Valor do défice é de 6,83% do PIB
Comissão Constâncio
Constâncio quer “programa credível” para corrigir contas
Bruno Proença
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, quer que o Executivo socialista apresente um “programa convincente e credível” para colocar novamente o défice orçamental português num valor abaixo dos 3% do PIB nos próximos três anos.
Na conferência de imprensa de divulgação do relatório da comissão para a análise da situação orçamental - que prevê um défice para este ano de 6,8% do produto, se não forem adoptadas medidas -, Vítor Constâncio passa a responsabilidade para o lado do Governo, pedindo-lhe que divulgue medidas “que convençam os mercados financeiros” e que resolvam os desequilíbrios das finanças públicas. Ou seja, o governador deu uma nota de preocupação sobre a possibilidade das agências de ‘rating’ baixarem a sua avaliação para Portugal.
O responsável pelo banco central não quis avançar que medidas concretas podem ser adoptadas, “uma vez que não fazia parte das funções da comissão”. Ainda assim, deixou uma série de caminhos possíveis, sendo o mais significativo a possível subida dos impostos. “São necessárias medidas do lado da receita”, afirmou Vítor Constâncio, uma vez que as soluções do lado da despesa deverão ser insuficientes. É preciso reduzir os gastos públicos, “mas as despesas correntes têm um elevado grau de rigidez”, pelo que necessitam de reformas estruturais para baixarem, contudo os efeitos apenas se sentirão no futuro.
Mesmo assim, o governador sublinha a necessidade de que o programa a apresentar pelo Governo contemple a redução da despesa, já que esta tem crescido acima do produto. Assim, o Executivo terá de actuar sobre a Administração Pública, “não chegando reorganizá-la”.
Vítor Constâncio afirmou ainda que o Governo terá de reduzir o défice orçamental ainda este ano, recusando-se, porém, a quantificar a diminuição do saldo orçamental que deverá ocorrer em 2005. Para isto, o governador do Banco de Portugal admite que o Executivo recorra a receitas extraordinárias, à semelhança do que fizeram os governos de coligação de direita, mas as medidas temporárias “terão de ser em menor dimensão” e integradas no tal programa que identifique o caminho a seguir para reduzir o défice.
De resto, o governador voltou a apelar a um consenso alargado “que apoie a necessidade de consolidação orçamental durante os próximos anos”. “Com serenidade, devemos pôr o interesse do país em primeiro lugar”, sublinhou.
Constâncio quer “programa credível” para corrigir contas
Bruno Proença
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, quer que o Executivo socialista apresente um “programa convincente e credível” para colocar novamente o défice orçamental português num valor abaixo dos 3% do PIB nos próximos três anos.
Na conferência de imprensa de divulgação do relatório da comissão para a análise da situação orçamental - que prevê um défice para este ano de 6,8% do produto, se não forem adoptadas medidas -, Vítor Constâncio passa a responsabilidade para o lado do Governo, pedindo-lhe que divulgue medidas “que convençam os mercados financeiros” e que resolvam os desequilíbrios das finanças públicas. Ou seja, o governador deu uma nota de preocupação sobre a possibilidade das agências de ‘rating’ baixarem a sua avaliação para Portugal.
O responsável pelo banco central não quis avançar que medidas concretas podem ser adoptadas, “uma vez que não fazia parte das funções da comissão”. Ainda assim, deixou uma série de caminhos possíveis, sendo o mais significativo a possível subida dos impostos. “São necessárias medidas do lado da receita”, afirmou Vítor Constâncio, uma vez que as soluções do lado da despesa deverão ser insuficientes. É preciso reduzir os gastos públicos, “mas as despesas correntes têm um elevado grau de rigidez”, pelo que necessitam de reformas estruturais para baixarem, contudo os efeitos apenas se sentirão no futuro.
