Analise Fundamental Inapa
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Sonae Indústria emite 250 milhões de euros em obrigações
Notícia agenciafinanceira.com
(27/04/05)-(Agência Financeira) Ambos os empréstimos são sem garantias, o primeiro pelo prazo de 3 anos, e o segundo pelo prazo de 5 anos. Os empréstimos foram organizados conjuntamente pelo Banco Santander de Negócios Portugal e pela Caixa ¿ Banco de Investimento.
De acordo com um comunicado da empresa, será solicitada a admissão à negociação das
obrigações representativas de ambos os empréstimos, na Eurolist by Euronext
Lisbon.
A Sonae Indústria «conseguiu por este meio refinanciar endividamento, em condições favoráveis, alargando a vida média da dívida e diversificando as fontes de financiamento, em consonância com as orientações estratégicas definidas pelo seu Conselho de Administração, nomeadamente, a autonomização da Sonae Indústria» nos mercados financeiros e de capitais, esclareceu.
Editorial
Notícia agenciafinanceira.com
(27/04/05)-(Agência Financeira) Ambos os empréstimos são sem garantias, o primeiro pelo prazo de 3 anos, e o segundo pelo prazo de 5 anos. Os empréstimos foram organizados conjuntamente pelo Banco Santander de Negócios Portugal e pela Caixa ¿ Banco de Investimento.
De acordo com um comunicado da empresa, será solicitada a admissão à negociação das
obrigações representativas de ambos os empréstimos, na Eurolist by Euronext
Lisbon.
A Sonae Indústria «conseguiu por este meio refinanciar endividamento, em condições favoráveis, alargando a vida média da dívida e diversificando as fontes de financiamento, em consonância com as orientações estratégicas definidas pelo seu Conselho de Administração, nomeadamente, a autonomização da Sonae Indústria» nos mercados financeiros e de capitais, esclareceu.
Editorial
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- Registado: 5/10/2004 16:59
Mais de 5 mil clientes deixaram em 2004 o sistema eléctrico público
DE com Lusa
O número de novos clientes que durante o ano passado obtiveram o estatuto de cliente não vinculado, passando a estar fora do sistema eléctrico público, atingiu os 5571, segundo um relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Este número eleva para 8191 o número total de instalações que, desde 1999, escolheram livremente o seu fornecedor de energia eléctrica, refere o relatório da ERSE sobre o desenvolvimento do sistema eléctrico não vinculado (SENV) em 2004.
O consumo anual de energia eléctrica das 5571 novas instalações ascendeu a 4114 gigawatts/hora (GWh), o que elevou para 11167 GWh o consumo anual acumulado dos clientes com estatuto não vinculado.
Os clientes que manifestaram a intenção de aceder ao mercado ou a concretizaram são maioritariamente clientes em média tensão (MT), com um consumo anual médio de 874 megawatts/hora (MWh).
Durante o ano passado, registou-se ainda pela primeira vez a adesão de uma instalação alimentada em Muita Alta Tensão ao SENV.
O ano caracterizou-se ainda pelo abandono de 13 clientes não vinculados.
A capacidade instalada no SENV aumentou 62% para 997 megawatts (MW) e a produção de electricidade neste sistema subiu 320% dos 908 GWh registados em 2003 para 3816 GWS em 2004.
O número de clientes que legalmente podem escolher o seu fornecedor de electricidade atingiu o ano passado os 5,8 milhões, mas a possibilidade dos clientes domésticos o virem a fazer, apesar de consagrada na lei, só deverá ocorrer no final deste ano, início de 2006.
DE com Lusa
O número de novos clientes que durante o ano passado obtiveram o estatuto de cliente não vinculado, passando a estar fora do sistema eléctrico público, atingiu os 5571, segundo um relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Este número eleva para 8191 o número total de instalações que, desde 1999, escolheram livremente o seu fornecedor de energia eléctrica, refere o relatório da ERSE sobre o desenvolvimento do sistema eléctrico não vinculado (SENV) em 2004.
O consumo anual de energia eléctrica das 5571 novas instalações ascendeu a 4114 gigawatts/hora (GWh), o que elevou para 11167 GWh o consumo anual acumulado dos clientes com estatuto não vinculado.
Os clientes que manifestaram a intenção de aceder ao mercado ou a concretizaram são maioritariamente clientes em média tensão (MT), com um consumo anual médio de 874 megawatts/hora (MWh).
Durante o ano passado, registou-se ainda pela primeira vez a adesão de uma instalação alimentada em Muita Alta Tensão ao SENV.
O ano caracterizou-se ainda pelo abandono de 13 clientes não vinculados.
A capacidade instalada no SENV aumentou 62% para 997 megawatts (MW) e a produção de electricidade neste sistema subiu 320% dos 908 GWh registados em 2003 para 3816 GWS em 2004.
O número de clientes que legalmente podem escolher o seu fornecedor de electricidade atingiu o ano passado os 5,8 milhões, mas a possibilidade dos clientes domésticos o virem a fazer, apesar de consagrada na lei, só deverá ocorrer no final deste ano, início de 2006.
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Investimento espanhol através de capital de risco é 15 vezes superior ao português
DE com Lusa
O investimento espanhol através de capital de risco atingiu os 1,5 mil milhões de euros no ano passado, um valor 15 vezes superior ao investimento português, que ascendeu a 100 milhões de euros, segundo dados hoje divulgados.
À margem da conferência "Fusões, Aquisições e Private Equity", promovida pelo Diário Económico, o presidente-executivo da ChangePartners, Mário Pinto, defendeu "quase não existe" actividade de capital de risco em Portugal.
Mário Pinto justifica esta posição com o facto de Associação de Capital de Risco ter "apenas 14 associados", dos quais alguns bancos, e "gerir em stock" 700 milhões de euros.
Aquele responsável sustenta que o factor remuneração, que não é levado em conta pelos empresários, que "somente pesam o risco, pensando que o risco não está associado à remuneração" de quem gere, é um dos obstáculos aos desenvolvimentos da actividade.
"O grande problema é que não conseguimos atrair investidores para esta actividade, enquanto não proporcionarmos a remuneração condigna no sector", sublinhou.
Em Portugal, o investimento anual em capital de risco de 100 milhões de euros, dos "quais 20% são realizados através de Management By Out [compra de empresas pelos gestores], enquanto que "lá fora [Europa] representa entre 45 a 60%", referiu.
Outro ponto vulnerável do sector prende-se com a saída do capital, que deveria ser feita, tipicamente, "através da bolsa ou da venda a um investidor", salientou, acrescentando que, no entanto, para que isso aconteça, é "preciso que haja bolsa, fusões e compradores activos, o que é muito escasso em Portugal".
O gestor lamentou que nos últimos 15 anos os investimentos ligados ao risco (com verbas do Estado ou da União Europeia) não se tivessem destinado a empresas tecnológicas, que considera "as empresas capazes multiplicar o investimento 15 a 20 vezes".
DE com Lusa
O investimento espanhol através de capital de risco atingiu os 1,5 mil milhões de euros no ano passado, um valor 15 vezes superior ao investimento português, que ascendeu a 100 milhões de euros, segundo dados hoje divulgados.
À margem da conferência "Fusões, Aquisições e Private Equity", promovida pelo Diário Económico, o presidente-executivo da ChangePartners, Mário Pinto, defendeu "quase não existe" actividade de capital de risco em Portugal.
Mário Pinto justifica esta posição com o facto de Associação de Capital de Risco ter "apenas 14 associados", dos quais alguns bancos, e "gerir em stock" 700 milhões de euros.
Aquele responsável sustenta que o factor remuneração, que não é levado em conta pelos empresários, que "somente pesam o risco, pensando que o risco não está associado à remuneração" de quem gere, é um dos obstáculos aos desenvolvimentos da actividade.
"O grande problema é que não conseguimos atrair investidores para esta actividade, enquanto não proporcionarmos a remuneração condigna no sector", sublinhou.
Em Portugal, o investimento anual em capital de risco de 100 milhões de euros, dos "quais 20% são realizados através de Management By Out [compra de empresas pelos gestores], enquanto que "lá fora [Europa] representa entre 45 a 60%", referiu.
Outro ponto vulnerável do sector prende-se com a saída do capital, que deveria ser feita, tipicamente, "através da bolsa ou da venda a um investidor", salientou, acrescentando que, no entanto, para que isso aconteça, é "preciso que haja bolsa, fusões e compradores activos, o que é muito escasso em Portugal".
O gestor lamentou que nos últimos 15 anos os investimentos ligados ao risco (com verbas do Estado ou da União Europeia) não se tivessem destinado a empresas tecnológicas, que considera "as empresas capazes multiplicar o investimento 15 a 20 vezes".
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Altri continua a liderar a lista das empresas com maior potencial de valorização, segundo o BCP
A Altri continua a liderar a lista formulada pelo Millenium BCP, que visa dar a conhecer os títulos que segundo esta entidade bancária, tem maior potencial de valorização, nesta lista a Altri pode valorizar até 86%, até ao fim do ano, com um preço alvo de 2,10 euros.
A Brisa outra das empresas que aparece no top das cinco empresas, com maior potencial de valorização, substituindo a EDP, tem um preço alvo de 7,8 euros e as suas acções, segundo as previsões, devem subir 27%.
Na lista figura ainda a Mota- Engil, que passa de 5ª na semana passada, para 3ª esta semana, com um potencial de valorização de 27%, e um preço - alvo de 3,25 euros
A PT Multimédia ocupa o 5º lugar, e a PT o 2º, com potenciais de valorização de 24% e 27% respectivamente.
A Altri continua a liderar a lista formulada pelo Millenium BCP, que visa dar a conhecer os títulos que segundo esta entidade bancária, tem maior potencial de valorização, nesta lista a Altri pode valorizar até 86%, até ao fim do ano, com um preço alvo de 2,10 euros.
A Brisa outra das empresas que aparece no top das cinco empresas, com maior potencial de valorização, substituindo a EDP, tem um preço alvo de 7,8 euros e as suas acções, segundo as previsões, devem subir 27%.
Na lista figura ainda a Mota- Engil, que passa de 5ª na semana passada, para 3ª esta semana, com um potencial de valorização de 27%, e um preço - alvo de 3,25 euros
A PT Multimédia ocupa o 5º lugar, e a PT o 2º, com potenciais de valorização de 24% e 27% respectivamente.
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CE recomenda ao sector público que contrate investigadores
Madalena Queirós e Marcia Galrão
Relatório europeu coordenado por Mariano Gago pode apontar linhas para Plano Tecnológico do Governo. CE recomenda ao sector público que contrate investigadores
Algumas das recomendações avançadas no relatório da Comissão Europeia
“A Europa precisa de mais cientistas”, coordenado por Mariano Gago, poderão vir a ser adoptadas no plano tecnológico nacional.
Avançar com uma iniciativa económica europeia para incentivar a formação de novos gestores – para que estes criem um sector industrial baseado na tecnologia de modo a que a União Europeia atinja o objectivo de investir 3% do PIB em I&D até 2010 (sendo 2% investimento privado) –, é uma das políticas recomendadas no relatório. E criar oportunidades de investigação no sector privado é uma das linhas defendidas para se conseguir atingir este objectivo.
Nas conclusões do estudo são deixados recados também para o sistema de ensino superior, considerando-se que as “universidades devem preparar os investigadores e criar melhores formas de integrar a educação e formação e encorajar uma melhor colaboração com a indústria”.
Além disso há que atrair os jovens para os sectores profissionais mais necessários no mercado de emprego do futuro. Para isso a “UE e a indústria devem definir quais as competências que serão mais necessárias em 2010 e “vendê-las” como oportunidades aos jovens que estão a iniciar a formação superior”.
Uma campanha de divulgação dos atractivos em termos salariais e de carreira para quem opte pela engenharia, ciência ou tecnologias pode ser um dos incentivos a implementar.
O sector público tem um papel a desempenhar, recomendando-se aos governos que aumentem “a contratação de investigadores no sector público, criando lugares nas universidades e centros de investigação financiados pelo Estado”.
Tanto os governos nacionais, como a Comissão Europeia devem ainda “criar carreiras no sector público atractivas para os investigadores”, pois “a ciência é crucial para garantir a prosperidade e competitividade da Europa no futuro”.
Importação de “cérebros” não é solução
Para Mariano Gago “confiar na importação de trabalhadores qualificados de países fora da Europa não é uma solução de longo-prazo, mas a UE deve continuar as políticas de atracção de recursos humanos altamente qualificados”. Para isso evitar que os nossos investigadores “fujam” para o estrangeiro o relatório alerta para a “necessidade de uma melhor coordenação das políticas nacionais para reter os “jovens cérebros” nacionais nos países de origem que continuam a ser desafiados a emigrar para os Estados Unidos”.
Os autores das políticas públicas “devem ser sensibilizados para o facto da divulgação da ciência nos ensinos básico e secundário ser fundamental para recrutar jovens para as carreiras científicas”.
UE quer criar MIT europeu
Criar um Instituto Europeu de Tecnologia semelhante ao MIT é um dos objectivos da Estratégia de Lisboa revista em Fevereiro deste ano. O modelo está ainda a ser estudado pelo comissário responsável pela Ciência e Inovação. A criação deste novo instituto terá como objectivo concretizar uma das metas da Estratégia de Lisboa: aumentar o investimento privado em Investigação e Desenvolvimento (I&D) para 2% do PIB. O MIT é considerado uma das universidades do mundo com maior capacidade de ligação ao meio empresarial e uma das melhores escolas de engenharia do mundo. Tendo criado um laboratório com o objectivo de “alterar o estado da cooperação entre a universidade e a indústria”. Actualmente o laboratório recebe a grande fatia do seu orçamento da indústria, ao contrário do financiamento geral do MIT.
40 prémios Nobel para Harvard
A Universidade de Harvard é considerada uma das melhores instituições universitárias de todo o mundo. Sete presidentes dos Estados Unidos formaram-se nos ‘campus’ de Harvard, incluindo aquele que actuamente é o inquilino da Casa Branca, George W.Bush. Esta faculdade já contribuiu com quarenta nomes para prémio Nobel. Numa lista recentemente elaborada pelo The Times HIgher Education Supllemen, que integra as 200 melhores universidades do mundo, Harvard ocupava o primeiro lugar, num ‘top-ten’ em que sete lugares são preenchidos por nomes de universidade americanas. A universidade prima por uma descentralização ao nível da organização e do financiamento, sendo composta por oito faculdades, doze escolas e colégios, para além do “Radcliffe Instituto for Advanced Study”. Harvard é um importante centro de investigação mundial.
Madalena Queirós e Marcia Galrão
Relatório europeu coordenado por Mariano Gago pode apontar linhas para Plano Tecnológico do Governo. CE recomenda ao sector público que contrate investigadores
Algumas das recomendações avançadas no relatório da Comissão Europeia
“A Europa precisa de mais cientistas”, coordenado por Mariano Gago, poderão vir a ser adoptadas no plano tecnológico nacional.
Avançar com uma iniciativa económica europeia para incentivar a formação de novos gestores – para que estes criem um sector industrial baseado na tecnologia de modo a que a União Europeia atinja o objectivo de investir 3% do PIB em I&D até 2010 (sendo 2% investimento privado) –, é uma das políticas recomendadas no relatório. E criar oportunidades de investigação no sector privado é uma das linhas defendidas para se conseguir atingir este objectivo.
Nas conclusões do estudo são deixados recados também para o sistema de ensino superior, considerando-se que as “universidades devem preparar os investigadores e criar melhores formas de integrar a educação e formação e encorajar uma melhor colaboração com a indústria”.
