Caldeirão da Bolsa

S&P reduz em baixa o rating de Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

FT: Portugal misses ‘piggyback’ ride

por Jameson » 29/6/2005 8:35

Portugal misses ‘piggyback’ ride
By Joanna Chung
Published: June 28 2005 20:17 | Last updated: June 28 2005 20:17

A few years ago, a credit rating downgrade of Portugal, a longtime member of the European Union, would have hardly raised eyebrows. For no matter the country’s domestic travails, it could always “piggyback” on to the fortunes of the greater union, as one observer put it, in effect softening the market impact of bad news.

But a downgrade in the current economic and political climate is a different story. Coming about a week after EU leaders failed to agree on a long-term budget – and a month after a double rejection of the proposed EU constitution – the downgrade has further fuelled doubts among some investors about whether it is safe to assume that the future of eurozone members are permanently locked together.

Standard & Poor’s cut of Portugal’s long-term sovereign debt rating from AA to AA- on Monday was sparked by the government’s forecast that the budget deficit would reach 6.2 per cent of gross domestic product this year, more than twice the level permitted under EU rules.

“The downgrade is the result of the reported sharp deterioration in public finances . . . and the depth of fiscal reform required to reverse the deterioration seen in recent years,” said Trevor Cullinan, an S&P analyst. He added that downgrade also reflected “consistent and increasing divergence” from other peers on a number of fiscal indicators.

Portugal’s downgrade follows those of recession-hit Italy and Greece last year. The rating agency had Portugal on a negative outlook since October last year, and spreads on its 10-year bonds yesterday widened as much as 2.5 basis points against comparable German Bunds, before stabilising slightly.

But investors have long been “reawakened” to the importance of domestic fiscal dynamics, says Gregor MacIntosh, investment director at Standard Life Investments. Market movements in recent months show that interest rate differentials between German bonds and those of perceived weaker nations have been widening. This is because investors are demanding more of a premium for buying debt issued by weaker members.

For example, spreads of Italian 10-year paper have doubled from 11bp to 21.5bp against the Bund since the beginning of March. A swing of 10bp is “significant,” says Julian Jessop, chief international economist at Capital Economics. Meanwhile, spreads of countries that are perceived as economically stronger have been enjoying much tighter spreads. Spain’s bonds yield just 3bp over Germany’s, while Finland’s paper is trading at a rate lower than Germany’s.

This perception by investors, however, flies in the face of the theory behind the creation of the eurozone, namely that the debt behind eurozone members should be treated equally.

“But the single currency is only half the equation,” says Charles Diebel, European rates strategist at RBS Financial Markets. “You need a structural reform policy.” To underscore this, spreads of EU accession countries aiming to join the euro have been tightening, because, as Mr Diebel points out, “If you are trying to join the club, you want to be on your best behaviour”.

The market, however, is far from pricing in a collapse of the common currency project. “I’m not worried about significant spread widening from here,” says Steven Major, global fixed income strategist at HSBC. “I think the broader risks have been grossly overstated and we will see steady re-tightening. These countries are not going to default, so some will see it as a buying opportunity.


http://news.ft.com/cms/s/9162f852-e807- ... 511c8.html
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por GAB » 27/6/2005 22:55

Portugal iguala «rating» da Itália
Standard & Poor’s baixa notação de dívida da República Portuguesa (act.)
A agência de notação financeira Standard & Poor’s reviu hoje em baixa a classificação de dívida de longo prazo da República Portuguesa de «AA» para «AA-». Portugal fica com uma qualidade de dívida idêntica à da Itália e, na Zona Euro, apenas superior à da Grécia. A dimensão do défice apurado foi determinante.

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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt


A agência de notação financeira Standard & Poor’s reviu hoje em baixa a classificação de dívida de longo prazo da República Portuguesa de «AA» para «AA-». Portugal fica com uma qualidade de dívida idêntica à da Itália e, na Zona Euro, apenas superior à da Grécia. A dimensão do défice apurado foi determinante.

