Indicador do clima económico melhorou em Abril
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Presidente americano quer convencer países produtores a aumentar quotas
Bush promete lutar pela descida do preço dos combustíveis
29.04.2005 - 14h15 AFP
George W. Bush prometeu ontem fazer tudo o que está ao seu alcance para baixar o preço do petróleo nos mercados internacionais – um dos factores que mais tem contribuído para travar o crescimento da maior economia mundial.
Com as taxas de popularidade em queda, o Presidente norte-americano – que completará amanhã os cem primeiros dias do seu segundo mandato – protagonizou uma inédita conferência de imprensa no Congresso norte-americano, transmitida em directo pelas televisões em horário nobre.
Grande parte da intervenção foi dedicada à questão dos combustíveis, com Bush a prometer uma série de iniciativas a curto prazo, ao mesmo tempo que recordou algumas das medidas do plano para dotar o país de maior independência energética.
"Milhões de famílias americanas e pequenas empresas estão a ser afectadas pelo aumento do preço dos combustíveis. A minha Administração tudo fará para tornar os preços mais aceitáveis", afirmou Bush, horas depois de ter ficado a saber-se que o crescimento da economia dos EUA registou um abrandamento durante o primeiro trimestre de 2005.
Considerando que esta é "uma prioridade vital para os americanos", Bush afirmou que Washington "vai encorajar os países produtores de petróleo a aumentar a produção", a fim de conseguir um descida do preço do crude.
Sem adiantar pormenores, o Presidente americano prometeu também "proteger os consumidores" dos que pretendam beneficiar com a subida dos preços, em especial no sector da distribuição.
O preço dos combustíveis vendido nas gasolineiras começou nas últimas semanas a reflectir os aumentos registados nos mercados internacionais desde Janeiro,com a gasolina a aproximar-se dos 2,3 dólares por galão (61 cêntimos por litro) – um valor muito abaixo dos praticados na Europa, mas ainda assim acima do habitualmente praticado no país. Segundo os analistas, o aumento do preço dos combustíveis está a ter consequências directas no consumo, principal pilar do crescimento da economia norte-americana.
O aumento do preço dos combustíveis "é como um imposto para as pequenas empresas criadoras de emprego. É um imposto para as famílias e eu creio que isso vai afectar o consumo e, com isso, a economia", afirmou Bush.
Sustentando que o consumo de energia nos EUA aumentou "40 vezes mais depressa do que a produção de energia", Bush sublinhou a necessidade de o país se tornar menos dependente da oferta externa, através do desenvolvimento de energias alternativas, como o hidrogénio, embora admita que os resultados concretos desta política só serão visíveis a longo prazo.
Nesse sentido, recordou os eixos principais do seu plano energético e apelou ao Senado para aprovar até ao Verão o projecto de lei que apresentou sobre esta matéria. O diploma foi submetido ao Congresso em 2001, mas só recentemente a Câmara dos Representantes o aprovou, estando agora a aguardar discussão no Senado.
Bush promete lutar pela descida do preço dos combustíveis
29.04.2005 - 14h15 AFP
George W. Bush prometeu ontem fazer tudo o que está ao seu alcance para baixar o preço do petróleo nos mercados internacionais – um dos factores que mais tem contribuído para travar o crescimento da maior economia mundial.
Com as taxas de popularidade em queda, o Presidente norte-americano – que completará amanhã os cem primeiros dias do seu segundo mandato – protagonizou uma inédita conferência de imprensa no Congresso norte-americano, transmitida em directo pelas televisões em horário nobre.
Grande parte da intervenção foi dedicada à questão dos combustíveis, com Bush a prometer uma série de iniciativas a curto prazo, ao mesmo tempo que recordou algumas das medidas do plano para dotar o país de maior independência energética.
"Milhões de famílias americanas e pequenas empresas estão a ser afectadas pelo aumento do preço dos combustíveis. A minha Administração tudo fará para tornar os preços mais aceitáveis", afirmou Bush, horas depois de ter ficado a saber-se que o crescimento da economia dos EUA registou um abrandamento durante o primeiro trimestre de 2005.
Considerando que esta é "uma prioridade vital para os americanos", Bush afirmou que Washington "vai encorajar os países produtores de petróleo a aumentar a produção", a fim de conseguir um descida do preço do crude.
Sem adiantar pormenores, o Presidente americano prometeu também "proteger os consumidores" dos que pretendam beneficiar com a subida dos preços, em especial no sector da distribuição.
O preço dos combustíveis vendido nas gasolineiras começou nas últimas semanas a reflectir os aumentos registados nos mercados internacionais desde Janeiro,com a gasolina a aproximar-se dos 2,3 dólares por galão (61 cêntimos por litro) – um valor muito abaixo dos praticados na Europa, mas ainda assim acima do habitualmente praticado no país. Segundo os analistas, o aumento do preço dos combustíveis está a ter consequências directas no consumo, principal pilar do crescimento da economia norte-americana.
O aumento do preço dos combustíveis "é como um imposto para as pequenas empresas criadoras de emprego. É um imposto para as famílias e eu creio que isso vai afectar o consumo e, com isso, a economia", afirmou Bush.
Sustentando que o consumo de energia nos EUA aumentou "40 vezes mais depressa do que a produção de energia", Bush sublinhou a necessidade de o país se tornar menos dependente da oferta externa, através do desenvolvimento de energias alternativas, como o hidrogénio, embora admita que os resultados concretos desta política só serão visíveis a longo prazo.
Nesse sentido, recordou os eixos principais do seu plano energético e apelou ao Senado para aprovar até ao Verão o projecto de lei que apresentou sobre esta matéria. O diploma foi submetido ao Congresso em 2001, mas só recentemente a Câmara dos Representantes o aprovou, estando agora a aguardar discussão no Senado.
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Primeiro trimestre
Lucros da Cofina aumentam 34% com crescimento das receitas (act)
A Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, consolidou resultados líquidos de 4,1 milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento homólogo de 34%. As receitas aumentaram 19,5%.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, consolidou resultados líquidos de 4,1 milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento homólogo de 34%. As receitas aumentaram 19,5%.
Os resultados líquidos do primeiro trimestre ascenderam a 4,12 milhões de euros, valor que compara com os 3,08 milhões de euros apurados no mesmo período do ano passado, tendo também em conta as novas normas contabilísticas IAS/IFRS.
Estes resultados incluem apenas a actividade de media da Cofina, pois os negócios da indústria foram separados da empresa no início de Março, dando lugar à Altri, que está também cotada em Bolsa.
O EBITDA da Cofina, nos primeiros três meses do ano, avançou 5% para 4,3 milhões de euros e as receitas cresceram 19,5% até aos 33,2 milhões de euros.
Para o crescimento das receitas consolidadas, o aumento da circulação contribuiu com 14 milhões de euros, a publicidade com 11,8 milhões de euros e os produtos de marketing alternativo com 6,4 milhões de euros, tendo esta última rubrica demonstrado um crescimento de 90% face ao período homólogo de 2004.
A margem EBITDA da empresa desceu de 14,6% para 12,8%, uma queda que a Cofina atribui ao «crescimento das vendas de produtos alternativos que apresentam uma margem inferior à das publicações, bem como pelo esforço de investimento na revista Sábado lançada em Maio de 2004».
Nos jornais, onde a Cofina edita o «Correio da Manhã», o «Record» e o Jornal de Negócios, as receitas aumentaram 16,5% para 23,5 milhões de euros. O EBITDA aumentou 6% e os custos operacionais subiram 19,1%, derivado sobretudo da aposta no negócio da venda de produtos de marketing alternativos.
As receitas no segmento revistas foram de 9,8 milhões de Euros, tendo crescido 27,6%, com o aumento das receitas de circulação em 31% para os 3,8 milhões de euros, da publicidade em 2%, para os 3,1 milhões de euros e da venda de produtos de marketing alternativo de 69% para os 2,8 milhões de euros.
Nesta área de negócio a Cofina edita a «Sábado» e a «TV Guia», entre outros produtos editoriais.
As acções da Cofina fecharam a descer 0,3% para os 3,32 euros.
Lucros da Cofina aumentam 34% com crescimento das receitas (act)
A Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, consolidou resultados líquidos de 4,1 milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento homólogo de 34%. As receitas aumentaram 19,5%.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, consolidou resultados líquidos de 4,1 milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento homólogo de 34%. As receitas aumentaram 19,5%.
Os resultados líquidos do primeiro trimestre ascenderam a 4,12 milhões de euros, valor que compara com os 3,08 milhões de euros apurados no mesmo período do ano passado, tendo também em conta as novas normas contabilísticas IAS/IFRS.
Estes resultados incluem apenas a actividade de media da Cofina, pois os negócios da indústria foram separados da empresa no início de Março, dando lugar à Altri, que está também cotada em Bolsa.
O EBITDA da Cofina, nos primeiros três meses do ano, avançou 5% para 4,3 milhões de euros e as receitas cresceram 19,5% até aos 33,2 milhões de euros.
Para o crescimento das receitas consolidadas, o aumento da circulação contribuiu com 14 milhões de euros, a publicidade com 11,8 milhões de euros e os produtos de marketing alternativo com 6,4 milhões de euros, tendo esta última rubrica demonstrado um crescimento de 90% face ao período homólogo de 2004.
A margem EBITDA da empresa desceu de 14,6% para 12,8%, uma queda que a Cofina atribui ao «crescimento das vendas de produtos alternativos que apresentam uma margem inferior à das publicações, bem como pelo esforço de investimento na revista Sábado lançada em Maio de 2004».
Nos jornais, onde a Cofina edita o «Correio da Manhã», o «Record» e o Jornal de Negócios, as receitas aumentaram 16,5% para 23,5 milhões de euros. O EBITDA aumentou 6% e os custos operacionais subiram 19,1%, derivado sobretudo da aposta no negócio da venda de produtos de marketing alternativos.
As receitas no segmento revistas foram de 9,8 milhões de Euros, tendo crescido 27,6%, com o aumento das receitas de circulação em 31% para os 3,8 milhões de euros, da publicidade em 2%, para os 3,1 milhões de euros e da venda de produtos de marketing alternativo de 69% para os 2,8 milhões de euros.
