SON - alguém sabe o que passa?
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2005-03-23 17:05
Analise Fundamental Sonae SGPS
Sonae está a sair de encruzilhada
A Sonae SGPS está a reorganizar o seu negócio e a realizar investimentos avultados. O conglomerado liderado por Belmiro de Azevedo anunciou o spin-off da Sonae Indústria, alterou a designação do negócio imobiliário para Sonae Sierra e estima manter o elevado nível de investimentos realizados no último ano. A dúvida impõe-se: Será esta uma boa altura para investir nas acções da companhia?
A Sonae SGPS é uma holding que controla diversas companhias, em sectores distintos: A Modelo Continente (detida em 98%) é o maior grupo de distribuição alimentar em Portugal e o terceiro no Brasil; A SonaeCom (82,8%) controla 46% do terceiro operador móvel em Portugal - a Optimus - e 57% do operador de rede fixa e internet Novis; A Sonae Indústria (95,9%) está entre os principais produtores mundiais de painéis e outros produtos derivados de madeira; A Sonae Sierra (67%) é um dos player europeus na gestão e desenvolvimento de centros comerciais na Europa e está em forte crescimento no Brasil; e a Sonae Capital (100%) gere as participações detidas no sector do turismo e em outras actividades.
No exercício de 2004, o volume de negócios da Sonae SGPS cresceu 6% para 6.634 milhões de euros e o EBITDA aumentou 23% para 779 milhões de euros. Os principais responsáveis pelo crescimento foram os negócios de derivados de madeira e de telecomunicações, dado que a Sonae Indústria regressou aos lucros e a Sonaecom apresentou os seus primeiros resultados líquidos positivos da sua história.
O desempenho operacional no negócio dos derivados de madeira beneficiou do aumento da procura, o que se traduziu num crescimento das vendas e na melhoria dos preços médios de venda, enquanto o negócio das telecomunicações aproveitou o aumento das margens de serviço e, tal como a sua congénere industrial, conseguiu implementar com sucesso uma política de contenção de custos. A boa performance operacional do grupo permitiu minimizar o impacto nos resultados da redução dos ganhos extraordinários, tendo o resultado líquido atingido os 192,1 milhões de euros, superando em 68% o valor registado em 2003.
Contudo, a análise do balanço da Sonae SGPS revela alguns pontos de preocupação. A empresa registou uma redução do activo e um aumento do passivo devido às rubricas de acréscimos e diferimentos. Paralelamente, a empresa realizou uma reestruturação da dívida aumentando a sua maturidade (prazos de empréstimo) e diminuindo a dívida intermediada (endividamento junto de uma instituição financeira que obriga esta última também a endividar-se). Esta situação repercutiu-se na diminuição das disponibilidades (dinheiro em caixa e em depósitos) e na melhoria dos resultados financeiros.
O alargamento dos prazos de empréstimo reduz a factura anual com a dívida, mas obriga ao seu pagamento por um período mais longo. No entanto, a decisão da administração mostrou-se acertada já que a estrutura da dívida apresentava um excessivo peso no curto prazo. A dívida continua a merecer a atenção dos investidores mais atentos aos fundamentais, uma vez que o endividamento líquido do grupo supera os 2,5 mil milhões de euros. No entanto, Sónia Baldeira, analista do Caixa - Banco de Investimento, defende que «a dívida da Sonae registou uma forte melhoria» pelo que «já não é uma problema».
Dívida à parte, a administração da Sonae tem uma lista de vários assuntos para resolver que, caso cheguem a bom porto, podem despoletar as acções da empresa. O primeiro passa pelo spin-off da Sonae Indústria. Depois da autonomização da empresa, Belmiro de Azevedo espera efectuar a cisão dos activos industriais nos até ao final do ano e revitalizar a presença da empresa em Bolsa - com ganhos para a holding.
Na distribuição, a consolidação da posição no Sul do Brasil e a nova lei de licenciamento comercial podem dar uma ajuda no crescimento do negócio. Mais complicado, mas num dos primeiros lugares da agenda, está a captação de um parceiro para a Modelo Continente, depois da desejada saída da Carrefour da distribuidora alimentar.