A Standard & Poor’s (S&P) desceu hoje a notação de dívida de longo prazo da República Portuguesa de «AA» para «AA-». A agência, em Outubro do ano passado, tinha baixado o «outlook» para «negativo», dando a entender que poderia vir a cortar a notação.

Na altura, a S&P alertava para o crescimento da despesa pública e dizia que Portugal devia acelerar as reformas estruturais, em vez de utilizar medidas extraordinárias para conter o défice abaixo dos 3%.

Agora, e a justificar o corte efectuado hoje, o analista Trevor Cullinan cita o resultado da auditoria às contas públicas que denunciou uma situação orçamental pior do que o previsto pela S&P.

O Banco de Portugal, caso nada fosse feito para contrariar o desequilíbrio nas contas públicas com medidas adicionais, projectou um défice de 6,83% para o final deste ano. No programa do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentado em Bruxelas, o Governo prevê, para o final de 2005, um défice de 6,2%.

Para atingir este objectivo, o executivo liderado por José Sócrates implementou uma série de medidas, tais como o aumento da taxa normal do IVA de 19% para 21%.

O corte «também reflecte a maior divergência de Portugal face aos outros países com uma notação de AA, quer em termos de PIB per capita, quer em termos do défice e dos rácios de dívida pública», diz o analista Trevor Cullinan.

Apesar da degradação das contas públicas, a S&P enaltece a maior transparência, considerando que o PEC apresentado pelo Governo «transmitiu um sinal da sua intenção de contrariar o elevado défice».

Défice inferior a 3% só em 2008

Tal como o Governo, a agência prevê que só em 2008 é que o défice de Portugal volte a descer abaixo do limiar de 3% (como percentagem do PIB).

Além disso, Cullinan diz que a flexibilidade orçamental do país é cada vez menor, por força do crescimento do peso da dívida (sobre o PIB) que caminha para os 70%. Nos restantes países com a notação de «AA», e segundo a S&P, a tendência tem sido de redução deste indicador.

Ao contrário desses países, a S&P diz que o crescimento esperado na economia portuguesa não deverá ser suficiente para vir a ter um contributo positivo na redução do défice e dos rácios da dívida.

Para contrariar a tendência de agravamento do défice, a S&P avança que a larga maioria nas eleições legislativas no início do ano «poderá ser um ímpeto para as reformas no sector público».

«Mesmo que o programa delineado pelo Governo para 2005 a 2009 consiga ser um sucesso, as finanças públicas já registaram uma deterioração mais gravosa face às expectativas criadas pela S&P quando, em Outubro de 2004, colocou o "outlook" em negativo».

Após a revisão em baixa de hoje, a S&P colocou de novo a classificação da dívida com um «outlook» de «estável». A notação da dívida de curto prazo manteve-se em «A-1+».

Após o corte de hoje, a dívida nacional fica com uma notação idêntica à da Itália, que apresenta também uma notação de «AA-». No seio dos 12 países da Zona

Euro, apenas a Grécia fica com uma notação de dívida mais fraca, de «A».

Hoje, as obrigações do tesouro a 10 anos fecharam em subida, pressionando a «yield» até aos 3,096%.
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por valves » 27/6/2005 21:10

Boas é minha profunda convicção que nada destas descidas do PSI vem afastar o cenario em que este ultimo se move e que como é sabido é Bullish de longo prazo - movimento iniciado Março/Abril de 2003. As ondas que aí vêm são de Sul mas não nos fazem perder o Norte.

Um abraço

Vasco
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por Ulisses Pereira » 27/6/2005 20:04

Eu penso que a forma como o PSI tem evoluído nas últimas semanas tem muito a ver com tudo isto. Aliás, a notícia não é propriamente uma surpresa pois é o corolário lógico do que tem acontecido...

Esta notícia não altera nem reforça a minha postua bearish no curto/médio prazo no PSI e reforça a convicção que devemos estar atentos ao suporte nos 7400 pontos pois, em caso de quebra, os 7000 pontos parecem óbvios.

