Petróleo cai mais de 1%
15 mensagens
|Página 1 de 1
Daniel Bessa tem que Portugal seja ultrapassado
Conjuntura
O antigo ministro da Economia, Daniel Bessa, defendeu ontem, no Porto, que seria "muito mau" se Portugal fosse ultrapassado pela Eslovénia, República Checa ou Hungria, comparando o desenvolvimento económico da União Europeia a uma corrida de ciclismo.
Bessa comentou as previsões da Comissão, que reduzem para metade as estimativas de crescimento da economia portuguesa para este ano (1,1%), alertando para o facto de Portugal já ter sido superado pela Grécia e pela Irlanda, estando na "cauda do pelotão".
À margem do seminário promovido para debater o investimento empresarial Galiza-Norte de Portugal, o vice-presidente da CCDRN, Carlos Bernardo, afirmou que o crescimento da região norte dependem da descentralização dos órgãos de decisão a nível de políticas governamentais.
Conjuntura
O antigo ministro da Economia, Daniel Bessa, defendeu ontem, no Porto, que seria "muito mau" se Portugal fosse ultrapassado pela Eslovénia, República Checa ou Hungria, comparando o desenvolvimento económico da União Europeia a uma corrida de ciclismo.
Bessa comentou as previsões da Comissão, que reduzem para metade as estimativas de crescimento da economia portuguesa para este ano (1,1%), alertando para o facto de Portugal já ter sido superado pela Grécia e pela Irlanda, estando na "cauda do pelotão".
À margem do seminário promovido para debater o investimento empresarial Galiza-Norte de Portugal, o vice-presidente da CCDRN, Carlos Bernardo, afirmou que o crescimento da região norte dependem da descentralização dos órgãos de decisão a nível de políticas governamentais.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Falta de regulação deverá atrasar Mibel
A entrada em funcionamento do mercado ibérico de electricidade, Mibel, deverá ser adiada, uma vez que ainda é necessário resolver matérias relativas à regulamentação do mercado, bem como a sua ratificação. A opinião unânime é dos presidentes das empresas ibéricas de transporte de electricidade, José Penedos, presidente da Rede Eléctrica Nacional (REN) e Luis Atienza, da Rede Electrica de Espanha (REE).
As duas empresas "avançaram no nível que lhes compete, mas falta avançar aos níveis económico e legal/regulatório", afirmou José Penedos, num seminário sobre Mercados Eléctricos na Europa, em Madrid. Os presidentes recordaram que, em 2004, a interconexão de infra-estruturas de transporte duplicou, e que, desde 2001, o comércio de electricidade triplicou.
O presidente da REN atribui os atrasos, em grande parte, às sucessivas mudanças de Governo desde que, em 2001, se assinou o protocolo para a criação do Mibel.
A entrada em funcionamento do mercado ibérico de electricidade, Mibel, deverá ser adiada, uma vez que ainda é necessário resolver matérias relativas à regulamentação do mercado, bem como a sua ratificação. A opinião unânime é dos presidentes das empresas ibéricas de transporte de electricidade, José Penedos, presidente da Rede Eléctrica Nacional (REN) e Luis Atienza, da Rede Electrica de Espanha (REE).
As duas empresas "avançaram no nível que lhes compete, mas falta avançar aos níveis económico e legal/regulatório", afirmou José Penedos, num seminário sobre Mercados Eléctricos na Europa, em Madrid. Os presidentes recordaram que, em 2004, a interconexão de infra-estruturas de transporte duplicou, e que, desde 2001, o comércio de electricidade triplicou.
O presidente da REN atribui os atrasos, em grande parte, às sucessivas mudanças de Governo desde que, em 2001, se assinou o protocolo para a criação do Mibel.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Comissão Europeia propõe ajuda às regiões penalizadas pelo fecho de empresas
05.04.2005 - 18h15 Lusa
A Comissão Europeia propôs hoje destinar até onze mil milhões de euros entre 2007 e 2013 para apoiar as pessoas e regiões afectadas pela transformação do tecido económico local, em particular a deslocalização de empresas, como tem acontecido em Portugal.
O fundo, a criar no âmbito do futuro orçamento comunitário da União Europeia (UE), servirá para financiar medidas de minimização das mudanças económicas em determinada região, nomeadamente fomentar o emprego e encontrar soluções para os trabalhadores e ajudar os sectores atingidos por reestruturações económicas, favorecendo novas empresas nas áreas afectadas.
"Estes fundos não se destinam a lutar contra as reestruturações, que são fenómenos muito naturais. Trata-se sim de meios para paliar os efeitos das reestruturações", afirmou o comissário europeu do Emprego, Vladimir Spidla, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
O reforço da capacidade de adaptação dos trabalhadores e das empresas e a promoção de parcerias são outros dos objectivos para a aplicação dos fundos, bem como a promoção do crescimento nas regiões consideradas mais desfavorecidas.
A Comissão Europeia propõe instituir um fundo de ajustamento ao crescimento de cerca de mil milhões de euros por ano para apoio aos sectores afectados pelas reestruturações.
Este fundo já foi debatido pelos ministros das Finanças da União Europeia (UE) em Fevereiro, tendo sido rejeitado praticamente por unanimidade, embora na época não se destinasse à ajuda às reestruturações.
Bruxelas sugere ainda que "os Estados membros constituam uma reserva de até um por centro, no máximo, do orçamento de convergência" e de até três por cento do orçamento competitividade dos fundos estruturais europeus para "fazer face às consequências imprevistas das reestruturações", o que representará um montante adicional de cerca de 4300 milhões de euros.
Contas feitas, Bruxelas estima poder acumular até 11.300 milhões de euros, acrescentou o comissário, que não precisou, no entanto, quais os critérios de repartição.
Segundo o comissário europeu, a média diária de trabalhadores despedidos e novas contratações nos 25 situa-se entre os cinco e os 15 mil, afectando anualmente um terço dos postos de trabalho.
Entre 1977 e 2002, a Europa criou 30 milhões de empregos na área dos serviços, mas perdeu 7,5 milhões na agricultura e sete milhões na indústria.
05.04.2005 - 18h15 Lusa
A Comissão Europeia propôs hoje destinar até onze mil milhões de euros entre 2007 e 2013 para apoiar as pessoas e regiões afectadas pela transformação do tecido económico local, em particular a deslocalização de empresas, como tem acontecido em Portugal.
O fundo, a criar no âmbito do futuro orçamento comunitário da União Europeia (UE), servirá para financiar medidas de minimização das mudanças económicas em determinada região, nomeadamente fomentar o emprego e encontrar soluções para os trabalhadores e ajudar os sectores atingidos por reestruturações económicas, favorecendo novas empresas nas áreas afectadas.
"Estes fundos não se destinam a lutar contra as reestruturações, que são fenómenos muito naturais. Trata-se sim de meios para paliar os efeitos das reestruturações", afirmou o comissário europeu do Emprego, Vladimir Spidla, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
O reforço da capacidade de adaptação dos trabalhadores e das empresas e a promoção de parcerias são outros dos objectivos para a aplicação dos fundos, bem como a promoção do crescimento nas regiões consideradas mais desfavorecidas.
A Comissão Europeia propõe instituir um fundo de ajustamento ao crescimento de cerca de mil milhões de euros por ano para apoio aos sectores afectados pelas reestruturações.
Este fundo já foi debatido pelos ministros das Finanças da União Europeia (UE) em Fevereiro, tendo sido rejeitado praticamente por unanimidade, embora na época não se destinasse à ajuda às reestruturações.
Bruxelas sugere ainda que "os Estados membros constituam uma reserva de até um por centro, no máximo, do orçamento de convergência" e de até três por cento do orçamento competitividade dos fundos estruturais europeus para "fazer face às consequências imprevistas das reestruturações", o que representará um montante adicional de cerca de 4300 milhões de euros.
Contas feitas, Bruxelas estima poder acumular até 11.300 milhões de euros, acrescentou o comissário, que não precisou, no entanto, quais os critérios de repartição.
Segundo o comissário europeu, a média diária de trabalhadores despedidos e novas contratações nos 25 situa-se entre os cinco e os 15 mil, afectando anualmente um terço dos postos de trabalho.
Entre 1977 e 2002, a Europa criou 30 milhões de empregos na área dos serviços, mas perdeu 7,5 milhões na agricultura e sete milhões na indústria.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
A versão pessimista e optimista da longa crise portuguesa
Helena Garrido e Vasco Noronha
A economia portuguesa vai crescer abaixo da média da zona euro durante sete anos consecutivos, conforme dizem os números da Comissão Europeia.
