O estranho caso dos sobreiros
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...Como dizia já há algumas décadas o nosso maior estudioso da cortiça Vieira Natividade: "A nossa riqueza corticeira não é saco sem fundo. Urge proteger eficazmente os sobreirais, se não queremos que esta grande riqueza, que nos dá no mundo tão invejada posição, passe a ser mais uma das glórias do passado, um dos tantos bens que tivemos nas mãos e deixámos perder como incorrigíveis perdulários".
http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.a ... &iLingua=1
http://www.corkmasters.com/index.php?ar ... anguage=PT

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Plan the trade and trade the plan
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Re: Sobreiros na herdade
suica Escreveu:A realidade do concelho outrora marcadamente rural e industrial ve-se hoje com oportunidades impares e unicas que devem ser bem geridas onde se deve tirar mais valias quer para os municipes quer para o cidadao nacional quer atraves de impostos dai advidos quer de novos postos de trabalho criados , onde existem contrapartidas em termos de plantamento ne novas arvores em numero superior aquelas que seriam necessarias abater.
Este País tem que decidir para onde quer ir.
Queremos turismo ou queremos fabricar rolhas?
Será que daqui a 30 anos (tempo que um sobreiro começa a produzir) ainda se usará a cortiça?
Estou farto de ouvir dizer que decidiram à pressa.
Mas foi "com pressa" ao fim de 10 anos de burocracias e de pareceres contraditórios.
O Estado tem que aprender a ser responsável pelas suas decisões, sejam boas ou sejam más, e independentemente dos governantes serem punidos e pagarem por decisões contra o interesse da colectividade.
Mas os privados de posse de uma decisão estatal não podem ficar depois sujeitos a que o Estado mude de opinião no dia seguinte.
Em vez de andarem a anular medidas anteriores seria mais útil que tomassem decisões novas.
O país já está parado há 6 meses, não podemos ficar eternamente em estudo.
Nos estudos gasta-se, não se produz...
JAS
Sobreiros na herdade
Na minha modesta opiniao , sendo eu um cidadao de Benavente e por isso conhecer a realidade da zona em questao, poderiamos ter aqui ter pano para mangas em termos de discussao, se deveria ou nao cortar os Sobreiros , etc a realidade e que o Conçelho è hoje atravessado por 2 auto estradas A13 da A10 e respectivo nò de saida , possivelmente no futuro uma outra; com distancia de cerca de 30km a 40km quer do futuro aeroporto da Ota ou de Rio Frio .E ja com varios empredimentos de luxo construidos caso da Vila nova de Santo Estevao , Mata de Duque ou quinta da Cegonha, 2 campos de golfe e futuro polo Universitario . O que torna toda aquela zona muito apetecivel . A realidade do concelho outrora marcadamente rural e industrial ve-se hoje com oportunidades impares e unicas que devem ser bem geridas onde se deve tirar mais valias quer para os municipes quer para o cidadao nacional quer atraves de impostos dai advidos quer de novos postos de trabalho criados , onde existem contrapartidas em termos de plantamento ne novas arvores em numero superior aquelas que seriam necessarias abater.
Por fim voltando ao tema em si o que tem de esclarecido e se realmente houve ou nao beneficios partidarios resultantes da eventual aprovaçao do projecto o que por si è repugnate e afasta uma vez mais as pessoas da classe politica .
Por fim voltando ao tema em si o que tem de esclarecido e se realmente houve ou nao beneficios partidarios resultantes da eventual aprovaçao do projecto o que por si è repugnate e afasta uma vez mais as pessoas da classe politica .
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Ora bons dias depois do fantastico almoço de ontem onde todos tivemos a oportunidade de nos vermos ao vivo
vou passar ao comentario deste estranho caso dos Sobreiros :
Não sei como este caso vai acabar – e espero que acabe depressa, porque a honra dos envolvidos, incluindo a de um partido, deve ser protegida –, mas ele revela uma ingenuidade que eu pensava ser impossível de existir
O amigo Ricardo realmente anda muito ingenuo duas coisas muito importantes :
Seja os politicos do Partido A,B,C sejam as empresas X,Y,Z não se pode delapidar patrimonio que é de todos de uma forma estranha portanto a existir culpados (eu não presumo ninguem nem inocente nem culpada estão numa especie de Limbo Juridico) devem ser implacavelmente castigados até porque pode ser uma excelente oportunidade de se dar o exemplo de como é que as coisas devem ser feitas para a frente.