Além disso há que atrair os jovens para os sectores profissionais mais necessários no mercado de emprego do futuro. Para isso a “UE e a indústria devem definir quais as competências que serão mais necessárias em 2010 e “vendê-las” como oportunidades aos jovens que estão a iniciar a formação superior”.
Uma campanha de divulgação dos atractivos em termos salariais e de carreira para quem opte pela engenharia, ciência ou tecnologias pode ser um dos incentivos a implementar.
O sector público tem um papel a desempenhar, recomendando-se aos governos que aumentem “a contratação de investigadores no sector público, criando lugares nas universidades e centros de investigação financiados pelo Estado”.
Tanto os governos nacionais, como a Comissão Europeia devem ainda “criar carreiras no sector público atractivas para os investigadores”, pois “a ciência é crucial para garantir a prosperidade e competitividade da Europa no futuro”.
Importação de “cérebros” não é solução
Para Mariano Gago “confiar na importação de trabalhadores qualificados de países fora da Europa não é uma solução de longo-prazo, mas a UE deve continuar as políticas de atracção de recursos humanos altamente qualificados”. Para isso evitar que os nossos investigadores “fujam” para o estrangeiro o relatório alerta para a “necessidade de uma melhor coordenação das políticas nacionais para reter os “jovens cérebros” nacionais nos países de origem que continuam a ser desafiados a emigrar para os Estados Unidos”.
Os autores das políticas públicas “devem ser sensibilizados para o facto da divulgação da ciência nos ensinos básico e secundário ser fundamental para recrutar jovens para as carreiras científicas”.
UE quer criar MIT europeu
Criar um Instituto Europeu de Tecnologia semelhante ao MIT é um dos objectivos da Estratégia de Lisboa revista em Fevereiro deste ano. O modelo está ainda a ser estudado pelo comissário responsável pela Ciência e Inovação. A criação deste novo instituto terá como objectivo concretizar uma das metas da Estratégia de Lisboa: aumentar o investimento privado em Investigação e Desenvolvimento (I&D) para 2% do PIB. O MIT é considerado uma das universidades do mundo com maior capacidade de ligação ao meio empresarial e uma das melhores escolas de engenharia do mundo. Tendo criado um laboratório com o objectivo de “alterar o estado da cooperação entre a universidade e a indústria”. Actualmente o laboratório recebe a grande fatia do seu orçamento da indústria, ao contrário do financiamento geral do MIT.
40 prémios Nobel para Harvard
A Universidade de Harvard é considerada uma das melhores instituições universitárias de todo o mundo. Sete presidentes dos Estados Unidos formaram-se nos ‘campus’ de Harvard, incluindo aquele que actuamente é o inquilino da Casa Branca, George W.Bush. Esta faculdade já contribuiu com quarenta nomes para prémio Nobel. Numa lista recentemente elaborada pelo The Times HIgher Education Supllemen, que integra as 200 melhores universidades do mundo, Harvard ocupava o primeiro lugar, num ‘top-ten’ em que sete lugares são preenchidos por nomes de universidade americanas. A universidade prima por uma descentralização ao nível da organização e do financiamento, sendo composta por oito faculdades, doze escolas e colégios, para além do “Radcliffe Instituto for Advanced Study”. Harvard é um importante centro de investigação mundial.
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Plano Tecnológico
Portugal tem de triplicar investimento
Madalena Queirós
Indicadores europeus revelam que Portugal está a “anos luz” das metas da Agenda de Lisboa de investimento privado em I&D.
Portugal tem que triplicar, em quatro anos, o investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D), de modo a atingir as metas previstas na Agenda de Lisboa. Uma corrida contra o tempo já que, de acordo com os últimos indicadores, Portugal investia apenas 0,9% do PIB neste sector, dos quais só 0,2% vinham do esforço privado.
Mas há muito que os responsáveis pelo sistema científico admitiram que a meta de investir 3% do PIB em pesquisa e desenvolvimento é apenas um valor indicativo, que não será atingido.
As primeiras medidas, aprovadas ontem pelo governo, são passos importantes que podem “ajudar a que nos aproximemos dos objectivos previstos na Agenda de Lisboa” frisou ao DE Pedro Lourtie, um dos responsáveis pela preparação da Conselho Europeu, durante a presidência portuguesa da União Europeia que aprovou em Março de 2000 a Agenda de Lisboa. A aprovação do sistema de incentivos fiscais para as empresas que invistam em I&D “vai ajudar a que nos aproximemos dos objectivos previstos na Agenda de Lisboa de garantir que o investimento privado assegure 2/3 dos investimentos feitos neste sector”, acrescenta o ex-secretário de Estado do Ensino Superior. Quando actualmente as empresas portuguesas disponibilizam apenas um terço desse investimento.
Mas, no entender de Mariano Gago, o aumento do investimento privado só poderá ser garantido através de um crescimento do investimento público. Em entrevista ao DE, antes da tomada de posse, Mariano Gago afirmava que “o investimento público em I&D, tal como revelam as experiências dos EUA e dos países nórdicos, é extremamente reprodutivo, induzindo um aumento do investimento privado das empresas neste sector”. As políticas públicas “devem criar condições favoráveis para o investimento privado, proporcionando a passagem de pessoas do sector público para o privado”, defendeu na altura.
Financiar estágios de quadros no estrageiro
Quanto ao programa de financiamento de estágios para 500 quadros portuguesas em empresas estrangeiras, poderá contribuir para que “tragam experiência de outros países, aumentando as possibilidades de Portugal atingir o objectivo da Estratégia de Lisboa”. No seu entender é necessário, no entanto, criar condições para garantir que não haja uma “fuga de cérebros” portugueses.
1 - As despesas do plano tecnológico ficam fora do novo PEC?
Não. Vários países defendiam essa via na reforma do Pacto de Estabilidade e Crescimento, mas o acordo final acabou por não seguir esse caminho. Não há nenhuma exclusão de despesa, embora a Comissão Europeia seja obrigada a dar grande importância à qualidade da despesa. Do ponto de vista político, como frisa o acordo, as reformas estruturais não podem ser sacrificadas em nome da consolidação orçamental, o que é uma inversão de valores em relação ao passado.
2 - Em que é que o novo Pacto ‘ajuda’ o plano tecnológico?
As despesas com I&D ou de estímulo à inovação, numa lógica estrutural, passarão a ser muito beneficiadas na avaliação das contas públicas. Tanto na fixação de um objectivo de médio prazo, como na autorização de desvios na trajectória de correcção de défice. A vantagem mais importante surge com a inclusão deste tipo de despesas nos factores relevantes que a CE tem de tomar em conta quando decide lançar um procedimento de défice excessivo, que é o que vai agora acontecer com Portugal.
3 - O plano permitirá evitar que Portugal seja ‘castigado’?
O plano tecnológico será decisivo para que Lisboa corrija o défice para menos de 3% do PIB num período mais alargado, dado que essa despesa é passível de aumentar o produto potencial português. Com este argumento, Portugal reivindicará mais tempo para corrigir o défice, possivelmente até 2008 (o ano antes das eleições), um prazo que está dentro dos limites aceitáveis no quadro do novo pacto, sobretudo para quem aplicar reformas estruturais no quadro da estratégia de Lisboa, da qual a inovação e I&D são pilares fundamentais.
4 - A quem cabe dar a palavra final nestas decisões?
É uma decisão política tomada pelos ministros. À Comissão cabe elaborar um relatório, algo que fará em Junho deste ano (daí a importância da apresentação agora do Plano), e propor uma recomendação e uma data para trazer o défice abaixo dos 3% do PIB. As decisões são tomadas pelo Ecofin. Além disso, o novo Pacto aumenta a discricionariedade das decisões o que dá margem de manobra para que o Conselho corrija decisões mais ortodoxas que a Comissão deverá tomar.
Portugal tem de triplicar investimento
Madalena Queirós
Indicadores europeus revelam que Portugal está a “anos luz” das metas da Agenda de Lisboa de investimento privado em I&D.
Portugal tem que triplicar, em quatro anos, o investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D), de modo a atingir as metas previstas na Agenda de Lisboa. Uma corrida contra o tempo já que, de acordo com os últimos indicadores, Portugal investia apenas 0,9% do PIB neste sector, dos quais só 0,2% vinham do esforço privado.
Mas há muito que os responsáveis pelo sistema científico admitiram que a meta de investir 3% do PIB em pesquisa e desenvolvimento é apenas um valor indicativo, que não será atingido.
As primeiras medidas, aprovadas ontem pelo governo, são passos importantes que podem “ajudar a que nos aproximemos dos objectivos previstos na Agenda de Lisboa” frisou ao DE Pedro Lourtie, um dos responsáveis pela preparação da Conselho Europeu, durante a presidência portuguesa da União Europeia que aprovou em Março de 2000 a Agenda de Lisboa. A aprovação do sistema de incentivos fiscais para as empresas que invistam em I&D “vai ajudar a que nos aproximemos dos objectivos previstos na Agenda de Lisboa de garantir que o investimento privado assegure 2/3 dos investimentos feitos neste sector”, acrescenta o ex-secretário de Estado do Ensino Superior. Quando actualmente as empresas portuguesas disponibilizam apenas um terço desse investimento.
Mas, no entender de Mariano Gago, o aumento do investimento privado só poderá ser garantido através de um crescimento do investimento público. Em entrevista ao DE, antes da tomada de posse, Mariano Gago afirmava que “o investimento público em I&D, tal como revelam as experiências dos EUA e dos países nórdicos, é extremamente reprodutivo, induzindo um aumento do investimento privado das empresas neste sector”. As políticas públicas “devem criar condições favoráveis para o investimento privado, proporcionando a passagem de pessoas do sector público para o privado”, defendeu na altura.
Financiar estágios de quadros no estrageiro
Quanto ao programa de financiamento de estágios para 500 quadros portuguesas em empresas estrangeiras, poderá contribuir para que “tragam experiência de outros países, aumentando as possibilidades de Portugal atingir o objectivo da Estratégia de Lisboa”. No seu entender é necessário, no entanto, criar condições para garantir que não haja uma “fuga de cérebros” portugueses.
1 - As despesas do plano tecnológico ficam fora do novo PEC?
Não. Vários países defendiam essa via na reforma do Pacto de Estabilidade e Crescimento, mas o acordo final acabou por não seguir esse caminho. Não há nenhuma exclusão de despesa, embora a Comissão Europeia seja obrigada a dar grande importância à qualidade da despesa. Do ponto de vista político, como frisa o acordo, as reformas estruturais não podem ser sacrificadas em nome da consolidação orçamental, o que é uma inversão de valores em relação ao passado.
2 - Em que é que o novo Pacto ‘ajuda’ o plano tecnológico?
As despesas com I&D ou de estímulo à inovação, numa lógica estrutural, passarão a ser muito beneficiadas na avaliação das contas públicas. Tanto na fixação de um objectivo de médio prazo, como na autorização de desvios na trajectória de correcção de défice. A vantagem mais importante surge com a inclusão deste tipo de despesas nos factores relevantes que a CE tem de tomar em conta quando decide lançar um procedimento de défice excessivo, que é o que vai agora acontecer com Portugal.
3 - O plano permitirá evitar que Portugal seja ‘castigado’?
O plano tecnológico será decisivo para que Lisboa corrija o défice para menos de 3% do PIB num período mais alargado, dado que essa despesa é passível de aumentar o produto potencial português. Com este argumento, Portugal reivindicará mais tempo para corrigir o défice, possivelmente até 2008 (o ano antes das eleições), um prazo que está dentro dos limites aceitáveis no quadro do novo pacto, sobretudo para quem aplicar reformas estruturais no quadro da estratégia de Lisboa, da qual a inovação e I&D são pilares fundamentais.
4 - A quem cabe dar a palavra final nestas decisões?
É uma decisão política tomada pelos ministros. À Comissão cabe elaborar um relatório, algo que fará em Junho deste ano (daí a importância da apresentação agora do Plano), e propor uma recomendação e uma data para trazer o défice abaixo dos 3% do PIB. As decisões são tomadas pelo Ecofin. Além disso, o novo Pacto aumenta a discricionariedade das decisões o que dá margem de manobra para que o Conselho corrija decisões mais ortodoxas que a Comissão deverá tomar.
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Ministra defende reforço do investimento público em Educação
Madalena Queirós
Só com mais verbas se poderá assegurar melhoria de desempenho do sistema educativo português.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, defende um reforço do investimento público na Educação para melhorar o desempenho dos alunos e do sistema educativo.
Uma mudança de discurso em relação ao anterior Governo que inscreveu no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) crescimento zero para as despesas com Educação.
A titular da pasta da Educação não encontrou verbas previstas para pagar os exames do 9º ano no OE 2005. Também noutras rubricas se verificam problemas de sub-orçamentação que terão que ser resolvido com transferência de verbas no rectificativo, revelou ao DE a ministra.
Mas a solução para melhorar o desempenho desastroso dos alunos portugueses a matemática (ver infografia) revelado num estudo da OCDE que será apresentado hoje não passa só por mais investimento.
O primeiro-ministro, José Sócrates apresenta esta manhã um pacote de medidas para melhorar a prestação dos alunos portugueses a Matemática. Monitorizar o desempenho dos professores e o investimento, conseguindo ganhos de eficiência, bem como dar melhores condições aos docentes de Matemática, são algumas das medidas que deverão ser hoje anunciadas. Mas não está prevista o reforço da carga horária a Matemática em qualquer nível de ensino, assegurou ontem em declarações aos jornalistas Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação.
Mais verbas e pior desempenho
Um estudo da OCDE sobre o desempenho dos alunos a Matemática revela que Portugal tem um investimento próximo da média dos países da OCDE mas “podia estar melhor em termos de desempenho” revelou Glória Ramalho responsável pelo Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE).
Espanha, Coreia e Irlanda investem menos e consegue “desempenhos médios melhores”, acrescentou. Itália, pelo contrário, para ter desempenhos iguais investe o dobro dos portugueses.
A ministra recusa acusações de ineficiência do investimento público em educação em Portugal sublinhando que “melhores resultados estão sempre associados a mais investimento”. Portugal tem ainda uma herança histórica de atraso educativo que implica um investimento acima da média, sublinhou a ministra. No entender de Maria de Lurdes Rodrigues “não é possível vencer o défice de qualificações sem investimento económico e simbólico”.
A ministra defende que é necessário “melhorar a eficiência do investimento” mas não admite “imaginar um cenário em que não haja um esforço fortíssimo do investimento em Educação”.
Madalena Queirós
Só com mais verbas se poderá assegurar melhoria de desempenho do sistema educativo português.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, defende um reforço do investimento público na Educação para melhorar o desempenho dos alunos e do sistema educativo.
Uma mudança de discurso em relação ao anterior Governo que inscreveu no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) crescimento zero para as despesas com Educação.
A titular da pasta da Educação não encontrou verbas previstas para pagar os exames do 9º ano no OE 2005. Também noutras rubricas se verificam problemas de sub-orçamentação que terão que ser resolvido com transferência de verbas no rectificativo, revelou ao DE a ministra.
Mas a solução para melhorar o desempenho desastroso dos alunos portugueses a matemática (ver infografia) revelado num estudo da OCDE que será apresentado hoje não passa só por mais investimento.
O primeiro-ministro, José Sócrates apresenta esta manhã um pacote de medidas para melhorar a prestação dos alunos portugueses a Matemática. Monitorizar o desempenho dos professores e o investimento, conseguindo ganhos de eficiência, bem como dar melhores condições aos docentes de Matemática, são algumas das medidas que deverão ser hoje anunciadas. Mas não está prevista o reforço da carga horária a Matemática em qualquer nível de ensino, assegurou ontem em declarações aos jornalistas Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação.