O estabelecimento de uma parceria é fundamental já que a compra da posição de 22,37% do Carrefour e a opção de compra e venda de 30% do capital estabelecida com o Banco Santander podem exigir um elevado esforço financeiro, prejudicando a solidez financeira do grupo. Também no campo das parceiras, as posições no sector das telecomunicações podem sofrer alterações, dada a possibilidade da France Telecom a entrar no capital da SonaeCom em troca da sua particpação na Optimus.
Em 2005 a Sonae espera manter um nível de investimento idêntico ao de 2004 (741 milhões de euros), com especial incidência no negócio dos centros comerciais. A Sonae Sierra vai utilizar a sua plataforma na Grécia para expandir a sua actividade à Europa de Leste enquanto continua a incrementar a sua presença no Brasil.
Caso os projectos em desenvolvimento pela Sonae se concretizem e a actividade da empresa continua a registar uma melhoria operacional, este será um bom momento para investir. Ainda mais porque Belmiro assumiu um compromisso com os accionistas: implementar uma política de dividendos crescentes.
Analise Fundamental Sonae SGPS
Sonae está a sair de encruzilhada
A Sonae SGPS está a reorganizar o seu negócio e a realizar investimentos avultados. O conglomerado liderado por Belmiro de Azevedo anunciou o spin-off da Sonae Indústria, alterou a designação do negócio imobiliário para Sonae Sierra e estima manter o elevado nível de investimentos realizados no último ano. A dúvida impõe-se: Será esta uma boa altura para investir nas acções da companhia?
A Sonae SGPS é uma holding que controla diversas companhias, em sectores distintos: A Modelo Continente (detida em 98%) é o maior grupo de distribuição alimentar em Portugal e o terceiro no Brasil; A SonaeCom (82,8%) controla 46% do terceiro operador móvel em Portugal - a Optimus - e 57% do operador de rede fixa e internet Novis; A Sonae Indústria (95,9%) está entre os principais produtores mundiais de painéis e outros produtos derivados de madeira; A Sonae Sierra (67%) é um dos player europeus na gestão e desenvolvimento de centros comerciais na Europa e está em forte crescimento no Brasil; e a Sonae Capital (100%) gere as participações detidas no sector do turismo e em outras actividades.
No exercício de 2004, o volume de negócios da Sonae SGPS cresceu 6% para 6.634 milhões de euros e o EBITDA aumentou 23% para 779 milhões de euros. Os principais responsáveis pelo crescimento foram os negócios de derivados de madeira e de telecomunicações, dado que a Sonae Indústria regressou aos lucros e a Sonaecom apresentou os seus primeiros resultados líquidos positivos da sua história.
O desempenho operacional no negócio dos derivados de madeira beneficiou do aumento da procura, o que se traduziu num crescimento das vendas e na melhoria dos preços médios de venda, enquanto o negócio das telecomunicações aproveitou o aumento das margens de serviço e, tal como a sua congénere industrial, conseguiu implementar com sucesso uma política de contenção de custos. A boa performance operacional do grupo permitiu minimizar o impacto nos resultados da redução dos ganhos extraordinários, tendo o resultado líquido atingido os 192,1 milhões de euros, superando em 68% o valor registado em 2003.
Contudo, a análise do balanço da Sonae SGPS revela alguns pontos de preocupação. A empresa registou uma redução do activo e um aumento do passivo devido às rubricas de acréscimos e diferimentos. Paralelamente, a empresa realizou uma reestruturação da dívida aumentando a sua maturidade (prazos de empréstimo) e diminuindo a dívida intermediada (endividamento junto de uma instituição financeira que obriga esta última também a endividar-se). Esta situação repercutiu-se na diminuição das disponibilidades (dinheiro em caixa e em depósitos) e na melhoria dos resultados financeiros.
O alargamento dos prazos de empréstimo reduz a factura anual com a dívida, mas obriga ao seu pagamento por um período mais longo. No entanto, a decisão da administração mostrou-se acertada já que a estrutura da dívida apresentava um excessivo peso no curto prazo. A dívida continua a merecer a atenção dos investidores mais atentos aos fundamentais, uma vez que o endividamento líquido do grupo supera os 2,5 mil milhões de euros. No entanto, Sónia Baldeira, analista do Caixa - Banco de Investimento, defende que «a dívida da Sonae registou uma forte melhoria» pelo que «já não é uma problema».