Nesta área de negócio a Cofina edita a «Sábado» e a «TV Guia», entre outros produtos editoriais.
As acções da Cofina fecharam a descer 0,3% para os 3,32 euros.
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Possível flexibilização do câmbio do yuan chinês penaliza dólar
DE
A divisa norte-americana perdeu hoje terreno face às suas principais rivais, devido aos receios de que a República Popular da China possa em breve permitir que a sua divisa seja negociada com mais flexibilidade nos mercados cambiais.
Deste modo, às 17h31 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,2912 dólares, contra 1,2909 dólares no fecho de quinta-feira e depois de ter variado entre os 1,2899 e os 1,2980 dólares durante o dia.
Segundo os analistas, "apesar dos indicadores mistos hoje divulgados nos Estados Unidos, o mercado encontra-se a pensar mais em termos da China. Os investidores estão muito mais interessados em ver se há alguma alteração na indexação yuan/dólar do que aos dados macroeconómicos norte-americanos".
Esta espectativa, adiantam, começou depois do yuan ter transaccionado brevemente fora dos limites a que poderia negociar devido ao facto de se encontrar indexado à moeda dos EUA, o que levantou fortes especulações de que a China poderá permitir em breve uma maior flexibilidade da sua divisa.
DE
A divisa norte-americana perdeu hoje terreno face às suas principais rivais, devido aos receios de que a República Popular da China possa em breve permitir que a sua divisa seja negociada com mais flexibilidade nos mercados cambiais.
Deste modo, às 17h31 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,2912 dólares, contra 1,2909 dólares no fecho de quinta-feira e depois de ter variado entre os 1,2899 e os 1,2980 dólares durante o dia.
Segundo os analistas, "apesar dos indicadores mistos hoje divulgados nos Estados Unidos, o mercado encontra-se a pensar mais em termos da China. Os investidores estão muito mais interessados em ver se há alguma alteração na indexação yuan/dólar do que aos dados macroeconómicos norte-americanos".
Esta espectativa, adiantam, começou depois do yuan ter transaccionado brevemente fora dos limites a que poderia negociar devido ao facto de se encontrar indexado à moeda dos EUA, o que levantou fortes especulações de que a China poderá permitir em breve uma maior flexibilidade da sua divisa.
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Tecnológicas impulsionam bolsas
Tiago Silva
As principais praças europeias encerraram a sessão em terreno positivo, com os títulos das empresas do sector Automóvel e de Mineração a liderarem os ganhos. Destaque para as quedas das tecnológicas, devido à preocupação dos investidores que o abrandamento económico se reflicta nas receitas das empresas.
Segundo os analistas, "o sentimento dos investidores é de preocupação com a rapidez do abrandamento económico. As empresas estão muito cautelosas quanto às previsões de lucro".
No sector automóvel, os papéis da maior construtora europeia Volkswagen lideraram os ganhos, os quais subíram 1,4% para os 32,31 euros, depois de ter anunciado hoje que prevê um resultado operativo melhor que o do ano anterior, e igualmente um aumento do volume de vendas nos Estados Unidos. A quinta maior fabricante automóvel do mundo, DaimlerChrysler, acompanhou este tendência, com os seus papéis a ganharem 0,5% para os 30,36 euros.
Destaque também para subida dos títulos das empresas de mineração Anglo American e da BHP Billiton, cujos títulos destacaram-se com subidas de 2% e 2,3%, respectivamente.
A pressionar pela negativa estiveram os títulos das empresas do sector Tecnológico, em especial da Nokia e da Infineon, cujos papéis caíram 0,5% para os 12,32 euros, e 2% para os 6,46 euros, respectivamente.
Deste modo, o CAC-40 de Paris avançou 0,26% para os 3911,71 pontos, o Dax Xetra de Frankfurt cresceu 0,16% para os 4184,84 pontos e o Ibex.35 de Madrid progrediu 0,18% para os 9001,60 pontos.
Igualmente em terreno positivo encerrou o FTSE-100 de Londres, que subiu 0,24% para os 4801,70 pontos, acompanhado pelo S&P/MIB de Milão, o qual ganhou 0,26% para os 30 989,00 pontos.
Tiago Silva
As principais praças europeias encerraram a sessão em terreno positivo, com os títulos das empresas do sector Automóvel e de Mineração a liderarem os ganhos. Destaque para as quedas das tecnológicas, devido à preocupação dos investidores que o abrandamento económico se reflicta nas receitas das empresas.
Segundo os analistas, "o sentimento dos investidores é de preocupação com a rapidez do abrandamento económico. As empresas estão muito cautelosas quanto às previsões de lucro".
No sector automóvel, os papéis da maior construtora europeia Volkswagen lideraram os ganhos, os quais subíram 1,4% para os 32,31 euros, depois de ter anunciado hoje que prevê um resultado operativo melhor que o do ano anterior, e igualmente um aumento do volume de vendas nos Estados Unidos. A quinta maior fabricante automóvel do mundo, DaimlerChrysler, acompanhou este tendência, com os seus papéis a ganharem 0,5% para os 30,36 euros.
Destaque também para subida dos títulos das empresas de mineração Anglo American e da BHP Billiton, cujos títulos destacaram-se com subidas de 2% e 2,3%, respectivamente.
A pressionar pela negativa estiveram os títulos das empresas do sector Tecnológico, em especial da Nokia e da Infineon, cujos papéis caíram 0,5% para os 12,32 euros, e 2% para os 6,46 euros, respectivamente.
Deste modo, o CAC-40 de Paris avançou 0,26% para os 3911,71 pontos, o Dax Xetra de Frankfurt cresceu 0,16% para os 4184,84 pontos e o Ibex.35 de Madrid progrediu 0,18% para os 9001,60 pontos.
Igualmente em terreno positivo encerrou o FTSE-100 de Londres, que subiu 0,24% para os 4801,70 pontos, acompanhado pelo S&P/MIB de Milão, o qual ganhou 0,26% para os 30 989,00 pontos.
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BCPI mantém recomendação de 'reduce' para Jerónimo Martins
DE com Reuters
O Millennium bcp investimento considera positivos os resultados trimestrais reportados pela Jerónimo Martins (JM), com destaque para o retalho e indústria em Portugal, mas mantém a recomendação de 'reduce'.
A JM apresentou um lucro líquido atribuível de 16,8 milhões de euros, o que representa um crescimento de 11,2%, face ao primeiro trimestre de 2004, enquanto as vendas consolidadas aumentaram 12% para 875,7 M€.
"No entanto, o espaço para uma revisão em alta do nosso preço alvo de 11,90 euros, para o final do ano, parece-nos reduzido", salienta a analista Bárbara Ferreira.
A mesma responsável explica que, "por um lado, a cotação potencial da Biedronka na Polónia, que não parece estar agendada para um futuro próximo, não deverá implicar uma avaliação enterprise value superior a 8.0x a 10.0x, o que significa que o potencial de valorização adicional deverá estar limitado a 0,9 euros por acção da JM (usando um múltiplo EV/EBITDA05E de 10.0x)".
Por outro lado, "considerando um EBITDA constante para a indústria em torno dos 40 M€ (excluindo a recente transacção Bestfoods Portugal), o nível reportado nos últimos anos, a nossa avaliação para a JM aumentaria em apenas 0,15 euros por acção".
"Por último, a aquisição da Bestfoods Portugal pode afectar negativamente o nosso price target para a JM em um a três por cento", afirma numa nota de comentário aos resultados da sugunda maior retalhista nacional.
"De acordo com as nossa estimativas, a acção está a transaccionar a 7.9x EV/EBITDA05E contra uma média de 6.8x para os dois maiores retalhistas franceses. Tendo em conta todos estes aspectos, reiteramos a nossa recomendação de Reduce, Medium Risk em JM", salienta esta analista.
As acções da JM subiram 0,59% para 11,90 euros.
DE com Reuters
O Millennium bcp investimento considera positivos os resultados trimestrais reportados pela Jerónimo Martins (JM), com destaque para o retalho e indústria em Portugal, mas mantém a recomendação de 'reduce'.
A JM apresentou um lucro líquido atribuível de 16,8 milhões de euros, o que representa um crescimento de 11,2%, face ao primeiro trimestre de 2004, enquanto as vendas consolidadas aumentaram 12% para 875,7 M€.
"No entanto, o espaço para uma revisão em alta do nosso preço alvo de 11,90 euros, para o final do ano, parece-nos reduzido", salienta a analista Bárbara Ferreira.
A mesma responsável explica que, "por um lado, a cotação potencial da Biedronka na Polónia, que não parece estar agendada para um futuro próximo, não deverá implicar uma avaliação enterprise value superior a 8.0x a 10.0x, o que significa que o potencial de valorização adicional deverá estar limitado a 0,9 euros por acção da JM (usando um múltiplo EV/EBITDA05E de 10.0x)".
Por outro lado, "considerando um EBITDA constante para a indústria em torno dos 40 M€ (excluindo a recente transacção Bestfoods Portugal), o nível reportado nos últimos anos, a nossa avaliação para a JM aumentaria em apenas 0,15 euros por acção".
"Por último, a aquisição da Bestfoods Portugal pode afectar negativamente o nosso price target para a JM em um a três por cento", afirma numa nota de comentário aos resultados da sugunda maior retalhista nacional.
"De acordo com as nossa estimativas, a acção está a transaccionar a 7.9x EV/EBITDA05E contra uma média de 6.8x para os dois maiores retalhistas franceses. Tendo em conta todos estes aspectos, reiteramos a nossa recomendação de Reduce, Medium Risk em JM", salienta esta analista.
As acções da JM subiram 0,59% para 11,90 euros.
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Sérgio Figueiredo
O processo da vergonha
sf@mediafin.pt
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António Câmara era um professor universitário, dedicado à investigação como tantos outros. Mas, infelizmente, não era como os outros. E quando os avisou que estava a pensar tornar-se empresário, a reacção foi previsível: «Só pensas em ganhar dinheiro». Sorte a dele, porque criou a empresa, começou a fazer jogos para telemóveis, ganha efectivamente bastante dinheiro e ...