Mais verbas e pior desempenho
Um estudo da OCDE sobre o desempenho dos alunos a Matemática revela que Portugal tem um investimento próximo da média dos países da OCDE mas “podia estar melhor em termos de desempenho” revelou Glória Ramalho responsável pelo Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE).
Espanha, Coreia e Irlanda investem menos e consegue “desempenhos médios melhores”, acrescentou. Itália, pelo contrário, para ter desempenhos iguais investe o dobro dos portugueses.
A ministra recusa acusações de ineficiência do investimento público em educação em Portugal sublinhando que “melhores resultados estão sempre associados a mais investimento”. Portugal tem ainda uma herança histórica de atraso educativo que implica um investimento acima da média, sublinhou a ministra. No entender de Maria de Lurdes Rodrigues “não é possível vencer o défice de qualificações sem investimento económico e simbólico”.
A ministra defende que é necessário “melhorar a eficiência do investimento” mas não admite “imaginar um cenário em que não haja um esforço fortíssimo do investimento em Educação”.
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Desafios para o choque tecnológico
Bens tecnológicos no mercado mundial
Rui Cabrita com A.F.A.
Desde 1985 que Portugal faz parte do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear, um importante banco de ensaio para bens e serviços tecnológicos. Para além da partilha de informação e acções de formação para engenheiros, a certificação internacional dos bens e serviços portugueses abre-lhes as portas dos mercados internacionais de alta tecnologia.
1.O que é o CERN?
Considerado o maior laboratório mundial de investigação em física de partículas, a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN) é um “importante banco de ensaio para variados domínios da tecnologia”. Os cientistas que trabalham no CERN investigam a composição elementar da matéria e as interacções entre esses componentes fundamentais. Da ciência dos materiais à informática, da supercondutividade à geodesia de precisão à física de partículas investigações que exigem “níveis de qualidade extremos”. Actualmente, o maior projecto do CERN consiste na construção do mais avançado acelerador de partículas do mundo para investigar mais profundamente a matéria e mais concretamente a capacidade de produzir energia através do recurso aà “anti-matéria”, até agora um domínio da ficção científica.
2.O que ganha a comunidade científica portuguesa?
O protocolo de adesão de Portugal ao CERN foi assinado há vinte anos, tendo então como base o Laboratório de Instrumentação Física Experimantal de Partículas em Coimbra. Desde então, e no âmbito da cooperação com o CERN, a formação de jovens e a transferência de tecnologia para Portugal tem sido a principal ‘ponte científica’, já que nos nos últimos anos, mais de 150 engenheiros receberam formação no CERN em àreas como a informática, computação, mecânica, electrónica e telecomunicações. Na década de 90, Portugal passou também a fazer parte de duas grandes experiências que terão lugar a partir de 2007 no novo acelerador de partículas. Projectos onde Portugal contribui na produção de equipamentos e de módulos electrónicos, num esforço que envolve três dezenas de físicos.
3.Quais são os ganhos para a indústria portuguesa?
Entre 20 a 25 empresas portuguesas de alta tecnologia têm ou tiveram contratos de prestação de bens e serviços com o CERN. Contratos que envolveram mais de quatro milhões de euros só no ano passado. O Instituto de Soldadora e Qualidade (ISQ) representou 51% do volume de fornecimentos de servidores de origem portuguesa em 2003, com um volume de 2,1 milhões de francos suíços, seguindo a Setrova com 45%. A certificação de qualidade que obtêm por serem fornecedoras do CERN abre-lhes a porta do mercado mundial de tecnologia. A indústria portuguesa fornece componentes importantes para o complexo de experiências do CERN, nomeadamente para o acelerador de partículas, um túnel em forma de circunferência com 27 quilómetros de comprimento instalado cem metros abaixo da superfície, onde se estudam as colisões de partículas aceleradas a energias muito elevadas.
As empresas portuguesas no CERN
Efacec contribui para desenvolvimentos científicos
A Efacec é uma das empresas portuguesas que tirou partido do CERN. O grupo nacional, que actua nos domínios da electrónica e da electromecânica, forneceu o ano passado uma encomenda no valor de 1,65 milhões de euros à organização internacional com sede na Suíça, reforçando assim a escolha pelos seus produtos. Antes, a Efacec já tinha entrado num projecto avaliado em mais de cinco milhões de euros.
O investimento feito em 2004 foi directo para a obra do Maior Acelerador de Partículas jamais feito pelo Homem, baptizado de LHC (Large Hadron Collider), que está previsto começar a funcionar em 2007, e cujo objectivo é proporcionar aos mais de cinco mil cientistas que utilizam actualmente as instalações do CERN, os meios necessários para que a pesquisa dos segredos da física seja possível.
ISQ garante qualidade de produtos
O Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) forneceu cerca de 10 milhões de euros ao projecto LHC (Large Hadron Collider) - o mesmo integrado pela Efacec - entre o período 2001 - 2005. O contrato estabelecia 80,5 por cento em serviços, 13 de origem italiana e 6,5 por cento de origem espanhola. O ISQ, que abrange áreas tão vastas como as inspecções técnicas de controlo de qualidade, assistência técnica ao nível da Engenharia Industrial e de Produção ou garantia da qualidade, higiene e segurança, ambiente e energia, entrou neste programa para prestar serviços de inspecção do fabrico em série de cabos supercondutores, magnetos, componentes criogénicos e criostatos do LHC.
CERN foi um passo em frente para a Velan
A filial portuguesa da Velan - Válvulas Industriais, Limitada - um consórcio liderado pela Velan S.A.S., sediada em Lyon, França foi outra empresa nacional a entrar em acordo com o CERN. A firma participou, num valor contratual de cerca de 1,25 milhões de euros para um projecto de fabrico, ensaio e entrega de 440 válvulas criogénicas de segurança para hélio líquido. A participação no consórcio é de 53 por cento da Velan portuguesa, 34 por cento da Velan francesa e 13 por cento de produção de origem alemã. Um contrato que representou um avanço tecnológico significativo para a Velan portuguesa, pois esta não dispunha anteriormente de experiência neste tipo de tecnologia.
Tecnologia para a A. Silva Matos
A metalúrgica A. Silva Matos tem, desde o ano 2000 um contrato com o CERN que prevê a transferência de tecnologia para a empresa portuguesa. Em causa está a um contrato para reservatórios criogénicos. São reservatórios para armazenar de fluídos a muito baixas temperaturas (por exemplo, -160 graus). Estes são produtos que, obedecem a critérios de qualidade muito rigorosos. A Silva Matos já teve um contrato de cinco milhões de euros, que terminou no ano passado e que consistiu na construção e fornecimento e inspecção de cerca de 56 tanques.
Bens tecnológicos no mercado mundial
Rui Cabrita com A.F.A.
Desde 1985 que Portugal faz parte do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear, um importante banco de ensaio para bens e serviços tecnológicos. Para além da partilha de informação e acções de formação para engenheiros, a certificação internacional dos bens e serviços portugueses abre-lhes as portas dos mercados internacionais de alta tecnologia.
1.O que é o CERN?
Considerado o maior laboratório mundial de investigação em física de partículas, a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN) é um “importante banco de ensaio para variados domínios da tecnologia”. Os cientistas que trabalham no CERN investigam a composição elementar da matéria e as interacções entre esses componentes fundamentais. Da ciência dos materiais à informática, da supercondutividade à geodesia de precisão à física de partículas investigações que exigem “níveis de qualidade extremos”. Actualmente, o maior projecto do CERN consiste na construção do mais avançado acelerador de partículas do mundo para investigar mais profundamente a matéria e mais concretamente a capacidade de produzir energia através do recurso aà “anti-matéria”, até agora um domínio da ficção científica.
2.O que ganha a comunidade científica portuguesa?
O protocolo de adesão de Portugal ao CERN foi assinado há vinte anos, tendo então como base o Laboratório de Instrumentação Física Experimantal de Partículas em Coimbra. Desde então, e no âmbito da cooperação com o CERN, a formação de jovens e a transferência de tecnologia para Portugal tem sido a principal ‘ponte científica’, já que nos nos últimos anos, mais de 150 engenheiros receberam formação no CERN em àreas como a informática, computação, mecânica, electrónica e telecomunicações. Na década de 90, Portugal passou também a fazer parte de duas grandes experiências que terão lugar a partir de 2007 no novo acelerador de partículas. Projectos onde Portugal contribui na produção de equipamentos e de módulos electrónicos, num esforço que envolve três dezenas de físicos.
3.Quais são os ganhos para a indústria portuguesa?
Entre 20 a 25 empresas portuguesas de alta tecnologia têm ou tiveram contratos de prestação de bens e serviços com o CERN. Contratos que envolveram mais de quatro milhões de euros só no ano passado. O Instituto de Soldadora e Qualidade (ISQ) representou 51% do volume de fornecimentos de servidores de origem portuguesa em 2003, com um volume de 2,1 milhões de francos suíços, seguindo a Setrova com 45%. A certificação de qualidade que obtêm por serem fornecedoras do CERN abre-lhes a porta do mercado mundial de tecnologia. A indústria portuguesa fornece componentes importantes para o complexo de experiências do CERN, nomeadamente para o acelerador de partículas, um túnel em forma de circunferência com 27 quilómetros de comprimento instalado cem metros abaixo da superfície, onde se estudam as colisões de partículas aceleradas a energias muito elevadas.
As empresas portuguesas no CERN
Efacec contribui para desenvolvimentos científicos
A Efacec é uma das empresas portuguesas que tirou partido do CERN. O grupo nacional, que actua nos domínios da electrónica e da electromecânica, forneceu o ano passado uma encomenda no valor de 1,65 milhões de euros à organização internacional com sede na Suíça, reforçando assim a escolha pelos seus produtos. Antes, a Efacec já tinha entrado num projecto avaliado em mais de cinco milhões de euros.
O investimento feito em 2004 foi directo para a obra do Maior Acelerador de Partículas jamais feito pelo Homem, baptizado de LHC (Large Hadron Collider), que está previsto começar a funcionar em 2007, e cujo objectivo é proporcionar aos mais de cinco mil cientistas que utilizam actualmente as instalações do CERN, os meios necessários para que a pesquisa dos segredos da física seja possível.
ISQ garante qualidade de produtos
O Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) forneceu cerca de 10 milhões de euros ao projecto LHC (Large Hadron Collider) - o mesmo integrado pela Efacec - entre o período 2001 - 2005. O contrato estabelecia 80,5 por cento em serviços, 13 de origem italiana e 6,5 por cento de origem espanhola. O ISQ, que abrange áreas tão vastas como as inspecções técnicas de controlo de qualidade, assistência técnica ao nível da Engenharia Industrial e de Produção ou garantia da qualidade, higiene e segurança, ambiente e energia, entrou neste programa para prestar serviços de inspecção do fabrico em série de cabos supercondutores, magnetos, componentes criogénicos e criostatos do LHC.
CERN foi um passo em frente para a Velan
A filial portuguesa da Velan - Válvulas Industriais, Limitada - um consórcio liderado pela Velan S.A.S., sediada em Lyon, França foi outra empresa nacional a entrar em acordo com o CERN. A firma participou, num valor contratual de cerca de 1,25 milhões de euros para um projecto de fabrico, ensaio e entrega de 440 válvulas criogénicas de segurança para hélio líquido. A participação no consórcio é de 53 por cento da Velan portuguesa, 34 por cento da Velan francesa e 13 por cento de produção de origem alemã. Um contrato que representou um avanço tecnológico significativo para a Velan portuguesa, pois esta não dispunha anteriormente de experiência neste tipo de tecnologia.
Tecnologia para a A. Silva Matos
A metalúrgica A. Silva Matos tem, desde o ano 2000 um contrato com o CERN que prevê a transferência de tecnologia para a empresa portuguesa. Em causa está a um contrato para reservatórios criogénicos. São reservatórios para armazenar de fluídos a muito baixas temperaturas (por exemplo, -160 graus). Estes são produtos que, obedecem a critérios de qualidade muito rigorosos. A Silva Matos já teve um contrato de cinco milhões de euros, que terminou no ano passado e que consistiu na construção e fornecimento e inspecção de cerca de 56 tanques.
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OE para 2005 não inclui verbas para organismos científicos internacionais
Madalena Queirós com Rui Cabrita e B.B.
OE para 2005 não inclui verbas para organismos científicos internacionais.
O orçamento para 2005 não contempla os 38 milhões de euros necessários para pagar as quotas portuguesas dos organismos científicos internacionais, 28 milhões para as verbas de 2005 e 11 milhões relativos a dívidas do ano anterior. Valores que se não forem pagos podem pôr em causa os contratos de fornecimento de bens e serviços de empresas portuguesas de tecnologia de ponta a estes organismos.
Ontem, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, acusou o anterior governo de sub - orçamentação no OE 2005, com 38 milhões de euros em falta para cumprir os compromissos internacionais. “O actual Governo quer resolver o assunto, de forma a que a situação volte à normalidade”, assegura o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Estas verbas terão que ser inscritas no orçamento rectificativo que deverá ser apresentado entre finais de Maio e início de Junho,já que, garante o ministro “é obrigação do Estado assegurar os compromissos financeiros”.
“Infelizmente nos últimos dois anos houve grande atrasos”, acrescenta Mariano Gago, o que provocou inúmeros problemas. O responsável financeiro português no CERN, a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear, foi obrigado, segundo o ministro, a desenvolver inúmeros esforços para que os contratos com as empresas portuguesas não fossem denunciados. As empresas internacionais pressionaram mesmo a direcção do organismo para acabar com os contratos com empresas de países com quotas em atraso. Em 2004, garante Mariano Gago, as quotas ao CERN foram pagas.
O acordo estabelecido entre o Estado português e estas estruturas internacionais prevê que quando as quotas estão em atrasos as empresas dos países em causa deixam de ser consultados nos concursos. Caso as quotas não sejam pagas os acordos de fornecimento de bens e serviços das empresas que representam a vanguarda das empresas tecnológicas poderão estar em causa. Um risco que um governo que fez da sua principal bandeira política o plano tecnológico não pode correr, sob pena de pôr em causa a formação técnica de jovens quadros científicos, mas também a certificação internacional dos produtos nos mercados tecnológicos. Há uma semana, o executivo apresentou as duas primeiras medidas do Plano Tecnológico, com incentivos fiscais às empresas que apostem na investigação, bem como a criação de estágios no estrangeiro.
Portugal é hoje o 2º país que fornece mais serviços ao CERN ocupando a 10º lugar no “ranking” das listas de fornecedores de bens. Por cada 11 milhões de francos suíços anuais pagos em quotas, as empresas portuguesas recebem cerca de sete a oito milhões de francos suíços. Portugal é um dos países com uma das mais elevadas taxas de retorno industrial entre os membros do CERN, refere Bello Pinheiro, responsável português no conselho financeiro deste organismo.
Os instrumentos do Plano Tecnológico
Incentivos fiscais em I&D para as empresas
O Governo já anunciou que vai aplicar um novo sistema de incentivos fiscais para as empresas, que passarão a poder deduzir anualmente 750 mil euros em despesas de Investigação e Desenvolvimento (I&D) por um período de cinco anos. Para este sistema funcionar, o Estado terá que desembolsar entre 20 a 30 milhões de euros por ano. De acordo com o ministro Mariano Gago, “foi decidido ampliar e reforçar o quadro de incentivos, de forma a torná-los mais competitivos internacionalmente”. A proposta de Lei já foi aprovada em Conselho de Ministros e deverá ser discutida em breve na Assembleia da República. A ser aprovada nos próximos meses, o Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial deverá ter efeitos já a partir do próximo ano fiscal.