De 2000 a 2006 a média aritmética das taxas de crescimento do PIB é da ordem dos 1,2%, contra 1,8% na zona euro. Os cerca de 2,2% apontados para este ano transformaram-se em 1%. Portugal está em recessão praticamente desde 2001 e assim vai ficar pelo menos até 2006, caso se use uma interpretação lata desse conceito, considerando que um país está nessa situação a partir do momento em que a sua economia cresce abaixo da sua taxa potencial.
Como em tudo, vários podem ser os olhares para o problema da crise económica portuguesa. Uma versão optimista é dizer que o que se está a passar não é muito diferente do que se viveu na primeira metade dos anos 90. Os números dizem que se cresceu 1,7% de 1991 a 1995, um pouco acima da média europeia de 1,7%. Estamos um pouco pior, na medida em que estamos a divergir, mas a situação é menos diferente do que se podia esperar. Nesta perspectiva, tudo seria uma questão de tempo. O crescimento regressaria para valores mais elevados, como aconteceu na segunda metade dos anos 90, quando se cresceu em média 3,9% contra 2,6% na zona euro.
A outra visão do problema é pessimista - ou será realista? O que se está a passar em Portugal é estrutural, reflexo de profundos problemas de competitividade. A ser assim, o problema só se resolve com uma violenta reestruturação, sinónimo de elevadas taxas de desemprego durante um longo período de tempo, como aconteceu em Espanha. Muitas das pessoas nunca mais voltarão a encontrar emprego. A Comissão Europeia prevê que a taxa portuguesa de desemprego chegue aos 7% este ano.
A ausência de factores visíveis de crescimento justificam mais pessimismo que optimismo. Sendo o desemprego inevitável, este é o tempo de preparar os empregados da próxima geração. Se não quisermos estar condenados ao subdesenvolvimento.
Helena Garrido e Vasco Noronha
A economia portuguesa vai crescer abaixo da média da zona euro durante sete anos consecutivos, conforme dizem os números da Comissão Europeia.
De 2000 a 2006 a média aritmética das taxas de crescimento do PIB é da ordem dos 1,2%, contra 1,8% na zona euro. Os cerca de 2,2% apontados para este ano transformaram-se em 1%. Portugal está em recessão praticamente desde 2001 e assim vai ficar pelo menos até 2006, caso se use uma interpretação lata desse conceito, considerando que um país está nessa situação a partir do momento em que a sua economia cresce abaixo da sua taxa potencial.
Como em tudo, vários podem ser os olhares para o problema da crise económica portuguesa. Uma versão optimista é dizer que o que se está a passar não é muito diferente do que se viveu na primeira metade dos anos 90. Os números dizem que se cresceu 1,7% de 1991 a 1995, um pouco acima da média europeia de 1,7%. Estamos um pouco pior, na medida em que estamos a divergir, mas a situação é menos diferente do que se podia esperar. Nesta perspectiva, tudo seria uma questão de tempo. O crescimento regressaria para valores mais elevados, como aconteceu na segunda metade dos anos 90, quando se cresceu em média 3,9% contra 2,6% na zona euro.
A outra visão do problema é pessimista - ou será realista? O que se está a passar em Portugal é estrutural, reflexo de profundos problemas de competitividade. A ser assim, o problema só se resolve com uma violenta reestruturação, sinónimo de elevadas taxas de desemprego durante um longo período de tempo, como aconteceu em Espanha. Muitas das pessoas nunca mais voltarão a encontrar emprego. A Comissão Europeia prevê que a taxa portuguesa de desemprego chegue aos 7% este ano.
A ausência de factores visíveis de crescimento justificam mais pessimismo que optimismo. Sendo o desemprego inevitável, este é o tempo de preparar os empregados da próxima geração. Se não quisermos estar condenados ao subdesenvolvimento.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
ParaRede quer duplicar facturação até 2006
Notícia agenciafinanceira.com
(05/04/05)-(Agência Financeira) De acordo com o seu presidente, Paulo Ramos, em conferência de imprensa, o objectivo é que em 2005 a ParaRede atinja um volume de negócios de 65 milhões de euros, mais 72% do que a facturação do ano passado.
Além disso, a tecnológica espera ainda que a sua margem de EBITDA/vendas suba 10% este ano e que em 2006 possa aumentar até 15%. Para isso, a ParaRede vai apostar no desenvolvimento de produtos próprios, no qual vai investir 2,5 milhões em 2005 e também na continuidade da aposta na internacionalização que, este ano, deverá ser responsável por 20% das receitas totais do grupo, face aos 14% de 2004, um valor que só estava previsto atingir em 2006.
Neste sentido, a empresa destaca o reforço da sua presença em Africa e, nomeadamente, em Angola, onde está já prevista a abertura de uma empresa durante este ano. Com isso, a ParaRede espera que o mercado angolano possa elevar o seu peso nas receitas totais da empresa para os 10 a 15% contra os cerca de 7% de 2004.
Outra das hipóteses de crescimento terá necessariamente a ver com aquisições que, segundo Paulo Ramos, estão a ser analisadas. «Estamos a analisar oportunidades em operações que acresçam valor aos nossos accionistas», afirmou.
Questionado sobre quais seriam as áreas de maior interesse e qual a disponibilidade financeira da empresa, o mesmo afirmou que as prioridades são «empresas com tecnologias próprias e empresas que, não tendo produtos, tenham uma larga base de clientes (empresas de serviços), sendo que «não há limite desde que a estrutura de capitais se mantenha saudável».
Recorde-se que já durante o ano passado e este ano, a ParaRede adquiriu três empresas: a Damovo, a WhatEverNet e a Gain, razão pela qual em 2005 não deverá ser distribuído qualquer dividendo. Além disso, e segundo o administrador financeiro da empresa, Pedro rebelo pinto, para 2006, tendo em conta a actual estrutura de capitais, «podemos libertar cash flow que poderá, no entanto, ser reutilizado em investimentos ou na distribuição de dividendos».
A conferência de imprensa serviu ainda para a empresa anunciar a sua nova estrutura organizacional na sequência das aquisições feitas, e que vai fazer com que a empresa vá mudar «rapidamente de instalações para uma sede única», sendo que, ao nível dos colaboradores, a estrutura vai passar dos 257 empregados registados em 2004 para os 470, dos quais 400 serão directos e 70 subcontratados, acrescentou Paulo Ramos.
Nuno Alexandre Francisco
Notícia agenciafinanceira.com
(05/04/05)-(Agência Financeira) De acordo com o seu presidente, Paulo Ramos, em conferência de imprensa, o objectivo é que em 2005 a ParaRede atinja um volume de negócios de 65 milhões de euros, mais 72% do que a facturação do ano passado.
Além disso, a tecnológica espera ainda que a sua margem de EBITDA/vendas suba 10% este ano e que em 2006 possa aumentar até 15%. Para isso, a ParaRede vai apostar no desenvolvimento de produtos próprios, no qual vai investir 2,5 milhões em 2005 e também na continuidade da aposta na internacionalização que, este ano, deverá ser responsável por 20% das receitas totais do grupo, face aos 14% de 2004, um valor que só estava previsto atingir em 2006.
Neste sentido, a empresa destaca o reforço da sua presença em Africa e, nomeadamente, em Angola, onde está já prevista a abertura de uma empresa durante este ano. Com isso, a ParaRede espera que o mercado angolano possa elevar o seu peso nas receitas totais da empresa para os 10 a 15% contra os cerca de 7% de 2004.
Outra das hipóteses de crescimento terá necessariamente a ver com aquisições que, segundo Paulo Ramos, estão a ser analisadas. «Estamos a analisar oportunidades em operações que acresçam valor aos nossos accionistas», afirmou.
Questionado sobre quais seriam as áreas de maior interesse e qual a disponibilidade financeira da empresa, o mesmo afirmou que as prioridades são «empresas com tecnologias próprias e empresas que, não tendo produtos, tenham uma larga base de clientes (empresas de serviços), sendo que «não há limite desde que a estrutura de capitais se mantenha saudável».
Recorde-se que já durante o ano passado e este ano, a ParaRede adquiriu três empresas: a Damovo, a WhatEverNet e a Gain, razão pela qual em 2005 não deverá ser distribuído qualquer dividendo. Além disso, e segundo o administrador financeiro da empresa, Pedro rebelo pinto, para 2006, tendo em conta a actual estrutura de capitais, «podemos libertar cash flow que poderá, no entanto, ser reutilizado em investimentos ou na distribuição de dividendos».
A conferência de imprensa serviu ainda para a empresa anunciar a sua nova estrutura organizacional na sequência das aquisições feitas, e que vai fazer com que a empresa vá mudar «rapidamente de instalações para uma sede única», sendo que, ao nível dos colaboradores, a estrutura vai passar dos 257 empregados registados em 2004 para os 470, dos quais 400 serão directos e 70 subcontratados, acrescentou Paulo Ramos.
