Acabou-se a lua-de-mel
Re: 30% dos "f.p." estão a mais....!!!!!
mcarvalho Escreveu:Concordo Pedrinho mas, quais 30%?
Coragem????!!! Os que deviam ter coragem são precisamente os 30% que estão a mais!!!
abraço
mcarvalho
Pois, mas esse 30% queixam-se mas não saem
Quantos funcionários existem a mais em Universidades públicas? Quantos Oficiais quer no ramo das Forças Armadas e nas outras ganham milhares de euros e não produzem riquesa para o País?
Quanto recebem determinados jornalistas quer da RTP e da RDP? O que são afinal as "fundações"? Quem as patrocina? Quem são as pessoas que estão à frente? De onde vêm? Para que servem os Centros de Emprego? Quantos funcionários têm? Quanto ganham? Quem os paga o FSE? Se sim, e depois quando acabarem os fundos?
Muitas questões e muitas respostas "mentais" mcarvalho, e todos nós sabemos o que realmente deveria ser feito mas não há coragem e um dia vai haver mas de uma forma provavelmente "errada", como aconteceu em tempos noutros Países e recentemente na Argentina, "eles andaram muito tempo a serem distraídos com aquilo que gostavam o futebol" mas um dia acordaram e foi o que se viu.
Eu muitas vezes saio de casa e tenho os meus filhos a dormir e chego a casa e eles já estão na cama, é um trabalho duro este de estar na "privada", e pergunto-me muitas vezes se não seria melhor estar na pública a ganhar "metade" mas com uma vidinha muito mais descansada e com mais horas para a familia, e é esta pergunta a que muitos funcionários públicos já se devem ter perguntado a eles mesmos e optaram por não sair de lá
HAJA CORAGEM.
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Estou farto de pensar nesta história de defice......, e vejo isto como que se o Gerente (administrador, etc) de um banco, acabado de chegar ao cargo viesse ter comigo a dizer: afinal houve um engano e a sua divida não é de 50 como temos vindo a comunicar nos extratos, mas de 100 porque uma comissão independente bla bla bla, bla bla bla, bla bla bla...
Boas notícas, temos reviravolta dramática! Acabou a lua-de-mel, mas seguimos para festa..
JPP
POBRE PAÍS , O NOSSO : COMEÇOU A FESTA
Já se começou a perceber como o governo Sócrates vai actuar: está em curso uma operação de propaganda e condicionamento a propósito do número do défice, destinada a abrir caminho a medidas que não tocam no essencial da despesa pública aumentando mais uma vez a carga fiscal; tomou-se mais uma medida típica do nosso mundo de redomas proteccionistas selectivas, a inspecção às lojas chinesas (quantos restaurantes portugueses ficariam abertos se houvesse uma massiva inspecção sanitária?); e avançou-se com uma medida perigosa, a nacionalização de parte de uma empresa estrangeira, oferecendo ao estado uma fábrica de comboios, enviando um preocupante sinal aos investidores estrangeiros e abrindo uma nova frente de despesismo. Começou a festa, o mau governo.
in Abrupto http://abrupto.blogspot.com/
JPP
POBRE PAÍS , O NOSSO : COMEÇOU A FESTA
Já se começou a perceber como o governo Sócrates vai actuar: está em curso uma operação de propaganda e condicionamento a propósito do número do défice, destinada a abrir caminho a medidas que não tocam no essencial da despesa pública aumentando mais uma vez a carga fiscal; tomou-se mais uma medida típica do nosso mundo de redomas proteccionistas selectivas, a inspecção às lojas chinesas (quantos restaurantes portugueses ficariam abertos se houvesse uma massiva inspecção sanitária?); e avançou-se com uma medida perigosa, a nacionalização de parte de uma empresa estrangeira, oferecendo ao estado uma fábrica de comboios, enviando um preocupante sinal aos investidores estrangeiros e abrindo uma nova frente de despesismo. Começou a festa, o mau governo.
in Abrupto http://abrupto.blogspot.com/
afinal,,,,,,!!!!!!!
Para que foram as eleições???!!!
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Sabiam que a cidade do porto é a cidade europeia com maior numero de Ferrari por m2?
...não é o Porto, é Felgueiras
Foi uma altura de euforia, e nao foi só por cá, mas nao me lembro do Guterres ter vindo bater à porta a perguntar se eu nao queria fazer uns emprestimos. As pessoas têm de fazer contas, principalmente com creditos a longo prazo.
es verdad....mas eu não me lembro que os governos dos outros paises tenham promovido o crédito bonificado...uma medida deveras social que permitiu a qq familia de classe média/alta comprar o apartamento da praia em nome do filho que ainda estava na universidade
Já pagámos...
... nós que andamos na casa dos 50!
Ainda mais? recuso assunir mais limitações.
...