Estágios no estrangeiro e coordenação do Plano
Chama-se “Inov Contacto” e promete colocar 500 jovens quadros em estágios internacionais. O programa prevê um investimento de 25 milhões de euros e é considerado uma das medidas estruturantes do Plano Tecnológico. “É mais focado nos centros de excelência onde os jovens irão estagiar, casos de Xangai, Helsínquia, São Paulo, Austin e São Francisco”, adiantou o ministro da Economia, Manuel Pinho. O “Inov Contacto” parte da experiência do programa lançado em 1997 pelo ICEP.
Para além disso, o Executivo já aprovou também a Unidade de Coordenação do Plano Tecnológico, que será dirigida por José Tavares. O Governo tem como objectivo “elevar o crescimento potencial da economia portuguesa de 2% para 3% através de reformas”, afirma Manuel Pinho.
Madalena Queirós com Rui Cabrita e B.B.
OE para 2005 não inclui verbas para organismos científicos internacionais.
O orçamento para 2005 não contempla os 38 milhões de euros necessários para pagar as quotas portuguesas dos organismos científicos internacionais, 28 milhões para as verbas de 2005 e 11 milhões relativos a dívidas do ano anterior. Valores que se não forem pagos podem pôr em causa os contratos de fornecimento de bens e serviços de empresas portuguesas de tecnologia de ponta a estes organismos.
Ontem, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, acusou o anterior governo de sub - orçamentação no OE 2005, com 38 milhões de euros em falta para cumprir os compromissos internacionais. “O actual Governo quer resolver o assunto, de forma a que a situação volte à normalidade”, assegura o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Estas verbas terão que ser inscritas no orçamento rectificativo que deverá ser apresentado entre finais de Maio e início de Junho,já que, garante o ministro “é obrigação do Estado assegurar os compromissos financeiros”.
“Infelizmente nos últimos dois anos houve grande atrasos”, acrescenta Mariano Gago, o que provocou inúmeros problemas. O responsável financeiro português no CERN, a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear, foi obrigado, segundo o ministro, a desenvolver inúmeros esforços para que os contratos com as empresas portuguesas não fossem denunciados. As empresas internacionais pressionaram mesmo a direcção do organismo para acabar com os contratos com empresas de países com quotas em atraso. Em 2004, garante Mariano Gago, as quotas ao CERN foram pagas.
O acordo estabelecido entre o Estado português e estas estruturas internacionais prevê que quando as quotas estão em atrasos as empresas dos países em causa deixam de ser consultados nos concursos. Caso as quotas não sejam pagas os acordos de fornecimento de bens e serviços das empresas que representam a vanguarda das empresas tecnológicas poderão estar em causa. Um risco que um governo que fez da sua principal bandeira política o plano tecnológico não pode correr, sob pena de pôr em causa a formação técnica de jovens quadros científicos, mas também a certificação internacional dos produtos nos mercados tecnológicos. Há uma semana, o executivo apresentou as duas primeiras medidas do Plano Tecnológico, com incentivos fiscais às empresas que apostem na investigação, bem como a criação de estágios no estrangeiro.
Portugal é hoje o 2º país que fornece mais serviços ao CERN ocupando a 10º lugar no “ranking” das listas de fornecedores de bens. Por cada 11 milhões de francos suíços anuais pagos em quotas, as empresas portuguesas recebem cerca de sete a oito milhões de francos suíços. Portugal é um dos países com uma das mais elevadas taxas de retorno industrial entre os membros do CERN, refere Bello Pinheiro, responsável português no conselho financeiro deste organismo.
Os instrumentos do Plano Tecnológico
Incentivos fiscais em I&D para as empresas
O Governo já anunciou que vai aplicar um novo sistema de incentivos fiscais para as empresas, que passarão a poder deduzir anualmente 750 mil euros em despesas de Investigação e Desenvolvimento (I&D) por um período de cinco anos. Para este sistema funcionar, o Estado terá que desembolsar entre 20 a 30 milhões de euros por ano. De acordo com o ministro Mariano Gago, “foi decidido ampliar e reforçar o quadro de incentivos, de forma a torná-los mais competitivos internacionalmente”. A proposta de Lei já foi aprovada em Conselho de Ministros e deverá ser discutida em breve na Assembleia da República. A ser aprovada nos próximos meses, o Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial deverá ter efeitos já a partir do próximo ano fiscal.
Estágios no estrangeiro e coordenação do Plano
Chama-se “Inov Contacto” e promete colocar 500 jovens quadros em estágios internacionais. O programa prevê um investimento de 25 milhões de euros e é considerado uma das medidas estruturantes do Plano Tecnológico. “É mais focado nos centros de excelência onde os jovens irão estagiar, casos de Xangai, Helsínquia, São Paulo, Austin e São Francisco”, adiantou o ministro da Economia, Manuel Pinho. O “Inov Contacto” parte da experiência do programa lançado em 1997 pelo ICEP.
Para além disso, o Executivo já aprovou também a Unidade de Coordenação do Plano Tecnológico, que será dirigida por José Tavares. O Governo tem como objectivo “elevar o crescimento potencial da economia portuguesa de 2% para 3% através de reformas”, afirma Manuel Pinho.
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O caso da energia eólica como exemplo do Estado destruidor de valor potencial
Helena Garrido e Vasco Noronha
O Governo decidiu anular o concurso para a produção de energia eólica, lançando outro, no prazo de três meses.
Dúvidas quanto à legitimidade de um Governo em gestão lançar um concurso destes é a principal razão apresentada. Junta-se a essa justificação a ideia de que o modelo do concurso não promovia um dos objectivos considerados fundamentais, a criação de condições para se criar em Portugal um parque industrial de produção de equipamento para a produção de energia eólica, como seja, e de forma bastante simplista aquelas grandes ventoinhas.
Não se discutem as razões que levaram um Governo, - que tem como principal linha de actuação seguir em frente e não andar a desfazer o passado -, a decidir suspender este concurso. Tem total legitimidade para tomar essa decisão. O que é lamentável é assistir-se a uma desesperante repetição da história. Na energia eólica, como acontece noutros sectores, Portugal tem enormes potencialidades por razões naturais. Mas nada é feito. O sector poderá arrastar, no mínimo, 5 mil milhões de euros de investimento, fundamentalmente privado. E os efeitos favoráveis directos e indirectos poderiam ser enornes: desde a redução do custo da energia até à diminuição dos níveis de poluição com possibilidades de venda de direitos de emissão.
Apesar de todas estas condições Portugal continua a ser o país onde o peso da energia eólica é mais baixo no conjunto da União, em claro contraste com a Espanha.
Acabamos por não ter nada. Nem conseguimos criar um grupo de empresas de pordução de equipamento eólico nem aumentamos significativamente a produção deste tipo de energia. Além de não decidir, o Estado, com a sua intervenção, mais do que destrói mata oportunidades de negócio. Um caso exemplar do Estado como destruidor de valor potencial.
Eólica sem significado
Energia eólica em % do total
Fonte: Boston Consoulting Group, O caminho para o Desenvolvimento sustentado da Produção em Regime Especial em Portugal
Impresa a sair da crise
A Impresa apresenta, no primeiro trimestre deste ano, uma evolução económica favorável, quando se compara com os valores dos primeiros três meses de 2004. Os recursos gerados (Ebitda) em percentagem das receitas consolidadas passaram de 12% para 14,2%, graças, naturalmente, à televisão. Neste segmento, a margem aumentou 7,7 pontos, fixando-se em 19,7%, a revelar que os problemas do negócio que mais pesa foram ultrapassados. Os lucros apurados nos primeiros três meses deste ano, já de acordo com as novas normas contabilísticas, fixaram-se em 3,28 milhões de euros, contra 1,34 milhões em igual período do ano anterior, surpreendendo favoravelmente os analistas. O único indicador menos positivo é o da dívida líquida, que passou de 135,6 para 230,2 milhões de euros, ou seja, passa a representar 3,7 vezes as receitas, contra 2,4 em Março de 2004. A compra de 49% da SIC ao BPI é a razão. O facto de a Impresa estara gerar hoje mais recursos que no passado minimiza o problema.
Brisa mantém-se sobre rodas
A fraca conjuntura económica, agravada pelo forte impacto do aumento do valor do petróleo nos combustíveis, fizeram baixar as receitas das portagens obtidas pela Brisa. Mas, nem por isso, a concessionária teve piores resultados. A integração da Tyco, comprada em Fevereiro, a par dos efeitos da transição para as novas normas contabilísticas sustentaram a ‘performance’ da empresa de Vasco de Mello. Mas, como destacou ao DE uma fonte da empresa foi a quebra dos custos relacionados com a dívida que esteve na base da melhoria, em 9%, dos lucros da concessionária líder do mercado das autoestradas em Portugal. Recorde-se que esta redução decorre da alteração da estrutura da dívida, de curto para médio e longo prazo.
Uma política estratégica que demonstra que Vasco de Mello está apostado em, num contexto que ainda é de crise, manter a ‘performance’, mantendo-se assim entre as maiores do sector na Europa.
Helena Garrido e Vasco Noronha
O Governo decidiu anular o concurso para a produção de energia eólica, lançando outro, no prazo de três meses.
Dúvidas quanto à legitimidade de um Governo em gestão lançar um concurso destes é a principal razão apresentada. Junta-se a essa justificação a ideia de que o modelo do concurso não promovia um dos objectivos considerados fundamentais, a criação de condições para se criar em Portugal um parque industrial de produção de equipamento para a produção de energia eólica, como seja, e de forma bastante simplista aquelas grandes ventoinhas.
Não se discutem as razões que levaram um Governo, - que tem como principal linha de actuação seguir em frente e não andar a desfazer o passado -, a decidir suspender este concurso. Tem total legitimidade para tomar essa decisão. O que é lamentável é assistir-se a uma desesperante repetição da história. Na energia eólica, como acontece noutros sectores, Portugal tem enormes potencialidades por razões naturais. Mas nada é feito. O sector poderá arrastar, no mínimo, 5 mil milhões de euros de investimento, fundamentalmente privado. E os efeitos favoráveis directos e indirectos poderiam ser enornes: desde a redução do custo da energia até à diminuição dos níveis de poluição com possibilidades de venda de direitos de emissão.
Apesar de todas estas condições Portugal continua a ser o país onde o peso da energia eólica é mais baixo no conjunto da União, em claro contraste com a Espanha.
Acabamos por não ter nada. Nem conseguimos criar um grupo de empresas de pordução de equipamento eólico nem aumentamos significativamente a produção deste tipo de energia. Além de não decidir, o Estado, com a sua intervenção, mais do que destrói mata oportunidades de negócio. Um caso exemplar do Estado como destruidor de valor potencial.
Eólica sem significado
Energia eólica em % do total
Fonte: Boston Consoulting Group, O caminho para o Desenvolvimento sustentado da Produção em Regime Especial em Portugal
Impresa a sair da crise
A Impresa apresenta, no primeiro trimestre deste ano, uma evolução económica favorável, quando se compara com os valores dos primeiros três meses de 2004. Os recursos gerados (Ebitda) em percentagem das receitas consolidadas passaram de 12% para 14,2%, graças, naturalmente, à televisão. Neste segmento, a margem aumentou 7,7 pontos, fixando-se em 19,7%, a revelar que os problemas do negócio que mais pesa foram ultrapassados. Os lucros apurados nos primeiros três meses deste ano, já de acordo com as novas normas contabilísticas, fixaram-se em 3,28 milhões de euros, contra 1,34 milhões em igual período do ano anterior, surpreendendo favoravelmente os analistas. O único indicador menos positivo é o da dívida líquida, que passou de 135,6 para 230,2 milhões de euros, ou seja, passa a representar 3,7 vezes as receitas, contra 2,4 em Março de 2004. A compra de 49% da SIC ao BPI é a razão. O facto de a Impresa estara gerar hoje mais recursos que no passado minimiza o problema.
Brisa mantém-se sobre rodas
A fraca conjuntura económica, agravada pelo forte impacto do aumento do valor do petróleo nos combustíveis, fizeram baixar as receitas das portagens obtidas pela Brisa. Mas, nem por isso, a concessionária teve piores resultados. A integração da Tyco, comprada em Fevereiro, a par dos efeitos da transição para as novas normas contabilísticas sustentaram a ‘performance’ da empresa de Vasco de Mello. Mas, como destacou ao DE uma fonte da empresa foi a quebra dos custos relacionados com a dívida que esteve na base da melhoria, em 9%, dos lucros da concessionária líder do mercado das autoestradas em Portugal. Recorde-se que esta redução decorre da alteração da estrutura da dívida, de curto para médio e longo prazo.
Uma política estratégica que demonstra que Vasco de Mello está apostado em, num contexto que ainda é de crise, manter a ‘performance’, mantendo-se assim entre as maiores do sector na Europa.
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No Financial Times
As voláteis acções da Nokia
FT
As acções tecnológicas são muito voláteis. A prová-lo está o súbito e singular aumento de 5% dos preços das acções da Nokia, registado na passada quinta-feira.
O principal fabricante mundial de telemóveis parece estar de “mãos dadas” com um novo produto-mix, o que vai originar uma melhoria na gestão do capital produtivo e preços mais vantajosos. Contudo, e ao mesmo tempo, é provável que a quota de mercado global da Nokia tenha diminuído dois pontos percentuais para 32% nos últimos trimestres, principalmente devido aos fracos resultados registados nos EUA. Além disso, os lucros brutos da Nokia desceram de 40,6% para 37% nos últimos anos, apesar do aumento nas receitas provenientes das redes que lucraram com uma diminuição das vendas nos mercados emergentes, o que, já por si, não é um grande indicador.
O aumento de 17% nas vendas foi uma grande ajuda para contrariar as previsões. Mas pouco mais há a acrescentar. Cerca de metade dos 180 milhões de euros - com os quais a Nokia “derrotou” o consenso acerca da previsão dos lucros líquidos -, provêm de situações pontuais. É o caso dos 40 milhões de euros gerados pela venda da participação na France Telecom, e dos 50-65 milhões de euros obtidos com a reestruturação - abaixo das previsões -, do sector multimédia. A baixa taxa de juros de 26,8%, que reflecte as alterações devidamente anunciadas na lei finlandesa, também surpreendeu alguns analistas, se bem que, e para sermos justos, não se possa imputar a responsabilidade à Nokia. Esta situação, juntamente com os últimos modelos lançados no mercado, pode impulsionar um aumento nas receitas, ao ponto de igualar os máximos verificados em 2000. O único senão é que, já nessa altura, os custos foram 15 vezes superiores às receitas do presente ano, o que, após os “desastres” de 2004, parece mais do que bom.
As voláteis acções da Nokia
FT
As acções tecnológicas são muito voláteis. A prová-lo está o súbito e singular aumento de 5% dos preços das acções da Nokia, registado na passada quinta-feira.
O principal fabricante mundial de telemóveis parece estar de “mãos dadas” com um novo produto-mix, o que vai originar uma melhoria na gestão do capital produtivo e preços mais vantajosos. Contudo, e ao mesmo tempo, é provável que a quota de mercado global da Nokia tenha diminuído dois pontos percentuais para 32% nos últimos trimestres, principalmente devido aos fracos resultados registados nos EUA. Além disso, os lucros brutos da Nokia desceram de 40,6% para 37% nos últimos anos, apesar do aumento nas receitas provenientes das redes que lucraram com uma diminuição das vendas nos mercados emergentes, o que, já por si, não é um grande indicador.