E outra coisa mais importante ainda não pode haver áreas em que nos toca a todos em que a mão da Justiça anda afinada - exemplo as leis que punem os infractores ao codigo da estrada - e que afectam o povo. depois Justiça branda para os mais fortes seria um sinal muito mau para o país
Um abraço
Vasco
Não sei como este caso vai acabar – e espero que acabe depressa, porque a honra dos envolvidos, incluindo a de um partido, deve ser protegida –, mas ele revela uma ingenuidade que eu pensava ser impossível de existir
O amigo Ricardo realmente anda muito ingenuo duas coisas muito importantes :
Seja os politicos do Partido A,B,C sejam as empresas X,Y,Z não se pode delapidar patrimonio que é de todos de uma forma estranha portanto a existir culpados (eu não presumo ninguem nem inocente nem culpada estão numa especie de Limbo Juridico) devem ser implacavelmente castigados até porque pode ser uma excelente oportunidade de se dar o exemplo de como é que as coisas devem ser feitas para a frente.
E outra coisa mais importante ainda não pode haver áreas em que nos toca a todos em que a mão da Justiça anda afinada - exemplo as leis que punem os infractores ao codigo da estrada - e que afectam o povo. depois Justiça branda para os mais fortes seria um sinal muito mau para o país
Um abraço
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Info 01 essa está mesmo boa ....
Eh ! Eh ! eles dissem que não têm nada haver com o assunto. Só mesmo neste país é que isto acontece.
Mais vale um pássaro na mão que dois a voar
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O estranho caso dos sobreiros
2005-05-13 14:00
O estranho caso dos sobreiros
Ricardo Costa
Qual era a urgência do governo? Nenhuma. A urgência era toda dos promotores.
O premonitório título da minha crónica da semana passada era ”Como roubar Portugal” e dedicava-se à OTA e ao TGV, um tema do qual, já todos percebemos, o actual governo não faz a mínima ideia de como sair. Lá vamos outra vez para os estudos – só na OTA já se gastaram 100 milhões de euros (!) em estudos – e, pelos vistos, o ministro Mário Lino nem sequer está decidido sobre a localização do aeroporto. Não há Portugal de ser o paraíso dos consultores, bancos de investimento e afins!...
O assunto que dominou a semana informativa parece de ‘lana caprina’ ao pé da OTA ou do TGV, mas não é. Porque revela, na essência, como se pode governar mal e, acima de tudo, não se ser transparente.
Muitos jornais e políticos se escandalizaram com os diplomas que Jorge Sampaio vetou no período pós-dissolução. Mas não é na legislação que se pode lesar o Estado ou ser menos transparente. Aqui o crivo é apertado e o ‘check and balance’ funciona na perfeição. Aliás, Sampaio promulgou muitos diplomas porque qualquer governo de gestão tem o direito de governar.
O que um governo de gestão não tem é o direito de aprovar à pressa um projecto imobiliário que anda a tentar ”passar” nos gabinetes ministeriais desde o início dos anos 90! Qual era a urgência do governo? Nenhuma. A urgência era toda dos promotores e só isso explica a velocidade com que se assinaram despachos, a celeridade com que Direcção Geral de Florestas deu o sim a um requerimento que lá entrou na véspera e a rapidez com que os sobreiros foram arrancados (sugiro que a PGR vasculhe os ofícios internos dos ministérios sobre este tema para ver que a pressa existia).
