof. do 1º ciclo que fez no último ano em que trabalhou uma licenciatura "a la minute" numa qualquer escola privada com alvará para passar títulos superiores.
O que ganhei em empenhar-me tanto? 1º o respeito por mim próprio; 2º a consideração dos meus alunos; 3º a certeza de que, enquanto prof., dei aos meus alunos o melhor do que em mim havia. O sistema ignorou todo o meu esforço e nos próximos 10 anos não vou ter um cêntimo de aumento. Tenho razões para me queixar? Não sei nem me interessa: continuo a trabalhar, tanto ou mais do que quando dava aulas. Antes, em benefício dos meus alunos, hoje, noutras causas e também... um pouco na bolsa. Afinal, daqui a 10 anos, se for vivo, a minha reforma vale menos 30%.
Como dizia o outro "é a vida"!

[Surfer]

Será que o pais aguenta a má gestão que é feita às contribuições para as reformas? será que o pais aguenta politicos como os nossos? Tudo o resto começa a ser promenores

Thomas, o primeiro e grande acto de má gestão foi quando os politicos aprovaram a lei que permite determinadas classes reformarem-se apartir dos 52 anos de idade.

Se esta lei como outras da mesma especie nunca fossem aprovadas, hoje não estariamos assistir á disparidade e multiplicidade de direitos civis adquiridos existentes na nossa sociedade. Se calhar...Se calhar quem sabe, porventura hoje estariamos a rir se alguém considera-se qualquer proposta nesse sentido.

Mas enfim, a verdade é esta a temos hoje e não se trata de nenhuma anedota, infelizmente.

Cumps

[Surfer]

Parece-me que a vossa análise peca por só olharem para a árvore. Eu não sei se vocês têm a mínima noção de que é ser prof. de 1.º ciclo ou educadora (O Livro "Difícil é sentá-los de Marçal Grilo talvez ajude). Também não sei se têm ideia de que é ser educadora aos 60 anos. Pensem tb como se fossem pais e o vosso filho tivesse, no 1.º ano, uma professora com sessenta anos.

Jarc, não posso de maneira nenhuma estar de acordo contigo ou qualquer pessoa de bom senso e profissionalmente integro, que defenda ou comunge da tua opinião.

A minha professora da primária devia ter uma idade proxima dos 60 anos, não me recordo de uma razão para considera-la velha para a profissão. Mais tarde nos dois anos que tive oportunidade de estudar nos EUA, no 1º ano tive uma professora na casa dos 60 anos, excelente professora e respeitada por todos os alunos. Depois novamente cá em Portugal tive alguns bons professores perto ou mesmo na casa dos 60 anos, profissionais maduros e cheios de experiência da vida, cultos e serenos, facilmente conquistavam o respeito dos alunos, desde que também estivessem dispostos ajudar e ouvir os jovens.

60 anos, é na minha opinião uma idade bonita (tenho 33 anos), cheia de experiência, conhecimento da vida, é quando na generalidade as pessoas atingem o auge profissional, individual e familiar, permitindo assim uma maior disponibilidadee abertura para ajudar a sociedade em nome de causas nobres, que a propria vida lhes ensinou.

Desperdiçar a "riqueza" de uma geração que atinge os 60 anos de vida é um erro que nenhum estado ou pais pode dar-se ao luxo de desperdiçar.

Sinceramente, não consigo entender como alguém se pode considerar fisico e intelectualmente inapto para trabalhar aos 52 anos de idade. O dinheiro justifica tudo?!

Cumps

[Thomas Hobbes]

Quando li este Post fiz a mim mesmo uma questão, que é qual o seu objectivo.

Culpar o sistema de calcúlo das reformas? Culpar alguns funcionários publicos por ganhar menos que no privado e terem reformas mais altas que o seu salário? (não estou bem a ver como é possivel)

No entanto caro AC não quero discutir isso, visto que seria uma discussão inconsequente. Mas deixava aqui uma pequena provocação.

Será que o pais aguenta a má gestão que é feita às contribuições para as reformas? será que o pais aguenta politicos como os nossos? Tudo o resto começa a ser promenores

[AC]

a minha profissão já foi aqui mencionada, certamente como não és um forense assíduo não tomaste conhecimento, agora se queres saber procura e além do mais não mencionaste aqui a tua !!! Trabalho por conta de outrém para uma grande empresa a nivel Mundial no ambito das directivas Europeias do Ambiente. Por isso tenho direito de opiniar sobre o meu dinheiro que é descontado para o Estado.
Quanto a ter professores primários com 60 anos é normalissimo nos países desenvolvidos.
Quando frequentei o ensino primário a minha professora que me acompanhou da 1ª á 4º classe tinha 59 anos, e ainda hoje se a encontra-sse tirava-lhe o chapéu á ao ensino e educação que nos deu durante o tempo que nos ensinou, além de que adorava que os meus filhos tivessem professores tão bons quanto os meus. Não interessa a idade, interessa sim o conteúdo do seu ensino, agora aquilo que falaste foi pura demagogia perante os professores idosos, chamando-lhes indirectamente VELHOS para a profissão. O meu melhor professor de História do secundário tinha 63 anos e mesmo assim continou a ensinar, não fazendo o que muitos fazem, de sentar-se á sombra da bananeira só para conseguir a pré-reforma aos 52, e o seu chorudo ordenado.
Já agora que comentário fazes aos trabalhadores por conta de outrém que têm que se reformar só aos 65 anos !! por exemplo : pedreiros, sapateiros, construção civil, etc..... profissões duras que mais tarde só levem uma misera reforma de 200 euros. Estes não chegam tarde ao trabalho, nem se sentam a fazer palestras ou a ensinar, dão no duro.....percebes DURO.
!!!!
Eu sou apologista do sector privado ter os mesmos direitos que a função pública, por isso cada vez se aproxima mais, FELIZMENTE .
Acho que o post do Marco atingiu-te directamente, eu não fiz nenhuma caça ás bruxas, agora o 25 de Abril deu-me o direito de opiniar e escrever a minha opinião sobre qualquer artigo e informação, é um direito que me exerçe, desde que para isso não falte ao respeito ao visado(s), foi isso que eu fiz, quer gostes ou não !!!!