O aumento de 17% nas vendas foi uma grande ajuda para contrariar as previsões. Mas pouco mais há a acrescentar. Cerca de metade dos 180 milhões de euros - com os quais a Nokia “derrotou” o consenso acerca da previsão dos lucros líquidos -, provêm de situações pontuais. É o caso dos 40 milhões de euros gerados pela venda da participação na France Telecom, e dos 50-65 milhões de euros obtidos com a reestruturação - abaixo das previsões -, do sector multimédia. A baixa taxa de juros de 26,8%, que reflecte as alterações devidamente anunciadas na lei finlandesa, também surpreendeu alguns analistas, se bem que, e para sermos justos, não se possa imputar a responsabilidade à Nokia. Esta situação, juntamente com os últimos modelos lançados no mercado, pode impulsionar um aumento nas receitas, ao ponto de igualar os máximos verificados em 2000. O único senão é que, já nessa altura, os custos foram 15 vezes superiores às receitas do presente ano, o que, após os “desastres” de 2004, parece mais do que bom.
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Bolsa
Fundos do BCP são os que mais investem na bolsa portuguesa
Pedro Ferreira Esteves
A sociedade gestora de fundos do grupo Millennium bcp foi a que maior volume movimentou na bolsa portuguesa durante o quarto trimestre do ano passado, praticamente um terço do total.
A Barclays Fundos entrou, por seu turno, no grupo das cinco maiores gestoras portuguesas, colocando-se como a segunda instituição mais activa.
De acordo com os dados do Relatório de Gestão de Activos do quarto trimestre, divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Millennium bcp Investimento foi responsável pela transacção de 136,9 milhões de euros em acções do Euronext Lisboa, um valor que compara com os 106,1 milhões de euros do período homólogo.
A Barclays Fundos ficou em segundo lugar, com 67,3 milhões de euros movimentados em valores cotados na bolsa de Lisboa, um número que supera igualmente os 39,6 milhões observados no final do ano anterior e que a colocavam num quinto posto.
A Santander Gestão de Activos desceu do segundo para o terceiro lugar, com 63,3 milhões de euros, menos do que os quase 80 milhões verificados no último trimestre de 2003. Já a BPI Fundos manteve-se na fasquia dos 50 milhões de euros, mais precisamente nos 57,8 milhões, ao passo que a Caixagest movimentou 48,5 milhões entre Outubro e Dezembro do ano passado. Refira-se que a ESAF, do grupo Espírito Santo, transaccionou apenas 17,4 milhões de euros.
O volume total cresceu, em termos homólogos, de 347,6 para 414,7 milhões de euros, mas o peso dos fundos portugueses na bolsa de Lisboa baixou ligeiramente para os 3%, uma vez que o volume total de transacções no Euronext Lisboa subiu 10,9 para 13,8 mil milhões de euros.
Fundos do BCP são os que mais investem na bolsa portuguesa
Pedro Ferreira Esteves
A sociedade gestora de fundos do grupo Millennium bcp foi a que maior volume movimentou na bolsa portuguesa durante o quarto trimestre do ano passado, praticamente um terço do total.
A Barclays Fundos entrou, por seu turno, no grupo das cinco maiores gestoras portuguesas, colocando-se como a segunda instituição mais activa.
De acordo com os dados do Relatório de Gestão de Activos do quarto trimestre, divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Millennium bcp Investimento foi responsável pela transacção de 136,9 milhões de euros em acções do Euronext Lisboa, um valor que compara com os 106,1 milhões de euros do período homólogo.
A Barclays Fundos ficou em segundo lugar, com 67,3 milhões de euros movimentados em valores cotados na bolsa de Lisboa, um número que supera igualmente os 39,6 milhões observados no final do ano anterior e que a colocavam num quinto posto.
A Santander Gestão de Activos desceu do segundo para o terceiro lugar, com 63,3 milhões de euros, menos do que os quase 80 milhões verificados no último trimestre de 2003. Já a BPI Fundos manteve-se na fasquia dos 50 milhões de euros, mais precisamente nos 57,8 milhões, ao passo que a Caixagest movimentou 48,5 milhões entre Outubro e Dezembro do ano passado. Refira-se que a ESAF, do grupo Espírito Santo, transaccionou apenas 17,4 milhões de euros.
O volume total cresceu, em termos homólogos, de 347,6 para 414,7 milhões de euros, mas o peso dos fundos portugueses na bolsa de Lisboa baixou ligeiramente para os 3%, uma vez que o volume total de transacções no Euronext Lisboa subiu 10,9 para 13,8 mil milhões de euros.
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“É preocupante o forte aumento da aversão ao risco em termos globais”
Pedro Ferreira Esteves
Gustavo Trillo, responsável pela gestão de fundos da JP Morgan Fleming em Espanha, continua a preferir acções europeias às dos EUA.
Os últimos meses foram marcados, nos mercados financeiros globais, por um aumento significativo da aversão ao risco, depois de um período em que os investidores apostaram em activos de rendimento mais elevado. Para Gustavo Trillo, responsável pela estratégia de taxa fixa do banco norte-americano JP Morgan Fleming em Madrid, esta situação “preocupa muito”.
“Os mercados financeiros foram dominados por dois factores: a subida do preço do petróleo para novos máximos, inesperada no final do ano passado; e o aumento contínuo das taxas de juro nos EUA, na sequência da subida da inflação”, explicou, em entrevista ao Diário Económico, Gustavo Trillo, acrescentando que “neste contexto, houve uma passagem forte de uma atitude de atracção pelo risco e de procura por rentabilidades altas para uma posição de aversão ao risco. Esta situação preocupa-nos muito”. Isto porque, adianta, as condições permanecem relativamente positivas, em especial nos EUA, que apresentam taxas de crescimento económico entre 3% e 4%. Quanto aos resultados das empresas, “depois do susto do ‘profit warning’ da General Motors, o tom geral até é positivo”.
No actual cenário de refúgio dos investidores para activos de maior protecção, o mesmo gestor defende que as bolsas europeias continuam, paradoxalmente, a apresentar maior potencial de valorização face às suas congéneres norte-americanas. “Nos EUA, as empresas já efectuaram as suas reestruturações, por isso há pouco terreno para crescer. Na Europa, o potencial de valorização é maior e existe ainda muito espaço para reestruturações”, explicou.
Desta forma, os analistas do JP Morgan Fleming estão positivos em acções cotadas na Europa e Japão e negativos nos mercados norte-americano e emergentes. Sobre estes últimos, Trillo considera que “o excesso de risco associado no presente a estes activos não é compensado pela perspectivas de valorização, em linha com as existentes para a Europa, por exemplo”. Ao contrário, precisamente, do que aconteceu nos dois últimos anos, “quando os fundamentais destes mercados foram muito bons”.
Sobre a evolução do euro face ao dólar, o gestor do JP Morgan Fleming prevê que a moeda única se mantenha mais perto da parte baixa do intervalo entre 1,27/1,31 dólares, devido ao crescimento económico nos EUA e à ampliação do diferencial entre as taxas de juro das duas regiões. “Quando o Banco Central Europeu começar a subir as taxas, previsivelmente no último trimestre deste ano, o euro recuperará alguma força”, adiantou.
Já o mercado obrigacionista “terá de passar por um período pouco positivo, com os preços a descerem e as taxas a subirem”. O mercado norte-americano e de dívida privada serão os activos a evitar.
Perfil: Um estratega de taxa fixa
Gustavo Trillo ocupa, actualmente, o cargo de vice-presidente do JP Morgan Fleming, sendo responsável pelo unidade de taxa fixa internacional, sedeada em Madrid. A sua responsabilidade passa pela definição e implementação da estratégia de taxa fixa para os fundos domésticos e contas. Este economista, formado na Universidade Complutense de Madrid, trabalha no banco norte-americano há quase seis anos, mais precisamente desde Julho de 1999
Pedro Ferreira Esteves
Gustavo Trillo, responsável pela gestão de fundos da JP Morgan Fleming em Espanha, continua a preferir acções europeias às dos EUA.
Os últimos meses foram marcados, nos mercados financeiros globais, por um aumento significativo da aversão ao risco, depois de um período em que os investidores apostaram em activos de rendimento mais elevado. Para Gustavo Trillo, responsável pela estratégia de taxa fixa do banco norte-americano JP Morgan Fleming em Madrid, esta situação “preocupa muito”.
“Os mercados financeiros foram dominados por dois factores: a subida do preço do petróleo para novos máximos, inesperada no final do ano passado; e o aumento contínuo das taxas de juro nos EUA, na sequência da subida da inflação”, explicou, em entrevista ao Diário Económico, Gustavo Trillo, acrescentando que “neste contexto, houve uma passagem forte de uma atitude de atracção pelo risco e de procura por rentabilidades altas para uma posição de aversão ao risco. Esta situação preocupa-nos muito”. Isto porque, adianta, as condições permanecem relativamente positivas, em especial nos EUA, que apresentam taxas de crescimento económico entre 3% e 4%. Quanto aos resultados das empresas, “depois do susto do ‘profit warning’ da General Motors, o tom geral até é positivo”.
No actual cenário de refúgio dos investidores para activos de maior protecção, o mesmo gestor defende que as bolsas europeias continuam, paradoxalmente, a apresentar maior potencial de valorização face às suas congéneres norte-americanas. “Nos EUA, as empresas já efectuaram as suas reestruturações, por isso há pouco terreno para crescer. Na Europa, o potencial de valorização é maior e existe ainda muito espaço para reestruturações”, explicou.
Desta forma, os analistas do JP Morgan Fleming estão positivos em acções cotadas na Europa e Japão e negativos nos mercados norte-americano e emergentes. Sobre estes últimos, Trillo considera que “o excesso de risco associado no presente a estes activos não é compensado pela perspectivas de valorização, em linha com as existentes para a Europa, por exemplo”. Ao contrário, precisamente, do que aconteceu nos dois últimos anos, “quando os fundamentais destes mercados foram muito bons”.
Sobre a evolução do euro face ao dólar, o gestor do JP Morgan Fleming prevê que a moeda única se mantenha mais perto da parte baixa do intervalo entre 1,27/1,31 dólares, devido ao crescimento económico nos EUA e à ampliação do diferencial entre as taxas de juro das duas regiões. “Quando o Banco Central Europeu começar a subir as taxas, previsivelmente no último trimestre deste ano, o euro recuperará alguma força”, adiantou.
Já o mercado obrigacionista “terá de passar por um período pouco positivo, com os preços a descerem e as taxas a subirem”. O mercado norte-americano e de dívida privada serão os activos a evitar.
Perfil: Um estratega de taxa fixa
Gustavo Trillo ocupa, actualmente, o cargo de vice-presidente do JP Morgan Fleming, sendo responsável pelo unidade de taxa fixa internacional, sedeada em Madrid. A sua responsabilidade passa pela definição e implementação da estratégia de taxa fixa para os fundos domésticos e contas. Este economista, formado na Universidade Complutense de Madrid, trabalha no banco norte-americano há quase seis anos, mais precisamente desde Julho de 1999
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Aposta ganha ou perdida?
FT
É sempre divertido repetir o mesmo truque duas vezes. E é precisamente isso que a Endesa, o Santander e a Union Fenosa tencionam fazer.
Primeiro, venderam a Airtel, o segundo maior operador móvel espanhol, à dinâmica Vodafone no pico da bolha tecnológica. E agora pretendem desembaraçar-se da Auna, o terceiro operador espanhol, vendendo-a à indústria de capital de risco numa altura particularmente boa do ciclo.
Entretanto, a saga infindável da Auna começou a testar a paciência dos seus accionistas ‘core’. Embora a Endesa pondere eventuais aquisições, a Union Fenosa e o Santander debatem-se com algumas dificuldades financeiras. Assim, os 12 mil milhões de euros oferecidos por um consórcio de capital de risco não vão além de 11 vezes o valor dos lucros antes de juros, taxas, depreciações e amortizações de 2004. Apesar de tudo, ainda não é este o verdadeiro “golpe de misericórdia”. Como é óbvio, qualquer acordo que envolva a Auna deve contemplar, também, a venda da sua unidade de serviços de linha fixa à Ono, um operador por cabo que pode funcionar como complemento geográfico. A possibilidade de adicionar à sua carteira um dos últimos operadores móveis independentes do mercado europeu - e especialmente bem gerido -, pode constituir um estímulo para os compradores da indústria.
Além disso, com o leilão da italiana Wind ainda a decorrer, a venda da Auna poderá ser uma espécie de “tira-teimas” para a indústria de capital de risco. A unidade móvel Amena é, sem dúvida, um activo de excelente qualidade, mau grado a sua dimensão e preço. Mas, apesar de rentável, a sua estrutura não é compatível com o tipo de alavancagem a que os compradores de capital de risco têm o hábito de recorrer para impulsionar retornos. Os potenciais compradores arriscam-se, assim, a seguir as pisadas da Vodafone, que muito ganhou com a compra de activos móveis espanhóis, embora se debata agora com um desafio ainda maior, isto é, rentabilizá-los.
FT
É sempre divertido repetir o mesmo truque duas vezes. E é precisamente isso que a Endesa, o Santander e a Union Fenosa tencionam fazer.
Primeiro, venderam a Airtel, o segundo maior operador móvel espanhol, à dinâmica Vodafone no pico da bolha tecnológica. E agora pretendem desembaraçar-se da Auna, o terceiro operador espanhol, vendendo-a à indústria de capital de risco numa altura particularmente boa do ciclo.
Entretanto, a saga infindável da Auna começou a testar a paciência dos seus accionistas ‘core’. Embora a Endesa pondere eventuais aquisições, a Union Fenosa e o Santander debatem-se com algumas dificuldades financeiras. Assim, os 12 mil milhões de euros oferecidos por um consórcio de capital de risco não vão além de 11 vezes o valor dos lucros antes de juros, taxas, depreciações e amortizações de 2004. Apesar de tudo, ainda não é este o verdadeiro “golpe de misericórdia”. Como é óbvio, qualquer acordo que envolva a Auna deve contemplar, também, a venda da sua unidade de serviços de linha fixa à Ono, um operador por cabo que pode funcionar como complemento geográfico. A possibilidade de adicionar à sua carteira um dos últimos operadores móveis independentes do mercado europeu - e especialmente bem gerido -, pode constituir um estímulo para os compradores da indústria.
Além disso, com o leilão da italiana Wind ainda a decorrer, a venda da Auna poderá ser uma espécie de “tira-teimas” para a indústria de capital de risco. A unidade móvel Amena é, sem dúvida, um activo de excelente qualidade, mau grado a sua dimensão e preço. Mas, apesar de rentável, a sua estrutura não é compatível com o tipo de alavancagem a que os compradores de capital de risco têm o hábito de recorrer para impulsionar retornos. Os potenciais compradores arriscam-se, assim, a seguir as pisadas da Vodafone, que muito ganhou com a compra de activos móveis espanhóis, embora se debata agora com um desafio ainda maior, isto é, rentabilizá-los.