Nuno Alexandre Francisco
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
comentário cambial
Euro à espera de Greenspan
O euro recuperou ontem para 1,2843 dólares, depois de ter negociado a 1,2801 dólares, o valor mais baixo desde 10 de Fevereiro. O mercado está a reagir com nervosismo à crescente especulação de que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) vai acelerar o ritmo das taxas de juro (já em 2,75%) nos próximos meses, enquanto o Banco Central Europeu, confrontado com a tímida retoma da economia da zona euro, deverá manter as taxas ao mínimo histórico de 2%. "O aumento do diferencial de juros irá favorecer, naturalmente, os investimentos em activos denominados em dólares e a moeda norte-americana poderá valorizar ainda mais", prevêem os analistas. O euro, que este ano já recuou mais de 5%, está ainda a ser penalizado pelos receios de que os franceses digam "não" à Constituição europeia. "Uma vitória do 'não' a 29 de Maio irá descaracterizar o espaço europeu e os mercados reagirão negativamente", defende a UBS. A moeda europeia poderá recuar para a casa dos 1,25 dólares.
Euro à espera de Greenspan
O euro recuperou ontem para 1,2843 dólares, depois de ter negociado a 1,2801 dólares, o valor mais baixo desde 10 de Fevereiro. O mercado está a reagir com nervosismo à crescente especulação de que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) vai acelerar o ritmo das taxas de juro (já em 2,75%) nos próximos meses, enquanto o Banco Central Europeu, confrontado com a tímida retoma da economia da zona euro, deverá manter as taxas ao mínimo histórico de 2%. "O aumento do diferencial de juros irá favorecer, naturalmente, os investimentos em activos denominados em dólares e a moeda norte-americana poderá valorizar ainda mais", prevêem os analistas. O euro, que este ano já recuou mais de 5%, está ainda a ser penalizado pelos receios de que os franceses digam "não" à Constituição europeia. "Uma vitória do 'não' a 29 de Maio irá descaracterizar o espaço europeu e os mercados reagirão negativamente", defende a UBS. A moeda europeia poderá recuar para a casa dos 1,25 dólares.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
bolsa de valores
comentário
Lisboa regressa aos ganhos
A Bolsa lisboeta interrompeu ontem um ciclo de quatro sessões consecutivas em queda, puxado pela valorização do BCP, EDP e Sonae SGPS. O índice PSI-20 avançou 0,5% e só não valorizou mais porque a PT registou uma quebra de 0,22%. Negociaram-se 22 milhões de acções, cerca de 76,7 milhões de euros, tendo a EDP e o BCP liderado a fraca liquidez. A EDP seguiu o sector e recuperou 0,4%; o BCP foi o título que mais contribuiu para a subida do PSI-20, tendo ganho 1,45%, num dia em que o BPI reviu em alta o preço-alvo do banco de 2,15 para 2,45 euros, mantendo a recomendação de "acumular". O BES avançou 0,75% e o BPI deslizou 0,32%. Em alta fecharam ainda a Sonae (1,7%), Jerónimo Martins (0,9%) e a PTM (0,8%). Fora do PSI-20, o destaque foi para a Altri, que se apreciou 1,74%, com os investidores a acreditarem que a empresa poderá integrar, na próxima revisão, o PSI-20 . A Altri, que começou a negociar no dia 1 de Março, ocupa a segunda posição da lista. A Mota-Engil terminou estável nos 2,46 euros, mas foi o terceiro título mais negociado, beneficiando do facto de liderar a lista de empresas para integrar o principal índice da bolsa. No resto da Europa e EUA a tendência foi positiva, graças à correcção em baixa do petróleo
comentário
Lisboa regressa aos ganhos
A Bolsa lisboeta interrompeu ontem um ciclo de quatro sessões consecutivas em queda, puxado pela valorização do BCP, EDP e Sonae SGPS. O índice PSI-20 avançou 0,5% e só não valorizou mais porque a PT registou uma quebra de 0,22%. Negociaram-se 22 milhões de acções, cerca de 76,7 milhões de euros, tendo a EDP e o BCP liderado a fraca liquidez. A EDP seguiu o sector e recuperou 0,4%; o BCP foi o título que mais contribuiu para a subida do PSI-20, tendo ganho 1,45%, num dia em que o BPI reviu em alta o preço-alvo do banco de 2,15 para 2,45 euros, mantendo a recomendação de "acumular". O BES avançou 0,75% e o BPI deslizou 0,32%. Em alta fecharam ainda a Sonae (1,7%), Jerónimo Martins (0,9%) e a PTM (0,8%). Fora do PSI-20, o destaque foi para a Altri, que se apreciou 1,74%, com os investidores a acreditarem que a empresa poderá integrar, na próxima revisão, o PSI-20 . A Altri, que começou a negociar no dia 1 de Março, ocupa a segunda posição da lista. A Mota-Engil terminou estável nos 2,46 euros, mas foi o terceiro título mais negociado, beneficiando do facto de liderar a lista de empresas para integrar o principal índice da bolsa. No resto da Europa e EUA a tendência foi positiva, graças à correcção em baixa do petróleo
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Publicidade enganosa Vodafone apresenta queixa contra a PT
A Vodafone vai apresentar queixa contra a Portugal Telecom (PT) por uma campanha de publicidade que considera "enganosa". Em causa está a comparação de preços das chamadas da rede fixa para os três operadores de móveis que, segundo a Vodafone, "não são comparáveis".
A Vodafone vai apresentar queixa contra a Portugal Telecom (PT) por uma campanha de publicidade que considera "enganosa". Em causa está a comparação de preços das chamadas da rede fixa para os três operadores de móveis que, segundo a Vodafone, "não são comparáveis".
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Para Rede chega aos lucros e quer mais aquisições em 2005
hugo bordeira Arquivo DN-José Carlos Carvalho
INTERNACIONALIZAÇÃO. Angola é uma prioridade para a ParaRede
A ParaRede registou resultados líquidos positivos de 2,6 milhões de euros em 2004, consumando assim a reviravolta face ao exercício anterior, em que a empresa apresentou prejuízos de 16,4 milhões de euros - anulados com a liquidação de boa parte da dívida bancária e com os resultados operacionais.
Paulo Ramos, presidente da tecnológica portuguesa, diz que este foi "um ano muito positivo para a ParaRede", admitindo o interesse em novas aquisições de companhias "com tecnologias e produtos próprios e com potencial de crescimento". No ano transacto, a ParaRede adquiriu a Damovo, a Gain e a Whatevernet, empresas que a partir de hoje passam a estar integradas na organização. "Existem activos interessantes que estão a ser avaliados", referiu Paulo Ramos. "Analisaremos aqueles que tenham uma base de clientes forte e que pela sua eficiência possam aportar valor à ParaRede, mas sem comprometer a nossa estrutura de capitais, que neste momento é bastante saudável", acrescentou.
As vendas cresceram 27% e o volume de negócios ascendeu aos 37,8 milhões de euros, com a prestação de serviços a representar uma boa parte das receitas (24,5 milhões de euros). A actividade internacional da empresa (dividida por Espanha e África) garantiu vendas na ordem dos 5,3 milhões (14% do total da facturação).
Angola é neste momento uma forte aposta a nível externo, estando a ser preparada a abertura de uma filial em Luanda que servirá os países limítrofes e lusófonos. Ainda esta semana a ParaRede venceu um concurso público no valor de 2,6 milhões de euros no Banco Nacional de Angola. "O mercado internacional deverá representar 20% das nossas receitas em 2005 e Angola deverá contribuir com 10% a 15% das vendas totais", afirmou o líder da empresa de tecnologias de informação.
Quanto aos objectivos para 2005, Paulo Ramos diz que a companhia atingirá um volume de negócios de 65 milhões em 2005 (mais 71% face a 2004), com base em crescimento orgânico e por aquisições. "Se isso acontecer, no exercício de 2006 estaremos em condições de distribuir dividendos", afiança.
hugo bordeira Arquivo DN-José Carlos Carvalho
INTERNACIONALIZAÇÃO. Angola é uma prioridade para a ParaRede
A ParaRede registou resultados líquidos positivos de 2,6 milhões de euros em 2004, consumando assim a reviravolta face ao exercício anterior, em que a empresa apresentou prejuízos de 16,4 milhões de euros - anulados com a liquidação de boa parte da dívida bancária e com os resultados operacionais.
