Caldeirão da Bolsa

Rede4 e Uzo abrem guerra de preços nos telemóveis

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Baco » 29/6/2005 4:12

São estas tretas do marketing que me deixam doido. Estas tretas só têm sucesso porque nós (todos) nos deixamos levar mas é assim que o mundo da concorrência se move.
Porque é que os operadores já existentes não baixam simplesmente as tarifas?
Porque é que cada operador tem uma teia de tarifas tão diferentes e intricada que qualquer cliente que queira fazer uma escolha racional da tarifa que é mais adequada para si tem dificuldade em perceber? Acaba por escolher por moeda ao ar ou pelo anúncio que mais lhe entrou no ouvido (eficácia igual)!!!
Nós (todos) não temos memória.
Viva o marketing! Abaixo o marketing!
Vai acima e bot'abaixo
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por Garfield » 28/6/2005 21:32

Tenho exactamente a mesma duvida.

Ou seja, quando um TMN ligar para um UZO é lhe cobrada o tarifario da rede TMN ou o OUTRAS REDES?

Do lado do UZO ja sabemos que é tudo igual :)

E um Rede4 quando ligar para um Optimus?

Se alguem ja for cliente e tiver feito a experiencia diga alguma coisita para esclarecer o pessoal.

Thanks
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Novos Operadores

por lr » 28/6/2005 21:02

Ainda não percebi bem, isto são novos operadores ou apenas os mesmos, mas camuflados ?
Se são novos, porque é que usam os indicativos dos já existentes ?
Ou são apenas camuflados? Senão vejamos, a TMN lança o UZO, com um tarifário mais barato, mas não muito, e o que é que vai acontecer aos clientes da TMN ? Quando ligarem para um numero do UZO, que até parece ser da TMN, pelo indicativo, vão pagar uma tarifa de outras redes. Logo a TMN fica a ganhar, já que a rede é a mesma, ou pelo menos, sendo o UZO da TMN fica tudo em casa. Só não fica em casa para quem tem TMN e liga para o UZO.

Será assim ?
A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original – Albert Einstein
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por marafado » 28/6/2005 2:27

o que oferece a uzo
Sem consumo obrigatório



tarifário. Há uma tarifa única de 16 cêntimos para todas as redes, e de 8 cêntimos por SMS. As chamadas são taxadas de 10 em 10 segundos após o primeiro minuto.

carregamentos. Não tem carregamentos obrigatórios. Para manter o cartão activo o utilizador tem de fazer uma chamada ou enviar uma mensagem escrita de 4 em 4 meses.

prefixo. O número que identifica a Uzo é o 960. Os utilizadores podem manter o número antigo recebendo um cartão com saldo de cinco euros, sem bónus nos primeiros carregamentos.

Serviços. Roaming, Voice Mail, as Mensagens Multimedia, Chamadas internacionais, acesso WAP e outros têm tarifários próprios.

aparelhos. A rede pode ser utilizada em qualquer telemóvel desbloqueado. A operadora tem aparelhos à venda no seu site (www.uzo.pt
 
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por marafado » 28/6/2005 2:26

o que oferece a rede4
Tarifa única mais baixa



tarifário. Existe apenas um pacote de preços 11,99 cêntimos em chamadas para todas as redes móveis ou fixas; 5,99 cêntimos por cada SMS.

carregamentos. A adesão ao serviço implica carregamentos mensais de 15 euros, que podem ser repartidos em duas prestações de 7,5 euros.

prefixo. É utilizado o prefixo 931, que identifica a Rede4. Para manter um número antigo é necessário pedir a portabilidade e pagar 40 euros, que são convertidos em minutos.

Serviços. Os serviços como o Roaming, o Voice Mail, as Mensagens Multimedia, Chamadas internacionais, acesso WAP e outros têm tarifários próprios.

aparelhos. A rede pode ser utilizada em qualquer telemóvel desbloqueado, com um cartão da Rede4. A operadora vai colocar 12 aparelhos à venda no seu site (www.rede4.pt) com o cartão da Rede4.
 
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por marafado » 28/6/2005 2:25

O que são as redes móveis 'discount'



A oferta de serviços de comunicações a preços tão baixos só é possível porque, pelo meio, são eliminados todos os factores que pesam na estrutura de custos. A Rede4, por exemplo, não vai ter lojas, os seus telemóveis não virão embrulhados em embalagens, as despesas de publicidade serão reduzidas ao mínimo e a marca não vai fazer patrocínios. A infra-estrutura de suporte é constituída por quatro pessoas, um call-center de apoio ao cliente e uma agência de publicidade. O investimento inicial rondou os quatro milhões de euros, um valor quase irrelevante no contexto das telecomunicações.