A geração na casa dos vinte, chegou a hora para eles. A sua missão é lutar e assumir ó restante da dívida.
...
As promessas eleitorais são PARA CUMPRIR. A democracia está em perigo, brevemente seremos nós a agir, mandatando uma geração da VERDADE.
...
R.d.O
Ainda mais? recuso assunir mais limitações.
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Foi uma altura de euforia, e nao foi só por cá, mas nao me lembro do Guterres ter vindo bater à porta a perguntar se eu nao queria fazer uns emprestimos. As pessoas têm de fazer contas, principalmente com creditos a longo prazo.

Plan the trade and trade the plan
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Stratega Escreveu:Endividamento dos portugueses com o maior crescimento da Europa
Enfim............
Como já tenho referido várias vezes ao longo da minha presença neste fórum, o sobre-endividamento dos agentes económicos (em especial os particulares, mas não só) é a principal responsável pela crise económica em que nos encontramos. O sobre-endividamento originou (e origina porque não estão de maneira nenhuma amortizados ou corrigidos) um estrangulamento no que diz respeito ao consumo interno e ao investimento das empresas. Os excessos cometidos entre 97 e 2000 esgotaram a margem de endividamento que poderia actualente ser utilizada para investimento. A verdade é que somos dos que temos menor poder de compra em toda a união europeia, mas dos que andamos com (por exemplo) melhores veículos automóveis. Sabiam que a cidade do porto é a cidade europeia com maior numero de Ferrari por m2? Bem sei que o problema não é quem compra os Ferrarri porque podem comprá-los facilmente sem recorrer ao endividamento, o problemas são os Golf e Audi A3 de €35000 (é apenas um exemplo)... Basta penasr que qualquer contracto de crédito tem uma duranção média de 4 anos para cima... Pensem nisso
Tão cedo não saimos desta, mas a luta não pode parar...
Cumprimentos
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Endividamento dos portugueses com o maior crescimento da Europa
[ 2005/05/09 | 09:37 ] EditorialJN/PGM
Portugal não precisou de mais de oito anos para convergir com os maiores países da União Europeia em termos de nível de endividamento dos particulares.
De acordo com os dados recolhidos junto do Banco de Portugal e do banco de Inglaterra, o endividamento dos particulares em percentagem do rendimento disponível português é actualmente superior à média das seis maiores economias da EU, refere o «Jornal de Negócios».
Os 117% calculados pela autoridade monetária nacional para este indicador em Portugal comparam com a média aritmética simples de 109% estimada pelo Banco de Inglaterra para a Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha e Holanda.
Em 1997, o cenário era completamente diferente. Nessa altura, o nível de endividamento dos portugueses era de 55% e o das maiores economias europeias 78%. Mas Portugal, durante os últimos oito anos, foi, entre os sete países para os quais foi possível obter dados, o que maior crescimento registou no nível de endividamento dos particulares em percentagem do rendimento disponível. Este rácio mais do que duplicou entre 1997 e 2004, com um crescimento de 112,7%.
in:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1727
Enfim............
[ 2005/05/09 | 09:37 ] EditorialJN/PGM
Portugal não precisou de mais de oito anos para convergir com os maiores países da União Europeia em termos de nível de endividamento dos particulares.
De acordo com os dados recolhidos junto do Banco de Portugal e do banco de Inglaterra, o endividamento dos particulares em percentagem do rendimento disponível português é actualmente superior à média das seis maiores economias da EU, refere o «Jornal de Negócios».
Os 117% calculados pela autoridade monetária nacional para este indicador em Portugal comparam com a média aritmética simples de 109% estimada pelo Banco de Inglaterra para a Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha e Holanda.
Em 1997, o cenário era completamente diferente. Nessa altura, o nível de endividamento dos portugueses era de 55% e o das maiores economias europeias 78%. Mas Portugal, durante os últimos oito anos, foi, entre os sete países para os quais foi possível obter dados, o que maior crescimento registou no nível de endividamento dos particulares em percentagem do rendimento disponível. Este rácio mais do que duplicou entre 1997 e 2004, com um crescimento de 112,7%.
in:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1727
Enfim............
Só receberás aquilo que és ou no que verdadeiramente te tornares.
JCS Escreveu:
PS: REDUZAM O VOSSO ENDIVIDAMENTO!![]()
JCS
Sobre-endividamento...
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tavaverquenao Escreveu:O esforço vai continuar, sem duvida, mas tem de ser diferente porque o que se fez até aqui só piorou a situaçao.
"Défice orçamental baixa 21% para 1,8 mil milhões euros até Abril
16/05/2005 23:16
Défice orçamental baixa 21% para 1,8 mil milhões euros até Abril
A Direcção-geral do Orçamento (DGO) informou hoje que o défice orçamental até Abril baixou 21,3% em termos homólogos para 1.823,5 milhões de euros.