Paulo Ramos, presidente da tecnológica portuguesa, diz que este foi "um ano muito positivo para a ParaRede", admitindo o interesse em novas aquisições de companhias "com tecnologias e produtos próprios e com potencial de crescimento". No ano transacto, a ParaRede adquiriu a Damovo, a Gain e a Whatevernet, empresas que a partir de hoje passam a estar integradas na organização. "Existem activos interessantes que estão a ser avaliados", referiu Paulo Ramos. "Analisaremos aqueles que tenham uma base de clientes forte e que pela sua eficiência possam aportar valor à ParaRede, mas sem comprometer a nossa estrutura de capitais, que neste momento é bastante saudável", acrescentou.
As vendas cresceram 27% e o volume de negócios ascendeu aos 37,8 milhões de euros, com a prestação de serviços a representar uma boa parte das receitas (24,5 milhões de euros). A actividade internacional da empresa (dividida por Espanha e África) garantiu vendas na ordem dos 5,3 milhões (14% do total da facturação).
Angola é neste momento uma forte aposta a nível externo, estando a ser preparada a abertura de uma filial em Luanda que servirá os países limítrofes e lusófonos. Ainda esta semana a ParaRede venceu um concurso público no valor de 2,6 milhões de euros no Banco Nacional de Angola. "O mercado internacional deverá representar 20% das nossas receitas em 2005 e Angola deverá contribuir com 10% a 15% das vendas totais", afirmou o líder da empresa de tecnologias de informação.
Quanto aos objectivos para 2005, Paulo Ramos diz que a companhia atingirá um volume de negócios de 65 milhões em 2005 (mais 71% face a 2004), com base em crescimento orgânico e por aquisições. "Se isso acontecer, no exercício de 2006 estaremos em condições de distribuir dividendos", afiança.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Famílias gastam 32% dos salários para pagar a casa
São precisos nove salários anuais para comprar casa - um recorde na UE
paula cordeiro Arquivo DN-Paulo Spranger
comprar casa. Preço da habitação continua alto em Portugal, em comparação com outros países europeus
O acesso à compra de casa melhorou de forma significativa para os portugueses desde 1990, apesar de o preço das casas continuar relativamente alto quando comparado com os salários médios. Há 15 anos, era necessário 104,8% do rendimento bruto do agregado familiar para pagar a prestação da casa; em 2004, este esforço correspondia a 32% do rendimento familiar.
Este é o indicador de acessibilidade à habitação, calculado pelos técnicos do Serviço de Estudos Económicos do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e que faz parte do estudo ontem apresentado por aquele banco, intitulado "Situação Imobiliária em Portugal".
Analisando o acesso dos portugueses à compra de casa nos últimos 15 anos, o estudo concluiu que o principal problema estrutural a resolver neste mercado em Portugal é o elevado preço da habitação. Nos últimos 15 anos, o preço de uma habitação média equivalia a 9 salários brutos individuais (descendo para 6,5 quando se relacionam os preços das habitações com as receitas totais das famílias), enquanto no Reino Unido correspondia a 7 salários e em Espanha a 7,5. Na União Europeia, a média está em torno dos 5 salários.
O BBVA espera uma melhoria deste rácio nos próximos anos, "já que se espera um aumento do rendimento disponível das famílias superior às valorizações mobiliárias". Com efeito, o estudo apurou que as receitas médias dos agregados familiares por ano passaram de 8,2 mil euros em 1990 para 18,2 mil euros, mais que duplicando em 15 anos. No mesmo período, o preço da habitação passou de 524 euros por metro quadrado em 1990, para 1183 euros em 2004, um crescimento ainda mais acentuado que o do rendimento. O principal benefício adveio da queda abrupta das taxas de juro em 1990 os portugueses pagavam os seus créditos com taxas médias de 20%, que caíram para 3,5% no ano passado. Graças a esta queda e ao aumento da oferta de crédito, a capacidade de financiamento das famílias melhorou significativamente nos últimos 4 anos, com a sua capacidade de compra mais forte que as avaliações bancárias.
mercado imobiliário. O estudo do BBVA não perspectiva uma recuperação assinalável na procura de habitação em 2005. Apesar da menor produção da construção de habitações novas em 2004, o parque habitacional continuou a ser elevado em relação à procura existente. Assim, a progressão dos preços das casas foi mais moderada no ano passado do que em 2003 e mais de acordo com a inflação. Segundo os técnicos do BBVA, os aumentos atingiram os 3,2% no último trimestre do ano, quando a inflação anual era de 2,5%.
A queda da procura reflectiu-se na construção de edifícios residenciais. No ano passado, o número de habitações terminadas decresceu 31%, correspondendo a cerca de 50 mil novas habitações, a maior quebra de oferta de obra nova dos últimos dez anos.
São precisos nove salários anuais para comprar casa - um recorde na UE
paula cordeiro Arquivo DN-Paulo Spranger
comprar casa. Preço da habitação continua alto em Portugal, em comparação com outros países europeus
O acesso à compra de casa melhorou de forma significativa para os portugueses desde 1990, apesar de o preço das casas continuar relativamente alto quando comparado com os salários médios. Há 15 anos, era necessário 104,8% do rendimento bruto do agregado familiar para pagar a prestação da casa; em 2004, este esforço correspondia a 32% do rendimento familiar.
Este é o indicador de acessibilidade à habitação, calculado pelos técnicos do Serviço de Estudos Económicos do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e que faz parte do estudo ontem apresentado por aquele banco, intitulado "Situação Imobiliária em Portugal".
Analisando o acesso dos portugueses à compra de casa nos últimos 15 anos, o estudo concluiu que o principal problema estrutural a resolver neste mercado em Portugal é o elevado preço da habitação. Nos últimos 15 anos, o preço de uma habitação média equivalia a 9 salários brutos individuais (descendo para 6,5 quando se relacionam os preços das habitações com as receitas totais das famílias), enquanto no Reino Unido correspondia a 7 salários e em Espanha a 7,5. Na União Europeia, a média está em torno dos 5 salários.
O BBVA espera uma melhoria deste rácio nos próximos anos, "já que se espera um aumento do rendimento disponível das famílias superior às valorizações mobiliárias". Com efeito, o estudo apurou que as receitas médias dos agregados familiares por ano passaram de 8,2 mil euros em 1990 para 18,2 mil euros, mais que duplicando em 15 anos. No mesmo período, o preço da habitação passou de 524 euros por metro quadrado em 1990, para 1183 euros em 2004, um crescimento ainda mais acentuado que o do rendimento. O principal benefício adveio da queda abrupta das taxas de juro em 1990 os portugueses pagavam os seus créditos com taxas médias de 20%, que caíram para 3,5% no ano passado. Graças a esta queda e ao aumento da oferta de crédito, a capacidade de financiamento das famílias melhorou significativamente nos últimos 4 anos, com a sua capacidade de compra mais forte que as avaliações bancárias.
mercado imobiliário. O estudo do BBVA não perspectiva uma recuperação assinalável na procura de habitação em 2005. Apesar da menor produção da construção de habitações novas em 2004, o parque habitacional continuou a ser elevado em relação à procura existente. Assim, a progressão dos preços das casas foi mais moderada no ano passado do que em 2003 e mais de acordo com a inflação. Segundo os técnicos do BBVA, os aumentos atingiram os 3,2% no último trimestre do ano, quando a inflação anual era de 2,5%.
A queda da procura reflectiu-se na construção de edifícios residenciais. No ano passado, o número de habitações terminadas decresceu 31%, correspondendo a cerca de 50 mil novas habitações, a maior quebra de oferta de obra nova dos últimos dez anos.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Lucro do PSI 20 cresce 41,4% em 2004 (Act)
DE
O lucro das empresas que compõem o PSI 20 cresceu 41,4% no ano passado, face a 2003, para 2,82 mil milhões de euros.
A Media Capital foi a única empresa actualmente no PSI 20 que terminou 2004 com prejuízos, de 5,8 milhões de euros, embora este se tenha reduzido uns fortes 86,7%.
Várias empresas conseguiram passar de prejuízo a lucro, casos de ParaRede, a última a apresentar resultados, Novabase, Impresa, Reditus e Sonaecom, todas do sector lato de TMT (Telecomunicações, Media e Tecnologia).
A empresa mais lucrativa foi o Banco Comercial Português (BCP), que registou um resultado líquido de 513 milhões de euros, mais 13 milhões que os conseguidos pela Portugal Telecom (PT).
Na terceira posição surge a EDP - Energias de Portugal, com um lucro de 440,2 milhões de euros, e de seguida o BES, com 275,1 milhões de euros.
A ParaRede registou o menor lucro de entre as 20 empresas, de 2,6 milhões de euros, depois de ter sofrido um prejuízo de 16,3 milhões de euros em 2003.