Sorte a dele, porque criou a empresa, começou a fazer jogos para telemóveis, ganha efectivamente bastante dinheiro e hoje é um daqueles casos de sucesso que nos fazem acreditar que o país consegue.
Azar o nosso, porque, pior que a inveja nacional, só mesmo a imbecilidade que reina no mundo académico nacional.
A Universidade deveria pertencer à ala mais dinâmica da sociedade. A Universidade representa, em princípio, o inconformismo. É o local que, por excelência, alimenta o confronto de ideias.
Mas aqui não. Na Academia portuguesa não há competição. Os professores que conheci há vinte anos estão sentados no mesmo sítio, muitos a «ensinarem» as mesmas matérias.
Não é assim só na minha escola. Nem em apenas uma ou duas. Nem é só em Economia e Gestão. Na verdade, não há um mercado de trabalho entre os professores universitários. Não rodam entre instituições. Não recrutam os melhores. Não os deixam sequer entrar. Pudera!
A maioria recusa sequer ser avaliada, nem pelos trabalhos que publica, quanto mais pelos projectos que empreende. Ninguém está sujeito a pressão de espécie alguma.
No MIT, lembra Câmara, faz-se uma distinção entre «consagrados» e «não-consagrados». Entre os primeiros há três tipos de gente: vencedores de um prémio Nobel, candidatos a um prémio Nobel ou alguém que cria uma empresa.
Os «não-consagrados», nos Estados Unidos, só recebem 40% do salário. Em Portugal chegam a reitores e presidentes dos conselhos directivos. Ainda por cima, sentindo asco daqueles impuros que se prostituem ao capitalismo e formam uma empresa.
Não é escusado dizer que há excepções. Aliás, dado o caldo de cultura reinante, é cada vez mais necessário falar delas. A Universidade do Minho e a Universidade de Aveiro são duas grandes e honrosas excepções na ligação ao mundo empresarial.
Há mais instituições «vivas», abertas, pró-activas. A Escola de Gestão do Porto é uma delas. As empresas que fazem inovação, procuram inovação, promovem inovação, não citam muitos mais exemplos. De flexibilidade dos dirigentes das escolas. Do empreendorismo dos estudantes.
Evidentemente que não há choque tecnológico que resolva isto. E, como é normal, não é o Processo de Bolonha, ontem aprovado em Conselho de Ministros, que desbloqueia este travão ao desenvolvimento do país.
Reformas curriculares, para simplificar, como é o caso, são bem-vindas. Mas estamos cansados de ver, na universidade como nos restantes níveis do sistema de ensino, os programas serem mudados, as disciplinas serem mudadas, os horários serem mudados – para o desastre ficar na mesma.
O engenheiro Sócrates está determinado em abanar os instalados. Não esqueça os professores que teve. Quando fizer o Orçamento para 2006.
O processo da vergonha
sf@mediafin.pt
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António Câmara era um professor universitário, dedicado à investigação como tantos outros. Mas, infelizmente, não era como os outros. E quando os avisou que estava a pensar tornar-se empresário, a reacção foi previsível: «Só pensas em ganhar dinheiro». Sorte a dele, porque criou a empresa, começou a fazer jogos para telemóveis, ganha efectivamente bastante dinheiro e ...
Sorte a dele, porque criou a empresa, começou a fazer jogos para telemóveis, ganha efectivamente bastante dinheiro e hoje é um daqueles casos de sucesso que nos fazem acreditar que o país consegue.
Azar o nosso, porque, pior que a inveja nacional, só mesmo a imbecilidade que reina no mundo académico nacional.
A Universidade deveria pertencer à ala mais dinâmica da sociedade. A Universidade representa, em princípio, o inconformismo. É o local que, por excelência, alimenta o confronto de ideias.
Mas aqui não. Na Academia portuguesa não há competição. Os professores que conheci há vinte anos estão sentados no mesmo sítio, muitos a «ensinarem» as mesmas matérias.
Não é assim só na minha escola. Nem em apenas uma ou duas. Nem é só em Economia e Gestão. Na verdade, não há um mercado de trabalho entre os professores universitários. Não rodam entre instituições. Não recrutam os melhores. Não os deixam sequer entrar. Pudera!
A maioria recusa sequer ser avaliada, nem pelos trabalhos que publica, quanto mais pelos projectos que empreende. Ninguém está sujeito a pressão de espécie alguma.
No MIT, lembra Câmara, faz-se uma distinção entre «consagrados» e «não-consagrados». Entre os primeiros há três tipos de gente: vencedores de um prémio Nobel, candidatos a um prémio Nobel ou alguém que cria uma empresa.
Os «não-consagrados», nos Estados Unidos, só recebem 40% do salário. Em Portugal chegam a reitores e presidentes dos conselhos directivos. Ainda por cima, sentindo asco daqueles impuros que se prostituem ao capitalismo e formam uma empresa.
Não é escusado dizer que há excepções. Aliás, dado o caldo de cultura reinante, é cada vez mais necessário falar delas. A Universidade do Minho e a Universidade de Aveiro são duas grandes e honrosas excepções na ligação ao mundo empresarial.
Há mais instituições «vivas», abertas, pró-activas. A Escola de Gestão do Porto é uma delas. As empresas que fazem inovação, procuram inovação, promovem inovação, não citam muitos mais exemplos. De flexibilidade dos dirigentes das escolas. Do empreendorismo dos estudantes.
Evidentemente que não há choque tecnológico que resolva isto. E, como é normal, não é o Processo de Bolonha, ontem aprovado em Conselho de Ministros, que desbloqueia este travão ao desenvolvimento do país.
Reformas curriculares, para simplificar, como é o caso, são bem-vindas. Mas estamos cansados de ver, na universidade como nos restantes níveis do sistema de ensino, os programas serem mudados, as disciplinas serem mudadas, os horários serem mudados – para o desastre ficar na mesma.
O engenheiro Sócrates está determinado em abanar os instalados. Não esqueça os professores que teve. Quando fizer o Orçamento para 2006.
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Companhia de Seguros Tranquilidade Vida detém 2,2% da Semapa
A Companhia de Seguros Tranquilidade Vida detém 2,2% do capital social da Semapa em virtude de aquisições em bolsa, em Fevereiro de 2003, de 2.529.248 acções, que ainda detém, informou a Semapa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
A Companhia de Seguros Tranquilidade Vida detém 2,2% do capital social da Semapa em virtude de aquisições em bolsa, em Fevereiro de 2003, de 2.529.248 acções, que ainda detém, informou a Semapa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo a mesma fonte, «aquele número total de acções corresponde a 2,1374% do capital social da Semapa e, devido ao número de acções próprias detidas pela sociedade, a 2,1878% dos direitos de voto não suspensos».
«Informou também a Companhia de Seguros Tranquilidade Vida, S.A. que nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários os direitos de voto destas acções, por força do domínio da Companhia de Seguros Tranquilidade Vida, SA pela BESPAR, SA, desta pela Espírito Santo Financial (Portugal), SA, desta pela Espírito Santo Financial Holding e desta pela Espírito Santo International, são imputados à Espírito Santo International», refere o comunicado.
As acções da Semapa [Cot] fecharam a cair 0,21% para os 4,76 euros.
A Companhia de Seguros Tranquilidade Vida detém 2,2% do capital social da Semapa em virtude de aquisições em bolsa, em Fevereiro de 2003, de 2.529.248 acções, que ainda detém, informou a Semapa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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A Companhia de Seguros Tranquilidade Vida detém 2,2% do capital social da Semapa em virtude de aquisições em bolsa, em Fevereiro de 2003, de 2.529.248 acções, que ainda detém, informou a Semapa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo a mesma fonte, «aquele número total de acções corresponde a 2,1374% do capital social da Semapa e, devido ao número de acções próprias detidas pela sociedade, a 2,1878% dos direitos de voto não suspensos».
«Informou também a Companhia de Seguros Tranquilidade Vida, S.A. que nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários os direitos de voto destas acções, por força do domínio da Companhia de Seguros Tranquilidade Vida, SA pela BESPAR, SA, desta pela Espírito Santo Financial (Portugal), SA, desta pela Espírito Santo Financial Holding e desta pela Espírito Santo International, são imputados à Espírito Santo International», refere o comunicado.
As acções da Semapa [Cot] fecharam a cair 0,21% para os 4,76 euros.
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CEO da Vivo reclama de «dose de loucura» do mercado na captação de clientes
A concorrência está acirrada no mercado móvel brasileiro, levando Franscico Padinha, presidente executivo da Vivo, da Portugal Telecom, a afirmar que existe «alguma dose de loucura» no mercado, mas para manter a liderança a operadora teve que aumentar a subsidiação, mas nunca baixará aos valores oferecidos pela concorrência, garantiu.
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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt*
A concorrência está acirrada no mercado móvel brasileiro, levando Franscico Padinha, presidente executivo da Vivo, da Portugal Telecom, a afirmar que existe «alguma dose de loucura» no mercado, mas para manter a liderança a operadora teve que aumentar a subsidiação, mas nunca baixará aos valores oferecidos pela concorrência, garantiu.
Em conferência de imprensa, para apresentação dos resultados do primeiro trimestre deste ano, Padinha mostrou-se irritado com o modo como a concorrência está a tentar captar quota à Vivo que, é líder com cerca de 40% do mercado de telemóveis no Brasil.
Padinha afirma que a Vivo está sofrer «ataques da concorrência», que oferecem telefones com máquina fotográfica gratuitos e redução de 50% na factura. «Duvido que isto exista na Índia», avaliou.
O CEO da participada da PT acredita que a empresa não deve enveredar por uma «política demasiado agressiva».
«Queremos ter 40% de alguma coisa, não 100% de zero», comentou o executivo português.
«Os nossos accionistas têm sido pragmáticos e cautelosos. Não é apenas o aumento dos subsídios (de terminais) mas a evolução da receita é bem mais determinante (redução das margens). Há uma grande agressividade no princing das tarifas», avançou Padinha.