Esta melhoria do saldo orçamental resulta da conjugação das melhorias verificadas nos défices corrente e de capital.
A redução mais acentuada foi no défice corrente, que baixou 34,2%, para 849,3 milhões de euros, graças ao aumento da receita em 8,8% para 9.797,8 milhões de euros, que superou o crescimento das despesas, que foi de 3,4%, para um total de 10.647,1 milhões de euros. "
Não se iludam. Não querendo vangloriar uns em detrimento de outros, só espero que se continue o esforço par o mais rápidamento possivel portugal saia deste marasmo económico...
PS: REDUZAM O VOSSO ENDIVIDAMENTO!
JCS
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Re: Re
JAS Escreveu:Por este andar ainda vamos ter a Manuela canonizada...
JAS
ahahah JAS, não tenhas dúvida. Muitos agora pensam: "quem diria, afinal a "Dama de ferro" tinha razão...
PS: Pensavam que ser diferente não? Não há milagres e o esforço que vinhamos fazendo vai continuar... Afinal os desequilibrios sempre existiram.
Cumprimentos
JCS
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Mais uma vez relembro q as inscrições pra povoar Marte estão a decorrer junto de ñ se sabe bem quem, mas deve ser verde e baixote.
Sigam as setas.
(Desculpem a brincadeira, mas eu já só consigo aguentar estas novelas políticas assim... Ñ há sequer sopro de alento pra aturar mais...)
Sigam as setas.
(Desculpem a brincadeira, mas eu já só consigo aguentar estas novelas políticas assim... Ñ há sequer sopro de alento pra aturar mais...)
Só receberás aquilo que és ou no que verdadeiramente te tornares.
ter a cabeça a prémio pela PIDE.
Água do Zambeze
17/05/2005 14:14
Água do Zambeze
O ar quente e húmido adoça-se nas acácias rubras retorcidas na falésia. Lá em baixo o vento pica o mar acastanhado pelo aluvião, dobrando as palmeiras num gingar sem fim. Cá em cima, a sentinela olha-nos desconfiada, de capacete metálico a transbordar, excessivo, o perímetro do crânio rapado.
O alvo do nosso interesse é aquela moradia nas costas dele, entalada entre a Presidência e o Ministério da Defesa moçambicanos, o que nos podia custar o despejo directo numa prisão nauseabunda da cidade.
«Foi aqui que viveu aquela que poderia ser agora a Primeira Dama dos Estados Unidos» - conto-lhe de chofre para o sossegar. Ele mede-nos impenetrável e nós antecipamo-nos na escolha do próximo passo» - «A quem podemos pedir autorização para ver a casa?».
O militar aponta-nos a recepção por detrás de uma cancela e nos lá vamos. Com um olho no carro, onde ficaram os equipamentos de imagem e a cabeça a rendilhar, em antecipação, a negociação que nos aguarda.
Vale-nos a companhia do Calane da Silva, professor Universitário moçambicano, empurrado para fora da profissão de jornalista por manter, após a independência, a irreverência e o rigor moral que o levaram, nos tempos coloniais, a ter a cabeça a prémio pela PIDE.
A firmeza da sua devoção ao processo revolucionário foi quebrada em 1986, quando a tutela o demitiu da chefia de redacção da televisão pública moçambicana, por divulgar uma reportagem tão incómoda ao governo quanto rigorosa e próxima do sentir do povo.
«Olá camarada» - rasgou-se ele num sorriso-ponte para o comissário político, claramente desconcertado com a visita inesperada daquela figura pública nacional, de barba grisalha a reforçar os galões revolucionários da balalaica.
E lá foi contando e derrubando as necessidades de pedidos por escrito, carimbados, os requerimentos justificativos de tal intrusão: «Sabe camarada? Naquela casa, ali ao lado, viveu e praticamente nasceu aquela que poderia bem ser a Primeira Dama dos Estados Unidos e isso é algo que pode valer muito mais para os nossos interesses do que anos de esforços diplomáticos».
Minutos mais tarde, o comissário transformara-se no próprio guia da reportagem. Da proibição de filmar sequer a rua fronteira acabei a fazer um «vivo» para a câmara de televisão, nas escadarias da chamada «casa dos gatos».
Foi ali que viveu Teresa Simões Ferreira, agora Kerry de apelido, por casamento em segundas núpcias com o senador John Kerry, candidato derrotado nas eleições presidenciais norte-americanas de Novembro último.
«A minha mãe costumava dar a volta ao jardim da casa todas as manhãs, acompanhada pelo jardineiro. Eu seguia-os à distância depenicando flores bonitas até eles me apanharem» - confidencia Teresa num dos raros tópicos de uma entrevista em que aceitou aventurar-se publicamente no seu passado luso-africano.