Os lucros dos três "pesos-pesados", PT, BCP e EDP, atingiu os 1,45 mil milhões de euros, quase metade do total do índice.
O sector bancário, representado por BCP, BES e BPI, lucrou 980,8 milhões de euros, cerca de um terço do total.
As maiores variações positivas do lucro pertenceram à Semapa (+354% para 182,1 milhões de euros) e PTMultimedia (+258% para 110 milhões de euros).
A Gescartão foi a única empresa que, mantendo-se com resultado positivo, viu o seu lucro descer em 2004, um recuo de 41% para 10,6 milhões de euros.
O valor do lucro do PSI 20 é um saldo, ou seja, abate os prejuízos aos lucros para que se atinja um valor de referência.
Este valor tem em conta a comparação entre os resultados de 2003 e 2004 das empresas que actualmente compõem o PSI 20, algumas delas que não o integravam nos anos anteriores.
DE
O lucro das empresas que compõem o PSI 20 cresceu 41,4% no ano passado, face a 2003, para 2,82 mil milhões de euros.
A Media Capital foi a única empresa actualmente no PSI 20 que terminou 2004 com prejuízos, de 5,8 milhões de euros, embora este se tenha reduzido uns fortes 86,7%.
Várias empresas conseguiram passar de prejuízo a lucro, casos de ParaRede, a última a apresentar resultados, Novabase, Impresa, Reditus e Sonaecom, todas do sector lato de TMT (Telecomunicações, Media e Tecnologia).
A empresa mais lucrativa foi o Banco Comercial Português (BCP), que registou um resultado líquido de 513 milhões de euros, mais 13 milhões que os conseguidos pela Portugal Telecom (PT).
Na terceira posição surge a EDP - Energias de Portugal, com um lucro de 440,2 milhões de euros, e de seguida o BES, com 275,1 milhões de euros.
A ParaRede registou o menor lucro de entre as 20 empresas, de 2,6 milhões de euros, depois de ter sofrido um prejuízo de 16,3 milhões de euros em 2003.
Os lucros dos três "pesos-pesados", PT, BCP e EDP, atingiu os 1,45 mil milhões de euros, quase metade do total do índice.
O sector bancário, representado por BCP, BES e BPI, lucrou 980,8 milhões de euros, cerca de um terço do total.
As maiores variações positivas do lucro pertenceram à Semapa (+354% para 182,1 milhões de euros) e PTMultimedia (+258% para 110 milhões de euros).
A Gescartão foi a única empresa que, mantendo-se com resultado positivo, viu o seu lucro descer em 2004, um recuo de 41% para 10,6 milhões de euros.
O valor do lucro do PSI 20 é um saldo, ou seja, abate os prejuízos aos lucros para que se atinja um valor de referência.
Este valor tem em conta a comparação entre os resultados de 2003 e 2004 das empresas que actualmente compõem o PSI 20, algumas delas que não o integravam nos anos anteriores.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Viva o Pacto de Crescimento e Estabilidade
Cristina Casalinho, do Departamento de Estudos Económicos e Financeiros do BPI
O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) foi rescrito pelos ministros das Finanças da zona euro em Março, podendo dizer-se que se terá passado a designar por Pacto de Crescimento e Estabilidade (PCE) dado o deslocamento da ênfase da estabilidade para o crescimento.
1. O TEXTO REVISTO
De facto, aquando da definição dos termos fundadores da UEM (1997), a principal preocupação das autoridades europeias, designadamente alemãs, consistiu na necessidade de assegurar estabilidade à futura moeda única, para a qual era indispensável a prossecução de políticas fiscais harmónicas entre os Estados-membros, prevenindo-se situações de boleia dos países mais gastadores. Sob a mesma moeda e baixas taxas de juro, os Estados mais pródigos poderiam ser tentados a manter políticas mais expansionistas, conseguindo, apesar disso, obter as mesmas condições de financiamento dos mais rigorosos. Daí a necessidade de criação do PEC e da inclusão da cláusula de não-auxílio da União a Estados em risco de falência. Nessa altura, a Europa crescia a um ritmo que não envergonhava (2,4% contra as previsões de 1,6% para 2005). Passados sete anos, a realidade europeia transformou-se. Os Estados mais deficitários são os antigos paladinos da virtude fiscal e enfrentam obstáculos estruturais à expansão económica. Entende-se, então, o seu empenho em alterar o foco do pacto, no sentido de garantirem condições para maior expansão económica. O pacto revisto assenta em quatro aspectos fundamentais: manutenção das metas nominais originais; melhoria da responsabilização no cumprimento das regras; fortalecimento das medidas preventivas; e melhoria da aplicação do processo de défices excessivos.
A revisão do Pacto foi dominada pelo pragmatismo. Por um lado, mantiveram-se, em termos nominais, os limites de défice público e dívida pública em percentagem do PIB nos 3% e 60%, respectivamente. Por outro, sancionou-se uma situação de facto, manifesta na incapacidade de cumprimento por vários Estados a braços com baixo crescimento e/ou reformas estruturais e no recurso a práticas contabilísticas e estatísticas menos transparentes para obtenção de défices públicos nominalmente em linha com o limite oficial, embora a evolução da dívida pública, na maioria dos casos, evidenciasse uma realidade contrária. Assim, pode-se dizer que a revisão terá visado alinhar a teoria com a prática, passando o seu escrutínio a ser mais transparente e relevante no futuro. Espera-se, teoricamente, evitar contorcionismos contabilísticos e estatísticos descredibilizantes e pouco prestigiantes para as organizações europeias.
O alívio das imposições restritivas do pacto, sobretudo no que respeita aos factores que poderão agora ser invocados para o seu não cumprimento, o adiamento do início do processo de défices excessivos e o alargamento do prazo para correcção dos défices excessivos podem ser vagamente interpretados como uma alteração do espírito original do pacto. Porém, reconhecem-se melhorias. O pacto reescrito enfatiza, pelo menos em teoria, a necessidade de responsabilização do cumprimento das regras, preconizando - vagamente e, talvez ingenuamente, reconheça-se - a necessidade de desenvolvimento de uma cooperação construtiva e efectiva pressão entre pares, bem como a elaboração de regras orçamentais ao nível nacional que complementem os objectivos preconizados ao nível europeu e o envolvimento dos parlamentos nacionais nestas. Destaca-se ainda a atenção que deverá ser dada à qualidade das projecções macroeconómicas, onde entroncam os orçamentos, e da informação estatística da execução orçamental. Considerou-se também pertinente corrigir uma das principais críticas referentes à não inclusão da ciclicidade no texto original. Deste modo, o novo texto sugere uma abordagem mais simétrica da política fiscal, exigindo-se maior rigor orçamental em períodos de expansão económica, mas introduz igualmente maior flexibilidade. Agora, os objectivos fiscais a prazo devem contemplar as diferenças de desenvolvimento e sustentabilidade das contas públicas dos países em causa. A países com maior dívida pública e menor crescimento serão exigidas posições fiscais mais equilibradas.
O aspecto mais controverso da nova versão prende-se, como se referiu, com a lista de factores que afrouxam as restrições do procedimento de défice excessivo. Por um lado, o prazo para correcção do défice alarga-se. Até agora, o prazo limite para correcção do défice excessivo era o ano posterior à sua identificação, mas passará a poder ser estendido por mais um ano e, em circunstâncias especiais (se surgirem acontecimentos económicos com efeito adverso no défice), poderá prolongar-se. Por outro lado, os aspectos a invocar por cada país para a persistência do seu défice poderão oscilar entre: custos para se atingirem os objectivos políticos da União (por exemplo: unificação da União, abrindo a porta para a possibilidade da Alemanha invocar os seus custos de reunificação, que existem desde 1990, sendo bem anteriores à criação do euro); despesas referentes a solidariedade internacional (por exemplo: envolvimento militar em missões de paz ou ajudas ao desenvolvimento, que favorecem a Itália e a França); custos com reformas estruturais (por exemplo: reforma da Segurança Social); redefinição do conceito de abrandamento económico, que passou de uma quebra do PIB de 2% para crescimento negativo ou prolongado período de crescimento sub-par; e despesas com inovação e desenvolvimento ou com a concretização da agenda de Lisboa. Ora, as circunstâncias especiais para adiamento da correcção do défice e a lista de factores que adia o levantamento do procedimento de défice excessivo são tão vastas que dificilmente algum país não conseguirá invocar circunstâncias atenuantes que inviabilizem a imposição de um processo de défice excessivo por parte da Comissão (aparentemente, à excepção de Portugal, de que a Comissão parece querer fazer um caso exemplar).