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BCE revela que “desapareceram” 2.300 instituições de crédito na UE
Patricia Henriques
A consolidação do sector financeiro europeu levou ao desaparecimento de 2.300 instituições de crédito, entre 1997 e 2004, de acordo com o relatório anual divulgado ontem pelo Banco Central Europeu (BCE)
Este movimento deveu-se à reestruturação interna dos grupos bancários, bem como a fusões e aquisições que ocorreram sobretudo no mercado doméstico. “Ao longo dos últimos dez anos, os negócios entre bancos transfronteiras, na Europa, representaram apenas 15% do volume total de fusões no sector bancário face a uma média de cerca de 40% no sector industrial”, adianta o relatório. Para o BCE, explicam a reduzida apetência para realizar fusões e aquisições fora das fronteiras nacionais “ a possibilidade de obter maiores sinergias de custos através da consolidação doméstica, bem como diferenças nas normas fiscais, padrões de protecção dos consumidores e culturas empresariais”. Os números revelados pelo BCE podem servir de base à reflexão que a Comissão Europeia está a efectuar sobre os obstáculos às fusões transfronteiriças, cujas decisões serão conhecidas a partir de Setembro, já sob a égide da presidência britânica.
Apesar de “relativamente reduzido”, o movimento de fusões e aquisições demonstra que “o processo de internacionalização prossegue”. O BCE sublinha que “os activos detidos pelos bancos da área do euro nas suas sucursais e filiais de outros países representam agora mais de 10% dos activos bancários não consolidados da área”.
O relatório anual sobre a banca conclui que a “capacidade do sistema financeiro da área euro para absorver choques melhorou”, pois as “instituições financeiras beneficiaram de um fortalecimento melhor do que o esperado da actividade económica mundial”. Como resultado “a rendibilidade dos bancos e das seguradoras registou uma melhoria”, devida sobretudo à redução de custos e diminuição da constituição de provisões para perdas com empréstimos.
No entanto, o BCE alerta para o facto de persistirem “sinais anteriores de fragilidade” devido aos riscos da subida das taxas de juro.
Patricia Henriques
A consolidação do sector financeiro europeu levou ao desaparecimento de 2.300 instituições de crédito, entre 1997 e 2004, de acordo com o relatório anual divulgado ontem pelo Banco Central Europeu (BCE)
Este movimento deveu-se à reestruturação interna dos grupos bancários, bem como a fusões e aquisições que ocorreram sobretudo no mercado doméstico. “Ao longo dos últimos dez anos, os negócios entre bancos transfronteiras, na Europa, representaram apenas 15% do volume total de fusões no sector bancário face a uma média de cerca de 40% no sector industrial”, adianta o relatório. Para o BCE, explicam a reduzida apetência para realizar fusões e aquisições fora das fronteiras nacionais “ a possibilidade de obter maiores sinergias de custos através da consolidação doméstica, bem como diferenças nas normas fiscais, padrões de protecção dos consumidores e culturas empresariais”. Os números revelados pelo BCE podem servir de base à reflexão que a Comissão Europeia está a efectuar sobre os obstáculos às fusões transfronteiriças, cujas decisões serão conhecidas a partir de Setembro, já sob a égide da presidência britânica.
Apesar de “relativamente reduzido”, o movimento de fusões e aquisições demonstra que “o processo de internacionalização prossegue”. O BCE sublinha que “os activos detidos pelos bancos da área do euro nas suas sucursais e filiais de outros países representam agora mais de 10% dos activos bancários não consolidados da área”.
O relatório anual sobre a banca conclui que a “capacidade do sistema financeiro da área euro para absorver choques melhorou”, pois as “instituições financeiras beneficiaram de um fortalecimento melhor do que o esperado da actividade económica mundial”. Como resultado “a rendibilidade dos bancos e das seguradoras registou uma melhoria”, devida sobretudo à redução de custos e diminuição da constituição de provisões para perdas com empréstimos.
No entanto, o BCE alerta para o facto de persistirem “sinais anteriores de fragilidade” devido aos riscos da subida das taxas de juro.
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"Ranking" da Forbes
BCP é o 380º maior grupo cotado do mundo depois de subir 103 lugares
José Pedro Luís
A revista Forbes coloca sete empresas portuguesas entre os maiores 2000 grupos cotados em todo o mundo.
O Banco Comercial Português subiu 103 lugares no ranking da Forbes, que reúne as 2000 maiores empresas do mundo cotadas em bolsa. Numa análise conjunta do valor das vendas, do lucro líquido, dos activos e da capitalização bolsista, o maior banco privado português é o 380º maior grupo do mundo em 2005, depois de ter ocupado a 483ª posição no ano passado. Esta subida do Millennium bcp deve-se essencialmente à avaliação dos seus activos em 97 mil milhões de dólares (74 mil milhões de euros).
Nesta lista da revista Forbes, liderada pelo norte-americano Citigroup, são sete as empresas nacionais que marcam presença.
Para além do BCP, que é considerado o 64º maior banco cotado do mundo, registe-se ainda a presença da EDP e da Portugal Telecom. A energética nacional subiu dez posições para o lugar 449, enquanto que a empresa de telecomunicações caiu 112 postos para a 554ª posição, apesar de ocupar o lugar 31 no seu sector. O BPI também se encontra nesta lista, registando uma subida de seis lugares face a 2004. O banco liderado por Fernando Ulrich ocupa a 1103ª posição. A Sonae registou a maior subida entre as empresas portuguesas no ranking. A holding de Belmiro de Azevedo ‘pulou’ 172 lugares para a 1178ª posição.
As duas últimas empresas portuguesas da lista registaram fortes quedas face a 2004. Tanto a Brisa como a Cimpor caíram mais de 100 lugares para o último quarto da lista.
Este ranking, criado pela Forbes, regista uma soma global de capitalização bolsista total da ordem dos 27 biliões de dólares (20 biliões de euros) a 28 de Fevereiro de 2005. Os quatro primeiros lugares são ocupados por empresas norte-americanas, lideradas pelo Citigroup que mantém a sua posição do ano anterior. A primeira empresa europeia é o HSBC que fecha o grupo dos cinco primeiros, onde se incluem três instituições bancárias.
Sublinhe-se ainda a presença de três petrolíferas nos dez primeiros lugares. A primeira empresa asiática é japonesa Toyota que caiu dois lugares para a décima posição.
BCP é o 380º maior grupo cotado do mundo depois de subir 103 lugares
José Pedro Luís
A revista Forbes coloca sete empresas portuguesas entre os maiores 2000 grupos cotados em todo o mundo.
O Banco Comercial Português subiu 103 lugares no ranking da Forbes, que reúne as 2000 maiores empresas do mundo cotadas em bolsa. Numa análise conjunta do valor das vendas, do lucro líquido, dos activos e da capitalização bolsista, o maior banco privado português é o 380º maior grupo do mundo em 2005, depois de ter ocupado a 483ª posição no ano passado. Esta subida do Millennium bcp deve-se essencialmente à avaliação dos seus activos em 97 mil milhões de dólares (74 mil milhões de euros).
Nesta lista da revista Forbes, liderada pelo norte-americano Citigroup, são sete as empresas nacionais que marcam presença.
Para além do BCP, que é considerado o 64º maior banco cotado do mundo, registe-se ainda a presença da EDP e da Portugal Telecom. A energética nacional subiu dez posições para o lugar 449, enquanto que a empresa de telecomunicações caiu 112 postos para a 554ª posição, apesar de ocupar o lugar 31 no seu sector. O BPI também se encontra nesta lista, registando uma subida de seis lugares face a 2004. O banco liderado por Fernando Ulrich ocupa a 1103ª posição. A Sonae registou a maior subida entre as empresas portuguesas no ranking. A holding de Belmiro de Azevedo ‘pulou’ 172 lugares para a 1178ª posição.
As duas últimas empresas portuguesas da lista registaram fortes quedas face a 2004. Tanto a Brisa como a Cimpor caíram mais de 100 lugares para o último quarto da lista.
Este ranking, criado pela Forbes, regista uma soma global de capitalização bolsista total da ordem dos 27 biliões de dólares (20 biliões de euros) a 28 de Fevereiro de 2005. Os quatro primeiros lugares são ocupados por empresas norte-americanas, lideradas pelo Citigroup que mantém a sua posição do ano anterior. A primeira empresa europeia é o HSBC que fecha o grupo dos cinco primeiros, onde se incluem três instituições bancárias.
Sublinhe-se ainda a presença de três petrolíferas nos dez primeiros lugares. A primeira empresa asiática é japonesa Toyota que caiu dois lugares para a décima posição.
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Euronext Lisboa
Indefinição política atrasa novas admissões à Bolsa
Diogo Nunes
Analistas dizem que processos de privatização da Galp e da REN dependem da política do Governo para o sector.
A indefinição sobre a política de privatizações do novo governo, liderado por José Sócrates, para o sector energético está a condicionar a entrada de novas empresas em bolsa, afirmam analistas contactados pelo DE. A colocação em bolsa da Galp e da REN, duas das empresas do sector público candidatas a uma dispersão em bolsa e respectiva integração na Euronext Lisboa, é vista como o caminho para animar o mercado de capitais.
No sector privado, as características familiares das empresas nacionais e o seu elevado grau de endividamento são os principais obstáculos apontados pelos analistas para explicar a escassez de novas admissões à bolsa portuguesa nos últimos anos.
Para o presente ano, “as perspectivas de novas entradas” em bolsa (IPO) no mercado português “são quase nulas”, sublinhou um analista ao DE, apesar de deixar no ar a hipótese de haver “uma ou duas novidades”.
“A Galp e a REN são as empresas públicas mais próximas de uma eventual entrada em bolsa”, afirmou outro analista, o qual frisou que “não se deve excluir uma nova operação de privatização da EDP”. E acrescentou: “Está tudo dependente da política de privatizações do novo Governo”.
A possibilidade de uma nova fase de privatização da EDP estava colocada na agenda do anterior Governo mas não parece viável neste momento. Um dos especialistas contactados pelo DE afastou esse cenário devido ao “aprofundamento do mercado ibérico de electricidade em curso”, para além de que “a actual participação do Estado é de apenas 25%”.
Já entre as empresas privadas, os analistas destacam o elevado grau de endividamento e a organização familiar como entraves à dispersão de capital em bolsa. Para além destes factores, “a admissão na praça nacional impõe o respeito pelas novas regras de mercado (IFRS), que exigem uma maior transparência e consolidação das contas”.
Ainda assim, destacam o potencial do sector do turismo, com grande peso na economia nacional e sem representação equivalente a nível do mercado.
“Temos empresas do sector do turismo maduras e que já iniciaram o seu processo de internacionalização, como o caso do Grupo Pestana. Contudo são empresas de capital fechado”, considerou um especialista.
As transportadoras aéreas foram outro exemplo dado pela mesma fonte, que apontou para a Iberia, a principal companhia de aviação espanhola, “que entrou em bolsa há quatro anos e tem-se revelado uma boa aposta”. Sobre a eventualidade de a TAP seguir o mesmo rumo da congénere espanhola, o perito considerou que “para tal, seria necessária uma injecção de capitais próprios de grande dimensão”, antes de concluir que a empresa “não parece estar preparada”.
As interrogações levantadas pelos analistas parecem dificultar a prioridade do presidente da Euronext Lisboa, Athayde Marques, de atrair mais empresas para a bolsa portuguesa.
Volume de IPO a nível global cresce 4%
O volume envolvido nas novas admissões à bolsa (IPO) em todo o mundo ascendeu aos 22 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2005, de acordo com os dados da Dealogic. Este registo representa uma subida de 4% face aos 21 mil milhões de euros nos primeiros três meses do ano passado.
O aumento do valor envolvido nesta actividade tem por base o dinamismo dos mercados norte-americanos, com o volume das novas entradas em bolsa nos Estados Unidos a representar 36% do volume global de IPO. Esta percentagem alcançada pelos EUA, relativa ao primeiro trimestre do ano, é a mais elevada desde os primeiros três meses de 2002.
Entre Janeiro e Março, foram assinaladas 42 novas admissões nos mercados da maior economia do mundo, cujo volume ascendeu aos 7,9 mil milhões de euros, um aumento de 48% contra o período homólogo e o valor mais alto desde o primeiro trimestre de 2000.
Na Europa, o volume de IPO caiu 14% para os 5,7 mil milhões de euros no primeiro trimestre face aos 6,6 mil milhões nos primeiros três meses de 2004.
Indefinição política atrasa novas admissões à Bolsa
Diogo Nunes
Analistas dizem que processos de privatização da Galp e da REN dependem da política do Governo para o sector.
A indefinição sobre a política de privatizações do novo governo, liderado por José Sócrates, para o sector energético está a condicionar a entrada de novas empresas em bolsa, afirmam analistas contactados pelo DE. A colocação em bolsa da Galp e da REN, duas das empresas do sector público candidatas a uma dispersão em bolsa e respectiva integração na Euronext Lisboa, é vista como o caminho para animar o mercado de capitais.
No sector privado, as características familiares das empresas nacionais e o seu elevado grau de endividamento são os principais obstáculos apontados pelos analistas para explicar a escassez de novas admissões à bolsa portuguesa nos últimos anos.
Para o presente ano, “as perspectivas de novas entradas” em bolsa (IPO) no mercado português “são quase nulas”, sublinhou um analista ao DE, apesar de deixar no ar a hipótese de haver “uma ou duas novidades”.
“A Galp e a REN são as empresas públicas mais próximas de uma eventual entrada em bolsa”, afirmou outro analista, o qual frisou que “não se deve excluir uma nova operação de privatização da EDP”. E acrescentou: “Está tudo dependente da política de privatizações do novo Governo”.
A possibilidade de uma nova fase de privatização da EDP estava colocada na agenda do anterior Governo mas não parece viável neste momento. Um dos especialistas contactados pelo DE afastou esse cenário devido ao “aprofundamento do mercado ibérico de electricidade em curso”, para além de que “a actual participação do Estado é de apenas 25%”.
Já entre as empresas privadas, os analistas destacam o elevado grau de endividamento e a organização familiar como entraves à dispersão de capital em bolsa. Para além destes factores, “a admissão na praça nacional impõe o respeito pelas novas regras de mercado (IFRS), que exigem uma maior transparência e consolidação das contas”.
Ainda assim, destacam o potencial do sector do turismo, com grande peso na economia nacional e sem representação equivalente a nível do mercado.
“Temos empresas do sector do turismo maduras e que já iniciaram o seu processo de internacionalização, como o caso do Grupo Pestana. Contudo são empresas de capital fechado”, considerou um especialista.
As transportadoras aéreas foram outro exemplo dado pela mesma fonte, que apontou para a Iberia, a principal companhia de aviação espanhola, “que entrou em bolsa há quatro anos e tem-se revelado uma boa aposta”. Sobre a eventualidade de a TAP seguir o mesmo rumo da congénere espanhola, o perito considerou que “para tal, seria necessária uma injecção de capitais próprios de grande dimensão”, antes de concluir que a empresa “não parece estar preparada”.
As interrogações levantadas pelos analistas parecem dificultar a prioridade do presidente da Euronext Lisboa, Athayde Marques, de atrair mais empresas para a bolsa portuguesa.
Volume de IPO a nível global cresce 4%
O volume envolvido nas novas admissões à bolsa (IPO) em todo o mundo ascendeu aos 22 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2005, de acordo com os dados da Dealogic. Este registo representa uma subida de 4% face aos 21 mil milhões de euros nos primeiros três meses do ano passado.
O aumento do valor envolvido nesta actividade tem por base o dinamismo dos mercados norte-americanos, com o volume das novas entradas em bolsa nos Estados Unidos a representar 36% do volume global de IPO. Esta percentagem alcançada pelos EUA, relativa ao primeiro trimestre do ano, é a mais elevada desde os primeiros três meses de 2002.
Entre Janeiro e Março, foram assinaladas 42 novas admissões nos mercados da maior economia do mundo, cujo volume ascendeu aos 7,9 mil milhões de euros, um aumento de 48% contra o período homólogo e o valor mais alto desde o primeiro trimestre de 2000.