«As minhas raízes são africanas. Os pássaros que recordo, os frutos que comi, as árvores a que subi, os cheiros que conheço, são africanos. Tudo é natural. Tudo faz sentido. O ambientalismo é a preocupação de todos quantos vivem próximo da natureza, como foi o meu caso».
Teresa transporta a magia de quem nasceu e viveu em África. Uma ligação telúrica à Terra que no Mundo industrializado vamos trocando por outras prioridades, cada vez mais divergentes do nosso equilíbrio colectivo e, por isso, do bem-estar individual.
Trinta anos já passaram desde o fim da miragem do Império Colonial português e do rasgar de feridas que muitos só sararam apagando da memória, em simultâneo, sonhos e pesadelos.
«Quando é que esta coisa da independência vai acabar? A gente tá cansada de sofrer e de miséria. O branco português podia não ser coisa boa mas pelo menos menino tinha sapato e calção e banco na escola. Patrão português explorava a gente e agora, quem nos explora?» - o velho madala, de carapinha grisalha e olhos raiados das cataratas, multiplicava i...
17/05/2005 14:14
Água do Zambeze
O ar quente e húmido adoça-se nas acácias rubras retorcidas na falésia. Lá em baixo o vento pica o mar acastanhado pelo aluvião, dobrando as palmeiras num gingar sem fim. Cá em cima, a sentinela olha-nos desconfiada, de capacete metálico a transbordar, excessivo, o perímetro do crânio rapado.
O alvo do nosso interesse é aquela moradia nas costas dele, entalada entre a Presidência e o Ministério da Defesa moçambicanos, o que nos podia custar o despejo directo numa prisão nauseabunda da cidade.
«Foi aqui que viveu aquela que poderia ser agora a Primeira Dama dos Estados Unidos» - conto-lhe de chofre para o sossegar. Ele mede-nos impenetrável e nós antecipamo-nos na escolha do próximo passo» - «A quem podemos pedir autorização para ver a casa?».
O militar aponta-nos a recepção por detrás de uma cancela e nos lá vamos. Com um olho no carro, onde ficaram os equipamentos de imagem e a cabeça a rendilhar, em antecipação, a negociação que nos aguarda.
Vale-nos a companhia do Calane da Silva, professor Universitário moçambicano, empurrado para fora da profissão de jornalista por manter, após a independência, a irreverência e o rigor moral que o levaram, nos tempos coloniais, a ter a cabeça a prémio pela PIDE.
A firmeza da sua devoção ao processo revolucionário foi quebrada em 1986, quando a tutela o demitiu da chefia de redacção da televisão pública moçambicana, por divulgar uma reportagem tão incómoda ao governo quanto rigorosa e próxima do sentir do povo.
«Olá camarada» - rasgou-se ele num sorriso-ponte para o comissário político, claramente desconcertado com a visita inesperada daquela figura pública nacional, de barba grisalha a reforçar os galões revolucionários da balalaica.
E lá foi contando e derrubando as necessidades de pedidos por escrito, carimbados, os requerimentos justificativos de tal intrusão: «Sabe camarada? Naquela casa, ali ao lado, viveu e praticamente nasceu aquela que poderia bem ser a Primeira Dama dos Estados Unidos e isso é algo que pode valer muito mais para os nossos interesses do que anos de esforços diplomáticos».
Minutos mais tarde, o comissário transformara-se no próprio guia da reportagem. Da proibição de filmar sequer a rua fronteira acabei a fazer um «vivo» para a câmara de televisão, nas escadarias da chamada «casa dos gatos».
Foi ali que viveu Teresa Simões Ferreira, agora Kerry de apelido, por casamento em segundas núpcias com o senador John Kerry, candidato derrotado nas eleições presidenciais norte-americanas de Novembro último.
«A minha mãe costumava dar a volta ao jardim da casa todas as manhãs, acompanhada pelo jardineiro. Eu seguia-os à distância depenicando flores bonitas até eles me apanharem» - confidencia Teresa num dos raros tópicos de uma entrevista em que aceitou aventurar-se publicamente no seu passado luso-africano.
«As minhas raízes são africanas. Os pássaros que recordo, os frutos que comi, as árvores a que subi, os cheiros que conheço, são africanos. Tudo é natural. Tudo faz sentido. O ambientalismo é a preocupação de todos quantos vivem próximo da natureza, como foi o meu caso».
Teresa transporta a magia de quem nasceu e viveu em África. Uma ligação telúrica à Terra que no Mundo industrializado vamos trocando por outras prioridades, cada vez mais divergentes do nosso equilíbrio colectivo e, por isso, do bem-estar individual.
Trinta anos já passaram desde o fim da miragem do Império Colonial português e do rasgar de feridas que muitos só sararam apagando da memória, em simultâneo, sonhos e pesadelos.
«Quando é que esta coisa da independência vai acabar? A gente tá cansada de sofrer e de miséria. O branco português podia não ser coisa boa mas pelo menos menino tinha sapato e calção e banco na escola. Patrão português explorava a gente e agora, quem nos explora?» - o velho madala, de carapinha grisalha e olhos raiados das cataratas, multiplicava i...