Estas novas regras foram definidas, sobretudo, por pressão das maiores economias da União que, deste modo, escapam à imposição de processos de défice excessivo. Porém, nada garante que os argumentos que subjazem à presente revisão, justificáveis nalguns casos, não possam implicar nova alteração a prazo. As maiores economias europeias enfrentam um período de crescimento modesto que dificulta o cumprimento das metas orçamentais. Este complica-se com a degradação do mercado de trabalho e com o futuro envelhecimento da população.
Se nenhuma reforma for feita no mercado laboral e/ou na Segurança Social, os défices públicos europeus continuarão a aumentar e a sua dívida a escalar. Segundo a Standard & Poor's, em 2050, a despesa pública relacionada com o envelhecimento populacional aumentará em 5,6% na Alemanha e em 3,8% na França, impossibilitando o cumprimento de um défice de 3% do PIB (a menos que o crescimento do PIB acelere ou as despesas com o envelhecimento se reduzam drasticamente entretanto). Ou seja, pragmaticamente, se estes países não promoverem profundas reformas na Segurança Social, mercado de trabalho e política de imigração, dentro de alguns anos, estar-se-á novamente a alterar a letra do PEC de modo a acomodar a nova realidade económica. A questão não estará no pacto, mas na realidade económica, que, dramaticamente, inviabiliza o seu cumprimento pela "Velha Europa" se as necessárias reformas não forem promovidas. Se, na Alemanha, surgem sinais auspiciosos ao nível do mercado laboral, por outro, emergem indícios preocupantes de imobilismo consubstanciados nos obstáculos levantados à directiva europeia dos serviços ou com a aparente oposição crescente ao texto da Constituição Europeia. Estes não abonam a favor do cumprimento do PEC a prazo, pelo contrário apontam para a agudização das actuais dificuldades.
2. IMPACTO NOS MERCADOS FINANCEIROS
O Banco Central Europeu manifestou-se contra o alívio das regras de estabilidade do PEC, mas reconhece, implicitamente, a necessidade de promoção de crescimento. Políticas fiscais mais expansionistas fizeram maravilhas para as economias anglo-saxónicas e a Europa para sair da actual anemia económica parece querer adoptar a mesma cartilha. Porém, as principais economias europeias não dispõem da flexibilidade laboral existente nos EUA e Reino Unido, nem de esquemas de Segurança Social semelhantes. Acresce que a dinâmica populacional e migratória é totalmente diversa. Assim, aplicar o mesmo receituário na Europa não devará promover os mesmos resultados a prazo, sobretudo estando a falar da Alemanha, da França ou da Itália. A ideia é meritória, na medida em que se assegurasse maior ritmo de crescimento sustentável na Europa, a questão dos défices excessivos e de aumento da dívida estariam naturalmente resolvidos ou não teriam o mesmo sentido de urgência.
Porém, dificilmente, no actual contexto, os agentes económicos europeus não compreenderão que o crescimento da despesa desacompanhada de reformas, a prazo, se reflectirá em aumento de dívida, acréscimo de impostos ou menores prestações sociais. Sendo assim, poderão começar a poupar mais hoje para fazerem face a responsabilidades futuras acrescidas, pondo em causa o objectivo original do estímulo orçamental.
O mandato do BCE é assegurar a estabilidade dos preços na área do euro. Eventualmente, o aumento da despesa pública proporcionada pelo alívio do PEC, poderia pressionar a procura europeia, implicando pressões inflacionistas e levando à necessidade de subida das taxas de juro.
Contudo, a economia europeia dispõe de folga produtiva que lhe permite acomodar o acréscimo da procura sem pressionar os preços. Segundo, a liberalização dos mercados e a globalização permitem a satisfação da procura adicional através de importações, assistindo-se, paralelamente, no mercado internacional dos bens transaccionáveis (não-'commodities') a pressões de queda e não de subida de preços. Terceiro, como os défices são financiados por emissão de dívida, o problema de formação de inflação por via monetária é inexistente (tanto mais que os países europeus não controlam a sua massa monetária); para além de que o nexo entre crescimento da massa monetária e inflação está a ser contestado pela mais recente evidência empírica. Assim, o agravamento dos défices europeus não justificaria, de forma imediata, subida das taxas de juro pela autoridade monetária. Embora o BCE possa aproveitar este argumento, numa altura em que estes escasseiam, para iniciar o processo de normalização das taxas de juro reais que urge.
O aumento dos défices públicos implica, a prazo, crescimento da dívida pública. O estudo realizado pela Standard & Poor's sobre a sustentabilidade da dívida dado o envelhecimento populacional europeu, colocava a dívida da França ou da Alemanha com notação de crédito especulativo (ironicamente, no futuro, poder-se-á enfrentar uma situação em que a dívida europeia tem rating especulativo e a Ásia notação de investimento).
Então, poderíamos esperar forte aumento do prémio de risco exigido por detentores de dívida europeia, ou seja, taxas de juro de longo prazo mais altas. Mas, a actual mudança não implicará uma alteração tão radical. Primeiro, numa primeira fase, o aumento da dívida poderá ser mitigado por uma efectiva aceleração do crescimento económico. Segundo, existe uma procura crescente para esta classe de activos que decorre exactamente do envelhecimento populacional. À semelhança do Japão, se aumentar a poupança europeia para fazer face à necessidade de completar pensões futuras, as taxas de juro poderão não aumentar, mas ficará pouca poupança disponível para investimento produtivo.
Portanto, no curto prazo, a reescrita do PEC não deverá implicar alterações nas taxas de juro de longo prazo no mercado europeu.
Cristina Casalinho, do Departamento de Estudos Económicos e Financeiros do BPI
O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) foi rescrito pelos ministros das Finanças da zona euro em Março, podendo dizer-se que se terá passado a designar por Pacto de Crescimento e Estabilidade (PCE) dado o deslocamento da ênfase da estabilidade para o crescimento.
1. O TEXTO REVISTO
De facto, aquando da definição dos termos fundadores da UEM (1997), a principal preocupação das autoridades europeias, designadamente alemãs, consistiu na necessidade de assegurar estabilidade à futura moeda única, para a qual era indispensável a prossecução de políticas fiscais harmónicas entre os Estados-membros, prevenindo-se situações de boleia dos países mais gastadores. Sob a mesma moeda e baixas taxas de juro, os Estados mais pródigos poderiam ser tentados a manter políticas mais expansionistas, conseguindo, apesar disso, obter as mesmas condições de financiamento dos mais rigorosos. Daí a necessidade de criação do PEC e da inclusão da cláusula de não-auxílio da União a Estados em risco de falência. Nessa altura, a Europa crescia a um ritmo que não envergonhava (2,4% contra as previsões de 1,6% para 2005). Passados sete anos, a realidade europeia transformou-se. Os Estados mais deficitários são os antigos paladinos da virtude fiscal e enfrentam obstáculos estruturais à expansão económica. Entende-se, então, o seu empenho em alterar o foco do pacto, no sentido de garantirem condições para maior expansão económica. O pacto revisto assenta em quatro aspectos fundamentais: manutenção das metas nominais originais; melhoria da responsabilização no cumprimento das regras; fortalecimento das medidas preventivas; e melhoria da aplicação do processo de défices excessivos.
A revisão do Pacto foi dominada pelo pragmatismo. Por um lado, mantiveram-se, em termos nominais, os limites de défice público e dívida pública em percentagem do PIB nos 3% e 60%, respectivamente. Por outro, sancionou-se uma situação de facto, manifesta na incapacidade de cumprimento por vários Estados a braços com baixo crescimento e/ou reformas estruturais e no recurso a práticas contabilísticas e estatísticas menos transparentes para obtenção de défices públicos nominalmente em linha com o limite oficial, embora a evolução da dívida pública, na maioria dos casos, evidenciasse uma realidade contrária. Assim, pode-se dizer que a revisão terá visado alinhar a teoria com a prática, passando o seu escrutínio a ser mais transparente e relevante no futuro. Espera-se, teoricamente, evitar contorcionismos contabilísticos e estatísticos descredibilizantes e pouco prestigiantes para as organizações europeias.