Para acompanhar a agressividade do mercado, a Vivo, também começou a lançar campanhas promocionais competitivas agora por altura do Dia da Mãe. «Tivemos que fazer um esforço de adaptação dos planos aos planos da concorrência», avançou Padinha.
Em Janeiro e Fevereiro, a Telesp Celular Participações que, controla as operadoras de Telesp Celular do Estado de São Paulo, Global Telecom de Santa Catarina e Paraná e a Tele Centro Oeste de Brasília, optou por investir na retenção de clientes.
Por isso, é visível que o número de adições liquidas, no primeiro trimestre de 2005, somou 319 mil, menos 68% do que no período homólogo, o que compara com os 1,268 milhões de novos clientes no quarto trimestre deste ano.
Mas, em Março, face às propostas da concorrência, porque seria «perigoso para o líder estar fora disso», a Vivo começou a lançar várias campanhas promocionais para reter a liderança, explicou.
No primeiro trimestre, a empresa reduziu o esforço na ordem de 30% para captação de clientes e aumentou em 75% na retenção da base no pós-pago.
*Correspondente em São Paulo
A concorrência está acirrada no mercado móvel brasileiro, levando Franscico Padinha, presidente executivo da Vivo, da Portugal Telecom, a afirmar que existe «alguma dose de loucura» no mercado, mas para manter a liderança a operadora teve que aumentar a subsidiação, mas nunca baixará aos valores oferecidos pela concorrência, garantiu.
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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt*
A concorrência está acirrada no mercado móvel brasileiro, levando Franscico Padinha, presidente executivo da Vivo, da Portugal Telecom, a afirmar que existe «alguma dose de loucura» no mercado, mas para manter a liderança a operadora teve que aumentar a subsidiação, mas nunca baixará aos valores oferecidos pela concorrência, garantiu.
Em conferência de imprensa, para apresentação dos resultados do primeiro trimestre deste ano, Padinha mostrou-se irritado com o modo como a concorrência está a tentar captar quota à Vivo que, é líder com cerca de 40% do mercado de telemóveis no Brasil.
Padinha afirma que a Vivo está sofrer «ataques da concorrência», que oferecem telefones com máquina fotográfica gratuitos e redução de 50% na factura. «Duvido que isto exista na Índia», avaliou.
O CEO da participada da PT acredita que a empresa não deve enveredar por uma «política demasiado agressiva».
«Queremos ter 40% de alguma coisa, não 100% de zero», comentou o executivo português.
«Os nossos accionistas têm sido pragmáticos e cautelosos. Não é apenas o aumento dos subsídios (de terminais) mas a evolução da receita é bem mais determinante (redução das margens). Há uma grande agressividade no princing das tarifas», avançou Padinha.
Para acompanhar a agressividade do mercado, a Vivo, também começou a lançar campanhas promocionais competitivas agora por altura do Dia da Mãe. «Tivemos que fazer um esforço de adaptação dos planos aos planos da concorrência», avançou Padinha.
Em Janeiro e Fevereiro, a Telesp Celular Participações que, controla as operadoras de Telesp Celular do Estado de São Paulo, Global Telecom de Santa Catarina e Paraná e a Tele Centro Oeste de Brasília, optou por investir na retenção de clientes.
Por isso, é visível que o número de adições liquidas, no primeiro trimestre de 2005, somou 319 mil, menos 68% do que no período homólogo, o que compara com os 1,268 milhões de novos clientes no quarto trimestre deste ano.
Mas, em Março, face às propostas da concorrência, porque seria «perigoso para o líder estar fora disso», a Vivo começou a lançar várias campanhas promocionais para reter a liderança, explicou.
No primeiro trimestre, a empresa reduziu o esforço na ordem de 30% para captação de clientes e aumentou em 75% na retenção da base no pós-pago.
*Correspondente em São Paulo
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Lucros da Cofina aumentam 34% no primeiro trimestre
A Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, consolidou resultados líquidos de 4,1 milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento homólogo de 34%. As receitas aumentaram 19,5%.
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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
A Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, consolidou resultados líquidos de 4,1 milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento homólogo de 34%. As receitas aumentaram 19,5%.
A Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, consolidou resultados líquidos de 4,1 milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento homólogo de 34%. As receitas aumentaram 19,5%.
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A Cofina, tendo em conta apenas os activos de media, consolidou resultados líquidos de 4,1 milhões de euros, um valor que corresponde a um crescimento homólogo de 34%. As receitas aumentaram 19,5%.
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Millennium bcp detém 2,01% dos direitos de voto na SAG Gest
DE
A instituição liderada por Paulo Teixeira Pinto anunciou hoje ter aumentado a sua participação indirecta na SAG Gest - Soluções Automóvel Globais para 2 925 381 acções, representativas de 1,95% do capital social e 2,01% dos direitos de voto na empresa.
Segundo um comunicado hoje emitido pela SAG Gest, "a Millennium bcp – Gestão de Fundos de Investimento, SA, em representação dos fundos mobiliários por si geridos, comunica que, em 27 de Abril aumentou a sua participação" no capital da empresa para 2 925 381 acções.
O documento informa ainda que este aumento de participação qualificada resultou da aquisição em bolsa na data acima mencionada de 20 250 acções da SAG Gest.
DE
A instituição liderada por Paulo Teixeira Pinto anunciou hoje ter aumentado a sua participação indirecta na SAG Gest - Soluções Automóvel Globais para 2 925 381 acções, representativas de 1,95% do capital social e 2,01% dos direitos de voto na empresa.
Segundo um comunicado hoje emitido pela SAG Gest, "a Millennium bcp – Gestão de Fundos de Investimento, SA, em representação dos fundos mobiliários por si geridos, comunica que, em 27 de Abril aumentou a sua participação" no capital da empresa para 2 925 381 acções.
O documento informa ainda que este aumento de participação qualificada resultou da aquisição em bolsa na data acima mencionada de 20 250 acções da SAG Gest.
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Ensino de qualidade
Fernando Branco
A educação básica e secundária é uma área absolutamente fundamental para o desenvolvimento.
A propósito da revelação das conclusões de mais um estudo com comparações internacionais, voltamos esta semana a ser confrontados com a realidade decepcionante da preparação deficiente que o sistema português de educação básica proporciona aos nossos jovens. Concluiu-se mais uma vez que o domínio da matemática pelos jovens portugueses fica bem aquém do dos jovens de muitos outros países. Os agentes mais directamente envolvidos no ensino básico e secundário, dos professores à Ministra da Educação, manifestaram a reiterada preocupação pela situação e assumiram a necessidade de atacar o problema.
Em termos gerais as soluções apontadas não trouxeram muito de novo. Referiu-se a necessidade de melhoria das condições globais da aprendizagem (com o que, quase tautologicamente, todos têm de estar de acordo), que era invariavelmente procurada em medidas como a formação dos professores ou o estímulo do ensino experimental (da matemática!). Mas tendo sempre subjacente a necessidade, transformada em promessa por parte da Ministra da Educação, de um maior investimento público no ensino.
A educação básica e secundária é uma área absolutamente fundamental para o desenvolvimento sustentado do país. Erros a este nível saem-nos muito caros. Não só porque o nível de competências nucleares apresentado pelos portugueses determina a base do potencial de desenvolvimento de um país, mas também pela enorme inércia que a situação representa, no sentido em que as mudanças só proporcionam resultados numa escala de gerações, a prazos de dez a vinte anos. A melhoria da preparação que conferimos aos nossos jovens deveria, por isso, constituir um desígnio a que ninguém, cidadãos, empresas ou Estado, estivesse indiferente e em que todos se sentissem compelidos a participar.
Será todavia muito difícil que, numa conjugação de contributos em grandes reuniões ou em centros de decisão, com exposição de opiniões e pontos de vista, defesa de soluções específicas ou procura de novas propostas, se venha a verificar uma convergência clara a favor de um certo conjunto de medidas para a resolução do problema. Correremos por isso o risco de continuar a insistir em decisões gerais ditadas do centro, em que as políticas continuem a ser essencialmente definidas em função da visão específica do governo do momento, com alterações quando muda a força política no poder, mas com a (quase) certeza de que continuaremos a ter uma formação muito deficiente para todos.
Penso que seria, por isso, muito mais apropriado que decididamente se apostasse na criação de condições para que diferentes modelos de resolução sejam tentados. Depois, seria um processo de selecção natural, que se encarregaria de, com o próprio passar do tempo, nos mostrar as melhores soluções.
Naturalmente, isso pressuporia medidas simples mas que representariam uma mudança fundamental na forma como a educação tem sido encarada pelos nossos governos. Ao invés de se procurarem modelos gerais que têm de ser seguidos em todas as escolas, a tónica seria o convite à inovação e diversidade, a promoção da autonomia e da responsabilidade ao nível das escolas, complementada por uma efectiva liberdade de escolha por parte dos pais e alunos.
O Estado daria mais ênfase ao seu papel de garante na criação de condições de acesso universal à educação e de regulação do sistema, mas em compensação atenuaria a sua preocupação como fornecedor directo de serviços de educação. Mais do que dirigir esforços para a identificação da políticas específicas que melhorem a qualidade do ensino, o Estado concentrar-se-ia na criação de condições de enquadramento e funcionamento, e permitiria que as respostas concretas fossem identificadas de um modo mais descentralizado por todos os que, no quotidiano e junto de cada realidade concreta, fossem tomando as decisões que melhor lhes parecessem servir os seus interesses. No fundo, seria deixar a sociedade civil actuar.
____
Fernando Branco é professor da Universidade Católica
Fernando Branco
A educação básica e secundária é uma área absolutamente fundamental para o desenvolvimento.
A propósito da revelação das conclusões de mais um estudo com comparações internacionais, voltamos esta semana a ser confrontados com a realidade decepcionante da preparação deficiente que o sistema português de educação básica proporciona aos nossos jovens. Concluiu-se mais uma vez que o domínio da matemática pelos jovens portugueses fica bem aquém do dos jovens de muitos outros países. Os agentes mais directamente envolvidos no ensino básico e secundário, dos professores à Ministra da Educação, manifestaram a reiterada preocupação pela situação e assumiram a necessidade de atacar o problema.