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O último
O último rugido
17/05/2005 14:13
O último rugido
Assim o som de Portugal, em vez de ser estereofónico, é uma espécie de disco riscado de 78 rotações. Teme-se que o país tenha sido picado por um vírus, primo da famosa «tsé-tsé». Mas, acima de tudo, estamos a ficar com a sensação que este rectângulo, fruto de um sonho de Afonso Henriques, se tornou um magnífico falhanço.
O Estado, e os seus ocupantes, tornaram-se o alvo perfeito de uma barraca de feira. Atira-se e há sempre um prémio. Os portugueses têm a noção de que a porta do Estado é a de um «saloon» de «far-west»: todos entram e ninguém quer sair de lá. A não ser deitado.
A classe política, que deveria ser a mensageira da ordem, tornou-se aos olhos de todos a líder do caos desorganizado. O problema é que muitos políticos estão mais interessados em sentir-se bem, em vez de fazer o bem colectivo. Ainda alguém se lembra das centenas de milhar de sobreiros que Salazar mandou abater para construir um paraíso em forma de celeiro? A memória é curta. Mas não pode dormir à sombra de tudo o que se faz de mal.
17/05/2005 14:13
O último rugido
Assim o som de Portugal, em vez de ser estereofónico, é uma espécie de disco riscado de 78 rotações. Teme-se que o país tenha sido picado por um vírus, primo da famosa «tsé-tsé». Mas, acima de tudo, estamos a ficar com a sensação que este rectângulo, fruto de um sonho de Afonso Henriques, se tornou um magnífico falhanço.
O Estado, e os seus ocupantes, tornaram-se o alvo perfeito de uma barraca de feira. Atira-se e há sempre um prémio. Os portugueses têm a noção de que a porta do Estado é a de um «saloon» de «far-west»: todos entram e ninguém quer sair de lá. A não ser deitado.
A classe política, que deveria ser a mensageira da ordem, tornou-se aos olhos de todos a líder do caos desorganizado. O problema é que muitos políticos estão mais interessados em sentir-se bem, em vez de fazer o bem colectivo. Ainda alguém se lembra das centenas de milhar de sobreiros que Salazar mandou abater para construir um paraíso em forma de celeiro? A memória é curta. Mas não pode dormir à sombra de tudo o que se faz de mal.
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A hora da mentira
A hora da mentira
17/05/2005 14:14
A hora da mentira
O sr. governador do Banco de Portugal confirmou ao sr. Presidente da República que a situação orçamental é realmente mais grave do que pensava. O sr. primeiro-ministro garantiu que, assim, fica ainda mais preocupado. E já não exclui qualquer cenário.
O Orçamento de Estado deste ano não tem um défice de 3%, de 4%. Nem sequer de 5%, como este Governo contava. Provavelmente andará próximo dos 7%. E isso justifica tudo. Incluindo suspeitar que estávamos a ser governados por uns aldrabões.
O problema é que este filme não é novo. Os portugueses já acompanharam o enredo em 2002, só que as personagens tinham os papeis trocados.
Por isso, Durão Barroso era um candidato com palavra de honra, garantindo que cortava impostos. E, depois de eleito, tornou-se um primeiro-ministro «surpreendido», e a real situação das finanças públicas obrigou-o a fazer exactamente o contrário.
Como a memória não é curta, só há uma leitura possível: a alternância democrática diz-nos que os nossos governantes, sem excepção, há muito que nos andam a esconder a verdade. Dito de outra forma, não são confiáveis.
E isso, uma vez mais, é muito mais danoso para o país do que qualquer derrapagem do défice público. Lança a suspeição sobre todo o sistema - qual é, afinal, o papel do INE, a entidade independente que deveria certificar as informações enviadas para Bruxelas?
Lança a suspeição sobre o país porque, na União Europeia, na Comissão e no Ecofin, Luís Campos e Cunha vai ter alguma dificuldade em convencer que, ao contrário de todos os outros ministros das Finanças, só ele vai respeitar a verdade orçamental.
O facto é que a dramatização está feita e, como Barroso, também Sócrates terá de se vergar ao peso da realidade. Não porque antes lhe faltasse a consciência sobre a dimensão do problema. Mas por só agora ter ambiente para dar o dito por não dito. Tem agora via aberta para:
a) reduzir a despesa onde ela é mais rígida - e isso implica sacrifícios nas políticas sociais;
b) levar o utilizador-pagador às Scut e colocar portagens em quase todas as auto-estradas;
c) aumentar alguns impostos, provavelmente indirectos;
d) fazer o que tem de ser feito na Função Pública, como aumentar a idade de reforma;
e) explicar a todos os seus ministros que serão os primeiros a dar o exemplo. Desde eleitos, não anunciaram uma única decisão que implicasse corte de despesa. Pelo contrário.