É feio chamar-se aos cidadãos de 60 anos Velhos para desempenhar funções, aliás é nessa idade que muitos atingem o seu auge profissional.

[akoka]

Caro Marco! falta ainda acrescentar que alguns desses indivíduos por serem novos e terem até necessidade de ocupação, arranjaram um segundo ordenado, muitas vezes até ainda por conta do estado -cargos políticos e não só- tirando desta forma a muita gente nova, o acesso ao mercado de trabalho.
Grande País este.

[Marco]

As contas são bem simples, um professor reformado aos 52 anos, na sua maioria mulheres com 400 contos liquídos de reforma, com uma esperança média de vida de 81 anos para as mulheres, vai receber durante quase 30 anos um total de 400*14*29=162 mil contos.

Quanto aos descontos, não esquecer que como expliquei a maioria fez uma pseudo-licenciatura no fim da carreira e passou a receber brutalmente mais, reformando-se com o valor do último ano de salário, pelo que os descontos acumulados, ao longo dos 32 anos de trabalho, são no máximo 35 contos*14 meses*32 anos=15680 contos. Os 35 contos são 10% de um salário médio de 350 contos, que nem isso terá sido!


Em resumo descontou ao longo do seu tempo de trabalho 16 mil contos e vai receber 160 mil contos. Dez vezes mais portanto. Onde estão então os descontos para cobrir tal pensão?!?

Se a Reforma fosse os 65 anos aí sim, a carreira contributiva tinha sido bem maior, e o tempo a receber a Reforma seria bem menor, e aí sim poder-se-ia falar em direitos adquiridos! Neste caso o melhor será falar em direitos usurpados!

Mas atenção, não só os prof primários, há também funcionários de finanças, notários, juízes, militares, etc, com situações igualmente insustentáveis e de uma injustiça atroz!

É a chamada geração grisalha, com todos os direitos e mais um, a arruinar a geração mais nova, que luta deseperadamente por um emprego a ganhar cento e poucos contos, a trabalhar com horários complicadíssimos, e com a certeza de que a reforma, a existir(!?) será lá para os 70 anos e com montantes que ninguém sabe quais serão, mas certamente, muito inferiores aoa actuais!

[Marco]

1-Profs primários reformados com 52 anos de idade.
2-Reformas com valores a rondar os 400 contos líquidos.
3-Quase todos tinham como habilitação, o antigo 5º , ou no máximo 7º ano, mas magistério primário.
4-Quase todos fizeram uma licenciatura apressada, alguns em 6 meses e passaram a ganhar brutalmente mais, reformando-se alguns quase de imediato com esses montantes já referidos.

5- Estes são dados objectivos. Agora é muito ou é pouco, cada um faça a sua análise, mas comparem com os salários e Reformas da generalidade dos Portugueses e aconclusão parece-me óbvia.

[oscarcoelho]

Então e esta para ajudar à confusão...

Vocês sabem que os professores do ensino particular e cooperativo são, por força de lei, obrigados a descontar para a Caixa Geral de Aposentações mesmo não sendo funcionários públicos?
E sabem que se alguém, por motivo da sua vasta experiência profissional, for livremente contratado por uma instituição privada para leccionar, com um vencimento livremente negociado entre as partes, não faz os descontos nem se reforma com base no seu vencimento efectivo?
Vocês sabem que relativamente a essas pessoas a CGA só aceita descontos equivalentes ao vencimento que teriam se estivessem na administração pública, segundo as suas tabelas e regras de progressão?

Ora como essas pessoas não fizeram carreira na administração pública reformam-se com ordenados equivalentes a valores de início de tabela ou quase.

E esta hein! Vejam lá se não estão preocupados com a sustentabilidade do sistema.

[jarc]

Marco, já não existem professores primários e se insistes nessa designação e na caça às bruxas qualquer dizem que estás acometido do síndrome de orelhas de burro. AC (aumento de capital?) tudo o que escreves pode ter alguma coerência, mas seria importante saber a tua profissão. Caso não tenhas coragem para isso, tudo o que dizes é tb caça às bruxas. Parece-me que a vossa análise peca por só olharem para a árvore. Eu não sei se vocês têm a mínima noção de que é ser prof. de 1.º ciclo ou educadora (O Livro "Difícil é sentá-los de Marçal Grilo talvez ajude). Também não sei se têm ideia de que é ser educadora aos 60 anos. Pensem tb como se fossem pais e o vosso filho tivesse, no 1.º ano, uma professora com sessenta anos.
Ganham muito dinheiro? Talvez! E os que ganham muito mais sem ser necessário apresentarem currículo? E os que andam nos forúns de bolsa não ambicionam tb ganhar?

[AC]

é que eu chamo de excelente POST.

A opinião pública tem que ter conhecimento destes escandolosos ordenados e reformas.
Agora percebo a revolta dos professores quando querem ir prá reforma aos 52 anos, assim podem ter mais 20 anos ou mais a gozar férias com ordenados 8 vezes superiores ao ordenado minimo.