Na Europa, o volume de IPO caiu 14% para os 5,7 mil milhões de euros no primeiro trimestre face aos 6,6 mil milhões nos primeiros três meses de 2004.
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Tecnologias
Infineon com prejuízos de 114 milhões de euros
Sónia Santos Pereira
A descida nos preços dos ‘chips’ justifica a fraca ‘performance’.
A Infineon, a segunda maior fabricante europeia de semicondutores, apresentou um prejuízo de 114 milhões de euros no segundo trimestre do ano fiscal de 2005, uma queda abrupta face aos lucros de 39 milhões de euros apresentados no período homólogo de 2004. A multinacional de origem alemã justificou esta quebra pela redução dos preços de ‘chips’ e pelos custos que tiveram que enfrentar para reestruturar parte do negócio.
A multinacional, que detém uma unidade operativa em Vila do Conde, registou um volume de negócios de 1.606 milhões de euros entre Janeiro e Março deste ano, um decréscimo de 3,8% face aos 1.671 milhões facturados no homólogo de 2004. Esta descida reflecte a quebra nas vendas da área de comunicações e produtos de memória. O principal mercado foi a região Ásia/Pacífico (30% das vendas), seguindo-se a América do Norte (23%), Alemanha (21%) e restante Europa (19%).
O EBIT atingiu os 117 milhões negativos no segundo trimestre, uma clara inversão quando comparado com os 71 milhões registados no mesmo período de 2004. A empresa avança, em comunicado, que o EBIT teve um impacto negativo devido à previsão de 74 milhões que a empresa realizou para fazer face à reestruturação na área das comunicações.
A empresa registou um volume de vendas de 3.422 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano fiscal, um crescimento de 4% face ao homólogo de 2004. De Outubro a Março, a multinacional apresentou um lucro de 28 milhões de euros, um decréscimo de 62% relativamente ao mesmo período do ano passado.
A Infineon considera que o terceiro trimestre não trará qualquer desenvolvimento positivo na procura, sendo que continuará a aguardar uma pressão nos preços dos ‘chips’ para cartões, nos produtos de memória e dos telefones móveis. A multinacional prevê que os resultados da operação no terceiro trimestre sejam afectados negativamente pelo previsível encerramento da unidade de Munich Perlach.
Wolfgang Ziebart, presidente da Infineon, adianta que no actual trimestre a empresa se irá focar na redução de custos e na reestruturação dos negócios que não apresentam rentabilidade.
Unidade de Vila do Conde irá empregar 1.500 trabalhadores
A fábrica da Infineon em Vila do Conde continua a ser alvo de investimentos avultados, que lhe vão permitir fabricar produtos de memória DRAM da nova geração. A unidade prevê vir a empregar 1.500 pessoas, após a efectivação do investimento contratualizado com o Estado português em 2003. Neste momento, a multinacional de origem alemã está a aplicar 150 milhões de euros. Em Janeiro deste ano, a Infineon Portugal era responsável por 1.372 postos de trabalho. De acordo com os últimas informações divulgadas pela empresa, desde 1996 que já aplicou na fábrica de Vila do Conde 417 milhões. A Infineon Portugal registou um volume de negócios de 842,7 milhões de euros no exercício de 2004, um crescimento de 7% quando comparado com os 787,3 milhões facturados em 2003. Recorde-se que a Infineon surgiu em 1999, fruto da decisão da Siemens de desinvestir na área dos componentes e por consequência dos semicondutores. A Siemens criou a Infineon para absorver esses activos, que integram a fábrica de Vila do Conde.
Infineon com prejuízos de 114 milhões de euros
Sónia Santos Pereira
A descida nos preços dos ‘chips’ justifica a fraca ‘performance’.
A Infineon, a segunda maior fabricante europeia de semicondutores, apresentou um prejuízo de 114 milhões de euros no segundo trimestre do ano fiscal de 2005, uma queda abrupta face aos lucros de 39 milhões de euros apresentados no período homólogo de 2004. A multinacional de origem alemã justificou esta quebra pela redução dos preços de ‘chips’ e pelos custos que tiveram que enfrentar para reestruturar parte do negócio.
A multinacional, que detém uma unidade operativa em Vila do Conde, registou um volume de negócios de 1.606 milhões de euros entre Janeiro e Março deste ano, um decréscimo de 3,8% face aos 1.671 milhões facturados no homólogo de 2004. Esta descida reflecte a quebra nas vendas da área de comunicações e produtos de memória. O principal mercado foi a região Ásia/Pacífico (30% das vendas), seguindo-se a América do Norte (23%), Alemanha (21%) e restante Europa (19%).
O EBIT atingiu os 117 milhões negativos no segundo trimestre, uma clara inversão quando comparado com os 71 milhões registados no mesmo período de 2004. A empresa avança, em comunicado, que o EBIT teve um impacto negativo devido à previsão de 74 milhões que a empresa realizou para fazer face à reestruturação na área das comunicações.
A empresa registou um volume de vendas de 3.422 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano fiscal, um crescimento de 4% face ao homólogo de 2004. De Outubro a Março, a multinacional apresentou um lucro de 28 milhões de euros, um decréscimo de 62% relativamente ao mesmo período do ano passado.
A Infineon considera que o terceiro trimestre não trará qualquer desenvolvimento positivo na procura, sendo que continuará a aguardar uma pressão nos preços dos ‘chips’ para cartões, nos produtos de memória e dos telefones móveis. A multinacional prevê que os resultados da operação no terceiro trimestre sejam afectados negativamente pelo previsível encerramento da unidade de Munich Perlach.
Wolfgang Ziebart, presidente da Infineon, adianta que no actual trimestre a empresa se irá focar na redução de custos e na reestruturação dos negócios que não apresentam rentabilidade.
Unidade de Vila do Conde irá empregar 1.500 trabalhadores
A fábrica da Infineon em Vila do Conde continua a ser alvo de investimentos avultados, que lhe vão permitir fabricar produtos de memória DRAM da nova geração. A unidade prevê vir a empregar 1.500 pessoas, após a efectivação do investimento contratualizado com o Estado português em 2003. Neste momento, a multinacional de origem alemã está a aplicar 150 milhões de euros. Em Janeiro deste ano, a Infineon Portugal era responsável por 1.372 postos de trabalho. De acordo com os últimas informações divulgadas pela empresa, desde 1996 que já aplicou na fábrica de Vila do Conde 417 milhões. A Infineon Portugal registou um volume de negócios de 842,7 milhões de euros no exercício de 2004, um crescimento de 7% quando comparado com os 787,3 milhões facturados em 2003. Recorde-se que a Infineon surgiu em 1999, fruto da decisão da Siemens de desinvestir na área dos componentes e por consequência dos semicondutores. A Siemens criou a Infineon para absorver esses activos, que integram a fábrica de Vila do Conde.
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Petróleo cai 2% com subida de inventários para máximo de 35 meses
O petróleo caía cerca de 2% depois do Departamento de Energia dos EUA ter divulgado que os inventários de crude aumentaram para o valor mais elevado dos últimos 35 meses.
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O petróleo caía cerca de 2% depois do Departamento de Energia dos EUA ter divulgado que os inventários de crude aumentaram para o valor mais elevado dos últimos 35 meses.
O crude deslizava 2% em Nova Iorque para os 53,10 dólares por barril, enquanto o «brent», transaccionado em Londres, perdia 1,9% para o mesmo valor.
Os «stocks» de crude aumentaram em 5,4 milhões de barris por dia para os 324,4 milhões na semana que terminou dia 22 de Abril. Uma subida que ficou bastante acima do esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para um aumento em 650 mil barris.
As importações avançaram 12% para uma média de 10,9 milhões de barris por dia, o valor máximo desde Dezembro.
Estes dados afastam os receios com uma escassez de oferta de crude no mercado, numa altura em que se prevê um aumento da procura. Os «stocks» de gasolina desceram menos que o estimado.
O petróleo caía cerca de 2% depois do Departamento de Energia dos EUA ter divulgado que os inventários de crude aumentaram para o valor mais elevado dos últimos 35 meses.
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O petróleo caía cerca de 2% depois do Departamento de Energia dos EUA ter divulgado que os inventários de crude aumentaram para o valor mais elevado dos últimos 35 meses.
O crude deslizava 2% em Nova Iorque para os 53,10 dólares por barril, enquanto o «brent», transaccionado em Londres, perdia 1,9% para o mesmo valor.
Os «stocks» de crude aumentaram em 5,4 milhões de barris por dia para os 324,4 milhões na semana que terminou dia 22 de Abril. Uma subida que ficou bastante acima do esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para um aumento em 650 mil barris.
As importações avançaram 12% para uma média de 10,9 milhões de barris por dia, o valor máximo desde Dezembro.
Estes dados afastam os receios com uma escassez de oferta de crude no mercado, numa altura em que se prevê um aumento da procura. Os «stocks» de gasolina desceram menos que o estimado.
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Índices em mínimos de Janeiro
Dia de queda nas bolsas da Europa reflecte descida da confiança
As principais praças europeias terminaram a sessão de ontem a registar quedas superiores a 1%, atirando os índices de referência DJ Stoxx 50 e DJ Stoxx 600 para os níveis mais baixos desde Janeiro.
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Ruben Bicho
rbicho@mediafin.pt
As principais praças europeias terminaram a sessão de ontem a registar quedas superiores a 1%, atirando os índices de referência DJ Stoxx 50 e DJ Stoxx 600 para os níveis mais baixos desde Janeiro.
O mercado foi afectado por uma onda de pessimismo que teve origem na divulgação de indicadores de confiança na Europa, acentuando-se depois com a apresentação de dados macroeconómicos nos EUA.
Em França e na Alemanha a confiança de empresários e fabricantes recuou para os níveis mais baixos de 2003, dando um sinal negativo aos investidores. O índice francês, CAC-40, apresentou a maior queda de entre as principais praças, deslizando 1,64%.
A bolsa de Paris foi penalizada em grande parte pelo recuo da SMIcroelectronics, segunda maior fabricante de semicondutores da Europa, que perdeu 5,7% depois de divulgar previsões que ficaram aquém do esperado pelos analistas.
Na Alemanha, as previsões negativas também marcaram o dia, com o índice DAX a perder 1,06% para os 4.189,02 pontos, depois da Siemens ter anunciado que é "dificil prever os resultados" para este ano, depois de anteriormente ter adiantado que esperava uma "subida ligeira dos ganhos". A empresa de engenharia recuou 1,1% para os 57,07 euros, o valor mais baixo dos últimos sete meses.
Em Inglaterra, o FTSE baixou em 1,16% para os 4.789,40 pontos, com a retalhista Dixons a apresentar uma das maiores quedas do dia, ao cair 4,1% para os 139 pence.
Na praça de Amesterdão o índice AEX não escapou às quedas do resto da Europa e fechou a perder 1,59% para 350,53 pontos, num dia em que a tecnológica ASMI deslizou 5,8% para 10,92 euros.
O IBEX, de Espanha, perdeu 1,09% para os 8985 pontos, com a Sogecable em destaque ao contrariar o dia de quedas, com uma subida de 1,59%, graças aos resultados trimestrais que apresentou.
Dia de queda nas bolsas da Europa reflecte descida da confiança
As principais praças europeias terminaram a sessão de ontem a registar quedas superiores a 1%, atirando os índices de referência DJ Stoxx 50 e DJ Stoxx 600 para os níveis mais baixos desde Janeiro.
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Ruben Bicho
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As principais praças europeias terminaram a sessão de ontem a registar quedas superiores a 1%, atirando os índices de referência DJ Stoxx 50 e DJ Stoxx 600 para os níveis mais baixos desde Janeiro.
O mercado foi afectado por uma onda de pessimismo que teve origem na divulgação de indicadores de confiança na Europa, acentuando-se depois com a apresentação de dados macroeconómicos nos EUA.
Em França e na Alemanha a confiança de empresários e fabricantes recuou para os níveis mais baixos de 2003, dando um sinal negativo aos investidores. O índice francês, CAC-40, apresentou a maior queda de entre as principais praças, deslizando 1,64%.
A bolsa de Paris foi penalizada em grande parte pelo recuo da SMIcroelectronics, segunda maior fabricante de semicondutores da Europa, que perdeu 5,7% depois de divulgar previsões que ficaram aquém do esperado pelos analistas.
Na Alemanha, as previsões negativas também marcaram o dia, com o índice DAX a perder 1,06% para os 4.189,02 pontos, depois da Siemens ter anunciado que é "dificil prever os resultados" para este ano, depois de anteriormente ter adiantado que esperava uma "subida ligeira dos ganhos". A empresa de engenharia recuou 1,1% para os 57,07 euros, o valor mais baixo dos últimos sete meses.
Em Inglaterra, o FTSE baixou em 1,16% para os 4.789,40 pontos, com a retalhista Dixons a apresentar uma das maiores quedas do dia, ao cair 4,1% para os 139 pence.
Na praça de Amesterdão o índice AEX não escapou às quedas do resto da Europa e fechou a perder 1,59% para 350,53 pontos, num dia em que a tecnológica ASMI deslizou 5,8% para 10,92 euros.
O IBEX, de Espanha, perdeu 1,09% para os 8985 pontos, com a Sogecable em destaque ao contrariar o dia de quedas, com uma subida de 1,59%, graças aos resultados trimestrais que apresentou.
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Liquidez atinge nível recorde
Principais títulos levam bolsa à maior queda desde Maio
O Banco Comercial Português, a Portugal Telecom e a Energias de Portugal foram os principais responsáveis pelo facto da bolsa ter registado a maior queda desde 17 de Maio do ano passado. O PSI-20 caiu 1,47% numa sessão em que apenas a Impresa fechou a valorizar.
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O Banco Comercial Português, a Portugal Telecom e a Energias de Portugal foram os principais responsáveis pelo facto da bolsa ter registado a maior queda desde 17 de Maio do ano passado. O PSI-20 caiu 1,47% numa sessão em que apenas a Impresa fechou a valorizar.
O principal índice da bolsa nacional cotou nos 7.616,37 pontos [Cot] com 16 acções em queda, três inalteradas e uma a subir numa sessão em que a liquidez superou os 200 milhões de euros pela primeira vez desde Dezembro de 2004, com 204,2 milhões de euros.
O PSI-20 acompanhou a tendência europeia, com a maioria das bolsas também a registarem desvalorizações superiores a 1%, arrastadas por dados económicos e resultados de empresas abaixo das estimativas.
A Portugal Telecom (PT) [Cot] deslizou 3,37% para os 8,59 euros, tendo mesmo chegado a tocar nos 8,65 euros, mínimo de Setembro de 2004, arrastada pela queda de mais de 2% do sector de telecomunicações europeu. A pressão do regulador, a aproximação da apresentação dos resultados e as novas metas para a Vivo também contribuíram para a desvalorização da PT.
A Portugal Telecom negociou um total de 15,97 milhões de títulos, tendo passado um bloco de cinco milhões de acções, a um preço unitário de 8,59 euros, no último minuto de negociação da bolsa. A participada PT Multimédia [Cot] escorregou 1,57% para os 18,23 euros.
O Banco Comercial Português [Cot] perdeu 1,41% para os 2,10 euros enquanto o Banco Espírito santo [Cot] e o Banco BPI [Cot] caíram 0,76% para os 13 euros e 1,88% para os 3,13 euros, respectivamente. A instituição liderada por Paulo Teixeira cai pelo segundo dia consecutivo.