Dívida à parte, a administração da Sonae tem uma lista de vários assuntos para resolver que, caso cheguem a bom porto, podem despoletar as acções da empresa. O primeiro passa pelo spin-off da Sonae Indústria. Depois da autonomização da empresa, Belmiro de Azevedo espera efectuar a cisão dos activos industriais nos até ao final do ano e revitalizar a presença da empresa em Bolsa - com ganhos para a holding.
Na distribuição, a consolidação da posição no Sul do Brasil e a nova lei de licenciamento comercial podem dar uma ajuda no crescimento do negócio. Mais complicado, mas num dos primeiros lugares da agenda, está a captação de um parceiro para a Modelo Continente, depois da desejada saída da Carrefour da distribuidora alimentar.
O estabelecimento de uma parceria é fundamental já que a compra da posição de 22,37% do Carrefour e a opção de compra e venda de 30% do capital estabelecida com o Banco Santander podem exigir um elevado esforço financeiro, prejudicando a solidez financeira do grupo. Também no campo das parceiras, as posições no sector das telecomunicações podem sofrer alterações, dada a possibilidade da France Telecom a entrar no capital da SonaeCom em troca da sua particpação na Optimus.
Em 2005 a Sonae espera manter um nível de investimento idêntico ao de 2004 (741 milhões de euros), com especial incidência no negócio dos centros comerciais. A Sonae Sierra vai utilizar a sua plataforma na Grécia para expandir a sua actividade à Europa de Leste enquanto continua a incrementar a sua presença no Brasil.
Caso os projectos em desenvolvimento pela Sonae se concretizem e a actividade da empresa continua a registar uma melhoria operacional, este será um bom momento para investir. Ainda mais porque Belmiro assumiu um compromisso com os accionistas: implementar uma política de dividendos crescentes.
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- Registado: 5/10/2004 16:59
A notícia é velha . Afinal o tal gestor da Axa ´só tem em carteira 2.4 m de acções sonae
(valor rídiculo!) e a performance é relativa a 2004.
Está-se notando é uma incrível falta de liquidez na nossa bolsa, e vai sendo preciso diáriamente mandar notícias positivas para ver se aparecem compradores.
Há gestores estrelas que devem andar assustados, pois encheram-se de papel, nomeadamente algumas smallcaps que vai ser difícil despachar se isto continuar assim..., assim expedientes como passagens volumosas, notícias antigas repostas de encomenda, upgrades de correctoras amigas,etc. etc., vão sendo o pão nosso de cada dia...
(valor rídiculo!) e a performance é relativa a 2004.
Está-se notando é uma incrível falta de liquidez na nossa bolsa, e vai sendo preciso diáriamente mandar notícias positivas para ver se aparecem compradores.
Há gestores estrelas que devem andar assustados, pois encheram-se de papel, nomeadamente algumas smallcaps que vai ser difícil despachar se isto continuar assim..., assim expedientes como passagens volumosas, notícias antigas repostas de encomenda, upgrades de correctoras amigas,etc. etc., vão sendo o pão nosso de cada dia...
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- Registado: 17/3/2004 8:34
- Localização: Porto
Sonae SGPS - Dividendos
Está proposto um dividendo de 0.02€ / acção, mas ainda não foi marcada a data.
Não acredito seja pago ainda em abril.
Não acredito seja pago ainda em abril.
Lei da Gravidade, revisitada :
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
a razão deve ser esta:
[quote]
Sonae é aposta do melhor gestor de fundos europeu
Eric Bendahan, da AXA, foi eleito o melhor gestor de fundos europeu pela empresa de pesquisa Citywire. Responsável pelo fundo Europe du Sud, o gestor privilegia as acções da Sonae SGPS sobre os outros títulos portugueses[/quote]
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Sonae é aposta do melhor gestor de fundos europeu
Eric Bendahan, da AXA, foi eleito o melhor gestor de fundos europeu pela empresa de pesquisa Citywire. Responsável pelo fundo Europe du Sud, o gestor privilegia as acções da Sonae SGPS sobre os outros títulos portugueses[/quote]
SON - alguém sabe o que passa?
Não vi nenhum aviso sobre dividendos.
O volume é enorme e se fechar acima da grande resistencia dos 1,21 é um grande sinal.
R.P.
O volume é enorme e se fechar acima da grande resistencia dos 1,21 é um grande sinal.
R.P.
Trade the trend.
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