Em termos gerais as soluções apontadas não trouxeram muito de novo. Referiu-se a necessidade de melhoria das condições globais da aprendizagem (com o que, quase tautologicamente, todos têm de estar de acordo), que era invariavelmente procurada em medidas como a formação dos professores ou o estímulo do ensino experimental (da matemática!). Mas tendo sempre subjacente a necessidade, transformada em promessa por parte da Ministra da Educação, de um maior investimento público no ensino.
A educação básica e secundária é uma área absolutamente fundamental para o desenvolvimento sustentado do país. Erros a este nível saem-nos muito caros. Não só porque o nível de competências nucleares apresentado pelos portugueses determina a base do potencial de desenvolvimento de um país, mas também pela enorme inércia que a situação representa, no sentido em que as mudanças só proporcionam resultados numa escala de gerações, a prazos de dez a vinte anos. A melhoria da preparação que conferimos aos nossos jovens deveria, por isso, constituir um desígnio a que ninguém, cidadãos, empresas ou Estado, estivesse indiferente e em que todos se sentissem compelidos a participar.
Será todavia muito difícil que, numa conjugação de contributos em grandes reuniões ou em centros de decisão, com exposição de opiniões e pontos de vista, defesa de soluções específicas ou procura de novas propostas, se venha a verificar uma convergência clara a favor de um certo conjunto de medidas para a resolução do problema. Correremos por isso o risco de continuar a insistir em decisões gerais ditadas do centro, em que as políticas continuem a ser essencialmente definidas em função da visão específica do governo do momento, com alterações quando muda a força política no poder, mas com a (quase) certeza de que continuaremos a ter uma formação muito deficiente para todos.
Penso que seria, por isso, muito mais apropriado que decididamente se apostasse na criação de condições para que diferentes modelos de resolução sejam tentados. Depois, seria um processo de selecção natural, que se encarregaria de, com o próprio passar do tempo, nos mostrar as melhores soluções.
Naturalmente, isso pressuporia medidas simples mas que representariam uma mudança fundamental na forma como a educação tem sido encarada pelos nossos governos. Ao invés de se procurarem modelos gerais que têm de ser seguidos em todas as escolas, a tónica seria o convite à inovação e diversidade, a promoção da autonomia e da responsabilidade ao nível das escolas, complementada por uma efectiva liberdade de escolha por parte dos pais e alunos.
O Estado daria mais ênfase ao seu papel de garante na criação de condições de acesso universal à educação e de regulação do sistema, mas em compensação atenuaria a sua preocupação como fornecedor directo de serviços de educação. Mais do que dirigir esforços para a identificação da políticas específicas que melhorem a qualidade do ensino, o Estado concentrar-se-ia na criação de condições de enquadramento e funcionamento, e permitiria que as respostas concretas fossem identificadas de um modo mais descentralizado por todos os que, no quotidiano e junto de cada realidade concreta, fossem tomando as decisões que melhor lhes parecessem servir os seus interesses. No fundo, seria deixar a sociedade civil actuar.
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Fernando Branco é professor da Universidade Católica
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No Financial Times
Quando a Fiat ganha alguns “Puntos”
FT
Quando se deve 100 euros ao banco, temos um problema. Quando se deve 1 milhão, é o banco que tem um grave problema. No caso da Fiat, os números têm ainda mais zeros, mas o velho adágio aplica-se na perfeição.
O director executivo da Fiat, Sergio Marchionne, está de parabéns pela reestruturação das finanças do construtor automóvel italiano. Em Fevereiro, conseguiu, no entanto, forçar a opção de compra da Fiat Auto por 1,55 mil milhões de euros à norte-americana General Motors. A isto seguiu-se a capitulação dos banqueiros da Fiat, que optaram por honrar os termos de um empréstimo convertível de 3 mil milhões de dólares, ao invés de renegociar o mesmo.
A conversão em acções deverá estar completa em Setembro e será feita ao dobro do actual preço por acção, de 5,1 euros. Estima-se, assim, que a Fiat arrecade ganhos na ordem de 1,4 mil milhões de euros, aos quais serão adicionadas as receitas da venda da sua participação na Italenergia. A dívida da Fiat, que rondava os 9,4 mil milhões de euros no final de 2004, deverá descer para 6 mil milhões antes de poder avançar para um novo ‘cash burn’, isto é, para a eliminação de unidades economicamente não rentáveis.
Marchionne já adquiriu a Fiat há bastante tempo, mas o seu maior problema mantém-se, pois tem uma empresa que constrói o tipo de viaturas que os consumidores querem comprar por preços módicos. A Fiat alega, porém, que a recente redução da quota de mercado releva do seu afastamento do rentável mercado de aluguer de viaturas e dos fracos resultados das vendas, que sempre se verificam antes do lançamento de um novo modelo. Sublinhe-se que as vendas de carros na Europa têm vindo a decrescer há algum tempo, ao contrário da concorrência dos preços, que tende a acentuar-se. Tudo indica, pois, que os banqueiros da Fiat, que ainda detêm 27% da empresa, vendam em breve a sua participação.
Resumindo, compreende-se o interesse em cobrir as posições curtas da Fiat, na medida em que o risco de incumprimento de carácter técnico é, hoje, mais reduzido. Mas não se poderá dizer o mesmo da conversão em acções.
Quando a Fiat ganha alguns “Puntos”
FT
Quando se deve 100 euros ao banco, temos um problema. Quando se deve 1 milhão, é o banco que tem um grave problema. No caso da Fiat, os números têm ainda mais zeros, mas o velho adágio aplica-se na perfeição.
O director executivo da Fiat, Sergio Marchionne, está de parabéns pela reestruturação das finanças do construtor automóvel italiano. Em Fevereiro, conseguiu, no entanto, forçar a opção de compra da Fiat Auto por 1,55 mil milhões de euros à norte-americana General Motors. A isto seguiu-se a capitulação dos banqueiros da Fiat, que optaram por honrar os termos de um empréstimo convertível de 3 mil milhões de dólares, ao invés de renegociar o mesmo.
A conversão em acções deverá estar completa em Setembro e será feita ao dobro do actual preço por acção, de 5,1 euros. Estima-se, assim, que a Fiat arrecade ganhos na ordem de 1,4 mil milhões de euros, aos quais serão adicionadas as receitas da venda da sua participação na Italenergia. A dívida da Fiat, que rondava os 9,4 mil milhões de euros no final de 2004, deverá descer para 6 mil milhões antes de poder avançar para um novo ‘cash burn’, isto é, para a eliminação de unidades economicamente não rentáveis.
Marchionne já adquiriu a Fiat há bastante tempo, mas o seu maior problema mantém-se, pois tem uma empresa que constrói o tipo de viaturas que os consumidores querem comprar por preços módicos. A Fiat alega, porém, que a recente redução da quota de mercado releva do seu afastamento do rentável mercado de aluguer de viaturas e dos fracos resultados das vendas, que sempre se verificam antes do lançamento de um novo modelo. Sublinhe-se que as vendas de carros na Europa têm vindo a decrescer há algum tempo, ao contrário da concorrência dos preços, que tende a acentuar-se. Tudo indica, pois, que os banqueiros da Fiat, que ainda detêm 27% da empresa, vendam em breve a sua participação.
Resumindo, compreende-se o interesse em cobrir as posições curtas da Fiat, na medida em que o risco de incumprimento de carácter técnico é, hoje, mais reduzido. Mas não se poderá dizer o mesmo da conversão em acções.
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Investimento
Irlanda ultrapassa Portugal na preferência dos fundos
Maria João Gago
Mercado nacional desceu do terceiro para o quarto lugar no ‘ranking’ dos países em que os fundos mais investem.
Portugal foi ultrapassado pela Irlanda na lista de países em que os fundos de investimento mobiliário (FIM) e os fundos especiais de investimento (FEI) nacionais preferem realizar aplicações. No final do primeiro trimestre deste ano, o mercado nacional caiu do terceiro para o quarto lugar do ‘ranking’ de países preferidos pelos gestores de fundos portugueses, enquanto a praça irlandesa subiu da sétima para a terceira posição.
De acordo com o relatório sobre gestão de activos publicado ontem pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, os FIM e os FEI portugueses investiram em valores mobiliários cotados no mercado nacional 1,5 mil milhões de euros, menos 6,2% do que no último trimestre de 2004. Ou seja, ficaram em território português apenas 8,6% do total de 17,54 mil milhões de euros captados pelos fundos junto dos clientes que subscreveram unidades de participação em Portugal.
Já a Irlanda atraiu 9,4% das aplicações que foram captadas pelos fundos portugueses e que foram captadas em valores mobiliários cotados naquele mercado. A praça irlandesa atraiu um total de 1,65 mil milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 2,5 vezes do valor registado no final do ano passado.
À frente da Irlanda mantêm-se o Luxemburgo – cujo peso caiu de 47% para 40% ou 7,05 mil milhões de euros – e o Reino Unido, que atraiu 14% do total de activos sob gestão (2,47 mil milhões).
Acções nacionais perdem importância relativa
O mercado accionista nacional também perdeu importância relativa na estrutura de investimento dos FIM e dos FEI nacionais. No final de Março, apenas 3% da carteira total de investimentos dos fundos – que inclui valores mobiliários cotados e não cotados, assim como outras aplicações – estava aplicada em acções portuguesas, contra 3,1% a 31 de Dezembro.
A redução do peso do mercado accionista português resultou do facto de o crescimento do valor aplicado neste segmento ter crescido apenas 2,2% no primeiro trimestre, para 761,3 milhões de euros. Já o valor total de activos geridos pelos FIM e FEI aumentou 3,5%, para 25,28 mil milhões. Por seu turno, as aplicações em acções cotadas em praças estrangeiras subiram 7,5%, para 1,3 mil milhões (5,2% do total).
A importância dos valores mobiliários estrangeiros na composição da carteira dos fundos é ainda maior se se tiver em conta o mercado obrigacionista. As obrigações estrangeiras captaram 52,2% do valor total gerido pelos fundos, enquanto os títulos nacionais atraíram 3,2%. A vantagem dos valores estrangeiros verifica-se também na dívida pública: as emissões nacionais receberam 0,5% do total, contra 6,6% dos títulos estrangeiros.