Um abraço,
Ulisses
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por CAFLX » 27/6/2005 19:49

Simplesmente empresas como a PTC vão forçosamente ver o seu rating reduzido também... pois como sabem nenhuma empresa pode ter rating superior ao do país...

PSI abaixo dos 7000 em breve!
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por vinas » 27/6/2005 19:47

Ulisses,

Na tua opinião que consequências pode trazer esta noticia para o nosso mercado de acções?

Vai mandar mais para baixo as acções do psi 20?

Na minha opinião o desempenho de hoje do psi20 já foi afectado por esta noticia , apesar de só ter sido divulgada depois do fecho , mas de certeza que muito boa gente já sabia .......
 
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por Ulisses Pereira » 27/6/2005 19:35

Não se pode dizer que seja uma grande surpresa, em função de tudo o que tem acontecido. Mas não deixa de ser uma má notícia. E justificado, provavelmente... :roll:

Um abraço,
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por Dark » 27/6/2005 19:33

Portugal long-term sovereign rating cut to AA- from AA by S&P
LONDON (AFX) - Standard & Poor's Ratings Services said it cut its long-term foreign and local currency sovereign credit ratings on Portugal to AA- from AA after the government's audit of public finances revealed a worse fiscal position than previously disclosed.

At the same time, S&P affirmed the A-1+ short-term ratings on Portugal. The outlook is stable.

The administration estimates an increase in the general government deficit to 6.2 pct of GDP in 2005, up from the previous government's estimate of 2.8 pct.

Even so, said S&P, transparency has been enhanced, and the government's stability and growth program has sent a positive signal about its intention to tackle the large fiscal deficit.

S&P expects the deficit to remain above 3 pct of GDP at least until 2008. Moreover, fiscal flexibility will be reduced by the continued upward trajectory in the debt burden toward 70 pct of GDP. This compares unfavourably with the downward path for general government debt in the 'AA' median.

Mitigating this, however, will be the government's drive to increase tax productivity and curtail primary expenditures. The strong majority won by the Socialist government in early 2005 could be translated into an impetus for reform of the public sector.

The economy is expected to post only modest growth in the coming years, much weaker than that in the AA peer group. As a result, nominal GDP growth is unlikely to provide any significant positive contribution to a reduction in the general government deficit and debt ratios.

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por GAB » 27/6/2005 19:29

Standard & Poor’s baixa notação de dívida da República Portuguesa
27-06-2005 18:21 por Canal de Negócios
Portugal iguala «rating» da Itália Standard & Poor’s baixa notação de dívida da República Portuguesa
A agência de notação financeira Standard & Poor’s reviu hoje em baixa a classificação de dívida de longo prazo da República Portuguesa de «AA» para «AA-». Portugal fica com uma qualidade de dívida idêntica à da Itália e, na Zona Euro, apenas superior à da Grécia.

A Standard & Poor’s (S&P) desceu hoje a notação de dívida de longo prazo da República Portuguesa de «AA» para «AA-».

A agência, em Outubro do ano passado, tinha baixado o «outlook» para «negativo», dando a entender que poderia vir a cortar a notação.

Na altura, a S&P alertava para o crescimento da despesa pública e dizia que Portugal devia acelerar as reformas estruturais, em vez de utilizar medidas extraordinárias para conter o défice abaixo dos 3%.

Após a revisão em baixa de hoje, a S&P colocou de novo a classificação da dívida com um «outlook» de «estável».

Após o corte de hoje, a dívida nacional fica com uma notação idêntica à da Itália, que apresenta também uma notação de «AA-». No seio dos 12 países da Zona Euro, apenas a Grécia fica com uma notação de dívida mais fraca, de «A».
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S&P reduz em baixa o rating de Portugal

por Ulisses Pereira » 27/6/2005 19:21

Segundo a SIC Notícias, a Standard and Poors, reduziu o rating da dívida pública portuguesa. Bad news...

Um abraço,
Ulisses
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