Constâncio em Janeiro avisou que estava a chegar a hora da verdade nas finanças do Estado. Descobriu novas mentiras. É um problema? Sim. E uma oportunidade. Para Sócrates testar a hipocrisia de todos os que reclamam medidas. Até ao momento em que elas são efectivamente tomadas.
...
17/05/2005 14:14
A hora da mentira
O sr. governador do Banco de Portugal confirmou ao sr. Presidente da República que a situação orçamental é realmente mais grave do que pensava. O sr. primeiro-ministro garantiu que, assim, fica ainda mais preocupado. E já não exclui qualquer cenário.
O Orçamento de Estado deste ano não tem um défice de 3%, de 4%. Nem sequer de 5%, como este Governo contava. Provavelmente andará próximo dos 7%. E isso justifica tudo. Incluindo suspeitar que estávamos a ser governados por uns aldrabões.
O problema é que este filme não é novo. Os portugueses já acompanharam o enredo em 2002, só que as personagens tinham os papeis trocados.
Por isso, Durão Barroso era um candidato com palavra de honra, garantindo que cortava impostos. E, depois de eleito, tornou-se um primeiro-ministro «surpreendido», e a real situação das finanças públicas obrigou-o a fazer exactamente o contrário.
Como a memória não é curta, só há uma leitura possível: a alternância democrática diz-nos que os nossos governantes, sem excepção, há muito que nos andam a esconder a verdade. Dito de outra forma, não são confiáveis.
E isso, uma vez mais, é muito mais danoso para o país do que qualquer derrapagem do défice público. Lança a suspeição sobre todo o sistema - qual é, afinal, o papel do INE, a entidade independente que deveria certificar as informações enviadas para Bruxelas?
Lança a suspeição sobre o país porque, na União Europeia, na Comissão e no Ecofin, Luís Campos e Cunha vai ter alguma dificuldade em convencer que, ao contrário de todos os outros ministros das Finanças, só ele vai respeitar a verdade orçamental.
O facto é que a dramatização está feita e, como Barroso, também Sócrates terá de se vergar ao peso da realidade. Não porque antes lhe faltasse a consciência sobre a dimensão do problema. Mas por só agora ter ambiente para dar o dito por não dito. Tem agora via aberta para:
a) reduzir a despesa onde ela é mais rígida - e isso implica sacrifícios nas políticas sociais;
b) levar o utilizador-pagador às Scut e colocar portagens em quase todas as auto-estradas;
c) aumentar alguns impostos, provavelmente indirectos;
d) fazer o que tem de ser feito na Função Pública, como aumentar a idade de reforma;
e) explicar a todos os seus ministros que serão os primeiros a dar o exemplo. Desde eleitos, não anunciaram uma única decisão que implicasse corte de despesa. Pelo contrário.
Constâncio em Janeiro avisou que estava a chegar a hora da verdade nas finanças do Estado. Descobriu novas mentiras. É um problema? Sim. E uma oportunidade. Para Sócrates testar a hipocrisia de todos os que reclamam medidas. Até ao momento em que elas são efectivamente tomadas.
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Estado e as Empresas
17/05/2005 14:12
O Estado e as Empresas
Uma sensação de déjà vu começa a abater-se sobre o governo em matéria de política económica. Não obstante as diferenças de forma, há um conjunto de notícias que a justifica. Anuncia-se que o novo «relatório Constâncio» irá mostrar que, nos últimos anos, em vez de consolidar as finanças públicas, descemos mais uns degraus - ou até todo um lanço de escadas - em matéria de desequilíbrio orçamental. Pelo lado do governo, o Ministro das Finanças reitera a austeridade nos gastos públicos, enquanto o Ministro da Economia reestrutura o ministério.
Há, no entanto, diferenças importantes para o governo Durão Barroso. Em 2002, quando esse governo tomou posse, a economia ainda crescia e era possível defender que o país não tinha um problema de competitividade, mas tão só um problema orçamental, resultante da política expansionista prosseguida pelo governo Guterres. A taxa de desemprego, de 4,1% da população activa, mantinha-se próxima do mínimo histórico. O próprio défice orçamental, fixado em 4,1% do PIB após a revisão Constâncio, ficou muito acima dos 1,1% previstos no programa de estabilidade, mas bastante abaixo dos 7% para que agora tendemos.
Nesse contexto, e face a uma conjuntura internacional de saída de crise, podia então defender-se que uma política muito determinada de restrição orçamental conseguiria resolver os problemas da economia, não só corrigindo o défice orçamental, mas também incentivando as exportações (graças à quebra da procura interna), restaurando a confiança internacional no país (em resultado da atitude responsável face ao PEC) e recuperando a competitividade salarial, abalada pelos excessos anteriores.