Apenas no que diz respeito a unidades de participação (UP), os gestores preferem os valores cotados em Portugal, que representam 4,7% do total sob gestão, contra apenas 2,7% para as UP internacionais.
Gestão de activos sobe com titularização
A gestão de activos em Portugal movimentava 75,79 mil milhões de euros no final do primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 19,6% face a igual período de 2004. A progressão reflectiu, em grande parte, o aumento do valor dos fundos de titularização de crédito. Estas carteiras cresceram 36,2% nos primeiros três meses deste ano, ascendendo a 16,4 mil milhões de euros, de acordo com dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Em termos absolutos, os fundos de titularização aumentaram 4,37 mil milhões de euros. Na evolução percentual, o destaque pertenceu aos fundos especiais de investimento. Estas carteiras progrediram quase 2300%, ou seja, o seu valor multiplicou-se por quase 24 vezes no espaço de um ano.
No total, a gestão colectiva (todos os fundos de investimento nacionais) aumentou 18,7%, o que correspondeu a uma subida de 7,7 mil milhões de euros. Já a gestão individual (corretagem e gestão de patrimónios) avançou 21,1% ou 4,7 mil milhões de euros.
Os fundos de investimento estrangeiros vendidos em Portugal, que não integram a gestão de activos nacional, aumentaram quase 25% no primeiro trimestre, totalizando 416,5 milhões de euros. Desta forma, o sua dimensão é já equivalente a 0,55% da indústria nacional de gestão de activos.
Irlanda ultrapassa Portugal na preferência dos fundos
Maria João Gago
Mercado nacional desceu do terceiro para o quarto lugar no ‘ranking’ dos países em que os fundos mais investem.
Portugal foi ultrapassado pela Irlanda na lista de países em que os fundos de investimento mobiliário (FIM) e os fundos especiais de investimento (FEI) nacionais preferem realizar aplicações. No final do primeiro trimestre deste ano, o mercado nacional caiu do terceiro para o quarto lugar do ‘ranking’ de países preferidos pelos gestores de fundos portugueses, enquanto a praça irlandesa subiu da sétima para a terceira posição.
De acordo com o relatório sobre gestão de activos publicado ontem pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, os FIM e os FEI portugueses investiram em valores mobiliários cotados no mercado nacional 1,5 mil milhões de euros, menos 6,2% do que no último trimestre de 2004. Ou seja, ficaram em território português apenas 8,6% do total de 17,54 mil milhões de euros captados pelos fundos junto dos clientes que subscreveram unidades de participação em Portugal.
Já a Irlanda atraiu 9,4% das aplicações que foram captadas pelos fundos portugueses e que foram captadas em valores mobiliários cotados naquele mercado. A praça irlandesa atraiu um total de 1,65 mil milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 2,5 vezes do valor registado no final do ano passado.
À frente da Irlanda mantêm-se o Luxemburgo – cujo peso caiu de 47% para 40% ou 7,05 mil milhões de euros – e o Reino Unido, que atraiu 14% do total de activos sob gestão (2,47 mil milhões).
Acções nacionais perdem importância relativa
O mercado accionista nacional também perdeu importância relativa na estrutura de investimento dos FIM e dos FEI nacionais. No final de Março, apenas 3% da carteira total de investimentos dos fundos – que inclui valores mobiliários cotados e não cotados, assim como outras aplicações – estava aplicada em acções portuguesas, contra 3,1% a 31 de Dezembro.
A redução do peso do mercado accionista português resultou do facto de o crescimento do valor aplicado neste segmento ter crescido apenas 2,2% no primeiro trimestre, para 761,3 milhões de euros. Já o valor total de activos geridos pelos FIM e FEI aumentou 3,5%, para 25,28 mil milhões. Por seu turno, as aplicações em acções cotadas em praças estrangeiras subiram 7,5%, para 1,3 mil milhões (5,2% do total).
A importância dos valores mobiliários estrangeiros na composição da carteira dos fundos é ainda maior se se tiver em conta o mercado obrigacionista. As obrigações estrangeiras captaram 52,2% do valor total gerido pelos fundos, enquanto os títulos nacionais atraíram 3,2%. A vantagem dos valores estrangeiros verifica-se também na dívida pública: as emissões nacionais receberam 0,5% do total, contra 6,6% dos títulos estrangeiros.
Apenas no que diz respeito a unidades de participação (UP), os gestores preferem os valores cotados em Portugal, que representam 4,7% do total sob gestão, contra apenas 2,7% para as UP internacionais.
Gestão de activos sobe com titularização
A gestão de activos em Portugal movimentava 75,79 mil milhões de euros no final do primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 19,6% face a igual período de 2004. A progressão reflectiu, em grande parte, o aumento do valor dos fundos de titularização de crédito. Estas carteiras cresceram 36,2% nos primeiros três meses deste ano, ascendendo a 16,4 mil milhões de euros, de acordo com dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Em termos absolutos, os fundos de titularização aumentaram 4,37 mil milhões de euros. Na evolução percentual, o destaque pertenceu aos fundos especiais de investimento. Estas carteiras progrediram quase 2300%, ou seja, o seu valor multiplicou-se por quase 24 vezes no espaço de um ano.
No total, a gestão colectiva (todos os fundos de investimento nacionais) aumentou 18,7%, o que correspondeu a uma subida de 7,7 mil milhões de euros. Já a gestão individual (corretagem e gestão de patrimónios) avançou 21,1% ou 4,7 mil milhões de euros.
Os fundos de investimento estrangeiros vendidos em Portugal, que não integram a gestão de activos nacional, aumentaram quase 25% no primeiro trimestre, totalizando 416,5 milhões de euros. Desta forma, o sua dimensão é já equivalente a 0,55% da indústria nacional de gestão de activos.
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Madeiras
Sonae Indústria autónoma até Junho
Sónia Santos Pereira
Empresa já utilizou parte dos fundos provenientes das emissões de obrigações.
A Sonae Indústria prevê consumar este trimestre a autonomização financeira face à Sonae SGPS, passo imprescindível para a concretização do anunciado ‘spin-off’. A empresa já utilizou parte dos fundos provenientes das emissões de obrigações para liquidar os empréstimos da Sonae SGPS (163 milhões de euros) e dívida externa das subsidiárias.
No primeiro trimestre deste ano, a Sonae Indústria emitiu um empréstimo obrigacionista no montante de 55 milhões de euros e, esta semana, procedeu à emissão de outros dois, no valor global de 250 milhões de euros. Já em Outubro do ano passado tinha emitido obrigações no montante de 80 milhões. A dívida líquida aumentou em 22 milhões, para 586 milhões, devido a uma “menor utilização da securitização da carteira de clientes (18 milhões) e ao efeito da sazonalidade do negócio no fundo de maneio”, justifica a Sonae Indústria em comunicado.
A empresa de derivados de madeira apresentou um resultado líquido de 15 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, uma melhoria de 14 milhões face ao período homólogo de 2004. O EBITDA atingiu os 62 milhões de euros nestes três primeiros meses, um crescimento de 44%. Nas palavras de Carlos Bianchi de Aguiar, CEO da Sonae Indústria, esta evolução deve-se a “condições de mercado mais favoráveis, à continuação da estratégia de enfoque na margem e não na quota de mercado bem como da reestruturação operacional, através da gestão de capacidades e contenção de custos”.
O volume de negócios atingiu os 362 milhões de euros, um decréscimo de 1% face ao primeiro trimestre de 2004. A empresa salienta que a facturação seria de 343 milhões numa base comparável ao homólogo de 2004, excluindo a Gescartão, cuja participação foi alienada no fim do ano passado.
A empresa prevê num curto prazo um impacto negativo na rendibilidade dos produtos OSB e MDF devido à queda de preços, situação que deverá implicar uma diminuição no crescimento do EBITDA. Os elevados preços do petróleo tiveram um forte impacto na estrutura de custos.
Sonae Indústria autónoma até Junho
Sónia Santos Pereira
Empresa já utilizou parte dos fundos provenientes das emissões de obrigações.
A Sonae Indústria prevê consumar este trimestre a autonomização financeira face à Sonae SGPS, passo imprescindível para a concretização do anunciado ‘spin-off’. A empresa já utilizou parte dos fundos provenientes das emissões de obrigações para liquidar os empréstimos da Sonae SGPS (163 milhões de euros) e dívida externa das subsidiárias.
No primeiro trimestre deste ano, a Sonae Indústria emitiu um empréstimo obrigacionista no montante de 55 milhões de euros e, esta semana, procedeu à emissão de outros dois, no valor global de 250 milhões de euros. Já em Outubro do ano passado tinha emitido obrigações no montante de 80 milhões. A dívida líquida aumentou em 22 milhões, para 586 milhões, devido a uma “menor utilização da securitização da carteira de clientes (18 milhões) e ao efeito da sazonalidade do negócio no fundo de maneio”, justifica a Sonae Indústria em comunicado.
A empresa de derivados de madeira apresentou um resultado líquido de 15 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, uma melhoria de 14 milhões face ao período homólogo de 2004. O EBITDA atingiu os 62 milhões de euros nestes três primeiros meses, um crescimento de 44%. Nas palavras de Carlos Bianchi de Aguiar, CEO da Sonae Indústria, esta evolução deve-se a “condições de mercado mais favoráveis, à continuação da estratégia de enfoque na margem e não na quota de mercado bem como da reestruturação operacional, através da gestão de capacidades e contenção de custos”.
O volume de negócios atingiu os 362 milhões de euros, um decréscimo de 1% face ao primeiro trimestre de 2004. A empresa salienta que a facturação seria de 343 milhões numa base comparável ao homólogo de 2004, excluindo a Gescartão, cuja participação foi alienada no fim do ano passado.
A empresa prevê num curto prazo um impacto negativo na rendibilidade dos produtos OSB e MDF devido à queda de preços, situação que deverá implicar uma diminuição no crescimento do EBITDA. Os elevados preços do petróleo tiveram um forte impacto na estrutura de custos.
