Caldeirão da Bolsa

Millennium bcp não rejeita crescer pela via das aquisições

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 21/5/2005 2:21

Se PS recusar medidas duras
Campos e Cunha pode sair

Alterar tamanho
CAMPOS e Cunha não está disposto a abdicar do conjunto de medidas que considera absolutamente indispensáveis para combater o descontrolo das finanças públicas. O ministro das Finanças tem reiterado aos seus mais próximos colaboradores que prefere sair do Governo a deixar cair as suas propostas para fazer face ao défice orçamental, que, segundo a Comissão Constâncio, se situa pouco aquém dos 7%.


A resposta do Governo «não vai ser com paliativos», garante uma fonte governamental, recusando-se a considerar sequer a hipótese de saída do ministro das Finanças. Mas a tensão no interior do Executivo é iniludível, com o próprio primeiro-ministro a ter de coordenar uma missão quase impossível: acertar as draconianas medidas de Campos e Cunha com os compromissos eleitorais de que a ala mais à esquerda do partido não parece disposta a abdicar.


Ainda na última reunião do grupo parlamentar socialista, foram várias as vozes que contestaram a eventual adopção de medidas como a alteração do regime do subsídio de desemprego e a introdução de portagens nas Scut. O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, sossega porém os seus correligionários: «A marca social da governação do PS vai continuar a estar presente», assegura.


Entretanto, o EXPRESSO apurou que o relatório da Comissão presidida pelo governador do Banco de Portugal deverá ser divulgado na segunda-feira. O pacote final de resposta que o Governo ainda está a avaliar deverá ser apresentado pouco depois, podendo ser divulgado no debate mensal de José Sócrates com os deputados, na próxima quarta-feira.
 
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por marafado » 21/5/2005 2:09

EDP a mudar no Brasil enquanto está parada em Portugal

Helena Garrido com Elisabete Miranda e Herminio Santos


Depois do entusiasmo inicial com a reestruturação do sector da energia, seguiu-se o fracasso das mudanças e a EDP regressou a valores pouco animadores, na bolsa. Ontem fechou a 2,09 euros.

A falta de clareza quanto ao seu futuro pode ser uma das razões desta descida.

A ausência de uma mensagem clara sobre a eléctrica em Portugal, contrasta com o activismo no Brasil. Já concretizou a reorganização das suas participações no Brasil, concentrando-as numa sociedade gestora de participações sociais, a Energias do Brasil, onde vão estar os accionistas das outras companhias.

Uma das grandes vantagens desta reorganização é concentrar numa única entidade todos os parceiros da EDP, reduzindo os recursos necessários para gerir as eléctricas. Além disso, e mais importante ainda, é a criação de dimensão.

A nova participada, pela dimensão que tem, reúne condições para levantar mais recursos junto do mercado de capitais, reduzindo assim o custo do financiamento.

Neste momento a EDP detém 69,3%. na “holding”, posição que pode diminuir nesta fase de aumento de capital por via de uma oferta pública de venda. Com esta operação, a Energias do Brasil vai passar a ser cotada no novo mercado da Bolsa de São Paulo. Um mercado que é mais exigente em matéria de informação e de governo das sociedades.

Com o aumento de capital, de 200 milhões de euros, a EDP pretende expandir a sua actividade no Brasil.

Apesar de todos os problemas, a aposta no Brasil, tal como agora o está a fazer a TAP, constitui uma das poucas vias de crescimento de empresas portuguesas que queiram entrar no mercado global.

Valia a pena que, em Portugal, não se fossem adiado decisões.
 
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por marafado » 21/5/2005 2:06

BCP reduz pessoal

Pedro Aperta/Jornal de Negócios

Subir a rendibilidade dos capitais próprios é um dos objectivos
O Millennium BCP, que empregava 16 099 trabalhadores em 2000, terminou o ano de 2004 com cerca de 12 500 (redução de 3500 postos de trabalho aproximadamente).






A revelação foi feita ontem, dia que o maior grupo financeiro privado português dedicou ao investidor. De 2006 a 2008, a instituição presidida por Paulo Teixeira Pinto deve continuar a diminuir o quadro de trabalhadores efectivos.

Outro objectivo é reduzir os custos, que devem crescer dois por cento abaixo da taxa de inflação até 2008. Em 2004, os custos operacionais do BCP totalizaram 1,119 mil milhões de euros. Em 2008, tais custos rondarão os 1,2 milhões de euros, mas atingiriam 1,35 mil milhões de euros se não existisse essa redução.

Com o corte nos custos e a previsão de um lucro superior a 300 milhões de euros até 2006, o BCP vai melhorar a rendibilidade dos capitais próprios. No próximo ano, os capitais próprios devem crescer 23 por cento, mais 1,9 por cento que em 2004.
Ayala Monteiro
 
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por marafado » 21/5/2005 2:03

comentário cambial
Euro cai com "não" francês



O euro caiu ontem para 1,2552 dólares, o valor mais baixo dos últimos sete meses, depois de uma nova sondagem revelar que 53% dos franceses irá votar contra a Constituição Europeia e que na Holanda o "não" será ainda mais expressivo. Os investidores estão relutantes em comprarem euros, uma vez que o 'não' será um forte revés no processo de integração europeia. "Os mercados começam a questionar-se para onde os políticos nos irão levar a seguir", defende Adarsh Sinha, analista do Barclays Capital. Para além da crise política, a moeda única está também a ser penalizada pelos indicadores de que a economia europeia, ao contrário dos Estados Unidos, continua a arrefecer, colocando o BCE sob pressão para baixar ainda mais as taxas de juro. Uma medida que Rodrigo Rato, o director-geral do FMI, voltou ontem a defender. Neste cenário, muitos analistas prevêem que o euro venha a cair ainda mais, embora o mercado esteja atento aos indicadores dos EUA que vão ser divulgados na próxima semana.
 
