E que tal voltar ao escudo?
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Ora boas tardes quanto a voltar ao escudo penso que essa questão não se coloca. Coloca-se é se sim é não entramos cedo demais numa união economica monetaria para o qual o nosso tecido industrial não estava preparado acho mesmo que foi uma verdadeira terapia de choque para a economia nacional. Que no futuro vai dar frutos talvez ( também não é certo ) que nos entretantos está a fazer mossa isso é certo ! Podemos dizer que estariamos a pagar mais juros com a moeda antiga ( talvez ) mas também é verdadade que a integração monetaria tinha varios patamares e o facto de não se ter entrado no Euro não quer dizer que pura e simplesmente os outros patamares de integração fossem pura e simplesmente mantidos no saco. O que é certinho é que o custo de vida se agravou consideravelmente com a adesão isso não é teoria é um facto e tal como os juros da divida o aumento do custo de vida também afecta o rendimento disponivel. e com as exportações a não descolarem resta-nos uma unica arma para puxar a locomativa economica - O forte investimento em obras publicas que se avizinham - Colocar a questão se estavamos preparados para entrar no Euro quando entramos não só é sensato como inteligente. Só os estupidos e intelectualmente limitados é que não se questionam se o timing de entrada foi o correcto ... Para entrar no clube dos países com moeda forte era preciso outro capital humano que infelizmente ainda vai demorar uns anos a formarem-se.
Um abraço
Vasco
Um abraço
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Claro que este artigo era bem irónico, por isso deu para sorrir.
Mas falando sério: quem quer regressar ao escudo?
Só quem não se habituou às contas. Ou quem conhece pouco de Finanças.
O regresso ao escudo num quadro de défice excessivo significa:
Descolagem entre os baixos juros praticados pelo mercado e os juros de um país isolado e periférico.
O aumento dos juros para Portugal ia alimentar o próprio défice.
Teríamos a tentação de monetizar o défice, com consequências brutais ao nível da inflação.
Tentação de desvalorizar a moeda para aumentar a competitividade externa, mas outras coisas iam aumentar primeira.
Alguém aí quer gasosa a 260 paus o litro ???
Inflação elevada ia explodir de vez com os mercados financeiros nacionais, bem como deprimir o mercado imobiliário !!
E acho melhor parar por aqui... mas podia falar muito.
Abraço
djovarius
Mas falando sério: quem quer regressar ao escudo?
Só quem não se habituou às contas. Ou quem conhece pouco de Finanças.
O regresso ao escudo num quadro de défice excessivo significa:
Descolagem entre os baixos juros praticados pelo mercado e os juros de um país isolado e periférico.
O aumento dos juros para Portugal ia alimentar o próprio défice.
Teríamos a tentação de monetizar o défice, com consequências brutais ao nível da inflação.
Tentação de desvalorizar a moeda para aumentar a competitividade externa, mas outras coisas iam aumentar primeira.
Alguém aí quer gasosa a 260 paus o litro ???
Inflação elevada ia explodir de vez com os mercados financeiros nacionais, bem como deprimir o mercado imobiliário !!
E acho melhor parar por aqui... mas podia falar muito.
Abraço
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
E que tal voltar ao escudo?
8 Junho 2005 13:59
Eduardo Moura
E que tal voltar ao escudo?
emoura@mediafin.pt
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Freitas do Amaral dança. De cada vez que chega um bruá europeu, o ministro dá uma pirueta. Se os fundos comunitários baixam, bate um sapateado. Se franceses e holandeses chumbam o Tratado e o reino de sua majestade suspende o referendo, então é hora de rock n‘ roll.
José Sócrates que entenda bem esta crítica, pois quem, senão ele, estava fascinado pela personalidade do professor? Quem, senão ele, entendeu que o célebre artigo que convocava Bush e Hitler para o mesmo plano, era revelador de uma personalidade hiper dotada para a pasta dos Negócios Estrangeiros?
É pena que o primeiro-ministro se tenha deixado encantar. Porque se há esfera onde Portugal tem sido regularmente competente é nos Negócios Estrangeiros. Porém, já no governo de Durão Barroso, com Martins da Cruz, entrámos no domínio do esotérico.
E, no caso de Freitas do Amaral, José Sócrates não pode vir acusar-nos de tentativa de «assassinato de carácter». Porque, verdadeiramente, trata-se apenas de um suicídio político para o qual Portugal não pode ser arrastado.
Um ministro que, ainda antes do referendo holandês, já falava de «massacre» do projecto europeu e que, no mesmo dia, entendia que o país que viesse a bloquear uma posição consensual sobre a resposta a dar aos «nãos» «pensa em abandonar a curto prazo o projecto europeu», não é um ministro dos Estrangeiros.
Este ministro do Esotérico, garantia há poucas semanas que Portugal utilizaria o direito de veto, impedindo qualquer conclusão das Perspectivas Financeiras, caso os «interesses nacionais» não fossem defendidos. Este ministro acha agora, pessoalmente, que se «este Tratado não funciona, vamos fazer outro». Isto quando o presidente da república, PS e PSD entendem, sem margem para dúvida, que Portugal deve referendar o Tratado no próximo mês de Outubro.
Deveremos ainda ficar surpreendidos se Freitas do Amaral, seguindo o esoterismo italiano, vier defender o regresso ao escudo? Sim, mas apenas porque isso significará que José Sócrates não pôs travão ao disparate
Eduardo Moura
E que tal voltar ao escudo?
emoura@mediafin.pt
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Freitas do Amaral dança. De cada vez que chega um bruá europeu, o ministro dá uma pirueta. Se os fundos comunitários baixam, bate um sapateado. Se franceses e holandeses chumbam o Tratado e o reino de sua majestade suspende o referendo, então é hora de rock n‘ roll.
José Sócrates que entenda bem esta crítica, pois quem, senão ele, estava fascinado pela personalidade do professor? Quem, senão ele, entendeu que o célebre artigo que convocava Bush e Hitler para o mesmo plano, era revelador de uma personalidade hiper dotada para a pasta dos Negócios Estrangeiros?
É pena que o primeiro-ministro se tenha deixado encantar. Porque se há esfera onde Portugal tem sido regularmente competente é nos Negócios Estrangeiros. Porém, já no governo de Durão Barroso, com Martins da Cruz, entrámos no domínio do esotérico.
E, no caso de Freitas do Amaral, José Sócrates não pode vir acusar-nos de tentativa de «assassinato de carácter». Porque, verdadeiramente, trata-se apenas de um suicídio político para o qual Portugal não pode ser arrastado.
Um ministro que, ainda antes do referendo holandês, já falava de «massacre» do projecto europeu e que, no mesmo dia, entendia que o país que viesse a bloquear uma posição consensual sobre a resposta a dar aos «nãos» «pensa em abandonar a curto prazo o projecto europeu», não é um ministro dos Estrangeiros.
Este ministro do Esotérico, garantia há poucas semanas que Portugal utilizaria o direito de veto, impedindo qualquer conclusão das Perspectivas Financeiras, caso os «interesses nacionais» não fossem defendidos. Este ministro acha agora, pessoalmente, que se «este Tratado não funciona, vamos fazer outro». Isto quando o presidente da república, PS e PSD entendem, sem margem para dúvida, que Portugal deve referendar o Tratado no próximo mês de Outubro.
Deveremos ainda ficar surpreendidos se Freitas do Amaral, seguindo o esoterismo italiano, vier defender o regresso ao escudo? Sim, mas apenas porque isso significará que José Sócrates não pôs travão ao disparate
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