Mesmo assim, o governador sublinha a necessidade de que o programa a apresentar pelo Governo contemple a redução da despesa, já que esta tem crescido acima do produto. Assim, o Executivo terá de actuar sobre a Administração Pública, “não chegando reorganizá-la”.
Vítor Constâncio afirmou ainda que o Governo terá de reduzir o défice orçamental ainda este ano, recusando-se, porém, a quantificar a diminuição do saldo orçamental que deverá ocorrer em 2005. Para isto, o governador do Banco de Portugal admite que o Executivo recorra a receitas extraordinárias, à semelhança do que fizeram os governos de coligação de direita, mas as medidas temporárias “terão de ser em menor dimensão” e integradas no tal programa que identifique o caminho a seguir para reduzir o défice.
De resto, o governador voltou a apelar a um consenso alargado “que apoie a necessidade de consolidação orçamental durante os próximos anos”. “Com serenidade, devemos pôr o interesse do país em primeiro lugar”, sublinhou.
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Não sei se viram o programa da RTP hoje com apresentação/moderação da Fátima Campos Ferreira!?enfim sempre os mesmos a dizer as mesmas coisas e depois...nada!!!
Estavam lá muitos dos ex-ministros das finanças mas ninguém é responsável por nada, este problema parece que surgiu agora de um dia para o outro... se calhar foi por causa do Benfica ser campeão?!
Enfim, pelo menos agora, mais do que nunca, este governo tem a obrigação de não ter desculpas no futuro, tem maioria absoluta e vai lá estar pelo menos 4 anos...
Enfim, no fundo já todos estávamos à espera disto, o discurso do "ai jesus, que isto está muito pior do que imaginávamos" já é recorrente... infelizmente!
Estavam lá muitos dos ex-ministros das finanças mas ninguém é responsável por nada, este problema parece que surgiu agora de um dia para o outro... se calhar foi por causa do Benfica ser campeão?!
Enfim, pelo menos agora, mais do que nunca, este governo tem a obrigação de não ter desculpas no futuro, tem maioria absoluta e vai lá estar pelo menos 4 anos...
Enfim, no fundo já todos estávamos à espera disto, o discurso do "ai jesus, que isto está muito pior do que imaginávamos" já é recorrente... infelizmente!
Amigo Valves...
... é o que nos vai suceder dentro de 10 anos, se até lá não fizermos um recuo perante a Comunidade. E tenham juizo perante a Constituição a que nos querem submeter. A lucidez e a coragem dever-nos-á unir num objectivo: RECUSAR DESTINOS, que o coração e a boca rejeitam.
...
A seriedade aponta para uma unica decisão, entretanto, a UNICA: O Partido Socialista, agora governo, limite e afronte os desígnios sancionatórios de Bruxelas, assumindo o defice à razão dos Portugueses.Significa que assumiremos tal, mas a INFLECTIR em 10 anos, sem pôr em causa o investimento, o emprego, a proteção social, o consumo e os que tentam ser menos pobres!
...
R.d.O
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A seriedade aponta para uma unica decisão, entretanto, a UNICA: O Partido Socialista, agora governo, limite e afronte os desígnios sancionatórios de Bruxelas, assumindo o defice à razão dos Portugueses.Significa que assumiremos tal, mas a INFLECTIR em 10 anos, sem pôr em causa o investimento, o emprego, a proteção social, o consumo e os que tentam ser menos pobres!
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R.d.O
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Epá esclareçam-me se faz favor ....
Mas alguém acredita que o nosso PIB previsto para 2005 se cifre em 140 000 Milhões de euros, olhem, os nuestros hermanos quando cá veeêm ficam embasbacados com parque habitacional e automóvel do pobre País á beira mar plantado. Para mim o verdadeiro problema deste indicador está no lado do denominador falseado pela evasão fiscal fruto da economia paralela e subterrãnea. Somem lá mais 28 000 milhões de euros ao pib e se calhar chegamos á bonita conclusão que a Economia Portuguesa é se calhar a que está em melhor desempenho neste critério.