A tese era defensável mas incorrecta, como os factos rapidamente demonstraram. As duas razões principais do falhanço foram (i) a ausência de uma estratégia de reforma da política orçamental e (ii) a falta de consideração dos problemas estruturais da economia e da perda de competitividade deque esta sofria e que ia muito para além da questão salarial. Da primeira resultou a perda de credibilidade do processo de consolidação orçamental, que acabou transformado em mera ocultação de défices, enquanto contribuía para desviar as atenções dos gravíssimos problemas exibidos pelas empresas. Com o governo Guterres, estes tinham sido encobertos pela expansão (insustentável) da construção, do comércio e do investimento subsidiado em indústrias trabalho-intensivas, cujo futuro se sabia condenado. Com o governo Durão Barroso, essas actividades entraram em crise, mas nada as substituiu, a não ser a flagelação indiscriminada dos funcionários públicos, que mais parecia destinada a dissimular a incapacidade de controlar grupos de interesses e a desviar as atenções das insuficiências do grande número de empresas que se mostravam incapazes de definir uma nova estratégia de competitividade.
No mesmo dia em que o Ministro das Finanças nos apresentou as linhas gerais da sua política de consolidação orçamental - de que não podiam esperar-se medidas imediatas de alívio, mas apenas, como foi o caso, um programa de correcção do défice orçamental ao longo da legislatura - foi publicado o World Competitiveness Yearbook para 2005, uma das mais reputadas avaliações internacionais de competitividade. Entre os 60 países e regiões avaliados, Portugal caiu do 32º lugar em 2001 para 45º em 2005. Em 2005, as empresas portuguesas estão em último lugar no que respeita a adaptabilidade à evolução dos mercados e a cooperação tecnológica entre empresas, e em penúltimo no que se refere a formação contínua de mão-de-obra e a resiliência às flutuações económicas. No que respeita ao sector público, o pior indicador é o relativo à coerência da acção governamental (56º lugar), logo seguida da interferência política nos serviços públicos (52º). Em matéria de impostos sobre as empresas, estamos, porém, entre os vinte melhores (17º). O ensino da ciência nas escolas é dos piores (55º), embo...
O Estado e as Empresas
Uma sensação de déjà vu começa a abater-se sobre o governo em matéria de política económica. Não obstante as diferenças de forma, há um conjunto de notícias que a justifica. Anuncia-se que o novo «relatório Constâncio» irá mostrar que, nos últimos anos, em vez de consolidar as finanças públicas, descemos mais uns degraus - ou até todo um lanço de escadas - em matéria de desequilíbrio orçamental. Pelo lado do governo, o Ministro das Finanças reitera a austeridade nos gastos públicos, enquanto o Ministro da Economia reestrutura o ministério.
Há, no entanto, diferenças importantes para o governo Durão Barroso. Em 2002, quando esse governo tomou posse, a economia ainda crescia e era possível defender que o país não tinha um problema de competitividade, mas tão só um problema orçamental, resultante da política expansionista prosseguida pelo governo Guterres. A taxa de desemprego, de 4,1% da população activa, mantinha-se próxima do mínimo histórico. O próprio défice orçamental, fixado em 4,1% do PIB após a revisão Constâncio, ficou muito acima dos 1,1% previstos no programa de estabilidade, mas bastante abaixo dos 7% para que agora tendemos.
Nesse contexto, e face a uma conjuntura internacional de saída de crise, podia então defender-se que uma política muito determinada de restrição orçamental conseguiria resolver os problemas da economia, não só corrigindo o défice orçamental, mas também incentivando as exportações (graças à quebra da procura interna), restaurando a confiança internacional no país (em resultado da atitude responsável face ao PEC) e recuperando a competitividade salarial, abalada pelos excessos anteriores.
A tese era defensável mas incorrecta, como os factos rapidamente demonstraram. As duas razões principais do falhanço foram (i) a ausência de uma estratégia de reforma da política orçamental e (ii) a falta de consideração dos problemas estruturais da economia e da perda de competitividade deque esta sofria e que ia muito para além da questão salarial. Da primeira resultou a perda de credibilidade do processo de consolidação orçamental, que acabou transformado em mera ocultação de défices, enquanto contribuía para desviar as atenções dos gravíssimos problemas exibidos pelas empresas. Com o governo Guterres, estes tinham sido encobertos pela expansão (insustentável) da construção, do comércio e do investimento subsidiado em indústrias trabalho-intensivas, cujo futuro se sabia condenado. Com o governo Durão Barroso, essas actividades entraram em crise, mas nada as substituiu, a não ser a flagelação indiscriminada dos funcionários públicos, que mais parecia destinada a dissimular a incapacidade de controlar grupos de interesses e a desviar as atenções das insuficiências do grande número de empresas que se mostravam incapazes de definir uma nova estratégia de competitividade.