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por marafado » 21/5/2005 2:02

bolsa de valores
comentário
A maior subida desde 13 de Abril



A Bolsa portuguesa ganhou ontem 0,83%, a maior subida desde 13 de Abril, impulsionada pela forte valorização das acções da EDP, Portugal Telecom e Sonae SGPS.

Com os investidores à espera dos resultados trimestrais (na terça-feira), as acções da EDP recuperaram ontem 1,91%, no dia em que a participada espanhola Hidrocantábrico anunciou um investimento de 180 milhões de euros para a construção de uma central de ciclo combinado.

A PT subiu 1,82%, uma vez que a próxima sessão é a última em que as acções terão direito a dividendos, enquanto a Sonae SGPS valorizou 2,52%, depois de anunciado um investimento de 150 milhões de euros para reforçar a sua posição na Modelo Continente.

Em alta estiveram também a Brisa (+0,93%) e as empresas de media Impresa (+1,92%), Cofina (+0,96%) e Media Capital (+1,63%), esta última impulsionada pelos rumores de que a Telecinco está interessada em entrar no capital da empresa.

A subida da Bolsa só não foi mais expressiva por culpa dos bancos - o BPI caiu 0,64% e o BCP recuou 0,47%, devido à falta de notícias animadoras e metas concretas para os lucros durante o Dia dos Investidores.
 
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por marafado » 21/5/2005 2:01

Brasileira Vivo tem novos líderes



A Portugal Telecom e a espanhola Telefónica anunciaram ontem os novos responsáveis da Vivo, operadora de comunicações móveis no Brasil que constitui uma joint venture entre as duas empresas. Roberto de Oliveira Lima substituirá o português Francisco Padinha na presidência da comissão executiva da Vivo. Por seu lado, Fernando Xavier Ferreira foi nomeado presidente do conselho de administração da Brasilcel (holding que controla as operadoras do grupo Vivo).

Roberto de Oliveira Lima ocupava até agora a presidência da Credicard, enquanto Fernando Xavier Ferreira, que sucede a Felix Ivorra, era actualmente presidente da Telefónica no Brasil.

Para os accionistas dos grupos Portugal Telecom e Telefónica, "a nomeação de executivos brasileiros para os mais altos cargos de gestão da Vivo traduz um passo significativo na consolidação da empresa, fazendo com que a maior prestadora de serviços móveis do hemisfério sul se torne cada vez mais brasileira", divulgou a Vivo em comunicado.

Na conferência de apresentação dos novos gestores, Miguel Horta e Costa, presidente executivo da Portugal Telecom, afirmou que a relação entre as duas empresas é um exemplo de parceria bem sucedida a nível mundial. César Alierta, presidente do conselho de administração da Telefónica, destacou que as relações entre a PT e a empresa que dirige são "excelentes".

Horta e Costa realçou igualmente que o mercado brasileiro tem "um potencial bastante grande" de crescimento e que deverá passar dos actuais 70 milhões para cem milhões de utilizadores, nos próximos anos.

A Vivo possui 28 milhões de clientes no Brasil.
 
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Millennium bcp não rejeita crescer pela via das aquisições

por marafado » 21/5/2005 2:00

Millennium bcp não rejeita crescer pela via das aquisições

Banco quer reduzir custos e reequaciona todas as posições fora da Grécia e Polónia



O Millennium bcp não exclui nenhuma hipótese de crescer pe- la via das aquisições, se surgir uma oportunidade. Prevendo um aumento das operações de concentração cross border ao longo deste ano, Paulo Teixeira Pinto refere que "o BCP não participará em nenhum processo de M&A (fusão e aquisição) em que não tenha uma posição dominante".

Falando aos jornalistas à margem do Investor Day, o encontro anual com os analistas financeiros, o presidente do Millennium bcp refere que o banco não terá uma atitude pró-activa, na procura de oportunidades. "Sinto que também posso ter vantagens em crescer. Temos meios, estratégia e recursos", acrescenta, adiantando que a prioridade é o crescimento orgânico.

Neste sentido, o BCP vai continuar a sua política de redução de custos em Portugal, apresentando ontem aos analistas o objectivo de que estes cresçam 2% abaixo da inflação até 2008. Aos jornalistas, por seu lado, Teixeira Pinto afirmou que se mantêm as metas traçadas para 2006. A redução de custos poderá passar pela dispensa de efectivos.

O banco está a proceder à integração de alguns serviços, que passam a ser comuns às três instituições do grupo Millennium bcp, Millennium Bank e Nova Bank. Para já, os três bancos passam a dispor de um sistema informático comum, prevendo-se para breve a integração de áreas como a auditoria e análise de risco.

Estes três mercados - Portugal, Polónia e Grécia - são considerados "domésticos" para o banco, salienta o seu presidente. Todas as outras participações estão a ser revistas, procurando detectar-se oportunidades de venda que resultem em alocação de capital para os mercados core. No entanto, Paulo Teixeira Pinto não adianta quais as operações a desinvestir.

Quanto à EDP, a única participação não financeira do BCP, o seu presidente diz que aguarda pela decisão do Governo sobre o futuro do sector energético. "Aceitamos qualquer modelo, desde que não retire valor à empresa", explicou. Quanto a vender esta posição, o presidente do BCP diz que tal só acontecerá se se alterarem os pressupostos que levaram à parceria.
 
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