A Uzo, por seu turno, montou a sua estrutura com cinco milhões de euros, empregando directamente 16 pessoas. Ambas as marcas baseiam todo o seu serviço nos respectivos sites, onde são realizadas muitas das operações (carregamentos, extractos, etc.).

Este conceito de serviços de redes móveis discount, de baixo custo, baseia-se nos chamados MVNO (Mobile Virtual Network Operator), operadores virtuais que não estão previstos no actual enquadramento regulatório da Anacom. A solução para contornar este impedimento legislativo foi integrar estas marcas em operadores com licenças de telemóveis, como a TMN e da Optimus.

Este fenómeno arrancou há quatro/cinco anos nos países nórdicos, existindo actualmente operadores de discount na Suécia, Dinamarca, Noruega, Holanda, Reino Unido e França. A dinamarquesa Telmore é apontada como um caso de sucesso em toda a Europa, já que arrancou em 2001 e alcançou uma quota de 11% (correspondentes a 500 mil clientes) ao fim de três anos.

Outra companhia potencialmente interessada em trazer este conceito para Portugal é a Tele2, que já tem uma operação semelhante na Dinamarca. O DN contactou a empresa sueca, mas não foi possível obter reacções dos seus responsáveis.
 
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Rede4 e Uzo abrem guerra de preços nos telemóveis

por marafado » 28/6/2005 2:24

O mercado português de telemóveis parece ter entrado numa nova fase, com as operadoras a lançarem-se numa verdadeira guerra de preços. Num país onde já existem quase dez milhões de telefones celulares activos, a TMN foi a primeira a avançar com uma nova operadora de baixo custo, ao anunciar a criação da Uzo na semana passada. Ontem, foi a vez da Sonacom (holding que detém a Optimus) lançar a Rede4.

No essencial, as duas novas marcas trazem promessas de preços mais baixos nas chamadas de telemóveis. A Rede 4, por exemplo, diz que os consumidores podem poupar entre 37% a 47% nas chamadas para todas as redes (entre telemóveis e rede fixa) e entre 46% e 54% nas ligações dentro da mesma rede (ver condições dos dois operadores nos textos ao lado). Estes dois novos operadores surgem no mercado à semelhança e imagem das chamadas companhias aéreas de low cost (nas quais os clientes pagam preços mais baixos, abdicando de alguns confortos) ou das cadeias de distribuição de discount (que vendem produtos de marca branca). Como explicou Manuel Ramalho Eanes, director-geral da Rede 4, "os estudos que fizemos mostram que os consumidores estão dispostos aceitar esta proposta de valor porque muitos valorizam sobretudo o preço das chamadas e não estão dispostos a pagar por coisas que não usam".

As primeiras reacções dos consumidores parecem-lhe dar-lhe razão. De acordo com um comunicado emitido ontem pela concorrente Uzo, ao fim de cinco dias de oferta esta operadora registou 15 mil adesões ao serviço. A própria Rede4, na primeira hora após o lançamento do serviço, já tinha 920 aderentes.

É com base neste tipo de adesão que Manuel Ramalho Eanes diz que a Rede4 pretende chegar ao final de 2005 com 100 mil clientes e atingir uma quota de mercado de 10% em quatro anos (equivalente a um milhão de utilizadores).

O aparecimento destas marcas de baixo custo levanta a questão de saber se elas não levarão à canibalização do mercado, tendo em conta que acabarão por roubar clientes aos operadores tradicionais TMN, Vodafone e Optimus. "Nós queremos chegar ao maior número de clientes possível e não estamos preocupados com o que acontecerá aos concorrentes", sublinha Manuel Eanes. "Ainda assim, estamos convencidos que virão mais clientes da TMN e da Vodafone do que da Optimus" acrescenta.

Do lado da Uzo, o discurso é o mesmo. "Acabaremos por ganhar mais com os novos clientes que aderirem à Uzo do que com aqueles que saírem da TMN", adianta fonte oficial da operadora.

A única que ainda está à margem desta guerra de preços é a Vodafone Portugal, que não parece interessada em entrar nesta corrida. A empresa diz que "está atenta aos desenvolvimentos do mercado e adequará a sua oferta se entender que tal se justifica", mas não há planos para lançar uma marca deste tipo. A companhia entende que os seus tarifários são competitivos com os destes novos operadores, citando como exemplos os pacotes Yorn (Rede 10) e o Vodafone Simplicity.
 
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