Não sei como este caso vai acabar – e espero que acabe depressa, porque a honra dos envolvidos, incluindo a de um partido, deve ser protegida –, mas ele revela uma ingenuidade que eu pensava ser impossível de existir. É quase tão curioso como o comunicado do Grupo Espírito Santo, que garante a legalidade de todo o processo (havia de garantir o quê?). Mas será que ninguém no Grupo percebe que um projecto que é aprovado à pressa, depois de sucessivos chumbos por sucessivos governos e que é imediatamente alvo de um providência cautelar (a que o tribunal deu provimento), é um sinal evidente de que tudo foi feito à pressa e de que o tempo estava a acabar? Ou, pelo menos, que o tempo estava a recomeçar, visto que os promotores teriam que ir recomeçar o calvário das negociações com o novo governo e, ainda por cima, este projecto envolve três ministérios?
Não sei se este caso envolve o financiamento partidário, e espero que não. Mas sei perfeitamente que as declarações que os partidos fazem sobre os custos das campanhas são uma pura ilusão. E há um princípio económico que eu penso que ainda não foi posto em causa: se há um serviço prestado, um bem contratado ou um concurso de ideias adjudicado, alguém o vai pagar. Ora nas campanhas eleitorais os princípios económicos são sempre desafiados.
____
Ricardo Costa é director de Informação da SIC Notícias e assina esta coluna semanalmente à sexta-feira.
O estranho caso dos sobreiros
Ricardo Costa
Qual era a urgência do governo? Nenhuma. A urgência era toda dos promotores.
O premonitório título da minha crónica da semana passada era ”Como roubar Portugal” e dedicava-se à OTA e ao TGV, um tema do qual, já todos percebemos, o actual governo não faz a mínima ideia de como sair. Lá vamos outra vez para os estudos – só na OTA já se gastaram 100 milhões de euros (!) em estudos – e, pelos vistos, o ministro Mário Lino nem sequer está decidido sobre a localização do aeroporto. Não há Portugal de ser o paraíso dos consultores, bancos de investimento e afins!...
O assunto que dominou a semana informativa parece de ‘lana caprina’ ao pé da OTA ou do TGV, mas não é. Porque revela, na essência, como se pode governar mal e, acima de tudo, não se ser transparente.
Muitos jornais e políticos se escandalizaram com os diplomas que Jorge Sampaio vetou no período pós-dissolução. Mas não é na legislação que se pode lesar o Estado ou ser menos transparente. Aqui o crivo é apertado e o ‘check and balance’ funciona na perfeição. Aliás, Sampaio promulgou muitos diplomas porque qualquer governo de gestão tem o direito de governar.
O que um governo de gestão não tem é o direito de aprovar à pressa um projecto imobiliário que anda a tentar ”passar” nos gabinetes ministeriais desde o início dos anos 90! Qual era a urgência do governo? Nenhuma. A urgência era toda dos promotores e só isso explica a velocidade com que se assinaram despachos, a celeridade com que Direcção Geral de Florestas deu o sim a um requerimento que lá entrou na véspera e a rapidez com que os sobreiros foram arrancados (sugiro que a PGR vasculhe os ofícios internos dos ministérios sobre este tema para ver que a pressa existia).
Não sei como este caso vai acabar – e espero que acabe depressa, porque a honra dos envolvidos, incluindo a de um partido, deve ser protegida –, mas ele revela uma ingenuidade que eu pensava ser impossível de existir. É quase tão curioso como o comunicado do Grupo Espírito Santo, que garante a legalidade de todo o processo (havia de garantir o quê?). Mas será que ninguém no Grupo percebe que um projecto que é aprovado à pressa, depois de sucessivos chumbos por sucessivos governos e que é imediatamente alvo de um providência cautelar (a que o tribunal deu provimento), é um sinal evidente de que tudo foi feito à pressa e de que o tempo estava a acabar? Ou, pelo menos, que o tempo estava a recomeçar, visto que os promotores teriam que ir recomeçar o calvário das negociações com o novo governo e, ainda por cima, este projecto envolve três ministérios?
Não sei se este caso envolve o financiamento partidário, e espero que não. Mas sei perfeitamente que as declarações que os partidos fazem sobre os custos das campanhas são uma pura ilusão. E há um princípio económico que eu penso que ainda não foi posto em causa: se há um serviço prestado, um bem contratado ou um concurso de ideias adjudicado, alguém o vai pagar. Ora nas campanhas eleitorais os princípios económicos são sempre desafiados.
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