No mesmo dia em que o Ministro das Finanças nos apresentou as linhas gerais da sua política de consolidação orçamental - de que não podiam esperar-se medidas imediatas de alívio, mas apenas, como foi o caso, um programa de correcção do défice orçamental ao longo da legislatura - foi publicado o World Competitiveness Yearbook para 2005, uma das mais reputadas avaliações internacionais de competitividade. Entre os 60 países e regiões avaliados, Portugal caiu do 32º lugar em 2001 para 45º em 2005. Em 2005, as empresas portuguesas estão em último lugar no que respeita a adaptabilidade à evolução dos mercados e a cooperação tecnológica entre empresas, e em penúltimo no que se refere a formação contínua de mão-de-obra e a resiliência às flutuações económicas. No que respeita ao sector público, o pior indicador é o relativo à coerência da acção governamental (56º lugar), logo seguida da interferência política nos serviços públicos (52º). Em matéria de impostos sobre as empresas, estamos, porém, entre os vinte melhores (17º). O ensino da ciência nas escolas é dos piores (55º), embo...
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30% dos "f.p." estão a mais....!!!!!
Concordo Pedrinho mas, quais 30%?
Coragem????!!! Os que deviam ter coragem são precisamente os 30% que estão a mais!!!
abraço
mcarvalho
Coragem????!!! Os que deviam ter coragem são precisamente os 30% que estão a mais!!!
abraço
mcarvalho
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Surfer Escreveu:Há sensivelmente 3 anos atrás, por volta desta altura um recem eleito 1º ministro apelidado de "Cherne" de uma pais à beira-mar plantado, num dos seus primeiros discursos dirigidos à nação, classificou a situação do pais como muito grave, fez então uma analogia que muito deu pano para mangas...«O pais está de tanga!».
Agora, sempre quero ver o que irá dizer à nação o coitado do actual 1º ministro José Socrates, creio que não irá cair na tentação de "atirar a água do capote" fazendo referência e responsabilizando os anteriores governos, atitude duramente criticada e classificada como irresponsavel pelo PS sempre que os governos do PSD relembravam a governação de Guterres.
Vamos ter mais do mesmo?! Por mim, Socrates até pode dizer que «o pais já só tem pele e osso», porque sempre mais vale encarar a realidade com frontalidade de uma vez do que enfiar a cabeça no buraco.
Cumps
Já desde há vários anos que alerto para a triste "sina" do País com esta cambada de políticos e empresários.
Haja coragem e façam o que tem de ser feito. Acabar com excessos na função pública e seus "compadrios". Já o disse várias vezes: "... 30% de funcionários publicos estão a mais ou mal inseridos..."
Está na altura de acabar com as obras públicas que acabam na maior parte das vezes a custar 100% ou mais do que inicialmente estava previsto.
Repito: 30% de funcionários públicos estão a mais, acabar com ordenados milionários de muitos funcionários, que não produzem riquesa para o País, não passam de "tachos".
O País continua a saque, embora haja já cada vez menos para "sacar" e só resta uma coisa: Continuar a aumentar ou inventar impostos.
Assim, ano após ano, desculpa atrás de desculpa, uns vão-se governando e o País cada vez mais a afundar, o poder de compra a diminuir para a generalidade dos contribuintes, principalmente os da classe baixa-média.
Por favor, parem isto antes que seja tarde, HAJA CORAGEM!
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Há sensivelmente 3 anos atrás, por volta desta altura um recem eleito 1º ministro apelidado de "Cherne" de uma pais à beira-mar plantado, num dos seus primeiros discursos dirigidos à nação, classificou a situação do pais como muito grave, fez então uma analogia que muito deu pano para mangas...«O pais está de tanga!».
Agora, sempre quero ver o que irá dizer à nação o coitado do actual 1º ministro José Socrates, creio que não irá cair na tentação de "atirar a água do capote" fazendo referência e responsabilizando os anteriores governos, atitude duramente criticada e classificada como irresponsavel pelo PS sempre que os governos do PSD relembravam a governação de Guterres.
Vamos ter mais do mesmo?! Por mim, Socrates até pode dizer que «o pais já só tem pele e osso», porque sempre mais vale encarar a realidade com frontalidade de uma vez do que enfiar a cabeça no buraco.
Cumps
Agora, sempre quero ver o que irá dizer à nação o coitado do actual 1º ministro José Socrates, creio que não irá cair na tentação de "atirar a água do capote" fazendo referência e responsabilizando os anteriores governos, atitude duramente criticada e classificada como irresponsavel pelo PS sempre que os governos do PSD relembravam a governação de Guterres.
Vamos ter mais do mesmo?! Por mim, Socrates até pode dizer que «o pais já só tem pele e osso», porque sempre mais vale encarar a realidade com frontalidade de uma vez do que enfiar a cabeça no buraco.
Cumps
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