O alívio das imposições restritivas do pacto, sobretudo no que respeita aos factores que poderão agora ser invocados para o seu não cumprimento, o adiamento do início do processo de défices excessivos e o alargamento do prazo para correcção dos défices excessivos podem ser vagamente interpretados como uma alteração do espírito original do pacto. Porém, reconhecem-se melhorias. O pacto reescrito enfatiza, pelo menos em teoria, a necessidade de responsabilização do cumprimento das regras, preconizando - vagamente e, talvez ingenuamente, reconheça-se - a necessidade de desenvolvimento de uma cooperação construtiva e efectiva pressão entre pares, bem como a elaboração de regras orçamentais ao nível nacional que complementem os objectivos preconizados ao nível europeu e o envolvimento dos parlamentos nacionais nestas. Destaca-se ainda a atenção que deverá ser dada à qualidade das projecções macroeconómicas, onde entroncam os orçamentos, e da informação estatística da execução orçamental. Considerou-se também pertinente corrigir uma das principais críticas referentes à não inclusão da ciclicidade no texto original. Deste modo, o novo texto sugere uma abordagem mais simétrica da política fiscal, exigindo-se maior rigor orçamental em períodos de expansão económica, mas introduz igualmente maior flexibilidade. Agora, os objectivos fiscais a prazo devem contemplar as diferenças de desenvolvimento e sustentabilidade das contas públicas dos países em causa. A países com maior dívida pública e menor crescimento serão exigidas posições fiscais mais equilibradas.
O aspecto mais controverso da nova versão prende-se, como se referiu, com a lista de factores que afrouxam as restrições do procedimento de défice excessivo. Por um lado, o prazo para correcção do défice alarga-se. Até agora, o prazo limite para correcção do défice excessivo era o ano posterior à sua identificação, mas passará a poder ser estendido por mais um ano e, em circunstâncias especiais (se surgirem acontecimentos económicos com efeito adverso no défice), poderá prolongar-se. Por outro lado, os aspectos a invocar por cada país para a persistência do seu défice poderão oscilar entre: custos para se atingirem os objectivos políticos da União (por exemplo: unificação da União, abrindo a porta para a possibilidade da Alemanha invocar os seus custos de reunificação, que existem desde 1990, sendo bem anteriores à criação do euro); despesas referentes a solidariedade internacional (por exemplo: envolvimento militar em missões de paz ou ajudas ao desenvolvimento, que favorecem a Itália e a França); custos com reformas estruturais (por exemplo: reforma da Segurança Social); redefinição do conceito de abrandamento económico, que passou de uma quebra do PIB de 2% para crescimento negativo ou prolongado período de crescimento sub-par; e despesas com inovação e desenvolvimento ou com a concretização da agenda de Lisboa. Ora, as circunstâncias especiais para adiamento da correcção do défice e a lista de factores que adia o levantamento do procedimento de défice excessivo são tão vastas que dificilmente algum país não conseguirá invocar circunstâncias atenuantes que inviabilizem a imposição de um processo de défice excessivo por parte da Comissão (aparentemente, à excepção de Portugal, de que a Comissão parece querer fazer um caso exemplar).
Estas novas regras foram definidas, sobretudo, por pressão das maiores economias da União que, deste modo, escapam à imposição de processos de défice excessivo. Porém, nada garante que os argumentos que subjazem à presente revisão, justificáveis nalguns casos, não possam implicar nova alteração a prazo. As maiores economias europeias enfrentam um período de crescimento modesto que dificulta o cumprimento das metas orçamentais. Este complica-se com a degradação do mercado de trabalho e com o futuro envelhecimento da população.
Se nenhuma reforma for feita no mercado laboral e/ou na Segurança Social, os défices públicos europeus continuarão a aumentar e a sua dívida a escalar. Segundo a Standard & Poor's, em 2050, a despesa pública relacionada com o envelhecimento populacional aumentará em 5,6% na Alemanha e em 3,8% na França, impossibilitando o cumprimento de um défice de 3% do PIB (a menos que o crescimento do PIB acelere ou as despesas com o envelhecimento se reduzam drasticamente entretanto). Ou seja, pragmaticamente, se estes países não promoverem profundas reformas na Segurança Social, mercado de trabalho e política de imigração, dentro de alguns anos, estar-se-á novamente a alterar a letra do PEC de modo a acomodar a nova realidade económica. A questão não estará no pacto, mas na realidade económica, que, dramaticamente, inviabiliza o seu cumprimento pela "Velha Europa" se as necessárias reformas não forem promovidas. Se, na Alemanha, surgem sinais auspiciosos ao nível do mercado laboral, por outro, emergem indícios preocupantes de imobilismo consubstanciados nos obstáculos levantados à directiva europeia dos serviços ou com a aparente oposição crescente ao texto da Constituição Europeia. Estes não abonam a favor do cumprimento do PEC a prazo, pelo contrário apontam para a agudização das actuais dificuldades.
2. IMPACTO NOS MERCADOS FINANCEIROS
O Banco Central Europeu manifestou-se contra o alívio das regras de estabilidade do PEC, mas reconhece, implicitamente, a necessidade de promoção de crescimento. Políticas fiscais mais expansionistas fizeram maravilhas para as economias anglo-saxónicas e a Europa para sair da actual anemia económica parece querer adoptar a mesma cartilha. Porém, as principais economias europeias não dispõem da flexibilidade laboral existente nos EUA e Reino Unido, nem de esquemas de Segurança Social semelhantes. Acresce que a dinâmica populacional e migratória é totalmente diversa. Assim, aplicar o mesmo receituário na Europa não devará promover os mesmos resultados a prazo, sobretudo estando a falar da Alemanha, da França ou da Itália. A ideia é meritória, na medida em que se assegurasse maior ritmo de crescimento sustentável na Europa, a questão dos défices excessivos e de aumento da dívida estariam naturalmente resolvidos ou não teriam o mesmo sentido de urgência.
Porém, dificilmente, no actual contexto, os agentes económicos europeus não compreenderão que o crescimento da despesa desacompanhada de reformas, a prazo, se reflectirá em aumento de dívida, acréscimo de impostos ou menores prestações sociais. Sendo assim, poderão começar a poupar mais hoje para fazerem face a responsabilidades futuras acrescidas, pondo em causa o objectivo original do estímulo orçamental.
O mandato do BCE é assegurar a estabilidade dos preços na área do euro. Eventualmente, o aumento da despesa pública proporcionada pelo alívio do PEC, poderia pressionar a procura europeia, implicando pressões inflacionistas e levando à necessidade de subida das taxas de juro.
Contudo, a economia europeia dispõe de folga produtiva que lhe permite acomodar o acréscimo da procura sem pressionar os preços. Segundo, a liberalização dos mercados e a globalização permitem a satisfação da procura adicional através de importações, assistindo-se, paralelamente, no mercado internacional dos bens transaccionáveis (não-'commodities') a pressões de queda e não de subida de preços. Terceiro, como os défices são financiados por emissão de dívida, o problema de formação de inflação por via monetária é inexistente (tanto mais que os países europeus não controlam a sua massa monetária); para além de que o nexo entre crescimento da massa monetária e inflação está a ser contestado pela mais recente evidência empírica. Assim, o agravamento dos défices europeus não justificaria, de forma imediata, subida das taxas de juro pela autoridade monetária. Embora o BCE possa aproveitar este argumento, numa altura em que estes escasseiam, para iniciar o processo de normalização das taxas de juro reais que urge.
O aumento dos défices públicos implica, a prazo, crescimento da dívida pública. O estudo realizado pela Standard & Poor's sobre a sustentabilidade da dívida dado o envelhecimento populacional europeu, colocava a dívida da França ou da Alemanha com notação de crédito especulativo (ironicamente, no futuro, poder-se-á enfrentar uma situação em que a dívida europeia tem rating especulativo e a Ásia notação de investimento).
Então, poderíamos esperar forte aumento do prémio de risco exigido por detentores de dívida europeia, ou seja, taxas de juro de longo prazo mais altas. Mas, a actual mudança não implicará uma alteração tão radical. Primeiro, numa primeira fase, o aumento da dívida poderá ser mitigado por uma efectiva aceleração do crescimento económico. Segundo, existe uma procura crescente para esta classe de activos que decorre exactamente do envelhecimento populacional. À semelhança do Japão, se aumentar a poupança europeia para fazer face à necessidade de completar pensões futuras, as taxas de juro poderão não aumentar, mas ficará pouca poupança disponível para investimento produtivo.
Portanto, no curto prazo, a reescrita do PEC não deverá implicar alterações nas taxas de juro de longo prazo no mercado europeu.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Mercado não regulamentado EasyNet regista melhor mês de sempre em Março
DE
O mercado não regulamentado usado sobretudo para warrants, o EasyNet, registou em Março o seu melhor mês de sempre, tendo sido negociados 98 milhões desses instrumentos derivados, segundo os dados da Euronext hoje divulgados.
Em Março, foram feitos 16.514 negócios de warrants no EasyNext, no valor de 83,3 milhões de euros, mais 50% que em Fevereiro.
No conjunto dos três primeiros meses de 2004, este mercado não regulamentado viu o seu volume de negócios aumentar 164%.