Xanax
Cumps
Cumps
Re
Hoje metade do país ainda está a festejar.
Ou melhor está de ressaca.
Amanhã é que acordam para o deficit.
Ainda vou ver a Manuela com um altar nos Jerónimos...
Era mesmo uma santinha pois só nos fez apertar um furo no cinto.
JAS
Ou melhor está de ressaca.
Amanhã é que acordam para o deficit.
Ainda vou ver a Manuela com um altar nos Jerónimos...
Era mesmo uma santinha pois só nos fez apertar um furo no cinto.
JAS
Resta saber qual é o critério que presidiu ao calculo do respectivo Defice embora também é verdade que há 1o anos atrás tivemos o defice neste nivel. A situação é grave Portugal ameaça tornar -se numa especie de Argentina que cometeu a borregada de indexar a sua moeda ao dolar o que simplesmente afundou o país para a bancarrota. Nós cometemos uma borregada parecida foi adoptarmos uma moeda forte quando está mais do que visto que não estavamos preparados. Grande estupidez que nos está a custar muito caro. aliás o que marca a perda do poder de compra dos portugueses foi a mudança de moeda foi apartir daí que muitos salarios mensais deixaram de ser suficientes para as despesas. A inflacção das estatisticas está muito longe de ser a inflacção real. Grandes estupidos estes politicos não há nada a fazer para brilharem em bruxelas lixaram o povo - Grandes estupidos !
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Então o problema...
... é orçamental!
Os vários ministérios, fizeram um balanço rectificativo, com a comissão a apurar um valor.
E as câmaras municipais? serão de novo os funcionários públicos a suportar a despesa acessória das várias instituições e sectores administrativos do Estado, a custear campanhas autárquicas, o não investimento, a fuga aos impostos, a recessão económica, a competividade chinesa, úma desvalorização da moeda que o não pode ser?
...
Sejam as medidas as que forem, lamento escrever, mas não há solução para o problema, dentro do quadro comunitário.
Só INDEPENDENTES da tutela Euro, seremos NÓS, com a nossa moeda e a nossa mestria, um assumir matriz cigano e criativo da nossa individualidade perante o desafio.
...
R.d.O
Os vários ministérios, fizeram um balanço rectificativo, com a comissão a apurar um valor.
E as câmaras municipais? serão de novo os funcionários públicos a suportar a despesa acessória das várias instituições e sectores administrativos do Estado, a custear campanhas autárquicas, o não investimento, a fuga aos impostos, a recessão económica, a competividade chinesa, úma desvalorização da moeda que o não pode ser?
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Sejam as medidas as que forem, lamento escrever, mas não há solução para o problema, dentro do quadro comunitário.
Só INDEPENDENTES da tutela Euro, seremos NÓS, com a nossa moeda e a nossa mestria, um assumir matriz cigano e criativo da nossa individualidade perante o desafio.
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R.d.O
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Para terem uma ideia da gravidade deste valor, isto significa que em cada 14 anos, Portugal pede emprestado 100% do PIB... isto é incomportável no curto/médio prazo qto mais no longo prazo como acontecido nos últimos anos (lembrem-se que qdo o Guterres se foi embora o déficit estava perto dos 5%).
Este governo tem uma carta branca para tomar (quase) todas as decisões que achar necessárias. Caso contrário é possível que Portugal entre em falência técnica nos próximos anos (depois da venda dos jerónimos e da torre dos clérigos).
Um abraço
Nuno
Este governo tem uma carta branca para tomar (quase) todas as decisões que achar necessárias. Caso contrário é possível que Portugal entre em falência técnica nos próximos anos (depois da venda dos jerónimos e da torre dos clérigos).
Um abraço
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Valor do défice é de 6,83% do PIB
Valor do défice é de 6,83% do PIB
Conselho de Ministros extraordinário reúne amanhã
O governador do Banco de Portugal entregou esta manhã o relatório sobre a situação das contas públicas. O Ministro das Finanças, Campos e Cunha, anunciou cerca do meio-dia que o défice do Estado português é de 6,83 por cento do Produto Interno Bruto.