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Exportações líquidas dos EUA com o pior contributo para o PIB em dois anos
Luís Reis Ribeiro
PIB da maior economia do mundo aumentou 3,1% no primeiro trimestre de 2005, o registo mais fraco desde o período homólogo de 2003.
A rubrica das exportações líquidas (saldo da balança comercial de bens e serviços) foi o único dos grandes agregados do PIB que contribuiu negativamente para o crescimento dos Estados Unidos no primeiro trimestre deste ano, alcançando inclusive a pior prestação em mais de dois anos.
De acordo com os dados do Departamento de Comércio, ontem divulgados, as exportações líquidas estão a prejudicar a economia há seis trimestres consecutivos, com esta a registar uma expansão de 3,1% (variação trimestral anualizada e corrigida da sazonalidade) no período de Janeiro a Março, o ritmo mais lento dos últimos dois anos.
Um número que desiludiu a generalidade dos analistas porque ficou abaixo do inicialmente estimado (tudo apontava para que a economia abrandasse apenas para 3,6% ou 3,5%) e do crescimento do último trimestre do ano passado (3,8%). Em resultado disso, a economia americana voltou a ‘perder gás’ pelo segundo trimestre consecutivo.
De facto, para além das já conhecidas assimetrias da balança de capitais (o défice da balança de pagamentos dos EUA equivale a cerca de 5% do PIB e ameaça seriamente o equilíbrio do sistema de pagamentos globais), os dados de ontem mostram que as exportações norte-americanas estão a crescer a menos de metade do ritmo das importações (7% e 14,7%, respectivamente), facto que é sobretudo alavancado pela forte subida dos preços do petróleo, que veicularam um encarecimento extraordinário do valor das compras de bens e serviços ao exterior. A cotação do crude negociado em Nova Iorque (Nymex) aumentou mais de 30% ao longo do primeiro trimestre de 2005 e o preço médio do galão de gasolina cerca de 20%, segundo indicou recentemente o Departamento da Energia.
O consumo privado, que representa dois terços da despesa total da economia, também moderou o seu ritmo de expansão pelo segundo trimestre consecutivo, até aos 3,5%. Já a evolução do investimento, que também terá sido um pouco afectada pelos desenvolvimentos no mercado da energia, conseguiu manter-se na casa dos dois dígitos, com uma subida de 12,5% no primeiro trimestre deste ano. Finalmente, o consumo público voltou a travar para 0,6%.
As estatísticas do Departamento de Comércio revelaram também um aumento das pressões inflacionistas, já que o deflator implícito do PIB acelerou de 2,3% no quatro trimestre de 2005 para 3,2% no final de Março.
Os analistas citados frisam que, apesar do ligeiro arrefecimento da actividade, a descolagem dos preços está a tornar-se na principal preocupação dos decisores de política monetária, o que significa que a Reserva Federal (Fed) continua a ter argumentos sólidos para prosseguir com o seu plano de subida “gradual” das taxas de juro. O banco central reúne na próxima terça-feira, dia 3, devendo aumentar a taxa de referência de 2,75% para 3%, assim esperam os especialistas.
Luís Reis Ribeiro
PIB da maior economia do mundo aumentou 3,1% no primeiro trimestre de 2005, o registo mais fraco desde o período homólogo de 2003.
A rubrica das exportações líquidas (saldo da balança comercial de bens e serviços) foi o único dos grandes agregados do PIB que contribuiu negativamente para o crescimento dos Estados Unidos no primeiro trimestre deste ano, alcançando inclusive a pior prestação em mais de dois anos.
De acordo com os dados do Departamento de Comércio, ontem divulgados, as exportações líquidas estão a prejudicar a economia há seis trimestres consecutivos, com esta a registar uma expansão de 3,1% (variação trimestral anualizada e corrigida da sazonalidade) no período de Janeiro a Março, o ritmo mais lento dos últimos dois anos.
Um número que desiludiu a generalidade dos analistas porque ficou abaixo do inicialmente estimado (tudo apontava para que a economia abrandasse apenas para 3,6% ou 3,5%) e do crescimento do último trimestre do ano passado (3,8%). Em resultado disso, a economia americana voltou a ‘perder gás’ pelo segundo trimestre consecutivo.
De facto, para além das já conhecidas assimetrias da balança de capitais (o défice da balança de pagamentos dos EUA equivale a cerca de 5% do PIB e ameaça seriamente o equilíbrio do sistema de pagamentos globais), os dados de ontem mostram que as exportações norte-americanas estão a crescer a menos de metade do ritmo das importações (7% e 14,7%, respectivamente), facto que é sobretudo alavancado pela forte subida dos preços do petróleo, que veicularam um encarecimento extraordinário do valor das compras de bens e serviços ao exterior. A cotação do crude negociado em Nova Iorque (Nymex) aumentou mais de 30% ao longo do primeiro trimestre de 2005 e o preço médio do galão de gasolina cerca de 20%, segundo indicou recentemente o Departamento da Energia.
O consumo privado, que representa dois terços da despesa total da economia, também moderou o seu ritmo de expansão pelo segundo trimestre consecutivo, até aos 3,5%. Já a evolução do investimento, que também terá sido um pouco afectada pelos desenvolvimentos no mercado da energia, conseguiu manter-se na casa dos dois dígitos, com uma subida de 12,5% no primeiro trimestre deste ano. Finalmente, o consumo público voltou a travar para 0,6%.
As estatísticas do Departamento de Comércio revelaram também um aumento das pressões inflacionistas, já que o deflator implícito do PIB acelerou de 2,3% no quatro trimestre de 2005 para 3,2% no final de Março.
Os analistas citados frisam que, apesar do ligeiro arrefecimento da actividade, a descolagem dos preços está a tornar-se na principal preocupação dos decisores de política monetária, o que significa que a Reserva Federal (Fed) continua a ter argumentos sólidos para prosseguir com o seu plano de subida “gradual” das taxas de juro. O banco central reúne na próxima terça-feira, dia 3, devendo aumentar a taxa de referência de 2,75% para 3%, assim esperam os especialistas.
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Banco de Portugal
Banca acredita que o pior já passou no crédito malparado
Filipe Charters de Azevedo
Créditos de cobrança duvidosa têm vindo a diminuir nos últimos meses. Famílias e empresas voltaram a endividar-se, mas com baixo risco.
O sector financeiro acredita que o pior em termos de concessão de crédito já passou. A taxa das dívidas malparadas em percentagem de crédito concedido está a cair. Os dados do boletim estatístico do Banco de Portugal vêm mostrar que, apesar do continuado crescimento da concessão de crédito a particulares e empresas, não parece haver um risco acrescido para a economia. Ou seja, tendo em conta a estagnação económica, seria de esperar uma deterioração da qualidade da carteira de crédito, o que não está a acontecer.
De acordo com a publicação do Banco de Portugal, em Fevereiro o volume de crédito concedido aumentou cerca de 7 mil milhões de euros em termos homólogos, mas a variação de créditos de cobrança duvidosa caiu quase 300 milhões de euros. Isto é, o rácio de crédito malparado diminuiu 0,2 pontos percentuais. Já em Dezembro, este rácio tinha atingido o menor valor desde 1997, com cerca de apenas 1,7% do crédito concedido.
Para Carlos Andrade, economista-chefe do BES, os bancos sabem que a economia está a recuperar, “mas não de forma significativa”. Assim, tem havido uma “atitude cautelosa na concessão de crédito”. Rui Constantino, economista-chefe do Banco Santander, lembra que na Europa os “bancos estão a aumentar os níveis de crédito concedido devido à forte concorrência no sector, e não tanto devido às condições de retoma europeia”.
As famílias tendem a recorrer às poupanças, ou a contrair empréstimos, para manter o consumo constante durante a vida. Uma subida do valor dos empréstimos, numa população estabilizada e sem uma alteração nas taxas de juro, significa que as famílias acreditam que o futuro é mais promissor. De facto, o valor dos créditos incobráveis dos particulares nos últimos três meses tem se mantido estável: aproximadamente 2% do volume dos empréstimos concedidos é de cobrança duvidosa.
Do lado das empresas, o endividamento aumentou nos primeiros meses de 2005, seguindo a tendência verificada nos meses anteriores. Porém, a taxa de cobrança duvidosa está a diminuir. Os dados do Banco de Portugal demonstram que em Fevereiro 1,7% do crédito concedido às empresas é de difícil cobrança. No período homólogo, o valor rondava os 2,5%.
Apesar de aparentemente o risco da carteira de crédito do sector financeiro estar a diminuir, a subida do endividamento dos agentes reflecte-se no desequilíbrio externo da economia – um dos principais problemas que enfrenta. Sem uma forte produção interna, o país tem se refugiado na compra a crédito. Desta forma, as necessidades de financiamento da economia atingiram cerca de 6% de tudo o que se produz no país. Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, tem alertado que estando o país numa união monetária, o limite para o endividamento está na restrição orçamental de cada um dos agentes.
Sector financeiro “limpa” incobráveis do activo
Os bancos estão a diminuir o ritmo de provisionamento referente ao incumprimento dos créditos concedidos. Desta forma, o sector financeiro revela a sua confiança nos consumidores e nas empresas. De uma forma grosseira, os bancos já eliminaram dos seus balanços as empresas e as famílias que estão em falência – o que tinha de fechar já fechou.
Nos primeiros dois meses do ano, os bancos nacionais abateram ao activo cerca de 60 milhões de euros, por crédito de cobrança “muito duvidosa”. No mesmo período de tempo, para 2003, o sector financeiro abateu 160 milhões. Desta forma, nos últimos meses a evolução dos abatimento de créditos revela uma clara tendência de redução, apesar do nível de créditos concedidos estar a aumentar tanto para as empresas, como para os particulares.
Enquanto que em média eram abatidos 17 milhões de euros por mês entre 1998 e 2002. Durante os anos de 2003 e 2004, a média de abatimentos foi de 38 milhões.
Para Teresa Gil Pinheiro, analista do BPI, foi notório um aumento destes fluxos nos momentos de maior contratação económica. Para esta especialista, o pior parece já ter passado.