O EasyNet, gerido pela Euronext, foi inaugurado em Outubro de 2004 e transacciona sobretudo warrants, embora tenha também certificados.
Tem roubado negócio ao mercado regulamentado, com os emitentes a preferirem-no pela facilidade e rapidez que permite no lançamento de novas emissões.
No mercado regulamentado, o volume de negócios de warrants voltou a cair em Março, cerca de sete por cento, com o total negociado a somar 17 milhões de euros, segundo a Euronext.
Para esta queda poderá ter contribuído o outro mercado não regulamentado de warrants, o PEX, que começou a negociar em Março, embora os valores não sejam ainda conhecidos.
DE
O mercado não regulamentado usado sobretudo para warrants, o EasyNet, registou em Março o seu melhor mês de sempre, tendo sido negociados 98 milhões desses instrumentos derivados, segundo os dados da Euronext hoje divulgados.
Em Março, foram feitos 16.514 negócios de warrants no EasyNext, no valor de 83,3 milhões de euros, mais 50% que em Fevereiro.
No conjunto dos três primeiros meses de 2004, este mercado não regulamentado viu o seu volume de negócios aumentar 164%.
O EasyNet, gerido pela Euronext, foi inaugurado em Outubro de 2004 e transacciona sobretudo warrants, embora tenha também certificados.
Tem roubado negócio ao mercado regulamentado, com os emitentes a preferirem-no pela facilidade e rapidez que permite no lançamento de novas emissões.
No mercado regulamentado, o volume de negócios de warrants voltou a cair em Março, cerca de sete por cento, com o total negociado a somar 17 milhões de euros, segundo a Euronext.
Para esta queda poderá ter contribuído o outro mercado não regulamentado de warrants, o PEX, que começou a negociar em Março, embora os valores não sejam ainda conhecidos.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Google e Pfizer puxam Wall Street para alta
DE
Os índices novaiorquinos encerraram a sessão de hoje em alta, suportados pela Google e pelo sector farmacêutico.
Deste modo, o Nasdaq Composite fechou a valorizar 0,41% para 1999,32 pontos, depois de ter fechado na segunda-feira a ganhar 0,32% para 1991,07 pontos.
O Dow Jones Industrial Average encerrou a progredir 0,36% para 10 458,46 pontos, após ter encerrado a subir 0,16% para 10 421,14 pontos, na sessão anterior.
Em termos de empresas, o destaque pertenceu à Google, que beneficiou de uma recomendação positiva por parte da Lehman Brothers.
A subida da Google beneficiou mais alguns títulos relevantes do sector tecnológico.
A farmacêutica Pfizer esteve em forte alta, após anunciar que o seu plano de corte de custos lhe permitirá poupar anualmente até quatro mil milhões de dólares, até 2008.
Esta notícia suportou a maior parte do sector, aquele que mais tem sido penalizado nos últimos meses.
Alan Greenspan, presidente da Reserva Federal (Fed), discursou hoje sobre energia, defendendo que a actual alta dos preços, nomeadamente do petróleo, tenderão a amenizar-se, o que também deu algum alívio ao mercado accionista.
DE
Os índices novaiorquinos encerraram a sessão de hoje em alta, suportados pela Google e pelo sector farmacêutico.
Deste modo, o Nasdaq Composite fechou a valorizar 0,41% para 1999,32 pontos, depois de ter fechado na segunda-feira a ganhar 0,32% para 1991,07 pontos.
O Dow Jones Industrial Average encerrou a progredir 0,36% para 10 458,46 pontos, após ter encerrado a subir 0,16% para 10 421,14 pontos, na sessão anterior.
Em termos de empresas, o destaque pertenceu à Google, que beneficiou de uma recomendação positiva por parte da Lehman Brothers.
A subida da Google beneficiou mais alguns títulos relevantes do sector tecnológico.
A farmacêutica Pfizer esteve em forte alta, após anunciar que o seu plano de corte de custos lhe permitirá poupar anualmente até quatro mil milhões de dólares, até 2008.
Esta notícia suportou a maior parte do sector, aquele que mais tem sido penalizado nos últimos meses.
Alan Greenspan, presidente da Reserva Federal (Fed), discursou hoje sobre energia, defendendo que a actual alta dos preços, nomeadamente do petróleo, tenderão a amenizar-se, o que também deu algum alívio ao mercado accionista.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Petróleo cai mais de 1%
Petróleo cai mais de 1%
Greenspan diz que reforço de «stocks» de crude deverá travar subida de preços
O esperado reforço dos inventários de crude dos EUA deverá contribuir para travar a recente escalada dos preços do petróleo, defendeu hoje o presidente da Reserva Federal norte-americana, Alan Greenspan.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
O esperado reforço dos inventários de crude dos EUA deverá contribuir para travar a recente escalada dos preços do petróleo, defendeu hoje o presidente da Reserva Federal norte-americana, Alan Greenspan.
O preço do crude [Cot] seguia a recuar 1,25% para 56,30 dólares, enquanto o «brent» descia 1,21% para os 55,55 dólares, depois de Greenspan ter manifestado esperança de que a tendência de subida dos preços seja de curta duração.
O presidente da reserva federal norte-americana referiu, num discurso durante a conferência da associação de petroquímicos e refinarias, que o mercado assiste agora a uma alteração no «spread» entre preços «spot» do petróleo e preços de futuros que está a permitir um reforço dos inventários.
«Os preços dos futuros de “brent” e do West Texas Intermediate com entrega em Julho estão mais altos que os preços “spot”, o que deverá favorecer um aumento das reservas de crude. Se essa situação se mantiver, poderá ser criada uma “almofada” de inventários que anulará a “loucura” dos preços», disse Greenspan.
O responsável norte-americano referiu que as perspectivas de evolução a longo prazo do petróleo dependem da resposta da procura face ao preço do crude.
«Tendo em conta a história, podemos dizer que caso se mantenham os preços altos, o consumo de energia terá tendência para diminuir», referiu. Esta redução do consumo poderá, aliás, ser de importância decisiva para a maior economia do mundo.
«Uma alteração no consumo de energia dos EUA vai afectar significativamente o percurso da economia do país a longo prazo. Durante muito tempo, as perspectivas de preços de petróleo e gás pareceram positivos. No entanto, agora há uma alteração nas expectativas que deverá favorecer as políticas de redução de consumo energético», concluiu.
Greenspan diz que reforço de «stocks» de crude deverá travar subida de preços
O esperado reforço dos inventários de crude dos EUA deverá contribuir para travar a recente escalada dos preços do petróleo, defendeu hoje o presidente da Reserva Federal norte-americana, Alan Greenspan.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
O esperado reforço dos inventários de crude dos EUA deverá contribuir para travar a recente escalada dos preços do petróleo, defendeu hoje o presidente da Reserva Federal norte-americana, Alan Greenspan.
O preço do crude [Cot] seguia a recuar 1,25% para 56,30 dólares, enquanto o «brent» descia 1,21% para os 55,55 dólares, depois de Greenspan ter manifestado esperança de que a tendência de subida dos preços seja de curta duração.
O presidente da reserva federal norte-americana referiu, num discurso durante a conferência da associação de petroquímicos e refinarias, que o mercado assiste agora a uma alteração no «spread» entre preços «spot» do petróleo e preços de futuros que está a permitir um reforço dos inventários.
«Os preços dos futuros de “brent” e do West Texas Intermediate com entrega em Julho estão mais altos que os preços “spot”, o que deverá favorecer um aumento das reservas de crude. Se essa situação se mantiver, poderá ser criada uma “almofada” de inventários que anulará a “loucura” dos preços», disse Greenspan.
O responsável norte-americano referiu que as perspectivas de evolução a longo prazo do petróleo dependem da resposta da procura face ao preço do crude.
«Tendo em conta a história, podemos dizer que caso se mantenham os preços altos, o consumo de energia terá tendência para diminuir», referiu. Esta redução do consumo poderá, aliás, ser de importância decisiva para a maior economia do mundo.
«Uma alteração no consumo de energia dos EUA vai afectar significativamente o percurso da economia do país a longo prazo. Durante muito tempo, as perspectivas de preços de petróleo e gás pareceram positivos. No entanto, agora há uma alteração nas expectativas que deverá favorecer as políticas de redução de consumo energético», concluiu.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
15 mensagens
|Página 1 de 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Andre.pt, Apramg, carlosdsousa, cmsbarros, Goya777, iniciado1, joingue, jprgodinho, Kooc, latbal, lsmsimoes9, malakas, Mr.Warrior, MR32, nickforum, nunorpsilva, O Magriço, PAULOJOAO, SerCyc, serdom, trilhos2006, VALHALLA, Xacal, ze couves, zulu404 e 1029 visitantes