A Energias de Portugal [Cot], que também perde pela segunda sessão consecutiva, deslizou 0,95% para os 2,08 euros. A Brisa – que fechou inalterada nos 61,8 euros - substituiu a eléctrica na lista das cinco empresas cotadas com maior potencial de valorização para o Millennium bcp. Segundo o banco de investimento, as acções da concessionária, que recebe um preço-alvo de 7,80 euros, devem subir 27% até ao final do ano.
A economia portuguesa e o tráfego da Brisa «não mostram sinais de recuperação» considera o BPI, tendo em conta os resultados ontem apresentados pela concessionária [Cot]. Por outro lado sublinha, juntamente com o Millennium bcp, o factor positivo do controlo dos custos por parte da empresa.
A Jerónimo Martins [Cot] anunciou hoje que os resultados líquidos do primeiro trimestre aumentaram 11,2%, em linha com as previsões, tendo a empresa beneficiado com o melhor desempenho do Pingo Doce e da Biedronka, sobretudo a unidade polaca, onde o EBITDA cresceu 44,2%. No entanto, as acções da distribuidora caíram 0,91% para os 11,95 euros.
O sector «media» fechou misto, com a Media Capital [Cot] e a Cofina [Cot] a caírem 1,33% para os 5,20 euros e 0,30% para os 3,35 euros, respectivamente e com a Impresa a ser a única empresa do PSI-20 a valorizar com uma subida de 1,28% para os 5,54 euros.
Os lucros da empresa liderada por Francisco Balsemão [Cot] atingiram os 3,28 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um valor que mais que duplica o registado no mesmo período do ano passado. Para este ano, a companhia prevê uma subida entre 70 a 80% nos lucros.
A Cimpor [Cot] caiu 1,84% para os 4,26 euros no dia em que a maioria dos seus accionistas presentes hoje na assembleia geral, votou favoravelmente a desblindagem de estatutos da cimenteira, que actualmente se situava nos 10%.
A empresa negociou 2,8 milhões de títulos - quando a sua média diária é de 300 mil acções – depois de ter passado dois blocos: um de 1,2 milhões às 14h33m e outro de um milhão de acções às 13h14m a um preço unitário de 4,30 euros.
Principais títulos levam bolsa à maior queda desde Maio
O Banco Comercial Português, a Portugal Telecom e a Energias de Portugal foram os principais responsáveis pelo facto da bolsa ter registado a maior queda desde 17 de Maio do ano passado. O PSI-20 caiu 1,47% numa sessão em que apenas a Impresa fechou a valorizar.
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Ana Filipa Rego
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O Banco Comercial Português, a Portugal Telecom e a Energias de Portugal foram os principais responsáveis pelo facto da bolsa ter registado a maior queda desde 17 de Maio do ano passado. O PSI-20 caiu 1,47% numa sessão em que apenas a Impresa fechou a valorizar.
O principal índice da bolsa nacional cotou nos 7.616,37 pontos [Cot] com 16 acções em queda, três inalteradas e uma a subir numa sessão em que a liquidez superou os 200 milhões de euros pela primeira vez desde Dezembro de 2004, com 204,2 milhões de euros.
O PSI-20 acompanhou a tendência europeia, com a maioria das bolsas também a registarem desvalorizações superiores a 1%, arrastadas por dados económicos e resultados de empresas abaixo das estimativas.
A Portugal Telecom (PT) [Cot] deslizou 3,37% para os 8,59 euros, tendo mesmo chegado a tocar nos 8,65 euros, mínimo de Setembro de 2004, arrastada pela queda de mais de 2% do sector de telecomunicações europeu. A pressão do regulador, a aproximação da apresentação dos resultados e as novas metas para a Vivo também contribuíram para a desvalorização da PT.
A Portugal Telecom negociou um total de 15,97 milhões de títulos, tendo passado um bloco de cinco milhões de acções, a um preço unitário de 8,59 euros, no último minuto de negociação da bolsa. A participada PT Multimédia [Cot] escorregou 1,57% para os 18,23 euros.
O Banco Comercial Português [Cot] perdeu 1,41% para os 2,10 euros enquanto o Banco Espírito santo [Cot] e o Banco BPI [Cot] caíram 0,76% para os 13 euros e 1,88% para os 3,13 euros, respectivamente. A instituição liderada por Paulo Teixeira cai pelo segundo dia consecutivo.
A Energias de Portugal [Cot], que também perde pela segunda sessão consecutiva, deslizou 0,95% para os 2,08 euros. A Brisa – que fechou inalterada nos 61,8 euros - substituiu a eléctrica na lista das cinco empresas cotadas com maior potencial de valorização para o Millennium bcp. Segundo o banco de investimento, as acções da concessionária, que recebe um preço-alvo de 7,80 euros, devem subir 27% até ao final do ano.
A economia portuguesa e o tráfego da Brisa «não mostram sinais de recuperação» considera o BPI, tendo em conta os resultados ontem apresentados pela concessionária [Cot]. Por outro lado sublinha, juntamente com o Millennium bcp, o factor positivo do controlo dos custos por parte da empresa.
A Jerónimo Martins [Cot] anunciou hoje que os resultados líquidos do primeiro trimestre aumentaram 11,2%, em linha com as previsões, tendo a empresa beneficiado com o melhor desempenho do Pingo Doce e da Biedronka, sobretudo a unidade polaca, onde o EBITDA cresceu 44,2%. No entanto, as acções da distribuidora caíram 0,91% para os 11,95 euros.
O sector «media» fechou misto, com a Media Capital [Cot] e a Cofina [Cot] a caírem 1,33% para os 5,20 euros e 0,30% para os 3,35 euros, respectivamente e com a Impresa a ser a única empresa do PSI-20 a valorizar com uma subida de 1,28% para os 5,54 euros.
Os lucros da empresa liderada por Francisco Balsemão [Cot] atingiram os 3,28 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um valor que mais que duplica o registado no mesmo período do ano passado. Para este ano, a companhia prevê uma subida entre 70 a 80% nos lucros.
A Cimpor [Cot] caiu 1,84% para os 4,26 euros no dia em que a maioria dos seus accionistas presentes hoje na assembleia geral, votou favoravelmente a desblindagem de estatutos da cimenteira, que actualmente se situava nos 10%.
A empresa negociou 2,8 milhões de títulos - quando a sua média diária é de 300 mil acções – depois de ter passado dois blocos: um de 1,2 milhões às 14h33m e outro de um milhão de acções às 13h14m a um preço unitário de 4,30 euros.
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Analise Fundamental Inapa
2005-04-21 17:21
Analise Fundamental Inapa
Inapa aguarda por melhores dias
A Inapa conseguiu quadruplicar os seus lucros no exercício de 2004 e consolidar a sua posição entre os cinco maiores distribuidores de papel da Europa. Mas serão estes dois acontecimentos suficientes para justificar o investimento nas suas acções?
A actividade da Inapa em 2004 continuou a ser limitada pela conjuntura económica desfavorável, tal como já tinha acontecidos nos últimos exercícios. O excesso de capacidade produção de papel instalada e a desvalorização do dólar face ao euro provocaram uma queda generalizada dos preços de cerca de 4,9% e um fraco aumento de 2% das vendas em volume. Neste ambiente, a Inapa conseguiu aumentar em 0,8% as suas vendas em valor, para 1.062 milhões de euros, e em 7,8% as vendas em quantidade, para 1.049 mil toneladas.
Os principais mercados responsáveis por este crescimento foram a Alemanha e a Suiça, com especial destaque para este último onde a aquisição e consolidação da Baumgartner Papier permitiu um crescimento significativo nos indicadores da Inapa Suiça. Sem contabilizar esta aquisição, as vendas em valor da Inapa teriam recuado 1% e aumentado apenas 6,4% em volume. Assim, a descida dos preços foi compensada pelo aumento das quantidades vendidas, o que permitiu melhorar o EBITDA em 5,1%, para 39,9 milhões de euros. Este crescimento reflectiu-se na margem EBITDA, que passou de 3,6% para 3,8%, e no resultado líquido do exercício. O lucro da distribuidora de papel atingiu os 4,3 milhões de euros, quatro vezes mais do que no exercício de 2003, devido não só à melhoria da performance operacional, mas também à redução das amortizações e dos encargos financeiros.
Segundo Vasco Pessanha, «este crescimento aparenta indiciar a entrada de um novo ciclo que só um crescimento económico mais visível e sustentado poderá fazer atingir os ainda distantes patamares do passado deste negócio». Em 2005 tem-se registado uma lenta recuperação ao nível da procura, esperando-se para o final do ano uma apenas um ligeiro crescimento ou mesmo uma estagnação das quantidades vendidas. Já os preços devem continuar pressionados pelo excesso de capacidade existente - tanto na produção como na distribuição - e pela evolução do euro dólar.
Este cenário vai ao encontro das declarações do presidente da Inapa, o qual reconheceu que os primeiros três meses de 2005 não foram muito positivos em termos de margem, sendo necessária uma recuperação do mercado para que os objectivos traçados para o actual exercício sejam atingidos. A Inapa espera atingir um crescimento de 4% do volume de vendas e um aumento dos custos operacionais ligeiramente menor (em linha com a inflação), o que se pode traduzir numa melhoria da margem EBITDA para 4,2%. Estas previsões são consideradas ligeiramente optimistas, especialmente ao nível das vendas.
Já ao nível da dívida, a meta proposta passa por conseguir uma redução de 20 milhões da dívida remunerada, a qual actualmente ascende a 460 milhões de euros. No exercício de 2004 a Inapa realizou uma operação de titularização de créditos no valor de 70 milhões de euros, o que conduziu a uma redução do valor na rubrica de clientes e da dívida remunerada registados no balanço. O activo diminuiu 9,3%, mas a quebra superior do passivo e os resultados líquidos positivos permitiram um aumento de 1,2% dos capitais próprios.
No entanto, a actual estrutura de capitais e o elevado nível de endividamento continuam a exigir a realização de um aumento de capital, uma situação que continua a ser ponderada pela administração da empresa, mas que não deve acontecer antes de uma recuperação do preço das acções da empresa na Bolsa.
Por agora, a empresa está a centralizar os seus esforços na melhoria da performance operacional, através da racionalização dos custos e do incremento das margens. Para tal, a administração liderada por Vasco Pessanha aposta num aumento do poder negocial junto dos fornecedores, no controlo de custos, na melhoria do mix de produtos e na redução das necessidades de fundo de maneio. Além da atenção à vertente operacional, a Inapa continua de olhos postos no mercado europeu de distribuição de papel, ponderando a realização de novas aquisições em 2005, especialmente nos mercados onde já actua.
Face às dificuldades que continuam a ser sentidas no sector e ao primeiro trimestre abaixo do previsto, a posição mais prudente passa por aguardar melhores oportunidades para entrar no título. No entanto, a Inapa deve ser tida em conta numa estratégia de diversificação da carteira de investimentos, já que permite a exposição à evolução do consumo em diversos países europeus. Não esquecer que o preço da acção encontra-se perto do seu mínimo histórico, o que dá margem para uma valorização no futuro.
Analise Fundamental Inapa
Inapa aguarda por melhores dias
A Inapa conseguiu quadruplicar os seus lucros no exercício de 2004 e consolidar a sua posição entre os cinco maiores distribuidores de papel da Europa. Mas serão estes dois acontecimentos suficientes para justificar o investimento nas suas acções?
A actividade da Inapa em 2004 continuou a ser limitada pela conjuntura económica desfavorável, tal como já tinha acontecidos nos últimos exercícios. O excesso de capacidade produção de papel instalada e a desvalorização do dólar face ao euro provocaram uma queda generalizada dos preços de cerca de 4,9% e um fraco aumento de 2% das vendas em volume. Neste ambiente, a Inapa conseguiu aumentar em 0,8% as suas vendas em valor, para 1.062 milhões de euros, e em 7,8% as vendas em quantidade, para 1.049 mil toneladas.
Os principais mercados responsáveis por este crescimento foram a Alemanha e a Suiça, com especial destaque para este último onde a aquisição e consolidação da Baumgartner Papier permitiu um crescimento significativo nos indicadores da Inapa Suiça. Sem contabilizar esta aquisição, as vendas em valor da Inapa teriam recuado 1% e aumentado apenas 6,4% em volume. Assim, a descida dos preços foi compensada pelo aumento das quantidades vendidas, o que permitiu melhorar o EBITDA em 5,1%, para 39,9 milhões de euros. Este crescimento reflectiu-se na margem EBITDA, que passou de 3,6% para 3,8%, e no resultado líquido do exercício. O lucro da distribuidora de papel atingiu os 4,3 milhões de euros, quatro vezes mais do que no exercício de 2003, devido não só à melhoria da performance operacional, mas também à redução das amortizações e dos encargos financeiros.
Segundo Vasco Pessanha, «este crescimento aparenta indiciar a entrada de um novo ciclo que só um crescimento económico mais visível e sustentado poderá fazer atingir os ainda distantes patamares do passado deste negócio». Em 2005 tem-se registado uma lenta recuperação ao nível da procura, esperando-se para o final do ano uma apenas um ligeiro crescimento ou mesmo uma estagnação das quantidades vendidas. Já os preços devem continuar pressionados pelo excesso de capacidade existente - tanto na produção como na distribuição - e pela evolução do euro dólar.
Este cenário vai ao encontro das declarações do presidente da Inapa, o qual reconheceu que os primeiros três meses de 2005 não foram muito positivos em termos de margem, sendo necessária uma recuperação do mercado para que os objectivos traçados para o actual exercício sejam atingidos. A Inapa espera atingir um crescimento de 4% do volume de vendas e um aumento dos custos operacionais ligeiramente menor (em linha com a inflação), o que se pode traduzir numa melhoria da margem EBITDA para 4,2%. Estas previsões são consideradas ligeiramente optimistas, especialmente ao nível das vendas.
Já ao nível da dívida, a meta proposta passa por conseguir uma redução de 20 milhões da dívida remunerada, a qual actualmente ascende a 460 milhões de euros. No exercício de 2004 a Inapa realizou uma operação de titularização de créditos no valor de 70 milhões de euros, o que conduziu a uma redução do valor na rubrica de clientes e da dívida remunerada registados no balanço. O activo diminuiu 9,3%, mas a quebra superior do passivo e os resultados líquidos positivos permitiram um aumento de 1,2% dos capitais próprios.
No entanto, a actual estrutura de capitais e o elevado nível de endividamento continuam a exigir a realização de um aumento de capital, uma situação que continua a ser ponderada pela administração da empresa, mas que não deve acontecer antes de uma recuperação do preço das acções da empresa na Bolsa.
Por agora, a empresa está a centralizar os seus esforços na melhoria da performance operacional, através da racionalização dos custos e do incremento das margens. Para tal, a administração liderada por Vasco Pessanha aposta num aumento do poder negocial junto dos fornecedores, no controlo de custos, na melhoria do mix de produtos e na redução das necessidades de fundo de maneio. Além da atenção à vertente operacional, a Inapa continua de olhos postos no mercado europeu de distribuição de papel, ponderando a realização de novas aquisições em 2005, especialmente nos mercados onde já actua.
Face às dificuldades que continuam a ser sentidas no sector e ao primeiro trimestre abaixo do previsto, a posição mais prudente passa por aguardar melhores oportunidades para entrar no título. No entanto, a Inapa deve ser tida em conta numa estratégia de diversificação da carteira de investimentos, já que permite a exposição à evolução do consumo em diversos países europeus. Não esquecer que o preço da acção encontra-se perto do seu mínimo histórico, o que dá margem para uma valorização no futuro.
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