Vítor Constâncio chegou pouco depois das 10h30 a São Bento onde foi entregar a José Sócrates o relatório acerca do estado das contas públicas. Presentes estiveram também o Ministro das Finanças, Campos e Cunha, e o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.
Cerca do meio-dia, Campos e Cunha anunciava oficialmente as conclusões do relatório da equipa de Vítor Constâncio. O ministro de Estado e das Finanças anunciou ainda que o primeiro-ministro convocou um conselho de ministros extraordinário para amanhã.
"Para este ano de 2005, o relatório aponta para um défice de 6,83 por cento - um valor que é o maior da zona euro", revelou Campos e Cunha em comunicado, lido perante os jornalistas, mas sem direito a perguntas.
"A situação orçamento é, portanto, mais difícil do que se esperava", advertiu o titular da pasta da Finanças do executivo socialista. Campos e Cunha garantiu que o Governo "tem vindo a trabalhar na resposta" ao problema do défice "e está preparado para enfrentar a situação".
"Tomaremos as medidas adequadas para ultrapassar a actual crise orçamental, por forma a criar as condições para que a economia portuguesa possa retomar um caminho de crescimento económico", referiu ainda o ministro de Estado e das Finanças, sem no entanto especificar que medidas o executivo tenciona tomar para conter o défice.
Na declaração lida aos jornalistas, Campos e Cunha salientou que o primeiro-ministro já informou o Presidente da República sobre as conclusões do relatório da comissão e que também "decidiu convocar os partidos políticos e os parceiros sociais", a quem ainda hoje pretende entregar o relatório da comissão liderada pelo governador do Banco de Portugal.
http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinh ... defice.htm
Uma questão para eu ver se percebo isto, quais os valores que originaram isto?
Conselho de Ministros extraordinário reúne amanhã
O governador do Banco de Portugal entregou esta manhã o relatório sobre a situação das contas públicas. O Ministro das Finanças, Campos e Cunha, anunciou cerca do meio-dia que o défice do Estado português é de 6,83 por cento do Produto Interno Bruto.
Vítor Constâncio chegou pouco depois das 10h30 a São Bento onde foi entregar a José Sócrates o relatório acerca do estado das contas públicas. Presentes estiveram também o Ministro das Finanças, Campos e Cunha, e o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.
Cerca do meio-dia, Campos e Cunha anunciava oficialmente as conclusões do relatório da equipa de Vítor Constâncio. O ministro de Estado e das Finanças anunciou ainda que o primeiro-ministro convocou um conselho de ministros extraordinário para amanhã.
"Para este ano de 2005, o relatório aponta para um défice de 6,83 por cento - um valor que é o maior da zona euro", revelou Campos e Cunha em comunicado, lido perante os jornalistas, mas sem direito a perguntas.
"A situação orçamento é, portanto, mais difícil do que se esperava", advertiu o titular da pasta da Finanças do executivo socialista. Campos e Cunha garantiu que o Governo "tem vindo a trabalhar na resposta" ao problema do défice "e está preparado para enfrentar a situação".
"Tomaremos as medidas adequadas para ultrapassar a actual crise orçamental, por forma a criar as condições para que a economia portuguesa possa retomar um caminho de crescimento económico", referiu ainda o ministro de Estado e das Finanças, sem no entanto especificar que medidas o executivo tenciona tomar para conter o défice.
Na declaração lida aos jornalistas, Campos e Cunha salientou que o primeiro-ministro já informou o Presidente da República sobre as conclusões do relatório da comissão e que também "decidiu convocar os partidos políticos e os parceiros sociais", a quem ainda hoje pretende entregar o relatório da comissão liderada pelo governador do Banco de Portugal.
http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinh ... defice.htm
Uma questão para eu ver se percebo isto, quais os valores que originaram isto?