A especialista defende ainda que os rácios de crédito malparado estão relativamente baixos devido a estes abatimentos, que são deduzidos ao crédito vivo.
Para Rui Constantino, economista-chefe do Banco Santander, o que os dados demonstram é que quando a economia recupera “é normal uma melhoria dos rácios de incumprimento”. Carlos Andrade, chefe da equipa de resarch do BES, sublinha que “não é objectivo dos bancos conceder o maior número de créditos possivel”. Assim, os valores de empréstimos em risco e de abatimentos revelam a actividade económica.
Quanto às operações de titularização – que foram utilizadas pela banca para melhorar os seus rácios relativos ao crédito –, o seu impacto é nulo uma vez que este crédito é considerado como “boa dívida”. Os bancos abdicam com estas operações de direitos a créditos cobráveis – só esses podem ser titularizados – por forma a receber hoje o dinheiro em dívida. Porém, para os agentes económicos essa dívida tem à mesma de ser paga.
Banca acredita que o pior já passou no crédito malparado
Filipe Charters de Azevedo
Créditos de cobrança duvidosa têm vindo a diminuir nos últimos meses. Famílias e empresas voltaram a endividar-se, mas com baixo risco.
O sector financeiro acredita que o pior em termos de concessão de crédito já passou. A taxa das dívidas malparadas em percentagem de crédito concedido está a cair. Os dados do boletim estatístico do Banco de Portugal vêm mostrar que, apesar do continuado crescimento da concessão de crédito a particulares e empresas, não parece haver um risco acrescido para a economia. Ou seja, tendo em conta a estagnação económica, seria de esperar uma deterioração da qualidade da carteira de crédito, o que não está a acontecer.
De acordo com a publicação do Banco de Portugal, em Fevereiro o volume de crédito concedido aumentou cerca de 7 mil milhões de euros em termos homólogos, mas a variação de créditos de cobrança duvidosa caiu quase 300 milhões de euros. Isto é, o rácio de crédito malparado diminuiu 0,2 pontos percentuais. Já em Dezembro, este rácio tinha atingido o menor valor desde 1997, com cerca de apenas 1,7% do crédito concedido.
Para Carlos Andrade, economista-chefe do BES, os bancos sabem que a economia está a recuperar, “mas não de forma significativa”. Assim, tem havido uma “atitude cautelosa na concessão de crédito”. Rui Constantino, economista-chefe do Banco Santander, lembra que na Europa os “bancos estão a aumentar os níveis de crédito concedido devido à forte concorrência no sector, e não tanto devido às condições de retoma europeia”.
As famílias tendem a recorrer às poupanças, ou a contrair empréstimos, para manter o consumo constante durante a vida. Uma subida do valor dos empréstimos, numa população estabilizada e sem uma alteração nas taxas de juro, significa que as famílias acreditam que o futuro é mais promissor. De facto, o valor dos créditos incobráveis dos particulares nos últimos três meses tem se mantido estável: aproximadamente 2% do volume dos empréstimos concedidos é de cobrança duvidosa.
Do lado das empresas, o endividamento aumentou nos primeiros meses de 2005, seguindo a tendência verificada nos meses anteriores. Porém, a taxa de cobrança duvidosa está a diminuir. Os dados do Banco de Portugal demonstram que em Fevereiro 1,7% do crédito concedido às empresas é de difícil cobrança. No período homólogo, o valor rondava os 2,5%.
Apesar de aparentemente o risco da carteira de crédito do sector financeiro estar a diminuir, a subida do endividamento dos agentes reflecte-se no desequilíbrio externo da economia – um dos principais problemas que enfrenta. Sem uma forte produção interna, o país tem se refugiado na compra a crédito. Desta forma, as necessidades de financiamento da economia atingiram cerca de 6% de tudo o que se produz no país. Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, tem alertado que estando o país numa união monetária, o limite para o endividamento está na restrição orçamental de cada um dos agentes.
Sector financeiro “limpa” incobráveis do activo
Os bancos estão a diminuir o ritmo de provisionamento referente ao incumprimento dos créditos concedidos. Desta forma, o sector financeiro revela a sua confiança nos consumidores e nas empresas. De uma forma grosseira, os bancos já eliminaram dos seus balanços as empresas e as famílias que estão em falência – o que tinha de fechar já fechou.
Nos primeiros dois meses do ano, os bancos nacionais abateram ao activo cerca de 60 milhões de euros, por crédito de cobrança “muito duvidosa”. No mesmo período de tempo, para 2003, o sector financeiro abateu 160 milhões. Desta forma, nos últimos meses a evolução dos abatimento de créditos revela uma clara tendência de redução, apesar do nível de créditos concedidos estar a aumentar tanto para as empresas, como para os particulares.
Enquanto que em média eram abatidos 17 milhões de euros por mês entre 1998 e 2002. Durante os anos de 2003 e 2004, a média de abatimentos foi de 38 milhões.
Para Teresa Gil Pinheiro, analista do BPI, foi notório um aumento destes fluxos nos momentos de maior contratação económica. Para esta especialista, o pior parece já ter passado.
A especialista defende ainda que os rácios de crédito malparado estão relativamente baixos devido a estes abatimentos, que são deduzidos ao crédito vivo.
Para Rui Constantino, economista-chefe do Banco Santander, o que os dados demonstram é que quando a economia recupera “é normal uma melhoria dos rácios de incumprimento”. Carlos Andrade, chefe da equipa de resarch do BES, sublinha que “não é objectivo dos bancos conceder o maior número de créditos possivel”. Assim, os valores de empréstimos em risco e de abatimentos revelam a actividade económica.
Quanto às operações de titularização – que foram utilizadas pela banca para melhorar os seus rácios relativos ao crédito –, o seu impacto é nulo uma vez que este crédito é considerado como “boa dívida”. Os bancos abdicam com estas operações de direitos a créditos cobráveis – só esses podem ser titularizados – por forma a receber hoje o dinheiro em dívida. Porém, para os agentes económicos essa dívida tem à mesma de ser paga.
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Indicador do clima económico melhorou em Abril
Indicador do clima económico melhorou em Abril
29.04.2005 - 13h02 Lusa, PUBLICO.PT
O indicador de clima económico português melhorou em Abril, para 95,1 pontos, contra 91,2 no mês anterior, suportado pelo desempenho do sector industrial, anunciaram hoje os serviços da Comissão Europeia.
O inquérito às empresas e aos consumidores, da Direcção-Geral para os Assuntos Económicos e Financeiros (Dgecfin) da Comissão Europeia, refere que o indicador registou em Portugal um comportamento contrário ao da União Europeia e ao da Zona Euro, onde o clima económico se degradou em Abril pelo terceiro mês consecutivo.
A melhoria do clima económico português em Abril explica-se pela recuperação da confiança da indústria, com o indicador a ficar em menos seis por cento (subida de quatro pontos percentuais) e uma ligeira melhoria do indicador de confiança dos consumidores (menos 30 por cento, um ponto acima do valor registado em Março).
Em contrapartida, o indicador de confiança deteriorou-se significativamente na construção e obras públicas, descendo para menos 39 por cento, cinco pontos percentuais abaixo do valor em Março.
A degradação do sentimento dos empresários deste sector pode estar associada ao facto de o défice público em 2004 ter ficado próximo dos cinco por cento do Produto Interno Bruto, situação que limita a acção do actual Governo em matéria de novos projectos de infra-estruturas, que são as que trazem grandes ganhos às empresas do sector da construção e obras públicas.
O indicador de confiança do comércio a retalho manteve-se estável em Abril, em menos sete por cento, assim como nos serviços, em menos três por cento.
Na Zona Euro o indicador de clima económico baixou um ponto em Abril, para 96,5 pontos, devido a uma redução da confiança na indústria, construção e serviços e dos consumidores, apenas contrariada por uma melhoria do comércio a retalho.
Na União Europeia o indicador de clima económico diminuiu 1,7 pontos, para 98 pontos, devido à deterioração da confiança na indústria e serviços e dos consumidores, enquanto no comércio a retalho e na construção o indicador de confiança estabilizou em nível idêntico ao de Março.
29.04.2005 - 13h02 Lusa, PUBLICO.PT
O indicador de clima económico português melhorou em Abril, para 95,1 pontos, contra 91,2 no mês anterior, suportado pelo desempenho do sector industrial, anunciaram hoje os serviços da Comissão Europeia.
O inquérito às empresas e aos consumidores, da Direcção-Geral para os Assuntos Económicos e Financeiros (Dgecfin) da Comissão Europeia, refere que o indicador registou em Portugal um comportamento contrário ao da União Europeia e ao da Zona Euro, onde o clima económico se degradou em Abril pelo terceiro mês consecutivo.
A melhoria do clima económico português em Abril explica-se pela recuperação da confiança da indústria, com o indicador a ficar em menos seis por cento (subida de quatro pontos percentuais) e uma ligeira melhoria do indicador de confiança dos consumidores (menos 30 por cento, um ponto acima do valor registado em Março).
Em contrapartida, o indicador de confiança deteriorou-se significativamente na construção e obras públicas, descendo para menos 39 por cento, cinco pontos percentuais abaixo do valor em Março.
A degradação do sentimento dos empresários deste sector pode estar associada ao facto de o défice público em 2004 ter ficado próximo dos cinco por cento do Produto Interno Bruto, situação que limita a acção do actual Governo em matéria de novos projectos de infra-estruturas, que são as que trazem grandes ganhos às empresas do sector da construção e obras públicas.
O indicador de confiança do comércio a retalho manteve-se estável em Abril, em menos sete por cento, assim como nos serviços, em menos três por cento.
Na Zona Euro o indicador de clima económico baixou um ponto em Abril, para 96,5 pontos, devido a uma redução da confiança na indústria, construção e serviços e dos consumidores, apenas contrariada por uma melhoria do comércio a retalho.
Na União Europeia o indicador de clima económico diminuiu 1,7 pontos, para 98 pontos, devido à deterioração da confiança na indústria e serviços e dos consumidores, enquanto no comércio a retalho e na construção o indicador de confiança estabilizou em nível idêntico ao de Março.
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